A era dos dados: como a conectividade está mudando o mundo dos negócios (para melhor)

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A internet, assim como diversas tecnologias, é onipresente nos dias modernos, muitas vezes definindo o rumo da sociedade. Chega ao ponto de servir como inspiração para alguns na hora de dar um nome para a etapa da história humana em que vivemos. Seja esta a “era dos dados” ou a “era da conexão”, fato é que a conectividade se tornou uma marca do momento histórico atual.

Da mesma forma, o surgimento de dispositivos de IoT (sigla para Internet of Things, ou Internet das Coisas) mostra que a interconexão entre aparelhos, e entre pessoas, continuará moldando nossa realidade.

Ainda em 2018, a consultoria IDC projetou que o volume de informações armazenadas no mundo chegaria a 175 Zettabytes até 2025. Para entender melhor, isto equivale a 175 bilhões de gigabytes – e, ainda assim, é um número difícil de tangibilizar. 

De todo modo, o relevante é que esse estudo não esperava a pandemia da Covid-19, que elevou consideravelmente o ritmo de uso das redes mundo afora.

Por sua vez, outros materiais mais recentes, como o levantamento de tendências em Cloud Computing para 2021, divulgado em junho deste ano pela Cloudwards, sugerem que esse volume ultrapassará os 200 Zettabytes. Além disso, metade de todo este contingente de dados deverá ser armazenado completamente na nuvem. 

Mas, então, como fica o papel do Brasil nesse cenário?

O Brasil está na Era dos Dados?

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Startups nacionais são o grande impulsionador da digitalização empresarial no Brasil, indicam estudos

Apesar de avanços em certas áreas, o país ainda enfrenta desafios para entrar com força no mundo digital. Para entender melhor, a edição de 2020 do Brazil Digital Report, da consultoria McKinsey, realizado junto ao movimento Brazil at Silicon Valley, traz alguns dados interessantes:

  • Enquanto outros países possuem vários negócios de tecnologia no seu top 10 das maiores companhias em capitalização de mercado, o Brasil só possui uma, a Telefônica Brasil, da qual a Vivo Empresas, inclusive, faz parte;
  • 30% das startups, que são as mais inclinadas a adaptar avanços tecnológicos, precisaram cancelar seu processo de coleta de verbas por causa da pandemia da Covid-19;
  • Até 35% dos cursos ligados à TI são considerados abaixo do nível mínimo esperado quanto a sua qualidade.

Mas nem tudo são trevas. Apesar da carência em números brutos na área tecnológica, o Brasil tem demonstrado um grande amadurecimento nesse sentido, especialmente nos últimos 3 anos.

Em parte, este crescimento já ocorre, inclusive, nos números. Só em conexões IoT no país, já são mais de 10 milhões de dispositivos operados pela Vivo Empresas, que aqui é líder no segmento. 

Da mesma forma, olhando novamente para o âmbito corporativo, apesar dos pontos negativos apontados pelo Brazil Digital Report, é importante observar a enorme ascensão das startups de tecnologia.

Cenário das startups de tecnologia no país

Em particular, as fintechs apresentam números bastante positivos e servem como um exemplo de sucesso da digitalização no mercado brasileiro. Seu crescimento, por sinal, não é pouca coisa.

Dos 2,4 bilhões de dólares investidos em capital de risco no país, 40% estão nesse segmento bastante específico

Paralelamente à democratização do acesso à internet, o Brasil tem passado por uma alta considerável de investimentos internacionais. Esse fenômeno ocorre conforme empresas nacionais de tecnologia crescem e passam a buscar mais fundos. 

Aliás, muitas dessas companhias, especialmente as startups, estão buscando capital pela bolsa de valores americana, ao invés da Bovespa, e alcançando bons resultados.

Isto ocorre, em parte, pelo fato dos investidores da NASDAQ, a bolsa nova-iorquina, onde são comercializados os papéis da maioria das empresas desse ramo, já terem familiaridade com o mundo tecnológico e com negócios que lidam diretamente com dados. 

Além disso, há um número maior de investidores especializados, com uma demanda mais alta por ações desse tipo. 

Em suma, todo esse esforço tem contribuído para uma aceleração no crescimento das startups nacionais, inclusive as chamadas “unicórnio”, que possuem mais de US$ 1 bi em valor de mercado. 

O consumidor brasileiro tem necessidades atuais e digitais

Até o primeiro trimestre de 2020, segundo o mesmo relatório da McKinsey, o Brasil figurava na frente de países como a Alemanha, no que tange à quantidade de startups unicórnio.

Adicionalmente, muitas empresas estrangeiras consolidaram sua presença no mercado brasileiro em anos recentes. Encontramos casos mais óbvios no mundo do streaming, seja de séries, filmes, músicas ou até jogos. Portanto, também vale notar aqui os esforços de grandes nomes do varejo para aumentar suas atividades no Brasil, como é o caso da AliExpress e da Amazon. 

São reflexos da alta adoção de tecnologia pelo povo brasileiro, sinalizando ao resto do globo que estamos não só prontos, mas à procura de serviços e produtos conectados.

Com todos esses investimentos, e acompanhando o crescimento de empresas digitalizadas no Brasil, certamente podemos dizer que o país está a caminho da Era dos Dados. Ainda que esses números pudessem ser melhores.

Especialmente se o nosso objetivo é alcançar uma das grandes revoluções prometidas pela conectividade.

Smart Cities: as cidades do futuro, movidas pelos dados

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Cidades inteligentes permitem integrar pessoas e equipamentos num só ecossistema, abrindo novas oportunidades de negócios

Resultante dos avanços e investimentos em soluções IoT, o conceito de Smart City (“cidade inteligente”, no português) é cada vez menos do futuro – se tornando, pouco a pouco, uma realidade.

A ideia, como diz a McKinsey & Company, é aproveitar, na prática, a automação e a coleta de dados na gestão de municípios. Assim, essas cidades capturam insights sobre a vida cotidiana e, com eles, auxiliam os gestores a tomarem decisões mais acertadas, no que se refere à qualidade de vida dos cidadãos.

As áreas em que a tecnologia pode atuar nas smart cities são muito amplas. É possível empregá-la em auxílio ao controle de trânsito (seja controlando semáforos ou sugerindo novas rotas aos motoristas), como suporte à saúde pública, identificando grupos de risco e realizando intervenções em casos de emergência. Desse modo, os potenciais são enormes.

5G dará vazão a esse enorme (e crescente) volume de informações

Entretanto, o volume de informações a ser gerado por toda essa mudança é igualmente grande, requerendo o maior número possível de sistemas conectados.

Aqui, portanto, também vemos o papel fundamental da tecnologia 5G no processo. Isto, é claro, após seu lançamento, adoção e amadurecimento em mais partes do globo, como o Brasil.

Com conexões rápidas e de baixa latência, isto é, que permitam a transferência de dados de modo eficiente e que estejam ao alcance de todos, a implementação das metrópoles inteligentes pode finalmente avançar. 

Sim, é um objetivo bastante elaborado e complexo, mas também não deixa de ser uma evolução em relação à noção atual de urbanismo. Sem contar que tal progresso, além de facilitar o dia a dia da população, pode fomentar os negócios.

Ademais, justamente por ser um avanço notável, já existem lugares pelo mundo que iniciaram a implementação de ideias ligadas ao conceito de smart cities. Por outro lado, porém, o caminho para as “Cidades 4.0” ainda é longo e depende da adoção de novas tecnologias – inclusive aquelas que não têm um objetivo urbanístico.

Digitalize para aproximar

Para alcançar resultados como esses que descrevi acima e, assim, realmente inserir o Brasil como um personagem importante na tão falada era dos dados, precisamos, é claro, dar um passo de cada vez. 

Isso porque a implementação de novas tecnologias é um trabalho contínuo, e que provoca profundas mudanças em toda a empresa.

Justamente por esse motivo, na hora de digitalizar o negócio, é importante contar com parceiros consolidados e cuja oferta de produtos seja ampla. Desse modo é possível garantir que não só as necessidades atuais da companhia serão atendidas, mas também as futuras.

Só assim é possível ir além do “core business” (negócio principal), investindo em recursos que, embora possam parecer secundários aos olhos menos atentos, alavancam as operações como um todo. 

Com soluções modernas, diversas e escaláveis, estamos no centro da transformação digital vivida atualmente.

E isso vai desde a disponibilização de conectividade a cada vez mais pessoas e negócios, até a implementação de ferramentas que ajudam na tomada de decisões, seja nas grandes cidades ou no campo.

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