Quem quer empreender deve estar por dentro do que ocorre no mercado. No momento, um dos modelos de negócio que mais se destaca são as startups, companhias fortemente apoiadas em tecnologia, que miram a resolução de problemas de forma inovadora para desenvolver seus negócios.
Se você está aqui, certamente está buscando entender melhor sobre o ecossistema das startups. Afinal, esse universo pode ser um tanto assustador e é preciso investir em aprendizagem para dominá-lo, além de trabalho duro e muito planejamento.
Antes de entender como criar uma startup, é preciso ter clareza do que é esse modelo de negócio.
A maior diferença para o empreendedorismo tradicional é a velocidade de crescimento da empresa, pois, antes de qualquer outra coisa, essas companhias focam em se expandir exponencialmente em um curto período.
Por sua vez, tal estratégia está relacionada ao tipo de produto ou serviço que esses negócios costumam oferecer. Assim, além de causar uma disrupção no mercado com sua estréia, esses empreendimentos aumentar o volume de suas operações rapidamente, uma vez que o público já tenha sido conquistado.
2021 tem sido um período de destaque para as startups. O primeiro trimestre do ano bateu um recorde mundial e nacional de captações: US$ 288 bilhões no mundo e US$ 5,2 bilhões em startups brasileiras.
Sabendo desse cenário e das oportunidades de empreendedorismo que ele dispõe, preparamos este artigo, em que você confere:
- 9 etapas essenciais para criar uma startup de sucesso
- Dicas de como angariar fundos para começar uma startup
- Soluções tecnológicas para começar e expandir o seu negócio
1. Comece com uma ótima ideia

O primeiro passo para criar uma startup do zero é identificar uma dor e encontrar uma forma simples de saná-la. Assim, deve aplicar o viés de inovação para resolver um problema de negócio, ou mesmo de entregar uma versão otimizada de um produto ou serviço que já exista.
O critério-chave é que, para isso, o empreendedor conte com o suporte da tecnologia.
Dentre os principais modelos, podemos citar:
- Fintechs — foco em serviços financeiros, como o Nubank e a Toro Investimentos;
- Proptech — atuam no segmento imobiliário, como o QuintoAndar e a CrediHome;
- RetailTech — startups para o varejo, muito direcionadas ao cliente, como a Movidesk e a MaxMilhas;
- HRTech — foco na transformação digital do RH, como a Kenoby e a Solides;
- Supply Chain — digitalização da cadeia de suprimentos de negócios, como a CargoX e a Loggi;
- EdTech — startups que atuam na educação de um modo geral, podendo ser híbridas como o conceito de HRTech, como a Descomplica e a Conquer;
- Mobilidade — atuam para resolver um problema crescente e pode ter diversas nuances, como a Mobi7 e a Move;
- HealthTech — foco em soluções tecnológicas na saúde, como é o caso da Nutrium e da Zenklub;
- FoodTech — inovação no segmento de alimentação, como a iFood e a LivUp;
- MarTech — startups que atuam no marketing, como a SemRush e a HubSpot.
Segundo um levantamento publicado em novembro de 2021 pela StartupBase, a base de dados oficial desse modelo no Brasil, o País já conta com mais de 13.800 empreendimentos com tais características.
A maioria está localizada na região sudeste, com destaque para os estados de São Paulo e Minas Gerais. Além disso, 47,5% das startups têm foco em segmentos de negócios B2B (Business to Business, ou de Empresa para Empresa).
2. Faça um plano de negócios
Após identificar em que segmento deseja atuar e qual a proposta de solução a sua empresa vai entregar para o mercado, é preciso elaborar um plano de negócios. Esse planejamento é essencial para saber como fundar a startup de maneira direcionada e, assim, obter maiores chances de sucesso.
Para iniciar o negócio, também é importante buscar parcerias e financiamentos. Desse modo, o business plan, como também é conhecido, é o primeiro passo para conseguir “vender” a sua ideia como uma proposta promissora de crescimento, a fim de captar investidores.
Mas o que deve conter no plano de negócios?
Dentre os principais elementos deste documento, é preciso garantir que, nele, conste o propósito do seu negócio e um estudo de viabilidade econômica. Dessa forma, é possível projetar o desenvolvimento da startup e o potencial de mercado que ela tem.
Assim, faça uma pesquisa do segmento em que pretende atuar e uma análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats, ou Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) em comparação com a concorrência, para obter dados mais precisos.
3. Garanta o financiamento para sua startup
Após desenvolver o seu plano de negócio, é preciso buscar suporte financeiro para a sua empresa crescer. Nesse sentido, você pode seguir por duas vias: a busca por financiamento em bancos ou participar de um programa de aceleração de startups.
As aceleradoras são instituições que ajudam as startups a se desenvolverem e se destacarem no mercado. Geralmente, o principal financiador desse tipo de instituição são as grandes companhias – como a Wayra, hub de inovação do Grupo Telefónica, do qual a Vivo Empresas também é parte.
Isso porque as multinacionais e líderes de mercado costumam precisar de soluções sob medida para as próprias operações. Assim, financiam startups que têm propostas aderentes às suas necessidades.
Além disso, um programa de aceleração conta com outras vantagens, como consultorias com gestores de destaque no mercado e a oportunidade de crescimento exponencial. Essa é uma chance interessante.
Mas é possível obter recursos de outras fontes, como é o caso do suporte de familiares e amigos. Vale destacar também os investidores anjos, que são personalidades físicas ou jurídicas que apostam no crescimento do seu negócio.
De acordo com a Anjos do Brasil, até setembro de 2021, já havia 18 redes de investidores desse gênero que atuam em parceria com empresas em crescimento.
4. Esteja sempre atento aos parceiros em potencial
Para acertar em como criar uma startup é preciso que você tenha consciência de que todo negócio tem riscos. Dessa forma, é preciso garantir que a sua empresa está cercada das pessoas certas, como em um casamento, em que as partes se apoiam na saúde… e na doença.
Nesse caso, investir no networking é essencial para conquistar parcerias adequadas, para colher mais conhecimento e realizar trocas de expertise.
Ademais, essa estratégia minimiza as chances de tomar decisões equivocadas, que podem sair muito caras para o seu negócio.
A fim de mitigar os riscos, é importante saber separar o que é uma orientação de quem entende do assunto e o que são “palpites”.
Por isso, é necessário buscar apoio de profissionais que sejam referência em gestão de negócios. Inclusive, um investidor anjo pode ser esse ponto de apoio. Afinal, trata-se de alguém que não só tem capital para investir no seu negócio, mas pode te ajudar dizendo como fazê-lo.
Adicionalmente, é preciso ter atenção ao desenvolver a equipe de fundação do negócio. Mais uma vez, as parcerias são um dos pontos delicados que podem cravar, ou não, o sucesso da sua empresa.
Por isso, certifique-se de que esteja firmando alianças com profissionais que compartilhem dos mesmos objetivos. A maturidade profissional e o compromisso são aspectos importantes para essa decisão. Ambas não são sinônimos de tempo de mercado, mas sim do perfil comportamental desses profissionais.
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5. Siga todas as etapas legais
Para criar uma startup, é necessário garantir que o empreendimento esteja dentro das normas legais. No Brasil, o registro de companhias depende de diversos fatores, como o tamanho do negócio e o segmento de atuação. Hoje, os tipos de organização empresária que existem são:
- MEI — microempreendedores individuais, que podem contratar apenas um funcionário via CLT.
- SLU — sociedade limitada unipessoal, formato substituinte do antigo ‘EIRELI’ e que permite faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.
- EPP — sigla para empresa de pequeno porte, na qual a projeção de faturamento anual também é de até R$ 4,8 milhões.
- ME — microempresa, ideal para negócios que têm faturamento anual projetado para até R$ 360 mil e que limita o número máximo de funcionários, a depender do campo de atuação.
Além disso, há também aquelas organizações que não têm enquadramento. Esses casos são aqueles em que a atividade não permite uma classificação, ou em que há uma pessoa jurídica (outra empresa) como sócia. Assim, é preciso contar com o suporte jurídico para a assinatura do contrato social.
Isso acontece porque é preciso configurar a empresa dentro do porte previsto de faturamento, além de buscar os alvarás necessários de acordo com o perfil de mercado em que vai operar.
Nesse ponto, estamos falando do alvará ambiental e também da emissão do laudo dos bombeiros, caso a operação demande um ponto de operações físico.
Uma maneira para conquistar essas autorizações de forma mais rápida é optar por ter a sede da sua startup dentro de um coworking, que é um espaço de trabalho compartilhado. Isso porque esses locais já contam com as permissões legais necessárias para abrigar atividades empresariais diversas.
Marco Legal das startups
Em junho de 2021, o Marco Legal das startups foi sancionado, trazendo ganhos significativos para o segmento. Dentre eles, o que está em destaque é a definição de empresas startups.
Com a Lei, agora todas as empresas ou sociedades cooperativas que têm, como pano de fundo, a inovação de produtos e serviços, com receita bruta de até 16 milhões de reais no ano anterior e, no máximo, 10 anos de inscrição no CNPJ, são consideradas startups.
Além disso, para estimular o desenvolvimento desses modelos de negócio, o Marco Legal prevê a desburocratização de alguns processos junto a órgãos como a Anatel e a Anvisa. Assim, o setor agora conta com um ambiente regulatório experimental.
6. Estabeleça um local (físico e online)
Para criar a sua startup é necessário definir um local para que ela atue, tanto físico como online. Nesse sentido, conforme citado, os coworkings são as melhores opções para quem está começando a investir.
Além de facilitar na emissão do alvará de funcionamento, esses locais dispõem de recursos tecnológicos adequados para que a sua operação possa funcionar em alta performance. Dessa forma, o custo é inferior se for comparado ao de locar um imóvel próprio e investir na infraestrutura.
Como uma empresa que respira transformação digital, é importante garantir a presença online do negócio. Nesse sentido, invista no desenvolvimento de um website e esteja presente nas redes sociais, como Instagram, YouTube e LinkedIn.
Da mesma forma, produzir conteúdo relevante ajuda a firmar a startup como referência em seu core business (atividade principal), uma estratégia fundamental para atrair clientes e investidores.
Um aspecto importante nesse cenário é pensar na mobilidade corporativa. Assim, uma startup precisa que os seus processos de rotina também sejam referência em equilíbrio entre a digitalização e o fator humano.
Para isso, é possível contar com soluções em IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas) ou, ainda, de Cloud Computing (Computação em Nuvem).
7. Desenvolva um plano de marketing
O seu plano de marketing é um complemento essencial para o plano de negócio. Na prática, ele vai apresentar o quê, como, quando, onde e para quem as ações serão realizadas.
Assim, esse planejamento deve conter estratégia de growth (crescimento). O tempo e o dinheiro aplicado dependerão de diversos fatores, como o planejamento estratégico, o orçamento disponível e o nicho de mercado. Dentre elas, podemos citar:
- Inbound Marketing (Marketing de Atração ou Marketing de Conteúdo);
- ABM (Account-based Marketing, ou Marketing para Gestão de Contas)
É interessante destacar que tais ações devem ser data driven (guiadas a dados). Esse tipo de gestão é uma das características das startups. E quando pensamos em marketing, os dados são essenciais para aumentar a eficácia das campanhas, otimizando o seu ROI (Return over Investiment, ou Retorno sobre o Investimento).
Para se ter uma ideia do potencial do ambiente online, em 2020, o e-commerce conquistou recorde de faturamento dos últimos 20 anos. Além disso, no primeiro trimestre de 2021, o segmento apresentou um novo marco histórico, em que o valor de faturamento foi de R$ 53 bilhões, de acordo com a pesquisa Ebit | Nielsen, divulgada em agosto do mesmo ano.
8. Conquiste um público fiel

A construção da sua base de clientes é o resultado da soma de esforços de desenvolvimento de produto, marketing orientado ao consumidor e atendimento de alta qualidade.
Assim, mais do que atrair leads, é necessário investir na fidelização e retenção desses clientes. Isso vale tanto para modelos de negócios B2B quanto B2C (Business to Customer, ou Empresa para Clientes).
Para isso, é preciso contar com uma ferramenta de CRM (Customer Relationship Management, ou Gestão de Relacionamento com o Cliente). Inclusive, há diversas startups que oferecem esse tipo de solução, o que é interessante, já que integra toda a jornada do cliente, desde a aquisição até o pós-vendas.
Dessa forma, é possível aplicar uma estratégia eficaz de S&OP (Sales and Operations, ou Vendas e Operações). Isso merece atenção porque ajuda a reduzir custos e a promover a escalabilidade do seu negócio. Dessa forma, há recursos para oferecer a melhor experiência ao cliente, suportando rotinas operacionais enxutas e fluidas.
Pensando na estratégia do negócio, a cultura guiada por dados é uma das qualidades-chave desse modelo de negócio. Assim, o Big Data (Grande volume de Dados) endereça uma dúvida comum sobre como criar um startup.
Nesse sentido, inclusive no que tange à publicidade, o empreendimento deve mostrar ao mercado que usa a inteligência artificial a favor das tomadas de decisões. Afinal, a tecnologia ajuda tanto a impactar o público-alvo desejado quanto a convencer um potencial investidor de que a organização tem um perfil de consumidor definido.
Nesse caso, soluções como o Big Data Audience, da Vivo Empresas, podem ser sua principal aliada para entender o comportamento dos clientes e, assim, entregar o que buscam.
9. Plano de mudança
Uma das características comuns às startups é a velocidade das transformações. Nesse universo, tudo é muito ágil e, por isso, vale ter um plano de mudança pré-estruturado. Ele deve ser o esqueleto para as boas práticas que devem ser colocadas em ação caso a necessidade de pivotar as operações chegue.
Em suma, trata-se de um plano B.
Além disso, uma das dicas de como criar uma startup é aplicar metodologias ágeis na gestão, como o direcionamento por OKRs (Objectives and Key Results, ou objetivos e resultados-chave), Scrum, Kanban e Lean (Enxuto). Isso porque ajudam a conferir mais velocidade e a potencializar a adaptabilidade do seu negócio.
Nesse sentido, reforçamos a importância da gestão de mudanças considerando-se todos os recursos do seu negócio, principalmente os talentos. As pessoas são a parte mais sensível de uma organização e, por isso, ao criar uma startup, é preciso investir no fortalecimento da sua cultura organizacional.
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Dicas de como angariar fundos para começar uma startup
Para conquistar recursos financeiros para a sua startup, é preciso seguir boas práticas de gestão. Além das citadas anteriormente, vale destacar a importância de se investir em ações de governança corporativa. Dentre eles, podemos citar o investimento na segurança da informação (InfoSecurity).
Além disso, o investimento em conectividade aumenta o potencial de escalabilidade do seu negócio. Esse conceito está relacionado com a mobilidade da empresa, bem como com a tecnologia de IoT. Assim, é importante considerar o uso de recursos como o 4G e o 5G, além de contar com internet empresarial.
Onde encontrar tudo isso? Com um parceiro tecnológico estratégico, como a Vivo Empresas.
A partir de um portfólio que é referência em soluções digitais de IoT, Cloud, Conectividade, Equipamentos, Big Data e Segurança digital, o desafio de criar sua startup fica mais simples.
Dessa forma, especialistas se encarregam da infraestrutura tecnológica do seu futuro empreendimento, enquanto você pode se dedicar às principais atividades do negócio, maximizando chances e oportunidades de sucesso. Conheça soluções especialmente desenvolvidas para as necessidades deste setor.
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Até a próxima!