Pense em lojas físicas gigantes, hiperconectadas e extremamente lindas que nem esperam vender, de fato, (ou não naquele momento!), mas estão ali só para proporcionar uma experiência única a seus consumidores. É esse o conceito das flagships, ambientes que vêm promovendo umas das maiores transformações do varejo dos últimos tempos.
O objetivo dessas grandes estruturas de arquitetura inovadora e alta conectividade é gerar valor para que as marcas permaneçam cravadas na memória da clientela. Se a palavra de ordem é “gerar relacionamento”, tenha certeza: quem passou por elas está a um passo de migrar para o e-commerce ou buscar algum produto em uma das lojas físicas tradicionais.
Quanto mais prazeroso for o espaço e mais conectadas e fluidas elas conseguirem se apresentar, mais proximidade elas terão com os clientes.
Ainda está difícil visualizar a proposta?
Então fique, porque daqui até o final desta leitura traremos exemplos dessa nova tendência e você vai saber também:
- Um conceito atribuído ao prazer
- Como identificar uma flagship
- Exemplos de flagships
Flagship: a potencialização dos desejos e o falso prejuízo
Você já percebeu que a maior parte das compras é movida por uma coisa: o desejo!
Nesse cenário, as flagships exploram, com maestria, aquilo que sabem que 10 entre 10 pessoas no mundo querem – ter prazer. Por isso, para que o sentimento atinja seu ápice, vale abusar da criatividade.
Imagine se uma marca de maquiagens conseguisse unir três pontas: um lugar superagradável, com atrações que permitam às clientes testar seus produtos, ao mesmo tempo em que se divertem e, de cara, saem mais belas do que quando entraram no espaço?
A entrega de uma experiência que mexe com as sensações faria, invariavelmente, as vendas aumentarem, já que elas comprariam pelo prazer de se relacionar com o estabelecimento.
Nessa perspectiva, surgiram as flagships, com o diferencial de iluminação, música, ambiente, cheiro, posicionamento do produto e atendimento personalizado.
Claro que toda essa estrutura que explora aspectos emocionais e sensoriais custa caro e, acredite: elas operam com “prejuízo” — mas entre aspas, já que, a partir dali, são capazes de moldar e fortalecer a imagem de uma empresa colaborando para que as lojas on-line e toda a rede de distribuição lucrem muito mais.
Como identificar uma flagship
As empresas que as administram quase sempre contam com mais de uma flagship. Caso da Louis Vuitton, com mais de 100 lojas conceito espalhadas em nível global. Mas essa não é uma regra.
No todo, suas instalações estão presentes em localizações centrais, mais exclusivas, em que o interior e o exterior dos espaços contam com tecnologia de ponta.
Embora o lucro não seja o objetivo final, as marcas oferecem oportunidades de compras de itens mais selecionados. Mas a ideia central mesmo é que o cliente experimente algo único e incrível, sem quaisquer cobranças de valores.
Quando elas viram grandes atrações turísticas: BINGO! São capazes, inclusive, de mudar todo o entorno – suas mediações passam a receber cafés, bares, galerias de arte e, enfim, tornam-se locais de convívio e badalação.
Entenda nos exemplos!
Flagships que estão dando o que falar por aqui
Inspire-se na nova tendência de consumo e prepare-se com quem está colaborando muito para as transformações do varejo com a aplicação do conceito.
- NBA Store Arena – Morumbi Town Shopping – Av. Giovanni Gronchi, 5.930 – Vila Andrade, São Paulo (SP).
Está saindo muita cesta nos dois andares com espaço total de 1.500 m² arquitetado pela NBA Store.
A experiência conta com máquinas de arremesso pop-a-shot (semelhantes às de fliperama), áreas instagramáveis, totens para tirar fotos com ícones do basquete, além de videogames com consoles PlayStation 5 e o jogo NBA 2K.
O ambiente conta com um mural pintado pelo artista brasileiro Kobra, uma quadra de basquete usada para locações e treinos e um rooftop onde são servidos comes e bebes.
Ah! E se você acha que sua mão é grande de verdade, vai dar para tirar a prova: é possível compará-la com a mão de jogadores da NBA.
E o espaço é agitado. Recebe, durante a semana, aulas do Basketball School com mais de 100 crianças e adolescentes. Aos fins de semana, a turma que se amarra no esporte é agraciada com vários eventos especiais e vira e mexe há a presença de algum jogador brasileiro aclamado pelos fãs.
O passeio acontece das 10h às 22h, de segunda-feira a sábado. Aos domingos, das 10h às 14h.
2. Zara – Shopping Pátio Higienópolis – Av. Higienópolis, 618, Higienópolis, São Paulo (SP).
Os 2.000 metros high tech da flagship da Zara esbanjam sofisticação sem deixar de lado a sustentabilidade.
Com foco total na redução dos impactos ambientais, o megaespaço traz sistemas eficientes de refrigeração, iluminação LED e o uso de materiais mais verdes em toda a construção – tudo o que é madeira, sacolas e etiquetas conta com certificações florestais reconhecidas internacionalmente.
Por meio do app da marca, os clientes podem retirar pedidos do e-commerce no local, em até duas horas, saber a localização de uma peça na loja, consultar a disponibilidade dos itens expostos e até reservar um provador com horário marcado.
Os provadores, aliás, são digitais. Indicam cabines livres para uso, além da contagem automática da quantidade de peças no ato da entrada do consumidor.
Claro que o ambiente não dispensa outros confortos. A unidade oferece cabine livre para uso e caixas específicas para o recebimento de devoluções, além de caixas de autoatendimento.
3. Havaianas Concept – Rua Oscar Freire, 1.116, Jardins, São Paulo (SP).
A flagship da marca reconhecida pelas sandálias mais cobiçadas do país (e fora dele) se destaca por seus recursos de acessibilidade – provadores com versões pensadas para pessoas em cadeiras de rodas ou com carrinhos de bebê, por exemplo.
Ao chegar, o consumidor é surpreendido por uma experiência sensorial, com sons e imagens que contam histórias, espelhos e vegetação.
A loja disponibiliza totens de check-out e self check-out, além de um balcão de customização de produtos onde o consumidor encontra pins para sandálias e patches para roupas.
Cada provador conta com um minilounge e, pasmem: os usuários podem escolher a playlist que ouvem enquanto experimentam seus produtos dentro de cada cabine.
Ainda dá para produzir fotos em um espaço instagramável que pode se transformar em um estúdio de shopstreaming – com a aplicação de tecnologia de transmissão ao vivo em plataformas de redes sociais para exibir os serviços ou produtos e conduzir vendas online em tempo real. Um prato cheio para os influencers de moda.
4. Dengo – Fábrica Dengo – Av. Brig. Faria Lima, 196, Pinheiros, São Paulo (SP).
Fãs incondicionais do chocolate iriam amar viver parte da vida dentro do ambiente de quatro pavimentos e 1.500 m² desenvolvido todo em madeira pela Dengo.
Na experiência proporcionada na loja conceito, o chocolate não é o limite: a imersão passa por degustações de cafés especiais, queijos e vinhos de pequenos produtores do país.
A imersão oferece um tour para que os visitantes conheçam todo o processo de fabricação bean to bar – da amêndoa do cacau ao chocolate – com a ajuda de guias, em horários predeterminados.
Na cafeteria e confeitaria no andar térreo, o cardápio cobre todas as etapas do dia, a partir do café da manhã, com direito a brunch nos fins de semana.
Do primeiro andar até o topo, as pessoas são convidadas a curtir outras experiências: empório, onde o visitante pode produzir suas próprias barras de chocolate; sorveteria; restaurante com bar especializado em ingredientes brasileiros; varanda com mesas ao ar livre e muito mais!
Conexão para cliente nenhum pôr defeito!
Você, que chegou até aqui, entendeu que todo o conceito das flagships traz a hiperconectividade no centro.
Agora, imagine em que nível chegarão as inovações no varejo quando, por exemplo, as lojas puderem oferecer experiências tridimensionais no metaverso, realidade cada vez mais próxima do mundo dos negócios?
A gente, claro, não vê a hora da chegada desse momento, por isso já oferecemos conexão de alto desempenho no portfólio de Vivo Empresas.
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Até a próxima!
