Empresa remota: como utilizar a mobilidade para ter vantagem competitiva e operacional

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O formato de empresa remota vem conquistando negócios nos mais diferentes setores da economia, dentro e fora do País. Grandes companhias, em áreas como tecnologia e comunicação, já optaram pelo modelo digital, que traz mais flexibilidade ao cotidiano de funcionários e líderes. 

Primeiramente, a popularização das operações digitais fez com que muitos empreendedores notassem benefícios, como economia de recursos, retenção de talentos e aumento na produtividade. Em contrapartida, enquanto essa migração traz vantagens, também exige um planejamento atento. 

Os empreendimentos que trilham esse caminho devem se estruturar com soluções tecnológicas que permitam um trabalho de qualidade independentemente da localização do colaborador.

Além disso, a cultura empresarial precisa ser revista e adaptada para essa realidade virtual. Afinal, a comunicação e colaboração entre as equipes devem ser priorizadas, mesmo no trabalho a distância. 

Para entender os prós e contras desse novo formato, bem como quais as tecnologias que sustentam as operações digitais, neste artigo, você verá:

  • Conheça os tipos de empresas remotas
  • Conceito traz vantagens que atraem cada vez mais negócios
  • Empresa remota depende de tecnologia
  • Como migrar para esse formato?

Conheça os tipos de empresas remotas

Homem maduro rindo olhando para notebook enquanto trabalha
Formato remoto agrega flexibilidade à rotina dos trabalhadores, muitas vezes promovendo mais bem estar e comodidade

Em 2020, houve uma grande onda de transformação digital em todo o mundo. Entretanto, se naquele momento o foco era migrar as ferramentas de trabalho, hoje, uma empresa remota representa mais do que apenas funcionários trabalhando on-line. 

A mudança para as operações no mundo virtual exigiu uma transformação do modelo de negócio. Em outras palavras, as atividades que fazem parte do cotidiano da companhia precisam ser redesenhadas. Isso afeta reuniões, apresentações de resultados e a colaboração entre profissionais, por exemplo.

Por conta disso, é importante entender que existem diferentes formatos entre os quais se pode escolher. A princípio, a maioria das organizações optou por uma operação completamente remota. 

Grandes marcas, como o Twitter, abriram o caminho seguido mais tarde por outros empreendimentos. No Brasil, por exemplo, a XP Investimentos optou pelo home office definitivo.

Segundo um estudo da consultoria McKinsey, divulgado em julho de 2020, operar virtualmente é mais interessante para setores como atendimento ao consumidor, editorial, publicidade, desenvolvimento de softwares e tecnologia da informação.

Em paralelo, o modelo híbrido também tornou-se bastante popular. Essa outra possibilidade garante flexibilidade aos funcionários, enquanto mantém a estrutura presencial do negócio. Inclusive, a Google está focando nessa forma de flexibilização, e já investiu cerca de US$4 bilhões em novos escritórios, conforme divulgado pela Forbes.

Além disso, vale ressaltar que uma empresa remota pode ter uma ação descentralizada. Ou seja, possuir sedes em lugares diferentes e uma força de trabalho dividida entre várias cidades e países. É possível, também, que não existam sedes físicas, basta optar pelo uso de coworkings em eventuais encontros presenciais.

Escolher o modelo certo permite que a empresa remota tenha vantagens competitivas e operacionais associadas à mobilidade. 


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Conceito traz vantagens que atraem cada vez mais negócios

Desde o início, quando a implementação da empresa remota foi impulsionada pela crise sanitária, o mercado de trabalho tornou-se um indicador.

Segundo o site de empregos Indeed, de março a novembro de 2020, os anúncios de vagas relacionadas ao trabalho a distância cresceram 215%. Já as buscas por oportunidades nesse modelo aumentaram em 384% no mesmo período.

Além disso, o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que, entre maio e novembro daquele ano, 7,3 milhões de brasileiros trabalharam em casa.

Com essa ampla atuação remota nos últimos anos, essa ideia foi se tornando mais aceita, mesmo por companhias que antes não permitiam essa flexibilidade. E isso está relacionado diretamente aos benefícios de se ter uma empresa remota. 

Economizando recursos 

Em primeiro lugar, os modelos completamente remotos ou híbridos permitem às organizações reduzirem o espaço físico que ocupam. Assim, se antes era necessário ter capacidade para 100% da equipe, hoje, é possível realizar uma escala de home office. 

Aliás, no Brasil, houve um aumento de 2,62% no valor médio do aluguel de salas e conjuntos comerciais em 2021. A alta registrada pelo Índice FipeZap Comercial é a maior desde 2013, e pode impactar no crescimento de negócios. 

Ou seja, a possibilidade de economizar recursos, através da diminuição dos gastos com locação, energia e equipamentos, torna essa possibilidade ainda mais atraente.

Somado a isso, há, ainda, a alternativa de não ter sede física e contar com espaços em escritórios compartilhados, como foi dito anteriormente.

Atraindo e mantendo talentos

A empresa remota está limitada geograficamente. Como resultado, a contratação de novos talentos também não precisa ser regional. Tanto é que, hoje, já é muito comum uma pessoa que reside no Brasil trabalhar para o exterior, por exemplo. 

Algumas companhias optam por contratar no mesmo estado, país ou, ainda, usam o fuso horário como critério de seleção. De qualquer forma, o resultado é que se torna muito mais fácil encontrar o profissional ideal, quando não existem barreiras.

Em contrapartida, não são apenas as empresas que estão atentas ao modelo remoto. Na realidade, como publicado pelo jornal CNBC em fevereiro de 2022, a flexibilidade do trabalho remoto ou híbrido é um fator competitivo para atrair e manter talentos. No artigo, grandes organizações, como Amazon, Pinterest e Intel, já mostram preocupação com essa questão. 

Ampliando a atuação

Da mesma forma que a localização não é mais um empecilho para contratação, a região de atuação da empresa remota também pode ser mais abrangente. Quando não se depende de uma infraestrutura física tradicional, a migração para diferentes mercados e públicos acontece de maneira fluida, simples e ágil. 

Esse privilégio foi muito aproveitado por empreendedores do setor de varejo durante a ascensão do e-commerce, por exemplo. Lojas que antes só atendiam um público local, puderam estender sua área de cobertura conforme a demanda. O mesmo aconteceu com bares e restaurantes, que expandiram suas operações de entrega e retirada.

Nesse sentido, as soluções tecnológicas digitais são fundamentais para dar suporte no crescimento dos negócios.

Empresa remota depende de tecnologia

Quando se fala da transição para uma empresa remota, o objetivo é migrar a carga de trabalho para o mundo digital. Sobretudo, é preciso que a nova estrutura do negócio garanta, pelo menos, a mesma qualidade dos produtos e serviços, em caso de não ser possível melhorá-la. 

Dois elementos importantes para garantir a infraestrutura adequada são a conectividade e os serviços em nuvem. Enquanto a primeira é crucial para a digitalização de todas as operações, o segundo viabiliza o ambiente de trabalho virtual.

Para explicar melhor, a cloud atua em diversos pontos. A princípio, é uma alternativa aos Data Centers locais, que demandam espaço físico e eletricidade. 

A nuvem, seja pública ou privada, permite o armazenamento seguro de aplicações e documentos, bem como o fácil acesso e compartilhamento desses dados. Como exemplo, companhias que já investem ou pretendem investir em Internet das Coisas (IoT) podem analisar e guardar as informações coletadas pelos dispositivos. 

Outro ponto importante é que a capacidade utilizada também é escalável, podendo ser ajustada de acordo com a necessidade do negócio, sem precisar de aquisição de equipamentos físicos. Ademais, essa tecnologia também é uma opção de melhor custo–benefício para o uso de softwares e plataformas. 

Paralelamente, é necessário lembrar que toda operação digital significa maior exposição cibernética. Portanto, soluções de segurança digital devem estar no planejamento de uma empresa remota.

Uma categoria de proteção bastante utilizada é a Rede Privada Virtual, ou VPN. Com essa ferramenta, os colaboradores têm acesso seguro à rede da companhia, porque o tráfego de internet é criptografado, e a identidade online é protegida. 

Como migrar para esse formato?

Pessoa trabalhando em casa olhando para monitores enquanto faz reunião online
Migrar para o formato remoto não é exclusividade de pequenas empresas, veja como apostar nesse modelo

Sem dúvidas, o primeiro passo para ser uma empresa remota é entender qual o melhor formato para o seu negócio. Sendo assim, dentre as principais questões estão: ser completamente remoto ou híbrido, ter ou não uma sede física, utilizar coworkings ou atuar somente pelo digital.

Nesse momento, compreender o posicionamento dos colaboradores é muito importante, como mostra uma reportagem publicada pela BBC em setembro de 2021. Nela, algumas companhias foram entrevistadas sobre a escolha de um novo modelo de trabalho, e o ponto em comum entre todas foi a liberdade dada aos funcionários para decidir.

De modo semelhante, uma pesquisa da McKinsey indica que a liderança e o gerenciamento devem ser repensados no mundo virtual ou híbrido. Isso porque as interações entre líderes e equipes são essenciais para criar coesão social e uma cultura unificada.

Então, quando há a migração do presencial para o digital, são impactadas ações do cotidiano empresarial, como reuniões, sessões de brainstorm, ou mesmo apresentações de resultados. Para preencher essas lacunas de comunicação que poderiam atrapalhar o desenvolvimento da empresa remota, existem diversas alternativas. 

Aplicativos, plataformas e técnicas

Uma opção é facilitar a colaboração entre equipes remotas usando recursos como o Microsoft 365. Essa ferramenta oferece aplicativos para videoconferência, comunicação assíncrona, acompanhamento e compartilhamento de atividades. 

Recentemente, o uso de apps como esses aumentou, o que até estimula o desenvolvimento de novas funções, com a finalidade de humanizar os encontros pelas telas. Por exemplo, ainda no primeiro semestre de 2022, o Teams deve receber a opção de avatares 3D.

Além disso, existem plataformas de gestão de projetos que permitem distribuir tarefas, determinar prazos, entre outras funções. Entre as mais conhecidas estão o Trello, o Wrike e o Slack, que também simplificam a troca de informação sobre projetos específicos. 

Em alguns setores, são empregadas, também, técnicas que podem ajudar a manter ou aumentar a produtividade no trabalho a distância, como as metodologias ágeis. Em suma, essas abordagens ajudam a acelerar entregas por meio da segmentação de etapas e atividades em um projeto.


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Conclusão

Inegavelmente, será cada vez mais difícil encontrar um negócio que seja de todo físico e offline. A conjuntura atual de alta digitalização, competitividade e demanda de profissionais especializados exige companhias mais flexíveis e inovadoras. 

Em conclusão, a empresa remota já é uma realidade, e será o futuro de muitos empreendimentos. De modo geral, o uso da mobilidade como vantagem competitiva e operacional é uma tendência global que deve perdurar nos próximos anos.

Contudo, é necessário ter atenção na hora de adotar um novo posicionamento, pois não há um modelo padrão que funcione para todos. Pelo contrário, na realidade, é preciso personalizar essa transformação e desenhar um ecossistema virtual propício para cada caso. 

Por isso, o ideal é contar com parceiros especializados na digitalização de negócios. A Vivo Empresas conta com um portfólio completo para ajudar as empresas remotas. Dentre as soluções oferecidas, há, ainda, opções especialmente desenvolvidas para apoiar a inovação em startups.

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Boa leitura e até a próxima!

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