Eficiência energética: como economizar energia nas empresas gera benefícios para o negócio e para o meio ambiente

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O cenário atual é composto por uma recuperação econômica e mercados altamente competitivos. Com isso, a busca por modelos de negócio otimizados que tenham custos menores e sejam sustentáveis se intensifica. 

Nesse sentido, economizar energia nas empresas é uma missão cada vez mais importante para pequenos, médios e grandes empreendimentos. E para alcançar esse objetivo, é imprescindível contar com esforços do âmbito público, como políticas de incentivo, mas também avanços no setor privado.

Felizmente, as inovações em conectividade, Internet das Coisas e na análise de dados têm muito a contribuir com a eficiência energética. Além disso, essas soluções tecnológicas também são cruciais para alcançar uma operação mais eficiente, isto é, que além de consumir menos, entrega melhores resultados.

Assim, dada a importância do tema, o artigo de hoje irá mostrar como é possível desenvolver um modelo de negócio mais sustentável, tanto do ponto de vista das finanças quanto no aspecto ambiental, a partir dos recursos digitais. Aproveite para ver também:

  • Eficiência energética e sustentabilidade
  • Mas afinal, como economizar energia nas empresas?
  • Energia elétrica pesa no orçamento das PMEs
  • Grandes negócios precisam se alinhar ao ESG
  • Dicas para ajudar a economizar energia nas empresas

Eficiência energética e sustentabilidade

menino vestido de executivo enfiando cartão com lâmpada desenhada em máquina de dinheiro, representando a eficiência energética
Gastos com eletricidade compõem mais de 1/6 das despesas de empresas no Brasil, diz SEBRAE

No cenário atual dos negócios, é possível identificar uma busca de equilíbrio entre atuar com um modelo mais sustentável e ser altamente produtivo. Assim, parte integrante de ambas as missões é trazer mais eficiência para seus processos diários, evitando desperdícios e conquistando bons resultados. 

Nesse sentido, economizar energia nas empresas é um dos objetivos tanto para redução de custos, quanto em termos de sustentabilidade. 

Paralelamente, também vale ressaltar que a questão energética se torna cada vez mais importante. A princípio, a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) destaca dois Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados ao tema:

  • Objetivo 7 – Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos;
  • Objetivo 12 – Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis;

Inclusive, no ODS 12, consta o aumento de capacidade instalada de geração de energia renovável nos países em desenvolvimento (em watts per capita). No Brasil, segundo o IBGE, houve um crescimento de 42% nesse indicador entre 2012 e 2019, mas ainda há espaço para avanço.

A melhoria na eficiência energética será instrumental também no combate às mudanças climáticas e na preservação da camada de ozônio. Porém, essa evolução depende da criação dos novos modelos de negócios, bem como de novas tecnologias.  

Sendo assim, pode-se dizer que para ter essa eficiência energética é preciso criar novos hábitos e investir em inovações tanto em pequenas quanto grandes empresas.

Cenário brasileiro 

Em primeiro lugar, é importante frisar que a energia brasileira provém principalmente de fonte hidrelétrica, que, por sua vez, é altamente dependente do clima. Assim, é comum que as faixas de preços se alterem e até mesmo que aconteçam eventuais quedas no fornecimento de energia em períodos de seca.

Apesar disso, há ainda muito potencial energético a ser desenvolvido no país. Segundo um artigo publicado em março de 2021, pela McKinsey, embora o Brasil tenha capacidade energética similar às nações norte-americanas, as taxas praticadas são completamente diferentes. 

Para exemplificar, em 2019, as tarifas brasileiras de eletricidade para consumidores industriais cativos eram, em média, 65% maiores que as dos EUA. Comparadas ao Canadá, que mantém uma dependência semelhante da energia hidrelétrica, ainda superaram em 35%.

Em suma, o Brasil tem à sua disposição um rico mix de fontes de energia, que inclui gás natural, eólica, solar e até biomassa. Considerando que a eletricidade está presente e é necessária em quase todos os processos, uma rede eficiente e de baixo custo traz muitos benefícios.

Noutras palavras, pode tornar o país mais resiliente e competitivo no longo prazo.

Por fim, vale lembrar que o consumo de energia elétrica também foi afetado pela pandemia de Covid-19. De acordo com o levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o segundo trimestre de 2021 já mostra uma recuperação do mercado. 

No estudo, foi registrado um aumento de 12,8% no consumo, comparado ao mesmo período de 2020. Desses, o responsável pelo maior crescimento foi o setor industrial, representando 22,3%, seguido do comercial com 15,9% e do residencial com 4,8%.

Ou seja, não é preciso ir muito longe para compreender que uma operação empresarial mais eficiente, energeticamente falando, tende a beneficiar não só as próprias companhias, com menos custos, mas a toda cadeia consumidora de eletricidade.

Mas afinal, como economizar energia nas empresas?

De modo geral, economizar energia nas empresas depende de um trio de fatores: pessoas, procedimentos e tecnologias

Antes de mais nada, para que qualquer plano de eficiência energética funcione, é preciso assegurar a conscientização dos funcionários e líderes. Nesse sentido, é importante não apenas a capacitação para uso racional de recursos, mas também o investimento em profissionais que reconheçam oportunidades de otimização dos mesmos.

Esses cuidados vão muito além dos hábitos de aproveitar a iluminação e a ventilação natural ou de desligar da tomada aparelhos que não estiverem em uso. Estes, porém, também não são dispensáveis e mostram um comprometimento da equipe com o desenvolvimento de um ambiente de trabalho mais sustentável.

Além disso, é inegável que as empresas e indústrias têm o grande papel de aprimorar o modelo de negócio. E, inclusive, faz parte desse processo investir em tecnologias que auxiliem na gestão energética e na redução de desperdícios. 

Sendo assim, apresentaremos as principais questões relacionadas às PMEs, aos grandes empreendimentos e também as soluções mais utilizadas para endereçá-las. Afinal, economizar energia nas empresas é uma forma de investimento no futuro do meio ambiente e da própria companhia.

Energia elétrica pesa no orçamento das PMEs

As PMEs, bem como empresas de qualquer porte, têm muito a se beneficiar com uma gestão energética mais detalhada. Isso tanto para redução de custos, quanto para alinhar-se aos ativos intangíveis do ESG, sobre os quais trataremos mais adiante.

Segundo uma pesquisa do Sebrae, realizada com 354 organizações, a eletricidade é responsável por 15,44% dos custos no cotidiano das empresas. E para melhorar esse indicador, bem como aumentar a rentabilidade do negócio, o processo começa no dia a dia, evidenciando pontos de desperdício e ineficiência.

Para isso, além de trabalhar a conscientização da equipe sobre boas práticas para poupar recursos como energia e água, há algumas tecnologias que facilitam o processo. 

Como exemplo, um sistema automatizado para desligar luzes, ar-condicionado e outros equipamentos a partir de um determinado horário, ajuda a economizar energia nas empresas. 

Alternativamente, é possível, ainda, utilizar sensores para acender a luz do ambiente somente quando houver presença. Em paralelo, também é válida a atenção para o tipo de iluminação utilizada, pois existem tipos de lâmpadas que duram mais e gastam menos, como a LED ou a fluorescente.

Como muitas vezes as PMEs sofrem com o impasse de um orçamento limitado, é essencial conhecer os programas governamentais que incentivam essa economia de energia. 

Como exemplo em setembro de 2021, o governo federal anunciou um programa de desconto para quem reduzir o consumo voluntariamente, incluindo pequenos negócios. 

A princípio, a ação ficará ativa entre setembro e dezembro, e deve premiar com R$50 para cada 100kWh reduzidos, desde que a redução represente, pelo menos, 10% da conta. Vale lembrar que o cálculo terá por base o consumo nos mesmos meses de 2020.

Além disso, a Política Nacional de Eficiência Energética (PNEE), que é uma iniciativa do Plano Nacional de Energia 2030, prevê mais melhorias para quem se empenhar nessa missão. 

Em meio às atividades propostas, consta a regulamentação de incentivos fiscais e tributários para equipamentos energeticamente eficientes, além  de produtos sustentáveis ou provenientes de fontes de energia limpas.

Grandes negócios precisam se alinhar ao ESG

Cada vez mais, os consumidores procuram marcas que estejam alinhadas aos seus valores e que invistam em um futuro melhor. 

Tal vontade, por sinal, também vai ao encontro do conceito ESG, de Governança Ambiental, Social e Corporativa, que hoje transcende uma questão de meras relações públicas e rege até mesmo o mercado de investimentos. 

Por conta disso, o posicionamento de grandes negócios e indústrias com relação à a economia de energia e a otimização do uso de recursos é essencial. 

De acordo com o Atlas de Eficiência Energética do Brasil, divulgado em 2020 pela EPE, o setor industrial e de transporte são os dois maiores consumidores de energia. 

Ao mesmo tempo, o dado também revela um grande potencial de ambas as áreas em economizar esse insumo. Isso, mais uma vez, se traduz na possibilidade de reduzir, consideravelmente, os custos e o impacto ambiental.

Por sua vez, no segmento de serviços, hotéis e restaurantes são os que mais demandam eletricidade, bem como os edifícios, em geral, e a iluminação pública.

Para auxiliar, desde 1984, programas públicos de eficiência energética vêm sendo criados  e voltados para essas áreas. Inclusive, frente à atual crise hídrica, o governo anunciou, em agosto de 2021, um programa para economizar energia nas empresas e indústrias de grande porte

Apesar desses incentivos governamentais, é fundamental que os setores, por si só, invistam em melhorias. Por isso, apresentaremos algumas tecnologias que facilitam a gestão energética e garantem um melhor uso dos recursos disponíveis.

Dicas para ajudar a economizar energia nas empresas

Mão masculina tocando interruptor para desligar a luz
Práticas simples, como desligar a luz após sair do escritório, continuam sendo importantes, mas é preciso ir além

Já existem muitas tecnologias que dão uma melhor visibilidade do consumo e desperdício de energia em uma empresa, de qualquer porte ou indústria. Com essa visão, é possível trazer melhorias para os processos internos, reduzir custos e desperdícios, além de redirecionar o orçamento economizado para outras áreas do negócio. 

Conheça algumas dessas soluções:

Estrutura de TI e Cloud Computing

Com o volume massivo de dados gerados atualmente – e que tende a aumentar exponencialmente -, as companhias necessitam de estruturas adequadas para processamento e armazenamento.

Muitos negócios, principalmente os mais antigos, ainda mantém Data Centers dentro das próprias instalações. Porém, quando pensamos em disponibilidade, segurança e em como economizar energia nas empresas, uma das alternativas mais modernas chama a atenção: a cloud computing

Enquanto os centros de dados que operam no modelo tradicional exigem climatização contínua do ambiente e uma sala exclusiva, os Data Centers que rodam em nuvem aumentam a capacidade computacional com o mínimo de eletricidade e outros recursos.

Como mostra uma reportagem do The New York Times, de fevereiro de 2020, a cloud permitiu um avanço virtual. 

Isso porque os grandes data centers em nuvem usam aplicações personalizadas e armazenamento de alta densidade (o chamado ‘software de máquina virtual’), além de rede ultrarrápida e sistemas de fluxo de ar personalizados.

Na Vivo Empresas, o serviço Vivo Cloud Server oferece um servidor em nuvem seguro e com alta disponibilidade, que permite a virtualização simples e rápida. A capacidade de processamento é personalizada de acordo com as necessidades da companhia e funcionam no modelo pay per use, ou pague somente o que usar.

Outra alternativa é o serviço de colocation, que disponibiliza um ambiente físico seguro para hospedar o maquinário de TI da empresa. Assim, torna-se possível economizar energia nas empresas com flexibilidade e proteção aos dados. 

Atualização e manutenção de equipamentos

Em muitos casos, o que se vê são os ativos das companhias trabalhando contra elas. Pois, a substituição proativa de equipamentos normalmente não faz parte do planejamento e, assim, grandes volumes de energia são desperdiçados em cada ambiente do negócio. 

A realidade é que aparelhos mais modernos já são produzidos de forma a priorizar um uso sustentável. Como exemplo, em um negócio que precisa manter produtos refrigerados, o consumo é alto. Porém, novos modelos de freezers já otimizam a refrigeração e consomem menos energia. 

Essa máxima funciona tanto para uma linha de produção, quanto para um escritório. Entretanto, muitas empresas optam por ficar com um dispositivo até ele não funcionar mais. Isso porque atualizá-lo  pode significar um investimento inviável para PMEs, por exemplo. 

Em contrapartida, outra opção vem ganhando destaque: o aluguel de equipamentos. Ao ser contratado como serviço, o custo é diluído e pode ser abatido do Imposto de Renda. 

Para isso, a Vivo Empresas oferece um amplo portfólio de dispositivos de microinformática que inclui desktops, all in ones, notebooks, tablets e impressoras. O serviço de aluguel ainda inclui a atualização e a manutenção dos eletrônicos, que são escolhidos de acordo com as necessidades do negócio.

Conectividade e Internet das Coisas

A conectividade é a base de todas as soluções. Tanto para a comunicação entre equipes e uso de ferramentas de colaboração como o Microsoft 365, quanto para a gestão, um bom acesso à internet é necessário.

Com a Internet das Coisas (IoT), essa conectividade se estende aos mais diversos equipamentos e sensores. Estes, então, captam dados que podem ser analisados e se tornam insights para o negócio. Inclusive, é esse conhecimento profundo que permite gerir melhor o gasto de energia. 

A Vivo Kite Platform oferece gestão da comunicação Machine to Machine (M2M), pela qual os dados são gerados e gravados. A solução traz um amplo conjunto de recursos para ajudar o monitoramento de tráfego e gastos em tempo real e com segurança.

Os dispositivos conectados permitem checar o volume de eletricidade consumida e até mesmo entender se há a necessidade de reparo ou troca de uma peça. Identificando os grandes vilões da eficiência energética, o gestor pode tomar decisões para otimizar o uso do recurso na produção.

Similarmente, a IoT é uma aliada na automação que por si só otimiza o consumo de recursos humanos, permitindo que a equipe foque em outras tarefas, e o de energia.

Inteligência de gestão

Para tomar as melhores decisões sobre como economizar energia nas empresas, é preciso entender o consumo como um todo. Saber onde estão os equipamentos que mais gastam e quais as áreas da companhia que têm maior demanda são algumas perguntas que devem ser respondidas nessa gestão. 

Contudo, nem sempre é tão simples ter essa visão. Por exemplo, majoritariamente os empreendimentos não coletam dados sobre a performance dos equipamentos. E isso acaba atrapalhando no momento de tomada de decisão, pois nem se sabe que existem pontos de melhoria.

Nesse sentido, uma solução que ajuda a economizar energia nas empresas é o Vivo Eficiência Energética. O serviço foca no controle e na redução dos gastos com eletricidade e o faz  com base na medição dos dados conectados. 

Além disso, a solução identifica potenciais desperdícios a partir do monitoramento  de aspectos críticos dos negócios, como refrigeração, pressão, umidade, entre outros, promovendo automação desses dispositivos elétricos quando necessários. 

Assim, todas as informações ficam disponíveis em uma plataforma, de modo que o gestor possa tirar insights, automatizar o negócio e otimizar o custo energético. 

Sobretudo, com acesso a informações como essas, é possível elaborar um programa de eficiência energética usando dados ao seu dispor. Aliás, até mesmo a estrutura da companhia pode ser aprimorada. 

Como exemplo, com a solução é possível identificar uma equipe que precisa de muita iluminação na empresa. Com essa informação, o time pode ser remanejado para um ambiente com mais entrada de luz solar. Inclusive, o mesmo funciona para a ventilação.

Além disso, é possível mapear os dispositivos que precisam ser reparados ou substituídos, aumentando a eficiência energética e otimizando a produção. Nesse sentido, também é possível conferir as faturas enviadas pelas concessionárias para checar o consumo e prever os gastos dos próximos meses. 

Conclusão

Em resumo, um dos pontos críticos dos negócios é não ter visibilidade sobre gastos diários como a eletricidade. De pouco em pouco, são despesas desnecessárias em recursos como esses que fazem empresas perderem oportunidades de investimento. 

Somado a isso, o abuso de consumo de energia sobrecarrega todo o sistema nacional, fazendo com que taxas mais altas sejam aplicadas, além de causar impactos ambientais.

A realidade é que economizar energia nas empresas beneficia a todos. Porém, ela só irá atingir máximo potencial com ações de conscientização sobre o tema e a implantação de inovações capazes de auxiliar . 

Hoje, muitas fontes de energia limpas estão se tornando mais populares e já valem o investimento, quando se pensa em longo prazo. Segundo uma reportagem publicada em agosto de 2021 pelo Jornal Nacional, no primeiro semestre do ano houve aumento de 50% na instalação de placas solares.

Atenta a necessidade de evolução nos modelos de negócio, bem como da eficiência energética, a Vivo Empresas oferece soluções com foco nessa transformação. O Vivo Eficiência Energética auxilia diretamente na gestão de energia e é uma forma de auxiliar no desenvolvimento sustentável das companhias de pequeno a grande porte. 

Conheça ainda outras formas em que a tecnologia pode auxiliar na construção de um futuro mais sustentável:

Até a próxima!

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