Com a velocidade com que as mudanças têm acontecido no setor, é essencial conhecer as tendências no varejo. Muito embora seja um desafio que acompanha os empreendedores desde sempre, esse fenômeno se intensifica diante do fato de que muitos negócios ainda estão se recuperando dos impactos causados pela pandemia e se adaptando às novas formas de consumo.
A realidade é que, desde março de 2020, houve muitas mudanças no comércio e até nos hábitos dos consumidores. Por sua vez, a digitalização acelerada trouxe para o e-commerce pessoas que nunca haviam comprado online e que, ao que tudo indica, continuarão utilizando canais digitais.
Portanto, é justamente neste momento turbulento que é preciso recorrer à tecnologia para encontrar caminhos mais eficientes para vender. No entanto, isso não se limita a estar presente digitalmente, mas unir o melhor do on e do offline para compor boas ofertas, promover uma experiência integrada entre ambos os meios e otimizar a jornada de compra.
Nesse sentido, entender as preferências do consumidor e buscar um modo sustentável de negócio são elementos que já fazem parte da rotina. Por isso, é fundamental saber como utilizar os recursos disponíveis para se destacar em meio à alta concorrência. Sendo assim, você também lerá neste artigo:
- As 5 tendências no varejo para 2023.
- O novo cenário das vendas no varejo.
- Investimento no digital ajuda a conquistar bons clientes.
- O futuro das vendas no varejo é guiado pela tecnologia.
As 5 tendências no varejo para 2023
Inegavelmente, as vendas no varejo são o reflexo das fortes transformações pelas quais o setor passou nos últimos anos. O surgimento de grandes redes com vastas seleções de produtos e condições quase imbatíveis, a digitalização e o fechamento temporário de estabelecimentos foram alguns dos desafios enfrentados.
Com o arrefecimento da pandemia, o cenário mudou. Se em 2022 os desafios enfrentados por varejistas compreendiam obstáculos em relação à cadeia de fornecedores, incerteza econômica e taxações, em 2023 as tendências indicam que o foco se estenderá também para o aprimoramento da jornada de compra dos clientes e preocupação com temas como ESG.
A partir do momento em que empresas do setor se ajustam ao novo normal, garantir a experiência perfeita e investir em compras híbridas são passos indispensáveis para o futuro do varejo. Conheça algumas das tendências no varejo para 2023.
1. Phygital, a tendência que transcende a omnicanalidade
Sabe-se que o comércio presencial e o online têm bastante influência um sobre o outro. Assim como as pessoas geralmente pesquisam na internet antes de comprar um produto na loja física, há quem prefira testar algo no ponto de venda para adquiri-lo pela internet.
Sendo assim, para melhor atender aos clientes, é preciso estar presente em diversos canais, deixando a escolha para eles. Em outras palavras, a estratégia omnichannel ganhou tração nos últimos anos.
Entretanto, o mercado já se encaminha para um novo conceito: o phygital. Essa tendência transcende a omnicanalidade, não apenas disponibilizando atendimento físico e online, mas buscando a integração entre os ambientes. É uma forma de tornar a jornada de compra mais fluida e, assim, melhorar a experiência do consumidor.
Só para ilustrar, segundo a pesquisa Global Consumer Insights Survey, da PwC, publicada em junho de 2022, quando há problemas na experiência de compra, seja na loja física ou online, o consumidor apresenta alguns tipos de comportamento no Brasil:
- 62% utilizam mais sites de comparação para verificar a disponibilidade de determinado produto;
- 56% alternam para a compra de produtos online;
- 43% compram em vários varejistas para atender às suas necessidades;
- 38% alteram a loja/ponto de venda em que costumam fazer compras para obter o produto desejado;
- 36% alternam para a compra de produtos na loja física.
Esses dados comprovam como o varejo está interligado, independentemente do local, e reforçam a necessidade de pensar o comércio com uma visão 360º. Ou seja, mostram que os varejistas não podem mais abrir mão de alcançar os consumidores em todos os canais, principalmente devido a desafios como gargalos na cadeia de suprimentos e inflação.
2. Redes de mídia e a oportunidade para aproveitar o alcance de grandes varejistas
Conforme estudo realizado pela empresa de analytics Placer.ai, uma das principais tendências do varejo para 2023 é a chamada de rede de mídia. O conceito, em resumo, funciona desta forma: grandes varejistas, como Amazon, Walmart e Target, aproveitam o tráfego de suas lojas, tanto online quanto físicas, para oferecer a oportunidade de outras empresas mostrarem propaganda para seus clientes.
Para as varejistas, investir em redes de mídia é uma maneira de aumentar a receita, a rentabilidade e, ainda, capitalizar o tráfego que vem de localizações diversas. Para potenciais anunciantes, o modelo atrai pelo nível de intenção dos visitantes e, também, pela proximidade do ponto de venda no caso da publicidade em lojas físicas.
Portanto, a tendência é que as vendas de espaços publicitários em sites, painéis em lojas, aplicativos móveis e serviços de streaming continuem a crescer em 2023, sendo oferecidas por mais varejistas.
Ao falar de estabelecimentos físicos, outras funções de comunicação também continuam em destaque, como os totens de autoatendimento. Nesse cenário, a Vivo Empresas oferece o serviço Display Pro, que ajuda no relacionamento com o cliente.
A solução, baseada em Internet das Coisas (IoT), traz avisos, informações adicionais sobre produtos e até mesmo ofertas, por meio de telas alocadas nas lojas.
3. Compras híbridas e jornada de compra perfeita no radar
Varejistas precisam entregar uma experiência de compra perfeita em todos os canais: online, loja física, dispositivos móveis, mídias sociais e live streaming. No entanto, ter essa visão holística da jornada de compras exige que os varejistas tenham acesso a todos os dados de diferentes áreas do negócio em um formato sincronizado, o qual possa ser utilizado por diversos departamentos da empresa, como Marketing, Operações, Digital, Finanças e Recursos Humanos.
Nesse cenário, é essencial que todas as informações relativas à jornada de compra dos clientes sejam consistentes e acuradas.
Informações desestruturadas precisam ser organizadas e padronizadas para que, assim, tomadores de decisões e processos automáticos possam realizar as ações necessárias. Ao sincronizar dados em tempo real, diferentes áreas da empresa podem colaborar e criar estratégias relevantes para o negócio.
Nesse sentido, investir em Big Data faz a diferença. A tecnologia nada mais é do que a análise de volumes massivos de dados que, como resultado, gera insights para direcionar o negócio de forma estratégica à realização das metas.
Como exemplo, um estabelecimento que utiliza equipamentos de IoT ou, ainda, soluções de conectividade, como o Wi-Fi Pro, consegue captar informações sobre os clientes em tempo real.
A partir dessa coleta, é possível entender preferências de produtos, serviços, meios de pagamento e até horários de compra. E, assim, tirar conclusões para aumentar as vendas no varejo.
Há, ainda, soluções de Big Data que contam com bases de dados reais, permitindo expandir os estudos analíticos e comportamentais para tomada de decisão das empresas em suas iniciativas.
Vale ainda lembrar que essas tecnologias são ideais para trazer mais segurança para o varejo. Afinal, conhecendo o comportamento do cliente e os processos internos, a partir de soluções inteligentes e precisas, é mais fácil identificar possíveis fraudes, por exemplo.
4. Gamificação e tecnologias imersivas atraem público mais jovem
As novas gerações já nasceram com acesso à internet, assim, pesquisas em smartphones e assistentes virtuais já estão ao seu dispor há muito tempo. Somado a isso, o primeiro contato com o consumo também é digitalizado e, por isso, apenas contar com um canal de vendas na internet não basta.
É preciso inovar para conseguir, de fato, chamar a atenção desse público.
Por esse motivo, uma das tendências para aumentar as vendas no varejo voltadas para jovens é apostar em tecnologias imersivas. Nesse quesito, tanto a realidade aumentada quanto a virtual são bastante atrativas, trazendo à vida elementos de computação gráfica, ou, ainda, levando pessoas para um mundo inteiramente diferente do nosso.
A gamificação de diferentes processos também está em ascensão. Jogos interativos, quiz e pontuações por compra são alguns exemplos bastante difundidos. Paralelamente, há ainda o marketing e as vendas dentro de games free to play (gratuitos para jogar), como Candy Crush ou Fortnite.
De acordo com a pesquisa citada anteriormente, a Global Consumer Insights Survey, da PwC, os avanços em realidade virtual e metaverso estão mudando a experiência omnichannel, que deve crescer ainda mais em 2023.
Para se ter ideia, 81% dos entrevistados dizem que compraram em três ou quatro canais nos últimos seis meses. Mais da metade fez compras diárias ou semanais.
Além disso, cerca de um terço dos entrevistados na pesquisa da consultoria relatou usar um canal de realidade virtual. No Brasil, 51% dos que usaram RV nos seis meses anteriores disseram jogar ou assistir a filmes e programas de TV.
5. ESG como fator para geração de valor
Outra tendência no varejo significativa para 2023 é o crescimento de fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) como elemento de geração de valor. Isso porque investidores, cada vez mais, demandam informações sobre riscos e desempenho.
Nesse sentido, varejistas devem se preparar para adaptar suas operações para atender a essas demandas, assim como considerar esses fatores na hora de definir os produtos e serviços que serão disponibilizados.
Conforme a pesquisa da PwC, em torno de quatro em cada dez entrevistados no Brasil e no mundo dizem que os fatores ESG geralmente afetam suas decisões de compra. De acordo com o estudo, as gerações Y e Z são mais propensas a levar em conta o ESG ao considerar aspectos como confiança e recomendações.
O novo cenário das vendas no varejo
Segundo dados apresentados no evento Commerce 2040: The Future of the Store in a Digital World, em outubro de 2022, pela Euromonitor Internacional, varejistas que operam lojas físicas precisarão repensar as estratégias de longo prazo para competir, pois a porcentagem de produtos comprados presencialmente continua caindo.
De acordo com o estudo, a participação nas vendas globais das mercadorias compradas em lojas físicas era de 93% em 2011; 89% em 2016 e 79% em 2021. A expectativa para 2026 é que caia para 73%.
Dessa maneira, é essencial redefinir o papel das lojas físicas. Se a primeira onda de disrupção digital se concentrou em como os estabelecimentos poderiam competir com o e-commerce, a próxima se concentrará na integração e descoberta de sinergias.
Entre as medidas importantes para se preparar para esse novo cenário no varejo, estão:
- Gerar feedback para os consumidores em tempo real.
- Construir uma cadeia sólida de fornecedores.
- Focar na integração de diversos canais.
Em outras palavras, há espaço para ambos os mundos e, no final das contas, quem ganha é o consumidor, que terá mais opções para escolher. Contudo, a tendência estratégica é que físico e digital estejam cada vez mais entrelaçados – portanto, é preciso se planejar para essa realidade.
Investimento no digital ajuda a conquistar bons clientes
Atualmente, um dos dilemas dos empreendedores varejistas é compreender onde concentrar seus esforços. Afinal, será que é necessário atuar em ambos os ambientes físico e online?
Em suma, é preciso entender objetivos, missão e recursos disponíveis para fazer as melhores escolhas. Mesmo porque não existe uma estratégia que funcione para todos os negócios.
Dito isso, também vale considerar o comportamento do público. Conforme os dados da pesquisa Global Consumer Insights Survey, da PwC, 70% dos entrevistados no Brasil aumentaram suas compras online durante a pandemia. Já 55% preveem que aumentarão ainda mais as compras online nos próximos seis meses. Além disso, ⅓ dos entrevistados no Brasil e no mundo espera ampliar suas compras em lojas físicas.
Sendo assim, a tendência é chamada de ‘cliente zigue-zague’, ou seja, uma pessoa que alterna entre o comércio físico e o digital. Por sua vez, os atrativos que levam o consumidor a comprar em cada um dos ambientes são diferentes.
Nas lojas físicas há alguns benefícios, como poder ver, tocar e experimentar o produto, além de já sair do estabelecimento com a compra em mãos. No online, as vantagens são, geralmente, nas ofertas e na variedade.
No entanto, para as vendas no varejo, aproveitar o melhor dos dois mundos pode ser a melhor forma de se destacar. Hoje, tecnologias sustentadas pela conectividade garantem a oportunidade de combinar elementos digitais e físicos para oferecer uma experiência diferenciada – e até mesmo customizada.
O futuro das vendas no varejo é guiado pela tecnologia
Por fim, vemos que, se antes os negócios se direcionavam completamente para o físico ou virtual, hoje há muito mais benefício em unir o melhor dos dois mundos, e essa é uma das principais tendências no varejo.
Aproveitar os recursos digitais para personalizar ofertas, ter um relacionamento mais próximo com o cliente e trazer inovação para dentro dos estabelecimentos já são possíveis.
O poder da conectividade e a flexibilidade da Cloud, que permite armazenamento e compartilhamento simples de dados, são atributos essenciais a essa transformação do comércio. Mas o futuro requer que os empreendimentos sigam além, trazendo o novo para engajar o público, onde quer que ele esteja.
Experiências imersivas online ou nas lojas físicas, entregas via drones e gamificação: o futuro das vendas no varejo já está aqui e não há tempo a perder.
Não por menos, de acordo com um estudo divulgado pela McKinsey & Company em abril de 2021, lojas habilitadas com tecnologia serão mais fáceis de operar e podem dobrar os lucros. Além disso, esse modelo deve garantir melhor experiência do consumidor e engajamento dos funcionários.
Atenta a essa movimentação, a Vivo Empresas atua de ponta a ponta na digitalização para auxiliar nas vendas, inclusive com soluções especialmente pensadas para o varejo. Afinal, os desafios do futuro já começam a aparecer, e a adaptação é imperativa para seguir em frente.
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Até a próxima!