Edge Computing: análise local é sinônimo de velocidade no processamento de dados

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Os dados ganham cada vez mais importância para conduzir negócios de forma inteligente e assertiva. Nesse sentido, tanto a Internet das Coisas quanto a Edge Computing, ou, “computação de borda”, exercem papéis fundamentais.

A primeira, também conhecida como Internet of Things (IoT), auxilia principalmente na captação de informações. 

A partir de sensores e outros dispositivos inteligentes, a tecnologia é capaz de automatizar uma série de tarefas, oportunidade na qual também são gerados muitos dados. 

Na maioria das vezes, ter acesso e, principalmente, saber utilizar bem essas informações, acaba sendo crucial para o sucesso da empresa. 

É justamente neste ponto em que a Edge Computing pode entrar em ação. Isto porque, em suma, trata-se de uma estrutura computacional que permite um processamento mais ágil dos dados.

Sobretudo, é possível apontar a computação de borda como o futuro da IoT. Justamente porque permite que mais parâmetros sejam analisados no próprio equipamento, em vez de na nuvem.

O resultado prático disso, por sua vez, se apresenta em mais velocidade (e segurança) na extração de insights. Isto porque, com a tecnologia, a análise dessa enorme e crescente quantidade de dados não fica prejudicada pelas limitações atuais do cloud computing

Como é de se imaginar, portanto, a computação de borda tem um enorme potencial de auxiliar os negócios, sobretudo os que já atuam com apoio da Internet das Coisas (IoT) ou da Inteligência Artificial (IA)

Para entender mais sobre do que se trata o Edge Computing, continue na leitura deste artigo. E aproveite para ver também: 

  • A era dos dados e dos dispositivos conectados 
  • O que é Edge Computing, afinal? 
  • Principais benefícios da tecnologia
  • Quando devo optar pela Edge Computing? 
  • Aliando a estratégia com Cloud e Edge Computing
  • Edge Computing: implementação demanda estrutura de TI e cuidados com a segurança

A era dos dados e dos dispositivos conectados

Edge Computing e a era dos dados e dos dispositivos conectados
Agilidade na análise de informações para a formação de insights é uma das exigências da cultura data-driven

Atualmente, há uma demanda de mercado em comum para os mais diferentes setores que vêm crescendo constantemente: a cultura data-driven.

Na prática, a tendência “dirigida por dados”, como se chama em português, se traduz num uso massivo dessas informações para a tomada de decisões estratégicas.

Nesse sentido, uma tecnologia que está bastante alinhada a esse objetivo e também se encontra em ascensão é a Internet das Coisas ou “IoT”

Isto porque, a partir dela e dos dispositivos conectados, é possível coletar uma série de informações sobre atividades, processos, equipamentos ou até mesmo quanto às equipes de trabalho.

E isso acontece tanto dentro de indústrias, nas linhas de produção, quanto nas casas da população em geral. 

Em 2020, essas ferramentas também ganharam mais destaque, visto que ajudaram companhias a seguirem com seus serviços de forma remota. Esse fenômeno, por sua vez, atraiu ainda mais adeptos para a inovação.

Aliás, é esperado que, até 2027, já existam cerca de 40 bilhões de dispositivos desse tipo em atividade, segundo pesquisa conduzida em março de 2020 pelo Business Insider. Como resultado, o estudo ainda mostra que o mercado de IoT como um todo tende a crescer em média mais de US$ 2,4 trilhões por ano. 

Assim sendo, o tráfego de dados na nuvem também aumentará exponencialmente. Por consequência, problemas de lentidão se tornarão mais comuns e será exigido muito mais da banda de internet para essas transmissões. 

É nesse cenário que o Edge Computing surge como uma solução para um rápido e eficiente processamento dessas informações. Essa estrutura, que já é adotada hoje, é considerada a próxima etapa para a IoT. E, inclusive, pode ser o caminho para que a tecnologia alcance seu auge nos próximos anos.


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O que é Edge Computing, afinal? 

A computação de borda é uma das tendências tecnológicas para 2021, em um cenário de intensa transformação digital das companhias no Brasil e no mundo.

Só para ilustrar, segundo pesquisa do Gartner, uma em cada quatro empresas globais deve aperfeiçoar seus Data Centers em 2021 com Edge Computing.

De forma geral e simplificada, pode-se dizer que o conceito consiste na descentralização do processamento de dados na nuvem

Na prática, “micro data centers” analisam as informações mais importantes localmente, ao invés de as enviar à Cloud. Assim, poupam tempo e evitam vulnerabilidades, uma vez que esses arquivos e sistemas não ficam online. 

“A computação de borda é parte de uma topologia de computação distribuída em que o processamento de dados está localizado próximo à borda, onde coisas e pessoas produzem ou consomem essas informações.”

Fonte: Gartner

Logo após essa etapa inicial, os dados utilizados mais frequentemente ficam armazenados próximos a quem (ou ao que) irá utilizá-los. Já os demais, são enviados para a nuvem. 

Como resultado, todo o procedimento se torna mais rápido e de fácil acesso.

Por fim, é possível dizer que há uma otimização dos equipamentos conectados, visto que mais fases, como computação e análise, acontecem neles.

Dessa maneira, com a redução da latência e da dependência da nuvem, o Edge Computing colabora também para a evolução da IoT. Além de abrir as portas para outras tecnologias  e aplicações que também demandam processamento como o machine learning.

Mas há ainda muitos outros benefícios trazidos pela computação de borda que podem ajudar companhias a terem mais agilidade no dia a dia.


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Principais benefícios da tecnologia edge computing

Em resumo, o Edge Computing é implementado a fim de reduzir a distância que o dado percorre para seu processamento. Além disso, a novidade também visa reduzir a dependência que os sistemas atuais têm da nuvem

Mas como isso se traduz em vantagens para o negócio?

Conectividade

Em áreas com problemas de acesso à internet, como falta de sinal ou instabilidade da conexão, a estrutura é uma grande aliada. Isso porque ela possibilita a análise de dados nos próprios equipamentos na borda da rede.

Na prática, a novidade diminui o impacto que as limitações da infraestrutura de rede do negócio terão sob o tratamento das informações, uma vez que não será necessário estar online para processá-las. 

Além disso, o Edge Computing unifica informações e manda relatórios periódicos para a nuvem, para que sejam armazenados. 

Redução de latência

Nesta estrutura, também há uma maior proximidade com a origem dos dados. Portanto, o tempo de resposta de uma solicitação é reduzido, quando comparado à Cloud, por exemplo. 

Da mesma forma, isso significa mais agilidade no acesso a informações no cotidiano, o que pode ser fundamental para empresas de setores críticos como a saúde.

Demanda da banda de internet

Quanto maior o caminho que os dados precisam fazer, mais é exigido da banda de internet. Assim, além de resultar em processos mais rápidos, o Edge Computing possibilita uma diminuição de custos para a transmissão de informações. 

Acesso e visibilidade

Como o objetivo da computação de borda é manter as informações o mais próximo possível, inclusive fisicamente, a tendência facilita até mesmo o acesso dos usuários aos seus arquivos. 

Por sua vez, a maior acessibilidade dos dados também contribui para que os gestores tenham uma visão ampla do negócio. Assim, ajuda em tomadas de decisão mais ágeis e acertadas.

Aliás, essa é uma tendência, conforme indicado pelo Gartner em um estudo de março de 2020. Segundo a companhia, até 2023, mais de 50% da responsabilidade primária dos líderes de Data & Analytics incluirá dados criados, gerenciados e analisados​​ em ambientes de borda. 

Quando devo optar por Edge Computing?

Quando devo optar por Edge Computing?
Computação de borda promete mais rapidez e segurança ao processar parte dos dados localmente

Apesar de seus muitos benefícios, a implementação do Edge Computing deve ser feita de forma planejada e com o apoio de parceiros especializados. 

Acima de tudo, entre os principais pontos para se considerar antes de escolher essa nova estrutura estão as necessidades do negócio. 

Essas, por sua vez, incluem fatores como tipo de serviço que é oferecido, capacidade de processamento necessária e até a largura da banda de internet disponível. 

Somente a partir daí é que é possível entender o tamanho da infraestrutura que seria ideal e os custos de implantação da tecnologia. 

Embora as vantagens da solução sejam amplas e possam ser aproveitadas em diversos setores, há alguns segmentos que se destacam:

Agronegócio

Com dispositivos conectados para acompanhar a saúde do solo, do rebanho e das plantações, muitos dados valiosos são captados. Porém, a conectividade na área rural pode deixar a desejar. Assim, os dispositivos Edge podem filtrar e realizar uma análise preliminar baseada em prioridades, redirecionando o que for necessário e poupando conexão.

Indústrias

A maior agilidade no processamento de dados auxilia a produção em larga escala. Afinal, a IoT está muito presente no monitoramento inteligente de máquinas e estoque. Ter acesso a informações sem atrasos pode ser vital para a produtividade.

Setor petrolífero

Como exemplo, em uma refinaria, sensores ajudam a detectar problemas como alta pressão em canos. Assim, a rápida análise desses dados, feita por meio do Edge Computing, resulta também em uma resposta ágil, podendo até evitar acidentes. 

Da mesma forma, em plataformas de petróleo no oceano, a estrutura pode auxiliar com problemas de conectividade. 

Afinal, tendo em vista que a maioria dessas instalações é limitada em termos de rede, a computação de borda acabaria diminuindo os impactos dessa dificuldade técnica.

Aliando a estratégia com Cloud e Edge Computing

Com a ascensão da computação de borda muitas pessoas se perguntam se a Cloud deixará de ser uma tecnologia importante. 

Só para exemplificar, segundo uma projeção divulgada pelo Gartner em , cerca de 75% das informações geradas pelas empresas serão tratadas fora da nuvem (ou seja, em Edge Computing) até 2025.

Porém, hoje, é perfeitamente possível alinhar na estratégia da empresa o uso de ambas, a fim de conseguir o melhor das duas soluções. 

Além disso, deve-se levar em consideração que grande parte das operações ainda se concentram nas soluções cloud. Portanto, não há necessidade de fazer uma migração absoluta e imediata.

Assim, enquanto o Edge Computing torna a operação mais eficiente por processar os dados mais próximos de onde são coletados, a nuvem armazena a longo prazo. 

Um bom exemplo é dos sistemas de câmeras de segurança. Quando enviados em sua totalidade para a Cloud, ocupam espaço de armazenamento e gastam banda de internet para a transmissão. 

Já com o Edge Computing aliado a demais tecnologias, como a inteligência artificial, consegue-se fazer um filtro do conteúdo e armazenar em nuvem apenas os trechos que podem interessar. 


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Edge Computing: implementação demanda estrutura de TI e cuidados com a segurança 

Para a implementação do Edge Computing, é necessário contar com uma equipe de TI e bons parceiros especializados, como mencionado acima. 

Isso se dá, principalmente, porque a novidade implica noutras mudanças, que podem, inclusive, alcançar toda a estrutura da companhia. Isso, é claro, para não citar questões de manutenção e suporte.

Em suma, será necessária a criação de “microcentros de dados” para a companhia e a adoção de novas políticas para reduzir a utilização da Cloud. 

Um dos pontos positivos ao optar pela tecnologia é que a computação de borda consegue integrar dispositivos de diversas gerações na mesma rede. 

Em outras palavras, possibilita que os equipamentos sejam substituídos gradualmente, diminuindo os custos da migração para o Edge Computing.

Da mesma forma, tão importante quanto essa estrutura de TI é garantir a segurança de todo o sistema. 

No entanto, de modo geral, entende-se que, com uma menor movimentação dos dados, há menor vulnerabilidade. Até por essa razão, a computação de borda é encarada com bons olhos do ponto de vista da proteção digital.

Por outro lado, por depender dos dispositivos, estes devem contar com etapas de proteção também. Só para exemplificar, uma camada básica de defesa no Edge Computing é o uso de VPNs, as chamadas redes virtuais privadas.


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Conclusão

Na era dos dados e da Internet das Coisas, ter a possibilidade de analisar informações onde são coletadas traz agilidade e eficiência para a operação. E é por isso que o Edge Computing é uma das tendências para os próximos anos.

Juntamente aos avanços dos dispositivos conectados, a computação de borda deve revolucionar o mercado e dar destaque a quem escolhê-la como diferencial.

Contudo, a infraestrutura necessária requer planejamento e apoio de especialistas para não apenas ser bem implementada, mas seguir funcionando de forma cada vez melhor.

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