Mobilidade urbana sustentável: conheça as tecnologias envolvidas

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Compartilhamento de veículos, transporte coletivo, centros de cidade amigáveis a ciclistas e pedestres: essas são algumas características que definem a mobilidade urbana sustentável. 

Esse conceito faz parte da discussão sobre municípios inteligentes, nas quais governos e empresas buscam resolver os problemas comuns com soluções inovadoras. O objetivo é que esses locais usem a tecnologia como apoio para gerar menos impactos ambientais e melhorar a qualidade de vida da população.

Muitos países já transformaram suas cidades. Esse processo está mais avançado em outros lugares do mundo, mas já trouxe resultados também no Brasil. 

Já temos soluções interessantes, como ônibus elétricos e serviços de compartilhamento de veículos. Porém, ainda não observamos a adesão e o alcance encontrados em alguns países europeus, na China e nos  Estados Unidos. 

Ainda há muito a se avançar, e a tecnologia pode contribuir nesse momento. Continue a leitura e descubra as principais características da mobilidade urbana sustentável.  Você verá:

  • O que são cidades inteligentes e mobilidade urbana sustentável
  • Meios de transporte urbano sustentáveis
  • Tecnologias empregadas na mobilidade urbana sustentável
  • Inteligência tecnológica para um mundo sustentável

O que são cidades inteligentes e mobilidade urbana sustentável

O conceito de “smart cities” não tem apenas uma definição.  Em geral, o termo se refere ao uso da tecnologia em prol da saúde, do bem-estar e da sustentabilidade urbana.

Segundo a União Europeia, uma cidade inteligente é definida como um ambiente em que as redes e os serviços tradicionais se tornam mais eficientes, com o uso de soluções digitais em benefício de seus habitantes e suas empresas.

Para a concretização desses objetivos, é necessário, entre outros fatores, promover a mobilidade urbana sustentável. Esse termo diz respeito ao uso de meios de locomoção de pessoas e mercadorias projetados para garantir eficiência energética e otimização da ocupação do espaço. 

O processo inclui a disponibilidade de transporte coletivo rápido e pouco poluente, soluções para o compartilhamento de veículos e vias adequadas para o uso de patinetes e bicicletas, entre outras medidas.

Em virtude da importância do tema, a promoção de cidades e comunidades sustentáveis compõe um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Uma das metas propostas pelo documento é de que, até 2030, os países signatários dessas metas, dos quais o Brasil faz parte, proporcionem o acesso a sistemas de locomoção seguros, acessíveis, ecológicos e com preço adequado a todos.

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Meios de transporte urbano sustentáveis

Em conjunto com outras ações ecologicamente corretas, como a coleta adequada de resíduos orgânicos e recicláveis e a otimização da rede de abastecimento de água e energia, a mobilidade urbana sustentável contribui para que as cidades economizem recursos naturais e reduzam a emissão de gases do efeito estufa.

Segundo o Transport and Climate Change Global Status Report 2018, um estudo desenvolvido por diferentes organizações, os automóveis são responsáveis por 45% da emissão de CO2 entre todos os meios de transporte. Desse modo, os carros são o maior problema ambiental entre os modais, sem contar a ocupação excessiva do espaço urbano e o trânsito gerado nas grandes cidades.

O relatório, ainda, conclui que o investimento em metrôs, veículos leves sobre trilhos (VLT) e sistemas de bus rapid transit (BRT, em que os ônibus trafegam por vias exclusivas) são as melhores alternativas.

Além da otimização do transporte público coletivo, o investimento na locomoção individual também é um bom caminho. Nesse processo, a economia compartilhada assume o protagonismo.

Por meio de plataformas Maas (mobility as a service, ou mobilidade como serviço), o habitante das cidades pode se locomover conforme a necessidade, sem precisar ter um veículo pessoal. Sistemas de aluguel de bicicletas e patinetes instalados nas ruas de grandes capitais e apps como Uber são exemplos populares, mas a proposta vai muito além disso.

Serviços de carsharing e scooter sharing (compartilhamento de carros e scooter), por exemplo, são bastante normais na Europa, com o usuário podendo retirar o veículo em pontos estratégicos. Algumas empresas também oferecem a possibilidade de o morador disponibilizar o próprio automóvel para ser alugado, nas horas vagas. Esse modelo de negócio já existe no Brasil, porém ainda está restrito às maiores metrópoles.

Eficiência energética 

Além da otimização dos meios de transporte coletivo e das tecnologias. Porém, outro fator a ser considerado na mobilidade urbana sustentável é o combustível utilizado por esses veículos.

Ônibus elétricos ou híbridos são as alternativas mais adotadas como opção aos combustíveis fósseis. A China é a principal nação envolvida nesse processo, onde cidades como Shenzhen, do tamanho de São Paulo, contam com  100% do transporte público eletrificado.

Segundo um estudo da WRI Brasil e de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a substituição de ônibus a diesel por elétricos deve reduzir em 62% a emissão de CO2 e em 90% de materiais particulados em 10 anos.

Esse tipo de energia também colabora com o transporte individual, com o mercado em franca ascensão. Em 2021, segundo a Agência Internacional de Energia, as vendas de carros elétricos cresceram 100% em relação ao ano anterior, com 6,6 milhões de novos veículos em circulação no planeta. A China lidera esse segmento, emplacando 3,3 milhões de automóveis no período.

Tecnologias empregadas na mobilidade urbana sustentável

A mobilidade ecologicamente responsável é possível de ser realizada com tecnologia analógica. Entretanto, a viabilidade de meios de transporte sustentáveis integrados com cidades inteligentes depende do uso de diferentes recursos digitais. 

Essa integração deve-se ao fato de que as ferramentas sofisticadas necessitam, invariavelmente, de conectividade. É esta que permite, por exemplo, a coleta de dados em larga escala para análise, a automação de processos e o uso de Maas, que são indispensáveis.

Conheça, agora, as principais tecnologias utilizadas na otimização da mobilidade urbana.

Internet das coisas (IoT)

A IoT é um dos principais recursos empregados no cotidiano de cidades inteligentes. Por meio desta, dispositivos conectados de modo digital são instalados em veículos e outros meios de transporte, possibilitando o monitoramento em tempo real e a automação de processos.

Um dos benefícios da tecnologia é a manutenção preventiva e preditiva de modais como ônibus, caminhões e automóveis. Por sensores que coletam dados sobre os componentes dos veículos, é possível prever falhas e trocar peças, quando necessário, com muito mais exatidão. Isso também colabora para a eficiência energética, garantindo que as máquinas operem sempre com o melhor rendimento possível.

A IoT também viabiliza os tokens de autoatendimento instalados em centros urbanos para o aluguel de bicicletas e patinetes. Em países como França e Alemanha, já é possível alugar carros e motos em larga escala por meio desse sistema.

A internet das coisas é o que conecta a tecnologia de GPS nos veículos que funcionam de forma autônoma, sem a intervenção humana. Esse processo também inclui inteligência artificial (IA) e machine learning, sendo a aposta para um trânsito mais seguro e eficiente no futuro.

Big Data

A análise de dados em grande escala (5G) é outra grande aliada no estabelecimento de mobilidade urbana inteligente e sustentável.

Com o Big Data, os gestores conseguem mapear com muito mais precisão os hábitos de locomoção dos habitantes, o que dá embasamento às decisões de empresas e governos. Essa análise de dados permite o entendimento sobre os melhores locais para a implantação de tokens de veículos compartilhados, ou, ainda, os pontos mais eficientes para a implantação de BRTs e VLTs, por exemplo.

O processamento de informações também dá suporte às decisões de marketing das organizações. Utilizando dados estruturados sobre as formas como uma população se locomove, é possível atingir com muito mais precisão o público-alvo e oferecer serviços personalizados para cada tipo de consumidor.

Além disso, é por meio da análise de Big Data que softwares de IA automatizam atividades e encontram as melhores soluções. Essa é a tecnologia utilizada para se estabelecer o melhor trajeto nos carros de apps de mobilidade urbana.

Cloud computing

Para o usuário de serviços de mobilidade, a computação em nuvem (cloud computing), muitas vezes, passa despercebida. Entretanto, para os gestores, esse recurso é fundamental.

Utilizando um ambiente virtual escalonável para armazenar dados, desenvolver e utilizar softwares, as empresas otimizam a forma de gerir processos e criar novas tecnologias. A cloud computing oferece segurança e praticidade, possibilitando que diversos profissionais atuem remotamente no mesmo projeto.

A versatilidade é outro atrativo desse recurso. Sob demanda, os negócios podem adquirir recursos como softwares e espaço de armazenamento a duração de tempo que julgarem necessária, sem a necessidade de grandes investimentos em equipamento.

Segurança digital

As tecnologias digitais envolvem questões delicadas, como métodos de pagamento e o uso de dados dos usuários. Para uma operação sem riscos aos clientes e negócios, as ferramentas de segurança da informação são indispensáveis.

Por meio de mecanismos de cyber threat intelligence (inteligência das ameaças cibernéticas), as empresas são capazes de identificar os principais riscos, aprender com incidentes passados e prevenir ataques futuros. 

A segurança cibernética diz respeito, também, à operação estável dos serviços das organizações. Muitos sites e aplicativos saem do ar devido a atividades criminosas que sobrecarregam os servidores até eles não responderem mais a comandos. Esse e outros riscos podem ser evitados com programas computacionais e profissionais capacitados que atuem de maneira preventiva.

Inteligência tecnológica para um mundo sustentável

O progresso industrial e econômico do século XX melhorou a qualidade de vida da população em geral, mas, ao mesmo tempo, provocou o inchaço das grandes cidades e o uso irracional dos recursos naturais. A poluição atmosférica, a escassez hídrica e o aquecimento global são algumas das consequências desse processo, que precisa ser revertido para garantir um planeta saudável.

Dessa forma, o novo paradigma de crescimento econômico impõe a sustentabilidade empresarial como ponto fundamental para os negócios. Empresas ecologicamente responsáveis e que promovem soluções para cidades inteligentes e mobilidade urbana sustentável são indispensáveis para a revitalização das grandes metrópoles

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