De uma simples ideia inovadora até alcançar o patamar de unicórnio, existem diversas fases de uma startup. Em cada degrau, o negócio enfrenta desafios diferentes e acumula experiências para crescer e alcançar o sucesso no mercado.
Essas etapas são como as fases da vida: representam o estágio em que o empreendimento se encontra. Quando jovem, o aprendizado é o mais importante, enquanto a idade adulta traz mais responsabilidades para que os resultados sejam colhidos na maturidade.
De qualquer forma, o fato é que as tecnologias digitais cumprem um papel fundamental nesse processo. Otimizando o fluxo de trabalho, ou mesmo sendo a base de novos produtos, a Internet das Coisas (IoT), big data, inteligência artificial (AI), entre outras ferramentas, contribuem de inúmeras formas para que uma startup suba de patamar.
Saiba mais sobre cada uma das fases de uma startup e como a digitalização colabora para esse modelo de negócios neste artigo. Aqui, você verá:
- O que são as fases de uma startup
- Quais são?
- Cenário brasileiro
- Qual é o papel da tecnologia nesse processo?
O que são as fases de uma startup
As startups são um tipo de negócio que possui algumas diferenças em relação às organizações tradicionais. Projetadas para oferecerem soluções inovadoras, repetíveis e escalonáveis em um cenário de incertezas, esse tipo de empreendimento é bastante arrojado, podendo ir à falência ou crescer exponencialmente em pouco tempo.
Entre a ideia inicial e o estabelecimento como uma grande companhia, existem as fases de uma startups: um conceito criado para definir em qual grau de maturidade está determinada iniciativa. Tais estágios são uma forma de categorizar a evolução de cada tipo de negócio, o que é fundamental para o gerenciamento dessas empresas.
Afinal, as metas, objetivos, plano de negócios, investimentos etc., de uma startup que acabou de ingressar no mercado são muito diferentes de uma startup unicórnio ou de empreendimento em fase de captação de recursos, por exemplo.
Dessa forma, tanto na hora de criar uma startup quanto no momento da expansão desse tipo de negócio, compreender cada fase é muito importante para que cada iniciativa atinja o próximo degrau e continue crescendo.
Essa forma de categorização vale para todos os tipos dessas empresas inovadoras, seja uma FinTech, EdTech, AgTech ou outra.
Quais são as fases de uma startup?
A definição das fases de uma startup não é uma ciência exata. Dependendo da abordagem, o número de etapas pode ser maior ou menor, com algum degrau sendo incorporado a outro ou suprimido.
Entretanto, o padrão mais aceito, que é o utilizado pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups) para o mapeamento nacional do setor, é que há 5 fases de startups: ideação, validação, operação, tração e escala.
Alguns desses parâmetros são fáceis de identificar e possuem critérios objetivos de enquadramento, enquanto outros trazem uma separação mais subjetiva. Pode acontecer, também, da startup passar por dois ou mais processos simultaneamente (por exemplo, estar na fase de tração para acelerar um produto e testar outra solução na validação).
Ideação
A primeira etapa da vida de uma startup é o desenvolvimento das ideias, para que elas saiam da teoria e comecem a entrar na prática. É o momento de lapidação dos sonhos do empreendedor, de maneira que eles possam sair do papel de maneira estruturada para se tornarem realidade.
Nesse estágio, é fundamental a busca de respostas para identificar se uma solução é viável ou não. É a hora de fazer as perguntas corretas e obter dados que ajudem a encorpar a ideia inicial, fazendo a empresa subir no próximo nível.
Existem diversas ações que podem ser realizadas durante a fase de ideação, como:
- Pesquisa de mercado: verificar se a ideia já está em prática e quais são os concorrentes;
- Concepção do produto ou serviço: delimitar com precisão qual tipo de solução a startup vai desenvolver;
- Identificação do público-alvo: definir quem serão os possíveis clientes da startup e quais são as dores que ela busca solucionar;
- Ponderação sobre sócios e parceiros: verificar se é necessário estabelecer parcerias para que a ideia seja aplicada.
Nessa etapa, é muito importante que o empreendedor seja flexível, pois é comum que uma ideia inicial seja adaptada conforme surjam mais dados e insights. O objetivo é que tudo esteja pronto para que a startup vá à etapa seguinte: a validação.
Validação
Se durante a ideação uma solução foi aprofundada na teoria, o degrau seguinte é testá-la na prática. Esse é o foco do segundo estágio, a validação, fundamental para reconhecer se a ideia tem condições reais de ser desenvolvida no mercado.
Nessa etapa, um dos pontos mais importantes é a criação de um protótipo ou produto mínimo viável (MVP). Essa sigla diz respeito a uma versão simplificada da solução final, lançada com o objetivo de o empreendedor aprender sobre a aceitação do seu produto no mercado e realizar os ajustes necessários.
O propósito do MVP é que ele tenha valor o suficiente para que os usuários possam utilizá-lo e serem retidos pela solução. Também é fundamental que esse produto possa oferecer algum tipo de feedback para a startup poder aperfeiçoá-lo ao longo do tempo.
Um exemplo de MVP bem sucedida foi a do Airbnb. Lançado em 2007 com o nome de AirBed&Breakfest, a plataforma se resumia a oferecer fotos do quarto vago, contato e endereço. Foi em 2008 que o site mudou para o nome atual e começou a utilizar ferramentas mais avançadas, como mapas interativos e pagamentos on-line.
Operação
Essa é a fase de uma startup em que ela busca estar completamente inserida no mercado. Na operação, o empreendimento já possui seu primeiro modelo de negócios estabelecido, quadro de funcionários, clientes etc.
Na etapa da operação, é como se a startup já tivesse atingido a idade adulta. Aqui, é importante que o negócio esteja faturando e com projeções de crescimento. É a fase em que é muito comum que o empreendimento passe por incubadoras ou programas de aceleração, visto que a expansão da empresa entra no radar.
Um ponto fundamental da etapa de operação é a aplicação dos indicadores-chave de desempenho (KPI). Através das diversas métricas, o gestor obtêm os dados para saber como o negócio está performando nas mais diversas áreas, reconhecendo em quais pontos a startup deve ser aprimorada.
Tração
Quando a startup já conta com uma base sólida de clientes, é lucrativa e sua solução possui boa reputação no mercado, ela entra na fase de tração, que indica a maturidade do empreendimento.
Nessa fase, já está provado que o negócio funciona, e o foco agora é totalmente o crescimento. É geralmente nessa etapa que a startup recebe grandes aportes e investimentos, pois o empreendedor é capaz de demonstrar que sua iniciativa pode gerar retorno aos investidores
Uma grande característica da fase da tração é a busca pela escalabilidade do negócio. O desafio é que a marca consiga expandir exponencialmente suas vendas e clientes sem que seja necessário um grande aumento de gastos.
Algumas startups são bastante arrojadas nessa etapa, investindo recursos próprios em marketing, infraestrutura etc., para conquistar mais clientes. Metas, indicadores de desempenho e controle do fluxo de caixa são mais importantes do que nunca nessa fase.
Escala, ou Scale-up
Quando a fase de tração é bem-sucedida e a organização cresce vertiginosamente, ela atinge o último estágio de desenvolvimento: o da escalabilidade.
Na verdade, muitos especialistas consideram que uma startup nessa etapa já não deve ser nomeada dessa forma, pois ela deixa de ser enquadrada nas definições desse tipo de negócio e se estabelece como uma grande empresa do mercado.
Nesse degrau, surge um critério objetivo de diferenciação entre um negócio na fase de tração ou de scale-up. Para ter esse nome, é necessário que a empresa possua pelo menos 10 colaboradores e tenha um crescimento na receita ou no número de funcionários de pelo menos 20% durante 3 anos consecutivos.
Dessa forma, um negócio no estágio de scale-up representa o sucesso de uma startup. Obviamente, a empresa sempre buscará aumentar o seu crescimento, podendo receber novos investimos, abrir uma Oferta Pública Inicial (IPO) ao ir para a Bolsa, entre outros mecanismos de expansão.
Cenário brasileiro
O estudo Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups, edição de 2022, da Abstartup, demonstra com precisão em quais fases de uma startup se encontram as iniciativas. De acordo com a pesquisa, a proporção desses negócios em cada etapa é a seguinte:
- Ideação: 4,3%;
- Validação: 20,2%;
- Operação: 23,4%;
- Tração: 35,3%;
- Escala: 16,7%.
Em relação às empresas que estão no estágio scale-up, as startups de finanças (FinTechs) são as que possuem maior prevalência: 12,6%, seguidas pelas do setor de educação (EdTech), com 12,3%.
A pesquisa também demonstra que o modelo de negócios Softwares as a Service (SaaS) predomina no Brasil. Atualmente, a participação dessa categoria é maior nos negócios que estão na etapa de escala: 53,9%, enquanto a taxa do SaaS considerando todos os estágios diminuiu para 39,7%.
Qual é o papel da tecnologia nesse processo?
Independente de qual fase uma startup se encontre, o fato é que a inovação cumpre o papel essencial na aceleração desses negócios. Na era da digitalização, possuir ferramentas convergentes baseadas em soluções de conectividade é um passo decisivo para qualquer iniciativa sair do papel e crescer consistentemente.
Big data e inteligência artificial
Uma tecnologia emergente que cumpre um papel essencial para as startups é a big data. Através da análise e processamento de dados em larga escala, o negócio pode obter insights que contribuem a distintos objetivos, como definir um nicho de mercado, analisar o comportamento do consumidor, projetar a expansão do empreendimento, ter ideias de novos produtos etc.
A big data caminha de mãos dadas com a inteligência artificial (IA), fornecendo as informações para que softwares interpretem padrões e tragam soluções muito além do que a mente humana é capaz de processar.
Conforme artigo Startup Statistics (2023): 35 Facts and Trends You Must Know, publicado em dezembro de 2022 na First Site Guide, 60% dos empreendedores ao redor do mundo apontam que a IA é a tecnologia de inovação mais promissora.
Computação em nuvem
Outra ferramenta que também traz uma enorme contribuição é a computação em nuvem. Muito mais que um ambiente remoto de armazenamento de arquivos, as plataformas na cloud hospedam softwares, aplicações, redes e demais recursos de TI que otimizam o fluxo de trabalho da organização em qualquer estágio que ela se encontre.
Uma vantagem adicional da nuvem é a flexibilidade e escalabilidade, em que cada startup pode reduzir ou ampliar ferramentas conforme demanda. É essa a lógica das soluções em cloud computing da Vivo Empresas, que oferece recursos personalizados dos maiores players do setor, como Azure, Google e AWS.
IoT e 5G
A tecnologia de Internet das Coisas (IoT) é outra que merece ser salientada. Dispositivos conectados que monitoram máquinas e equipamentos estão revolucionando verticais como a educação, a medicina e o agronegócio, e startups que fornecem produtos para esses nichos têm ótimas oportunidades de oferecer soluções baseadas nesse recurso.
O avanço da tecnologia 5G habilitará o uso da IoT em larga escala, criando muitas oportunidades para iniciativas saírem do estágio de ideação. Com a evolução na conectividade, as cidades terão a arquitetura digital adequada para suportar um grau muito maior de conexões por área, com altíssima velocidade e ultrabaixa latência.
Avançando nas fases com a tecnologia
Seja como suporte ao desenvolvimento de novos negócios ou como a base para a criação de ideias disruptivas, as tecnologias digitais possuem um papel primordial para que as startups avancem nas fases até se tornarem grandes empresas.
Nesse processo, o seu negócio pode contar com as soluções para startups da Vivo Empresas. Com um portfólio diversificado, a Vivo Empresas oferece ferramentas digitais que contribuem para o crescimento de seu empreendimento em qualquer etapa em que ele esteja, seja na ideação, ativação, operação, tração ou escala.
As fases de uma startup é apenas um dos assuntos relevantes dessa vertical. Para saber mais sobre outros temas importantes do setor, acompanhe também:
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Até a próxima!
