Digitalização das empresas: entendendo o conceito na teoria e na prática

Foto do autor

Não é novidade que a tecnologia auxilia a trazer eficiência ao dia a dia nas companhias, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Contudo, desde 2020, a digitalização das empresas ficou em grande destaque, principalmente por ser um caminho para sobreviver mesmo em períodos conturbados. 

Devido à pandemia de Covid-19 e a imposição de restrições de contato social, anos de avanços tecnológicos precisaram ser adaptados e adotados às pressas. Houve quem já contava com uma estrutura mais desenvolvida e também quem precisou de mais investimento. 

Sendo assim, hoje, as soluções digitais são procuradas, especialmente, pelos benefícios em produtividade, eficiência e redução de custos que podem promover. 

Porém, a realidade é que essa transformação digital nas empresas vai muito além de uma forma de suportar a crise. Trata-se de uma maneira dos negócios se prepararem para os novos desafios que aparecem diariamente nos mais diversos segmentos da economia.

Noutras palavras, é o próximo passo para entender melhor o consumidor, oferecer acessibilidade ou ainda ser certeiro com as ofertas de serviço e produtos. 

Ao mesmo tempo, essas tecnologias também auxiliam na automatização de atividades e na captação de dados, para que tudo seja realizado de modo inteligente. 

Nesse sentido,  e a fim de detalhar o  conceito de digitalização das empresas, o que esse fenômeno envolve e quais seus benefícios, convidamos você a ler o presente guia, que também abordará: 

  • Conceito de digitalização das empresas
  • Como ela vem ocorrendo no Brasil e mundo afora?
  • A jornada da transformação digital nas empresas
  • IoT: conectividade e dados que transformam a gestão
  • Indo além na digitalização das empresas
  • Segurança digital é crucial para aproveitar a inovação sem preocupação

Conheça o conceito de digitalização das empresas

digitalização das empresas
A transformação digital já não é mais exclusividade das grandes empresas. Veja como a tecnologia pode ajudar

Não é de hoje que a tecnologia vem sendo implementada dentro dos escritórios, fábricas e ambientes corporativos. Se os documentos não precisam mais ser guardados em grandes e espaçosos arquivos físicos, é porque o computador, a internet e até os serviços em nuvem apareceram para ajudar.

Entretanto, quando falamos de transformação digital nas empresas, ela não se limita a apenas tornar virtual o que era físico. Ou seja, não é apenas escanear um documento ou instalar uma nova máquina que faz com que a digitalização aconteça. 

Na verdade, idealmente, essa é uma mudança de ferramentas, mas também uma transição de cultura. É pensar em um novo ambiente – o digital – e se aproveitar das particularidades que ele oferece em flexibilidade, customização ou mensuração de dados e resultados.

Um exemplo simples, mas eficaz, é encontrado no atendimento ao cliente. Durante a pandemia, muitas companhias recorreram a novos canais, como o WhatsApp Business e até as redes sociais para se comunicar com os clientes. 

Porém, sem que a estrutura do negócio tivesse mudado, esse atendimento muitas vezes não conseguia ser concluído de forma apropriada.

Falta de acesso ao histórico do cliente, plataformas despreparadas para agendamento online e até equipes destreinadas para a realidade digital foram comuns no período inicial. 

Por outro lado, acreditar que para digitalizar é preciso descartar a estrutura existente também é uma concepção equivocada. Afinal, os sistemas mais robustos hoje em dia contam com Data Centers, Edge Computing e serviços em nuvem interligados e trabalhando em prol do negócio.

Sendo assim, para a digitalização das empresas é preciso conhecer as dores do negócio, o mercado e as tendências tecnológicas. 

Pois, dessa forma, é possível planejar e implementar as soluções digitais mais alinhadas aos objetivos do empreendedor e se destacar entre os concorrentes do mercado.

Como ela vem ocorrendo no Brasil e mundo afora?

Apesar de ter se tornado mais conhecida recentemente, a transformação digital nas empresas vem acontecendo gradativamente desde a década de 90. Na época, a internet passou a ser utilizada de forma mais ampla e as pessoas começaram a se familiarizar com ela. 

Dessa maneira, ampliam-se as opções para as companhias oferecerem produtos e serviços digitalizados. Assim, pode-se dizer que essa digitalização das empresas começou pelo front office. Ou seja, ela foi aplicada primeiramente nos pontos de contato direto com o cliente. 

Um bom exemplo que está presente no dia a dia são as interfaces de internet e mobile banking, que atendem o cliente de uma nova maneira. Contudo, essas plataformas não exigem mudanças nos departamentos administrativos ou back office

Embora esse já fosse um passo em direção ao que temos hoje, as modificações ainda eram muito superficiais para serem consideradas uma transformação digital em si.

Outro ponto importante é apontar que os países proeminentes da Europa e mesmo da América do Norte, já estavam mais avançados que o Brasil nessa evolução. Aqui, foi em 2020, no começo da pandemia, que grande parte das companhias entraram nesse movimento.

Antes, pode-se citar alguns setores no país que se destacavam pelo uso de tecnologia, como a indústria, sobretudo a automobilística. 

Nesse campo, em especial, há muitas soluções inteligentes para automatização de processos e verificação de qualidade de peças. Além disso, também já havia o uso de comunicação machine-to-machine para criar os carros conectados.

Por fim, pode-se dizer que a digitalização das empresas pré-covid se concentrava em segmentos específicos, como o de Tecnologia da Informação. E foi apenas frente à crise que muitos entenderam que ela pode contribuir para os mais diferentes mercados.


LEIA MAIS: Carro conectado, a tecnologia guiando o setor automobilístico para uma nova direção


A jornada da transformação digital nas empresas 

Já foi possível ver até aqui que a transformação digital nas empresas não acontece de uma hora para outra, ao simples pressionar de um botão. É preciso entender o que está disponível e quais as soluções mais alinhadas ao negócio. 

Além disso, essa migração não precisa e nem deve ser imediata, mas um processo gradual que dê tempo para as próprias pessoas envolvidas se adaptarem. 

É por isso que geralmente essa transição se inicia por tecnologias que já estão bastante presentes no dia a dia em casa e nas empresas. 

Conectividade: a base de toda a digitalização das empresas

É muito difícil encontrar algum negócio que não utilize as facilidades da conexão à internet em algum momento. Seja no relacionamento com o cliente, no armazenamento de informações ou ainda para a própria venda de serviços e produtos, a conectividade é indispensável.

A realidade é que, desde que apareceu, a internet mudou a forma de se comunicar e, inclusive, ampliou as possibilidades de fazer isso. Nesse sentido, isso foi um fator determinante para enfrentar os desafios impostos pelo distanciamento social e iniciar a digitalização das empresas.

Assim como as multinacionais se mantinham alinhadas com as equipes em diferentes países, as companhias locais precisaram se reorganizar. Para isso, recorreram à conectividade e às ferramentas de colaboração para continuar as atividades de forma integrada, independentemente da localização de seus funcionários. 

Todavia, essa tendência de trabalhar de onde quiser já vinha crescendo mesmo antes da crise e foi chamada pelo Gartner de “Anywhere Operations”. Aliás, mesmo em companhias mais tradicionais, o resultado da adoção em massa do trabalho remoto acabou surpreendendo positivamente. 

Como resultado, algumas grandes corporações, como o Google e a Microsoft, até adotaram o home office definitivo, permitindo que essa escolha seja do funcionário. 

Vale ainda dizer que o Brasil aparece destaque em uma pesquisa da Deloitte, divulgada em janeiro de 2021, sobre esse novo modo de trabalho. 

Segundo o estudo, nove em cada dez negócios nacionais possuíam tecnologias que facilitam as atividades remotas. Por conta disso, 49% dos empresários brasileiros conseguiram uma rápida adaptação, frente à média global de 30%.

Os benefícios do “as a service” e a flexibilidade da nuvem

Sem a conectividade, quase nenhuma outra solução digital poderia ser implementada. Entretanto, outra tecnologia que é considerada uma porta de entrada para a transformação digital nas empresas é a Cloud

O ambiente em nuvem é atraente para os negócios por oferecer serviços no modelo de pagamento por uso (do termo em inglês, “pay per use”). 

Ou seja, ao invés de adquirir uma licença para software, uma plataforma ou mesmo uma infraestrutura, é possível pagar por sua utilização. São os conhecidos Software as a Service (SaaS), Platform as a Service (PaaS) e Infrastructure as a Service (IaaS). 

Só para ilustrar, a IDC Brasil estima que os gastos em 2021 com IaaS e PaaS em nuvem pública no Brasil devem atingir US$3 bilhões. Já com a nuvem privada serão US$614 milhões.

Além disso, para pequenas e médias empresas, aproveitar esse ambiente virtual também traz a possibilidade de escalabilidade. Em outras palavras, é possível aumentar a capacidade por tempo determinado pagando apenas pelo uso. Para o varejo, por exemplo, isso é útil em períodos que antecedem datas comemorativas, como o Dia das Mães.


BAIXE O INFOGRÁFICO: Como preparar seu negócio para datas comemorativas


IoT: conectividade e dados que transformam a gestão

Inegavelmente, a conectividade e os serviços em nuvem são cruciais para a digitalização das empresas. Mas a real transformação digital vai ainda mais longe e possibilita uma gestão eficiente e inteligente do negócio. 

Nesse sentido, uma das soluções que está em ascensão em diferentes segmentos é a Internet das Coisas (do termo em inglês, Internet of Things ou, simplesmente, IoT). 

Trata-se de uma tecnologia em que dispositivos se conectam, compartilham informações e interagem com outros equipamentos, criando uma rede inteligente de “coisas” e sistemas.

Seja através de câmeras, sensores ou smartphones, a IoT permite um acompanhamento em tempo real de processos, garantindo maior visibilidade às atividades e facilitando a gestão. 

No cenário atual, ela foi até uma forma de dar maior segurança no retorno às atividades. Na educação, equipamentos inteligentes são capazes de auxiliar o distanciamento social. Afinal, a tecnologia permite o controle do volume de pessoas nos ambientes e até mesmo da qualidade do ar nas salas.

Ao mesmo tempo, as soluções baseadas nesse conceito viabilizam a automação empresarial e o controle remoto de maquinário, por exemplo. O destaque da IoT foi tanto que, segundo dados publicados pelo Gartner em outubro de 2020, 47% das empresas planejam aumentar os investimentos nela mesmo em meio à crise.

A pesquisa também mostrou que um dos principais usos do recurso tecnológico é justamente focado em melhorar a segurança de seus funcionários ou clientes. Para ilustrar, o monitoramento remoto pode ajudar a reduzir a frequência de contato pessoal, como no caso do atendimento a clientes em bares e restaurantes

Vale ainda compartilhar alguns outros exemplos de uso para demonstrar a abrangência dessa tecnologia:


LEIA MAIS: IoT nas escolas: dispositivos conectados promovem retorno presencial mais seguro


Medicina conectada

A Internet das Coisas é bastante utilizada na área da saúde. Como exemplo, em uma UTI há diversos aparelhos que permitem o acompanhamento em tempo real.

Uma vez conectados, eles ajudam a acompanhar a conformidade de processos, como monitorar a higiene dos profissionais e a esterilização dos instrumentais médicos. Por outro lado, também são importantes no gerenciamento de insumos, equipamentos e medicamentos.

Em um estágio mais avançado, nos EUA já existem marcapassos cardíacos e dispositivos de controle de glicose com IoT e que podem ser implantados. O objetivo é registrar padrões e alertar irregularidades, baseado na captação e armazenamento de dados de saúde do usuário.

Tecnologia no agronegócio 

Há uma vasta gama de aplicações de IoT no agronegócio, com a ajuda de gadgets conectados à internet, como câmeras e sensores. Sendo assim, é possível acompanhar em tempo real a evolução da plantação, bem como a saúde da lavoura e do solo. 

Além disso, a tecnologia ajuda no planejamento das atividades. Um bom exemplo é o ajuste da irrigação e pulverização de acordo com a previsão do clima para maximizar o efeito e evitar desperdícios. 

A telemetria também é realizada via IoT, acompanhando o maquinário da fazenda e até mesmo verificando as condições de armazenamento da produção. Para produções de café,  soja e chocolate, por exemplo, tal acompanhamento é de extrema importância para garantir a qualidade da matéria prima.

Big Data: um olhar atento para os dados

digitalização das empresas
Big data é fonte de insights que podem basear decisões estratégicas para o negócio

Atualmente, todo o mundo está se voltando para uma abordagem data driven. Ou seja, os dados estão se tornando ativos valiosos para quem busca liderar de maneira eficiente em meio à transformação digital nas empresas.

Dessa forma, o que acontece é que a IoT realiza a captação de dados nos mais diferentes ambientes e as soluções de Big Data ajudam a entendê-los. Esse tipo de inteligência ajuda tanto a evitar investimentos equivocados, quanto a compreender as necessidades e preferências do público-alvo.

Um caso recente que podemos citar foi o da Bloomin’ Brands. A dona da rede Outback e Abbraccio trouxe para o Brasil a marca Aussie Grill no final de 2020. A franquia 100% virtual é voltada para a proteína mais consumida no Brasil que é o frango e já tem 68 operações no país. 

Naturalmente, o sucesso de movimentações desse tipo parte de uma análise profunda sobre as melhores regiões para se instalar e também sobre as preferências dos clientes. Mas as soluções inteligentes de Big Data não são exclusividade de grandes redes do setor da alimentação. Elas podem ajudar muito as pequenas e médias empresas de diversos setores a crescer também.


LEIA MAIS: Como as cadeias de restaurantes podem apoiar suas franquias por meio da tecnologia


Indo além na digitalização das empresas

A tecnologia está em constante evolução, então a cada dia há novas soluções sendo desenvolvidas para transformar o cotidiano dentro e fora das empresas.

Não muito tempo atrás, a Inteligência Artificial parecia algo extremamente futurista. Porém, hoje ela já é utilizada em alguns segmentos, principalmente aliada ao Machine Learning (ML) e ao Big Data.

Por exemplo, na Universidade de Denver (CO, EUA) foi desenvolvido um robô, programado com AI, para auxiliar idosos com demências. Ele consegue não apenas conversar com pacientes, mas também responder com as expressões faciais apropriadas para o diálogo.

Há também exemplos mais práticos, como na agricultura. Com a IoT, como mencionado anteriormente, é possível captar dados da lavoura, umidade, qualidade do solo, entre muitos outros indicadores. Já o ML e o AI permitem a construção de modelos preditivos baseados nesse histórico de informações. 

Eventualmente, bots inteligentes ajudarão a guiar o futuro do negócio, respondendo perguntas como qual o plantio e área com melhor produtividade em determinada época. 

Por fim, IoT, ML, AI, Big Data e muitas outras tecnologias ainda serão potencializadas com a chegada da quinta geração de conexão móvel. O 5G elevará a conexão de internet não só em termos de velocidade, como também em estabilidade e latência, favorecendo a transmissão de dados.

Todavia, para desfrutar dessas novidades, ter uma estrutura base bem planejada é essencial. Ou seja, o momento de investir na digitalização dos negócios é agora.

Segurança digital é crucial para aproveitar a inovação sem preocupação

A digitalização das empresas é um caminho sem volta e com muitas oportunidades no horizonte. Contudo, é preciso estar atento às mudanças na estrutura para garantir a proteção dos dados e do negócio 

De modo geral, a transformação digital nas empresas criou um novo cenário em que há uma dispersão de endpoints. Para simplificar, há muitas portas de entrada para usuários mal intencionados se aproveitarem. 

Nesse sentido, as entradas mais exploradas recentemente estão relacionadas ao trabalho remoto. Muitas vezes, o funcionário que trabalha de casa utiliza uma rede doméstica, sem criptografia, e até dispositivos que não são exclusivamente corporativos. 

Por outro lado, a própria forma como a equipe se conecta à rede da empresa também pode estar vulnerável. 

No ano passado, a Kaspersky fez um levantamento cujo resultado ilustra bem esse ponto.  Segundo a pesquisa, de fevereiro a abril de 2020, os ataques com foco em ferramentas de acesso remoto cresceram 333% no Brasil

Além disso, a companhia mostrou que dos 66,1% golpes realizados contra empresas no ano passado em toda a América Latina , 63% aconteceram aqui.

Em contrapartida, a necessidade por segurança da informação cresce diariamente. Pois, além do ameaçador aumento de ataques, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também já está vigente no país. Por sua vez, a LGPD regula o tratamento dado às informações, o que inclui a questão de segurança.

Enfim, a boa notícia é que existem soluções robustas para todas as estruturas e sistemas, principalmente focadas no fim do perímetro tradicional e na criação de um virtual. 

Inclusive, há as formas de proteção que usam AI e ML, e, assim, permitem uma análise inteligente de todo o tráfego, sem ocupar a equipe.

Hoje, a estratégia de cibersegurança deve ser voltada aos dados e workloads. A missão é proteger o domínio da organização e, ao mesmo tempo, permitir uma maior visibilidade dos recursos e soluções que estão sendo aplicados. 

Segundo a IDC Brasil, a expectativa é que sejam investidos mais de US$900 milhões no Brasil em soluções de segurança. Já as focadas em proteção em nuvem devem crescer quase 30% em 2021.

Conclusão

A digitalização das empresas já vinha ocorrendo antes mesmo da pandemia mas, diante da necessidade emergencial de isolamento social, foi bastante acelerada nos últimos dois anos. O poder da conectividade para manter equipes integradas, independentemente de sua localização, assim como a flexibilidade dos serviços em nuvem, já são fortes aliados das companhias brasileiras.

Agora, começam a conhecer o potencial, sobretudo, da Internet das Coisas e do Big Data. Afinal, se os dados são o novo petróleo, saber utilizá-los em prol do negócio é a chave para crescer e se destacar mesmo nos mercados mais competitivos. 

Diferentemente do que se pensa, a transformação digital nas empresas não acontece de um momento para o outro e não descarta a estrutura já existente. Na realidade, muito pelo contrário, essa mudança vem para adicionar ao negócio, para que ele esteja pronto para os próximos desafios.

Por fim, vale lembrar que essas inovações estão em constante evolução e montar uma estrutura robusta para receber as novidades é fundamental.

Para isso, a Vivo Empresas está sempre atenta às novas tendências e mantém suas soluções atualizadas com o melhor da tecnologia. Faz parte de sua missão digitalizar para aproximar e, por isso, conta com um portfólio completo para auxiliar a evolução digital de organizações dos mais diversos setores, de ponta a ponta. 

Sabemos que a inovação nas empresas é o caminho para o futuro. Contudo, se você ainda quer saber mais sobre o assunto, confira outras matérias do Vivo Meu Negócio que demonstram podem interessar:

Até a próxima!

Foto do autor
Solicite um contato