Indústria 4.0: como otimizar operações e moldar o futuro

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A indústria 4.0 estabelece uma nova etapa na evolução de uma uma atividade econômica essencial ao desenvolvimento do Brasil. Na manufatura, na qual há a adoção de tecnologias e ferramentas para melhorar a eficiência, esse conceito representa a revolução do setor, ressignificando desde a operação até o seu avanço em direção ao futuro. 

Uma das bases para o fenômeno é a transformação digital das organizações industriais. Ou seja, a reestruturação do sistema de trabalho para implementar equipamentos e máquinas que são capazes de se comunicar entre si, bem como de captar dados, autonomamente. 

Aliás, a análise de informações em tempo real é um dos elementos-chave na Indústria 4.0, pois é a partir dela que será possível obter uma visão 360° do negócio, com insights sobre pontos de melhoria e otimização. 

Também conhecida como a quarta revolução industrial, essa digitalização acelerada já está mudando para sempre a maneira como vivemos e trabalhamos. Afinal, soluções tecnológicas baseadas em Internet das Coisas (IoT), Cloud, automação e robótica são fundamentais para a consolidação de um modelo mais sustentável, resiliente e eficiente. 

Porém, é preciso entender como aplicar tal melhoria de forma alinhada aos objetivos do negócio. Para isso, neste artigo, você verá:

  • Inovação é essencial para o setor industrial
  • O que é a Indústria 4.0?
  • Internet das Coisas Industrial é indispensável para os desafios atuais e futuros
  • Eficiência energética é tema sensível no setor
  • Indústria 4.0: inovar é necessário

Inovação é essencial para o setor industrial

Nos anos 1980, a participação industrial no Produto Interno Bruto (PIB) nacional ultrapassava 40%, e chegou ao seu ápice em 1988, com 48%. 

Embora essa taxa tenha diminuído, segundo o Portal da Indústria, esse segmento respondeu por 20,4% do PIB do País em 2020. Ou seja, ainda movimenta bilhões de reais no país. Aliás, também tem uma participação de cerca de 70% nas exportações de bens e serviços e oferece 20% dos empregos formais no Brasil. 

Vale ressaltar, ainda, que o setor investe constantemente em pesquisa e desenvolvimento. Desde 2010, os valores investidos em P&D já superam 10 milhões de reais anuais, em especial nas produções de veículos automotores, químicos e equipamentos de transporte.

Apesar dessa preparação, a crise sanitária colocou à prova a resiliência das fábricas e de suas iniciativas de inovação. Diante desse cenário, a consultoria McKinsey divulgou, em janeiro de 2021, uma pesquisa feita com 400 companhias globais de manufatura para entender os efeitos da pandemia. 

Segundo o levantamento, 94% dos respondentes afirmaram que os recursos da Indústria 4.0 os ajudaram a manter as operações. Em contrapartida, para os negócios que ainda não haviam iniciado a transformação digital, foi um momento de alerta para a necessidade de mudar de estratégia. 

Em outras palavras, as tecnologias que permeiam o conceito da quarta revolução industrial já se mostraram essenciais para os desafios atuais. E serão, sem dúvida, ainda mais importantes para os novos obstáculos à frente, como a escassez de recursos naturais e a alta competitividade do mercado.

Mas, afinal, o que é a Indústria 4.0?

O cenário atual traz uma série de demandas para o setor, como agilidade, transparência, otimização de recursos e resiliência. Pode-se dizer, portanto, que a Indústria 4.0 é uma resposta viável para endereçar essas questões por meio das soluções da nova geração. 

Enquanto a terceira revolução industrial trouxe os computadores e a automação para o setor, a quarta adiciona tecnologias inteligentes à produção e gestão. Com os recursos digitais hoje disponíveis, são viabilizadas as operações remotas e automatizadas. 

Acima de tudo, são essas novas ferramentas que dão acesso a informações em tempo real sobre a produção, o desempenho das equipes e o uso de insumos. Sendo assim, a tomada de decisões dentro desse ecossistema é mais rápida e certeira, permitindo ajustes ágeis que podem economizar tempo e dinheiro.

Entretanto, para realmente entender a Indústria 4.0, é preciso conhecer melhor as tecnologias que fazem parte do conceito e qual o papel que desempenham. 

Ambientes, equipes e equipamentos conectados

Um dos primeiros passos da digitalização é garantir a conectividade. Essa estrutura pode se basear em uma conexão fixa, como a banda larga via fibra óptica, ou em uma móvel, como a 4G e, em breve, sua sucessora – a 5G.

Com uma boa rede sem fio ou wireless, facilita-se a comunicação entre equipes e até a entre máquinas, conhecida como machine-to-machine (M2M). 

Aliás, esse sistema de conexão M2M é uma das principais tecnologias adotadas nas fábricas, estando presente em 27% dos empreendimentos que são familiares ao conceito de Indústria 4.0. Esses dados são de um estudo conduzido pelo Instituto FSB Pesquisa entre outubro e novembro de 2020. 

A importância desse tipo de solução é tanta que na Vivo Empresas é oferecido o serviço Vivo Kite Platform: uma plataforma para gestão de SIM Cards, que faz a troca de dados entre equipamentos sem necessidade de intervenção humana. 

Dessa forma, a gestão de conectividade ocorre em tempo real.

Cloud: serviços em nuvem vão muito além do armazenamento

Outro recurso apontado pelo estudo como primordial é a computação em nuvem, adotada por 52% dos entrevistados. Assim como para as empresas, a cloud é essencial para a transformação digital nas indústrias. 

A princípio, a nuvem permite o armazenamento de milhares de dados, sejam eles captados via sensores e equipamentos conectados, ou para gestão de insumos e produtos.

Porém, mais do que isso, o uso desse ambiente virtual traz flexibilidade e uma possibilidade de otimização de equipamentos e operações, pois a cloud permite que pequenas e médias indústrias tenham acesso a tecnologias que não seriam viáveis para explorar sozinhas.

Em outras palavras, a transição para a nuvem auxilia os fabricantes a economizar dinheiro sem investimentos caros em infraestrutura de TI, software, licenças e especialistas.

Internet das Coisas Industrial é indispensável para os desafios atuais e futuros

Na Indústria 4.0, uma das tecnologias mais amplamente utilizadas é a IoT. Ela é a grande viabilizadora da transformação nesse setor, utilizando sensores, equipamentos conectados e a própria comunicação M2M para criar um sistema digital da produção.

Sendo assim, as vastas aplicações da IoT na indústria formaram uma subcategoria chamada Internet das Coisas Industrial (IIoT). Nos próximos anos, a tendência é que essas indústrias inteligentes cresçam cada vez mais. Segundo um estudo da PwC, divulgado em março de 2020, 73% dos fabricantes planejam aumentar seus investimentos em tecnologia.

Para esclarecer o conceito, vale conhecer alguns exemplos da IIoT já implementados hoje.

Prevenção de acidentes e manutenção preditiva

Quando a indústria conta com sensores instalados em máquinas, fica disponível uma série de informações sobre esses aparelhos. Temperatura, velocidade e até qualidade de produção podem ser medidos com a ajuda desses equipamentos de IoT. 

Esses dados coletados são analisados e armazenados em um banco na nuvem ou em um data center físico. Desse modo, é possível ter um sistema preparado para informar os operadores quando há probabilidade de uma máquina quebrar. 

Aliás, além dos alertas, o sistema pode ter autonomia para resolver problemas, como desligar uma máquina que está superaquecendo antes da situação evoluir para um acidente.

Portanto, as fábricas inteligentes conseguem eliminar manutenções desnecessárias, pontuar a importância de atualização de maquinário e até evitar tempo de inatividade.

Automação e controle remoto de operações

A IoT permite a automação e controle remoto de operações, veículos e outros equipamentos. Vale dizer que a indústria se beneficia muito da automação, devido aos processos de natureza repetitiva e escalável. 

Na logística, por exemplo, guindastes e veículos pesados autônomos agilizam os processos em centros de distribuição, como a carga e descarga de produtos. Os robôs autônomos também já se fazem presentes em grandes depósitos, como os da Amazon, ou em linhas de produção, em especial, na indústria automobilística.

Em contrapartida, ter toda a cadeia de suprimentos conectada também significa poder realizar decisões conforme a demanda, priorizando a eficiência. Por exemplo, se as condições climáticas atrasam uma remessa, um sistema conectado pode se ajustar proativamente a essa realidade e modificar as prioridades de fabricação.

Semelhantemente, a automação do controle de estoque, muito usada na Indústria 4.0, permite uma tomada de decisões quanto aos recursos e insumos utilizados. 

Eficiência energética é tema sensível no setor e Indústria 4.0 é caminho para solução

Um ótimo exemplo de como a Indústria 4.0 traz mais inteligência ao setor é a questão energética. Em meio a uma crise climática e frente à pressão quanto a modelos de negócios mais sustentáveis, o setor tem grandes desafios. 

Afinal, a indústria é não apenas um dos maiores consumidores de energia, mas também é fonte de mais de 25% das emissões globais de CO2. Esses dados trazidos pela McKinsey no artigo Reimagining Industrial Operations, publicado em maio de 2020, evidenciam a necessidade de rever os processos industriais. 

A IIoT, combinada com a capacidade analítica do Big Data, é fundamental para estimular um melhor uso de recursos, como a eletricidade. Só para exemplificar, estima-se que um único local de fabricação pode gerar 2.200 terabytes de dados em um mês. Ou seja, a partir do tratamento e da análise desse montante, muitos insights valiosos podem ser extraídos. 

Na Vivo Empresas, a solução voltada para esse tema é o Vivo Eficiência Energética. O serviço atua no controle e na redução dos gastos com energia, através da medição dos dados conectados em rede. A análise dessas informações dá ao gestor um suporte real para a tomada de decisão, facilitando a gestão e a automação da indústria.

Esse tipo de solução de IoT ajuda no uso inteligente do recurso, visando um menor impacto ambiental, e como resultado, ainda diminui o custo operacional.


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Indústria 4.0: inovar é necessário

A Indústria 4.0 não é construída a partir de apenas uma tecnologia. Ela é um ecossistema completo composto de soluções digitais integradas e aplicadas alinhadamente aos objetivos do negócio.

Hoje, a conectividade, a cloud, o Big Data, assim como a IoT, atuam como pilares dessa revolução industrial. E é a partir da adoção daí que esse importante setor econômico pode atingir um novo patamar de produtividade e eficiência. 

Porém, a transformação digital é um processo contínuo e há muitas tendências que já estão começando a se popularizar, como a impressão 3D, o aprendizado de máquina e a Inteligência Artificial. 

Um bom exemplo de inovação para a indústria é o uso do gêmeo digital (digital twin, no nome original, em inglês), que é um protótipo criado no ambiente virtual para ser testado. 

Analisando esse modelo computadorizado, pode-se entender seus pontos positivos e negativos, bem como as melhorias necessárias. Assim, é possível prever o desempenho do produto ou serviço no mundo real, e consertar vulnerabilidades ou demais problemas antes que eles ocorram.

Em suma, podemos concluir que a Indústria 4.0 exige a construção de uma estrutura que precisará de atualizações e suporte. Nesse cenário, contar com uma prestadora de serviço que atue como uma one-stop shop, ou seja, que ofereça soluções de ponta a ponta, pode ser um diferencial no mercado.

Na Vivo Empresas, indústrias e fábricas parceiras podem contar com um portfólio completo, composto por soluções adaptáveis a negócios de diferentes mercados e portes, bem como em distintos estágios de maturidade digital.

É a tecnologia que a sua produção precisa para se expandir de forma segura, eficiente e sustentável, a apenas um clique de distância.

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Até a próxima!

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