Healthtechs: conheça as startups que levam inovação e tecnologia ao setor da saúde

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O setor de saúde está constantemente em busca de inovações e, nesse sentido, as healthtechs têm sido fundamentais para trazer desenvolvimento aos diversos segmentos. 

Isso porque as startups da área têm como premissa o emprego da tecnologia para a superação de diferentes desafios na manutenção e restabelecimento da qualidade de vida do ser humano. Tal fator inclui os obstáculos enfrentados por entidades públicas, clínicas, consultórios especializados ou, ainda, laboratórios de exames.

Não por acaso, o universo das healthtechs é bastante abrangente, assim como seu campo de atuação. Seja para trazer mais segurança aos pacientes, ou eficiência no dia a dia da gestão e dos profissionais, esses empreendimentos oferecem soluções, muitas vezes, prontas para o uso, além de adaptáveis a diferentes cenários. 

Para tanto, assim como outras empresas do gênero, as startups da saúde apostam na união entre criatividade e tecnologia, o que lhes permite reinventar processos, serviços e produtos na medicina. 

Neste artigo, conheça mais sobre um dos segmentos de startups que mais cresce no Brasil, como essas empresas investem na digitalização para reestruturar o setor, e de que maneira podem contribuir com o seu negócio. Veja também:

  • Healthtech: aprimorando processos do setor de saúde
  • Segmento é altamente especializado
  • Mercado está em ascensão
  • Healthtech na prática
  • O futuro da saúde com as healthtechs

Healthtech: aprimorando processos do setor de saúde

Foto aproximada de pessoa conferindo relógio inteligente no pulso
Healthtechs atuam em diversos segmentos da saúde, inclusive o dos dispositivos médicos inteligentes

Como o próprio nome sugere, uma healthtech une saúde e tecnologia, conceito que fica bem claro no termo original em Inglês “health” e “tech”. Sendo assim, o propósito dessas empresas é justamente utilizar recursos tecnológicos para criar soluções inovadoras, sejam elas diretamente relacionadas (ou não) aos cuidados com o paciente.

Dessa forma, seu escopo é otimizar todo o sistema de saúde, tornando-o eficiente e acessível. Com o intuito de atingir esse objetivo, as companhias atuam em frentes como prevenção, diagnóstico, pesquisa, finanças e operações, oferecendo soluções para desafios diários.

Uma das características comuns às healthtechs é que todos os produtos e serviços criados devem ser escaláveis, replicáveis e inovadores. Esses são atributos desse modelo de negócio.

Consequentemente, tais fatores fazem dessas startups os parceiros ideais para simplificar a evolução das instituições de saúde de pequeno a grande portes.

Inclusive, apesar da ascensão gradativa e do aumento da visibilidade das healthtechs nos últimos dois anos, elas não são novidade. Tanto que, em 2015, a pesquisa Global Health Care Outlook da Deloitte, já apontava alguns benefícios desse tipo de negócio.

Entre eles, estavam a redução de custos, o resultado mais ágil e preciso de diagnósticos, a gestão mais eficiente de recursos e a melhoria do compliance, um aspecto especialmente importante quando se fala em saúde.

Segmento é altamente especializado

O imaginário popular entende as instituições de saúde como, via de regra, grandes hospitais, responsáveis sempre por procedimentos complexos. Porém, a realidade é que o setor envolve milhares de outras atividades menores e suas ramificações.

Por exemplo, há healthtechs especializadas em ações preventivas, focadas na melhoria de diagnósticos, e outras que oferecem soluções em telemedicina, para citar algumas.

Aliás, os investimentos na prestação de serviços médicos à distância cresceram 39%, de 2019 para 2020. É o que mostra o levantamento da CB Insights, publicado pela revista Exame, em fevereiro de 2021.

Para exemplificar, um dos principais estudos sobre essas startups, como o Distrito Healthtech Report 2020, de agosto daquele ano, as divide em nove categorias, relacionadas ao serviço prestado e à tecnologia utilizada, sendo:

  • Acesso à informação;
  • AI & Big Data;
  • Farmacêutica e Diagnóstico;
  • Gestão e Prontuário Eletrônico (PEP);
  • Marketplace;
  • Medical Devices;
  • Relacionamento com Pacientes;
  • Telemedicina;
  • Wearables & IoT.

Dentre as listadas, destacamos alguns segmentos que mostram o potencial desse modelo de negócio para administração de diferentes gêneros de instituições de saúde, além das tecnologias que as fazem tendências:

Gestão e Prontuário Eletrônico

Essa é uma das categorias que reúne mais iniciativas, representando 25% das healthtechs mapeadas no relatório. Neste nicho, encaixam-se plataformas voltadas à gerência de diversos parâmetros e recursos necessários à prestação de serviços da saúde.

Um dos exemplos recorrentes é o de Gestão Hospitalar, com 26,5% das companhias. Esse grupo compreende serviços administrativos, como controle de escalas e reembolso de seguros. 

Em seguida, estão as healthtechs de Atestados, Laudos e Prescrição, com 11%, e as de Prontuário Eletrônico, com 10,3%.

Wearables & Internet das Coisas (IoT)

Embora essa categoria represente apenas 4% das healthtechs no País atualmente, trata-se de uma das tendências para os próximos anos. Especialmente, porque há um crescimento na preocupação do brasileiro com a sua saúde e, assim, também aumenta o interesse em dispositivos vestíveis, como os relógios e pulseiras inteligentes. 

Nesse cenário, as startups atuam com acessórios para monitoramento do dia a dia. Os aparelhos registram padrões de sono e atividade física, e podem ser utilizados espontaneamente ou sob recomendação de um profissional. 

Uma vez que nem todos os vestíveis são considerados instrumentos médicos, há também os sensores, que ajudam no acompanhamento remoto de pacientes com doenças crônicas. 

Apesar das diferenças, ambas as tecnologias dependem da conexão via Internet das Coisas (IoT). E, geralmente, armazenam as informações em nuvem, o que permite acessar e compartilhar facilmente as medições feitas ao longo do dia.

Sobretudo, vale mencionar que a IoT está adentrando os centros cirúrgicos e as unidades de terapia intensiva (UTIs), com o fim de auxiliar na checagem de sinais vitais. Inclusive, as possibilidades de aplicação dessa tecnologia são tão vastas na área que a tendência até ganhou nome próprio: IoMT, ou “Internet das Coisas Médicas” (Internet of Medical Things).

Inteligência Artificial (IA) & Big Data

Se a captação de dados a partir de dispositivos conectados já é uma realidade, a análise inteligente das informações geradas neste processo é o próximo passo. 

Neste contexto, o Big Data permite extrair insights de grandes volumes de dados para tomar decisões com suporte em informações reais. No hospital, por exemplo, a a tecnologia pode ajudar na otimização de recursos por setor, indicando onde há excesso e onde há falta de recursos. 

Enquanto isso, a Inteligência Artificial traz personalização ao atendimento e pode oferecer respostas para diferentes situações, antes mesmo que essas ocorram.

Isso porque, a partir de uma quantidade ampla de dados e processos como o aprendizado de máquina (Machine Learning), é possível treinar um software para reconhecer padrões, prever eventuais consequências e, assim, apoiar, com mais precisão, os caminhos tomados por médicos e pacientes. 

Mercado está em ascensão

A saúde é fundamental. Em 2021, os gastos nesse setor representam 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Por isso mesmo, é também um mercado promissor para inovações.

Em países como os Estados Unidos, a digitalização desse campo, incluindo a ascensão das healthtechs, também não é um movimento que teve início recentemente. Por isso mesmo, existem grandes expectativas em relação aos resultados que podem trazer a longo prazo.

Segundo a estimativa da McKinsey & Company, divulgada em dezembro de 2020, o sistema de saúde estadunidense pode economizar cerca de US$500 bilhões, se houver adoção total das inovações digitais. 

Panorama brasileiro das healthtechs

No Brasil, as healthtechs também vem se destacando. Ainda de acordo com o Distrito Healthtech Report 2020, desde 2014, foram investidos US$430 milhões em negócios de saúde inovadores. 

Adicionalmente, o próprio interesse na área impulsiona os negócios. Tanto é que, no território nacional, mais da metade dessas startups foram fundadas entre 2016 e 2020. E ainda há muito espaço para desenvolvimento.

Vale mencionar que 2020 foi um ano de muitas oportunidades para esses empreendimentos. Segundo o levantamento divulgado pela PEGN, em janeiro de 2021, foram mais de US$100 milhões investidos no mercado. 

Ao longo de todo aquele ano, houve crescimento de 118% no número de healthtechs brasileiras: em 2018, eram 248 e, em 2020, totalizavam 542. Para termos comparação, até março de 2021 haviam 747.

É provável que o setor continue crescendo, como indica outro relatório da Distrito, de março de 2021. Os dados revelam que, somente no primeiro trimestre do ano, houve um aporte de US$90 milhões dedicado a esse segmento, quase o total registrado em 2020. 

Healthtechs na prática

Médico olhando exames de ressonância magnética
Startups apostam em Big Data e aprendizado de máquina para otimizar diagnósticos e tratamentos

Atualmente, são mais de 700 healthtechs atuando no Brasil, criando soluções e trazendo novas possibilidades ao mercado. A seguir, confira alguns exemplos de casos de sucesso na área, e saiba como a tecnologia é fundamental para o que fazem.

Dr. Consulta

Segundo o Distrito HealthTech Report 2020, é uma das maiores do setor. Adicionalmente, pode-se dizer que a startup abriu as portas para uma nova categoria de atendimento, mais acessível e com funções online.

Criada em 2011, a rede também já atendeu dois milhões e meio de pacientes, seja presencialmente, em consultas em casa, ou por telemedicina. Entre as tecnologias empregadas pela healthtech está a inteligência artificial. 

Entre outras aplicações, a companhia utiliza a IA para alinhar as agendas dos médicos às dos pacientes. Na prática, um algoritmo é capaz de estimar em que horário um usuário poderá (ou desejará) ser atendido na próxima consulta, reduzindo a ociosidade do médico e a incidência de cancelamentos. 

Há também a conectividade, imperativa para o atendimento remoto, que inclui agendamento e consultas online, e a Nuvem, responsável pelo armazenamento rápido e seguro de informações sensíveis.

IntuitiveCare

Simplificar o intercâmbio de dados entre prestadores de saúde e fontes pagadoras é um desafio constante nessa área. A falta de digitalização de processos e de padrão na comunicação entre as partes tem como resultado um sistema ineficiente, que pode até gerar perdas financeiras.

Fundada em 2017, a IntuitiveCare foi uma das primeiras a perceber a oportunidade de usar tecnologia para resolver tal problema. Por meio de um sistema operacional único, a startup conecta bancos de dados distintos e padroniza o fluxo de informações, além de otimizar outras tarefas.

Segundo o empreendimento, houve mais de R$400 milhões em ganhos financeiros gerados. Isso é devido, principalmente, à redução dos altos custos com backoffice, uma vez que o processamento dos dados passa a ser feito digitalmente. Consequentemente, economiza-se tempo e capital humano.

O futuro da saúde com as healthtechs

Com soluções altamente especializadas, que unem o melhor da tecnologia à saúde, as healthtechs fazem parte do futuro das pessoas e dos negócios. 

Isso porque, além de atender às principais necessidades das instituições, os serviços prestados também se refletem no dia a dia dos pacientes, seja com um atendimento mais acessível, o que estimula a visita ao médico, seja com diagnósticos e tratamentos mais eficazes.

Fato é, no entanto, que as startups de saúde, tal como aquelas voltadas para outros setores da economia, são fortemente apoiadas em soluções digitais, como a nuvem e a Internet das Coisas. 

Na prática, além de viabilizarem seus produtos e serviços, esses recursos são parte fundamental do próprio surgimento das healthtechs, uma vez que são suficientemente acessíveis. Desse modo,  permitem o começo do negócio e, por serem facilmente escaláveis, aceleram a expansão das atividades quando necessário.

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Até a próxima!

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