Como preparar o comércio para vender no Natal?

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O final do ano vem chegando e, com ele, também se aproxima um dos momentos mais aguardados do varejo: as vendas no Natal

A data sempre foi uma grande oportunidade para o comércio, mais do que qualquer outra celebração do ano. Antigamente, uma das maiores preocupações dos empregadores do setor era a de contratar a equipe de funcionários extras para dar conta do movimento, mas, com a hiperconectividade do mundo atual, essa realidade mudou. 

Hoje, para conquistar maior volume de vendas, é preciso entender os novos hábitos dos consumidores, além de planejar e dar atenção especial à estrutura tecnológica. Em outras palavras, os varejistas devem verificar as redes internas, os servidores, checar se tudo está funcionando no e-commerce e investir em marketing digital. 

Tudo isso para responder ao aumento da demanda de forma rápida e eficiente. Quer saber mais sobre como vender no Natal? Neste artigo, serão abordados os seguintes assuntos:

  • Hábitos dos consumidores 
  • Produtos que mais vendem na data
  • E-commerce preparado para o dia
  • Loja física pronta para o movimento
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Compras de última hora dominam o Natal

Existem muitas estratégias para as lojas venderem mais, mas talvez a principal seja conseguir entender o que os clientes desejam. Ou seja, hoje é muito importante conhecer os hábitos dos consumidores para, assim, preparar os comércio com serviços e produtos que vão conquistar os clientes. 

Segundo falas de executivos da Best Buy, de agosto de 2022, há uma tendência ao retorno do comportamento pré-pandemia. Isso quer dizer que há uma tendência que aponta que as pessoas vão voltar a fazer as compras de Natal de última hora. Apesar de ser um levantamento referente ao mercado norte-americano, essa característica pode ser repetida no Brasil. 

Em solo nacional, as compras nas últimas semanas que antecedem o Natal são uma tradição, sobretudo por ser quando é injetado na economia o 13° salário. 

Projeções de 2021 do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostraram que o benefício colocou, no último ano, R$ 233 bilhões na economia brasileira. 

Nesse mesmo sentido, a Pesquisa Compras de Última Hora, de dezembro de 2021, da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o SPC Brasil e a Offerwise Pesquisas, revelou  que 17 milhões de brasileiros pretendiam fazer suas compras natalinas somente uma semana antes do dia 25/12. Esse dado  corresponde a 12% das pessoas que tinham a intenção de comprar presentes.

10 tendências de hábitos do consumidor moderno 

Além de entender o que geralmente acontece de última hora nesse período de fim de ano, existem outros fatores que vão ajudar os varejistas a se preparar melhor e vender mais no Natal. 

O principal deles é que será cada vez mais necessário perceber o que os consumidores desejam. Uma vez que parte deles não é fidelizada e muda de lugar para conseguir o produto que deseja, entender o comportamento deles é ótimo para criar estratégias para reter mais clientes. 

Confira a seguir como fazer isso. 

1. Busca por disponibilidade 

Com a ausência de suprimentos causados no período da pandemia, os consumidores  acostumaram-se a fazer pesquisas entre sites, sempre em busca de disponibilidade. 

O estudo da PwC Global Consumer Insights Pulse Survey, de junho de 2022, indicou que 62% dos entrevistados brasileiros usaram mais sites de comparação para saber quem tem o produto disponível na prateleira. Ainda, segundo o levantamento, essa situação cria ótima oportunidade para os lojistas que se preparam para lidar com esse cliente.  

2. Preocupação climática

As pessoas estão cada vez mais preocupadas em como as empresas produzem os itens, de onde eles vêm e como chegam até suas casas. 

Embora as atitudes variem entre gerações, países e setores da indústria, 85% dos consumidores se tornaram “mais verdes” em suas compras nos últimos anos. É o que conclui a pesquisa The Global Sustainability Study 2021, feita pela consultoria Simon-Kucher & Partners, em outubro de 2021. 

3. Idosos digitais

Os chamados idosos digitais começaram a usar mais os celulares para fazer compras durante a pandemia e isso deve ficar. Segundo um estudo do Euromonitor, As 10 tendências de consumo globais em 2022, de janeiro de 2022,  as pessoas mais velhas perderam o medo da tecnologia e agora compram pela internet. 

Dessa forma, os varejistas precisam se adaptar a essa realidade, com sites acessíveis à terceira idade, e que sejam capazes de tornar a navegação mais eficiente e simples. Caso contrário, podem facilmente perder o público sênior para a concorrência. 

4. Paixão e propósito

Ainda, de acordo com o estudo do Euromonitor, passado o período pandêmico, as pessoas estão repensando o sentido da vida e como melhorar a relação delas com o mundo. 

O varejo precisa ficar atento a essa tendência e oferecer produtos que proporcionem o crescimento pessoal ou interior. Ações de marketing devem ir nesse sentido, incluindo as vendas de Natal. 

5. Redes sociais 

Outro fato interessante para os varejistas é que, se quiserem conquistar os jovens, não poderão deixar de lado as redes sociais. 

Como exemplo, uma pesquisa da Student Bens relativa ao futuro do e-commerce apontou que 60% da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) dos Estados Unidos comprou algo depois que viu passar no Instagram e 55% fez o mesmo depois de ver o produto no Tik Tok. 

No Brasil, uma sondagem da Opinion Box apontou que 58% dos usuários de Instagram no país já compraram algo que foi indicado por um influenciador. 

6. Embalagens sustentáveis 

Um dos caminhos para vender no Natal e se destacar da concorrência é encontrar um diferencial. Hoje em dia, o consumidor moderno está mais preocupado com questões ligadas à sustentabilidade. 

No comércio, um dos pontos centrais são as embalagens. Um estudo da Ipsos, com ajuda da Plastic Free July, concluiu que 90% dos brasileiros acreditam que as companhias devem reduzir as embalagens de plástico. 

7. Comprar local

Muitas pessoas adotaram o home office como modelo de trabalho mesmo com o fim da pandemia. Alguns, inclusive, mudaram para casas mais distantes e fora de centros urbanos. 

Junto a essa realidade, surgiu uma onda de “comprar local”, ou seja, incentivar o comércio das redondezas onde mora. Essa é uma atitude considerada ética e pode ser explorada pelas empresas varejistas. 

8. Personalização da jornada

A jornada de compra dos consumidores deve ser cada vez mais personalizada. Para vender mais no Natal, portanto, os varejistas devem proporcionar experiências que façam as pessoas se sentirem valorizadas. 

Esse dado pode ser confirmado na pesquisa Next in Personalization 2021, divulgada em novembro de 2021, pela McKinsey. Segundo o levantamento, as empresas que se destacam em personalização geram 40% mais receita do que a média dos participantes.

9. Facilidade de pagamento

Os varejistas precisam investir em formas diversificadas de pagamento que atendam a demanda do consumidor moderno. Ou seja, isso inclui aceitar Pix, criptomoedas e várias modalidades de cartão. 

Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o meio de pagamento preferido dos brasileiros é dinheiro (71%), pix (70%), cartão de débito (66%) e crédito (57%). 

10. Experiência omnichannel

Outra característica que deve prevalecer no mundo pós-pandemia é a integração entre o ambiente digital e o presencial. Os trabalhos remotos devem continuar, combinados com atividades presenciais. Isso vai fazer com que os consumidores busquem experiências integradas. 

Do mesmo modo, disponibilizar opções como o drive-thru ou o agendamento para retirada também são ferramentas fundamentais no momento para garantir bom atendimento ao cliente onde quer que ele se sinta mais seguro, em experiência omnichannel, cruzando diferentes canais de atendimento em uma única experiência.

Produtos que fazem sucesso em lojas físicas e online

Já vimos que entender os hábitos dos consumidores é fundamental. Agora, vamos ver de fato quais são os produtos mais procurados nas vendas em lojas físicas e online. 

Varejo tradicional (lojas físicas) 

Aquela cena dos shoppings centers cheios na véspera do Natal é bem comum e deve se intensificar com a volta dos consumidores às ruas. O Natal de 2022 vai ser a consolidação de um fim de ano pós-pandemia, sem nenhum tipo de restrição. 

Uma pesquisa da Associação Comercial de São Paulo, de dezembro de 2021, mostrou quais foram os itens preferidos nas intenções de compras do ano. É possível que a tendência para este ano seja a mesma.

  • Roupas, calçados e acessórios (51,5%)
  • Brinquedos (34,9%)
  • Alimentos tradicionais para a ceia de Natal (28,8%)
  • Perfumes (28,6%)
  • Aparelhos celulares (18,4%)

Varejo online (comércio eletrônico)

O 46° relatório Webshoppers da Ebit | Nielsen indicou que o e-commerce brasileiro faturou R$ 118,6 bilhões no primeiro semestre de 2022. Já o ticket médio (média do valor gasto por pedido) do brasileiro foi de R$ 412. 

Além disso, as áreas que mais se destacaram em termos de faturamento (ou métrica GMV, do inglês Gross Merchandise Volume) foram: 

  • eletrodomésticos  (19%);
  • telefonia (18%);
  • casa e decoração (11%).

Já os segmentos de maior predominância em termos de pedidos (sem considerar o valor do produto) foram: 

  • casa e decoração  (13%);
  • alimentação  e bebidas (12%); 
  • perfumaria e cosméticos  (12%);
  • moda e acessórios (9%).

Nesse mesmo sentido, a consultoria Geotrust avaliou as vendas online entre os dias 10 e 24 de dezembro de 2021 e constatou que o varejo online faturou R$ 6,5 bilhões nesse período, crescimento de 16,6% em relação ao ano anterior. As categorias campeãs em pedidos, nessa ordem, foram: moda e acessórios, beleza e perfumaria, e alimentos e bebidas. 

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Tudo pronto para vender no Natal?

Uma vez que já foi discutido o que vende mais em diversos canais, seja online ou físico, agora é preciso entender como a loja deve estar preparada para aumentar as vendas no Natal.

Confira a seguir algumas dicas que podem ser tomadas para aumentar a receita neste fim de ano.

Para lojas físicas

Repensar a experiência do consumidor na loja é um dos primeiros passos para se diferenciar no mercado. Nesse sentido, vale:

  • rearranjar o espaço físico;
  • disponibilizar reserva ou retirada de produtos por meio de aplicativos;
  • garantir uma conexão boa e segura no espaço;
  • investir em um bom software para organizar o estoque e fazer atendimento rápido;
  • implementar o pagamento por aproximação, pix ou outro que leve agilidade ao negócio;
  • usar soluções de IoT no ponto de vendas para monitorar o fluxo de pessoas e evitar tumultos.

Do mesmo modo, a Vivo Empresas conta com o Wi-Fi Pro, solução de marketing que concede Wi-Fi gratuito para clientes nos espaços comerciais. A companhia também oferece um portfólio completo de soluções para digitalização da empresa

Para o e-commerce

Uma vez que as datas comemorativas concentram muitos pedidos em determinados dias, é importante que o comerciante se atente quanto à conectividade ou à estrutura do site para aguentar o número de visitas. 

Afinal, se o site não estiver preparado, uma data que poderia movimentar muito dinheiro na empresa pode ser marcada por frustração e reclamações dos clientes. Para evitar esse tipo de situação, é primordial cuidar dos seguintes pontos:

  • boa conectividade;
  • monitoramento de equipes e frotas;
  • sistema estável, que evite lentidão na navegação e nas compras;
  • flexibilidade para ajustar a capacidade de processamento;
  • segurança dos dados dos clientes e das operações;
  • segurança da informação.

Dessa forma, uma estratégia recomendada para o varejo é o uso de soluções em cloud, que oferecem a escalabilidade necessária para aumentar ou diminuir a estrutura  sem ônus: só se paga pelo que for utilizado. 

A Vivo Empresas conta com soluções de monitoramento e também de gestão — a Conectividade Gerenciada M2M, que ajuda os negócios nesse sentido. Além disso, tem soluções na área de cibersegurança para resolver vulnerabilidades. Afinal, o maior volume de compras no Natal também pode aumentar a intensidade e até a complexidade das ameaças virtuais. 

Inovação é estratégia para vender mais no Natal 

Para o varejo, vender no Natal é uma oportunidade de crescimento e de garantir o orçamento para planejar o próximo ano. No entanto, caso a empresa queira manter de forma mais duradoura esse aumento de vendas, deve investir em inovação. Esse caminho é o ideal para se destacar em meio a um mercado cada vez mais concorrido.

Nesse sentido, a Vivo Empresas vem atuando como parceira estratégica da transformação digital de pequenos, médios e grandes negócios. Para isso, oferece soluções completas de Conectividade, Construtor de Sites, Segurança da Informação, Cloud, TI, Big Data, Gestão de Tecnologia, Equipamentos e IoT.

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Até a próxima!

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