Entenda a importância de ter um Plano de Recuperação de Desastres

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Um plano de recuperação de desastres ou, em inglês, Disaster Recovery Plan (DRP), é uma estratégia composta por procedimentos voltados à proteção e ao restabelecimento imediato da infraestrutura tecnológica do negócio. 

O principal objetivo dessas iniciativas é fazer com que, em caso de um incidente catastrófico, como um ataque cibernético ou desastre natural, as operações de TI se recuperem o mais rápido possível. Em certas circunstâncias, o DRP também inclui redundâncias, a fim de impedir até mesmo que a interrupção das atividades ocorra

É fato que o desenvolvimento e o crescimento de tecnologias alocadas na nuvem fazem com que o plano de recuperação de desastres ganhe relevância para as empresas. Contudo, a escalada de cibercrimes pelo mundo é o principal impulsionador deste tipo de ação.

Ainda assim, e apesar da importância que o tema tem ganhado, elaborar um plano de recuperação de desastres requer amplos conhecimentos da gestão. 

Isso porque, na prática, além de compreender as tecnologias das quais se depende, é preciso conhecer os riscos aos quais a organização está exposta. Ape, será possível estimar os valores e ações a serem empregados no desenvolvimento de uma estratégia eficiente.

Neste artigo, conheça mais sobre o disaster recovery plan, suas vantagens e quais tecnologias possibilitam a execução do plano. Aproveite e veja também:

  • A escalada de incidentes cibernéticos
  • O que é Plano de Recuperação de Desastres
  • Por que os negócios precisam de um
  • Como elaborar um DR
  • Como o Azure pode ajudar a proteger dados e aplicativos críticos

A escalada de incidentes cibernéticos

Representação gráfica de servidores dentro de cadeado, em alusão à segurança de dados
Manter um plano de recuperação de desastres é mais uma forma de garantir a segurança dos dados; entenda a seguir

Divulgado em novembro de 2021, o relatório 2021 Future of Cyber Survey, de autoria da Deloitte, revela que 72% das empresas participantes vivenciaram entre 1 e 10 incidentes cibernéticos apenas em 2020.

Já o relatório Cost of Data Breach 2021, conduzido pelo Ponemon Institute e divulgado ao final daquele ano, mostra que, no caso dos vazamentos, em 2021, os custos enfrentados pelos negócios cresceram de US$ 3,86 milhões para US$ 4,24 milhões.

A pesquisa ainda mostra que o comprometimento de credenciais representou a maior parte das violações de dados. A prática foi responsável por 20% dos vazamentos, com custo de US$ 4,37 milhões para as empresas.

Com mais da metade dos negócios enfrentando ameaças cibernéticas ao longo de 2020, é verdade que os riscos de sofrer um ataque nunca foram tão altos. 

Segundo especialistas, isso se deve à urgente necessidade de se adaptar a novas tecnologias e métodos. Por sua vez, tais movimentos nem sempre são acompanhados por uma estratégia de segurança efetiva, o que aumenta a vulnerabilidade.

Dessa forma, as transformações nos modelos de trabalho, conjugadas a ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados, são fatores que têm levado as empresas a aumentarem seus orçamentos na área de cibersegurança

Não por acaso, quase 75% dos líderes com mais de US$ 30 bilhões em receita entrevistados na pesquisa da Deloitte informaram que investirão mais de US$ 100 milhões em segurança digital em 2022. 

E o que é um plano de recuperação de desastres?

Conforme já apontamos, um plano de recuperação de desastres, ou disaster recovery Plan (DR), consiste na união entre soluções tecnológicas e boas práticas. Uma vez juntas, ambas terão o objetivo de prevenir ou, no mínimo, amenizar os prejuízos de um evento catastrófico. Entre eles:

  • Ciberataques, como malware e ransomware;
  • Falha em equipamentos críticos;
  • Problemas de ordem social, como conflitos e crises sanitárias;
  • Ameaças terroristas
  • Desastres naturais, como enchentes, terremotos e incêndios

Muitos negócios, principalmente de pequeno ou médio portes, tendem a minimizar a importância de desenvolver um plano de recuperação de desastres. No máximo, fazem backup dos arquivos mais importantes. 

Contudo, apesar de nem sempre causar danos imediatos, essa conduta é um erro. Principalmente em um cenário em que os ataques cibernéticos que levam a uma perda definitiva de dados são cada vez mais comuns. 

De acordo com a pesquisa The State of Data Protection and Disaster Recovery Readiness: 2021, realizada pelo IDC em abril daquele ano, 95,1% das empresas consultadas tinham sofrido um ataque cibernético nos 12 meses anteriores. 

Dessas, 80,3% indicaram que pelo menos uma ameaça resultou em dados corrompidos. Já 43% dos respondentes passaram por uma situação em que foi impossível recuperar os dados perdidos.


LEIA MAIS: Cibersegurança: ameaças e tendências para estar atento em 2022


Por que empresas precisam investir em DR

Nesse contexto, já é possível imaginar a importância de se preparar para potenciais desastres. Afinal, prevenir e se antecipar aos riscos é a melhor forma de evitar danos que extrapolam os limites operacionais e que, muitas das vezes, alcançam as finanças e a reputação corporativa. 

Assim, um plano de recuperação de desastres envolve estratégias, planejamento e utilização de tecnologia adequada, além de testes contínuos. É importante ter em mente que investir no backup dos dados da empresa é parte essencial ao planejar a recuperação de desastres.

No entanto, apenas esse passo não constitui um DR completo. Paralelamente, entre os principais motivos para empresas investirem em um plano do gênero estão:

  • Evitar interrupções nas operações;
  • Antecipar possíveis problemas, como ataques cibernéticos;
  • Garantir a segurança dos dados sensíveis do negócio e de seus clientes;
  • Prevenir desastres, como uma queda total do sistema ou vazamento de informações

Backup e disaster recovery: entenda as diferenças

Por mais que tenham entre seus objetivos a mitigação de riscos, backup e plano de recuperação de desastres são diferentes. 

O backup consiste no processo de fazer cópias de dados a fim de preservá-los. Dessa forma, é possível que seja necessário restaurar um backup após uma falha humana na exclusão de determinado dado. 

Já o plano de recuperação de desastres se refere a todos os processos e práticas voltados para o restabelecimento do acesso a aplicativos e recursos de TI depois de uma interrupção. 

Na prática, o DR pode envolver uma mudança de servidores ou de sistema de armazenamento para garantir a operação enquanto o data center estiver inativo, por exemplo.

Por tais razões, é importante ter em mente que apenas manter as cópias de dados estratégicos não é suficiente para garantir a operacionalidade de um negócio após um desastre. 

Citada anteriormente, a pesquisa do IDC conduzida em abril ainda mostra que, entre as empresas que tiveram a experiência de perda irrecuperável de dados nos últimos 12 meses, 45% afirmaram que o episódio aconteceu entre processos de backup.

Segundo o estudo, isso pode ser atribuído ao período que as companhias costumam dar entre uma cópia e outra que, geralmente, é de 24 horas. No entanto, o ‘gap’ entre processos não é a única razão para uma perda irrecuperável de informações. 

Por fim, o relatório também aponta ataques cibernéticos e falhas do sistema de backup como causas de dados serem perdidos para sempre.

Como iniciar um plano de recuperação de desastres

Em um contexto em que as empresas guiadas por dados (data driven) conquistam cada vez mais espaço, ter esses insumos vazados ou perdidos pode levar a prejuízos consideráveis. 

Entre eles, queda na receita, danos à reputação, comprometimento da produtividade dos funcionários e, até mesmo, perda de clientes. Ou seja, a perda de dados ou, ainda, a demora para restabelecer as operações da companhia afetam praticamente todos os aspectos do negócio. 

Nesse sentido, saber como montar um plano de recuperação de desastres é essencial. Por sua vez, dentre as etapas importantes do processo, destaca-se a necessidade de analisar o impacto no negócio e, também, fazer uma projeção de riscos. 

Além disso, é igualmente fundamental considerar métricas como Recovery Time Objective (RTO) e Recovery Point Objective (RPO).

Análise dos impactos no negócio

O Business Impact Analysis (BIA), ou, em português, análise dos impactos no negócio, costuma ser a primeira etapa de um plano de recuperação de desastres. Seu principal objetivo é identificar quais são as atividades mais importantes de um negócio, assim como os sistemas de TI que as suportam.

Nessa etapa, é necessário criar uma série de cenários de desastres para, assim, fazer uma previsão da magnitude das perdas que a empresa terá caso aconteça uma interrupção nos processos de negócio. 

De um ataque cibernético que leve a um vazamento de dados a uma enchente que comprometa os servidores da organização, os piores cenários devem ser imaginados. 

Apesar de inicial, essa fase permite a identificação das áreas e funções do negócio que são críticas. Adicionalmente, é nesse estágio que se pode determinar o tempo inativo que cada um desses elementos toleraria sem prejudicar o negócio como um todo. 

Análise de risco

O próximo passo é fazer uma análise de riscos (risk assessment). Esse estágio tem como escopo examinar as ameaças e vulnerabilidades, tanto externas quanto internas, que podem impactar os ativos de TI da empresa. 

A disponibilidade de serviços cloud-based que, geralmente, estão localizados em regiões que a área de TI não pode controlar, torna ainda mais importante executar essas duas etapas mencionadas. 

Isso porque, na prática, as fases de análise de impacto no negócio e de avaliação de risco são a base para a criação de PRDs que sejam eficazes. Além disso, a disponibilidade de serviços cloud-based leva, ainda, a novas variações nas tradicionais análises de data center

Compreender claramente os riscos de TI, especificamente no caso de serviços em nuvem, é um passo indispensável no desenvolvimento de um plano de DR.


LEIA MAIS: Ter um data center é importante para o negócio? Entenda o que é e quem deve investir nessa solução


DRaaS: recuperação de desastres na nuvem

Nuvens e servidores representando a recuperação de dados na nuvem
DRaaS é a evolução da recuperação de dados, realizada com a ajuda da nuvem

Quando o assunto é Cloud Computing, entre os modelos mais usados no Plano de Recuperação de Desastres está o DRaaS – Disaster Recovery as a Service ou, em português, Recuperação de Desastres como Serviço.

Projetado de forma a garantir maior proteção a possíveis falhas de TI, esse modelo consiste na replicação de toda infraestrutura tecnológica local em um ambiente virtual, hospedado na nuvem. Assim, a redundância sempre estará à disposição da empresa, em caso de indisponibilidades no ecossistema principal ou de possíveis falhas. 

Entre as vantagens, destaca-se sempre a redução de custos que o método proporciona, sobretudo quando comparado com o que é investido na manutenção de um data center próprio.

Além disso, o fornecedor também assume a função de configurar e fazer a manutenção de todo o ambiente virtual voltado para DR. 

A proteção contra falhas é considerada robusta a partir do momento em que as ferramentas cloud-based são estruturadas de forma a criar o backup de dados sensíveis e, também, de aplicativos críticos para o negócio.

Ao fazer a contratação de um DRaaS, é possível, também, monitorar duas métricas críticas dentro do escopo de um Plano de Recuperação de Desastres: os já citados Recovery Time Objective (RTO) e Recovery Point Objective (RPO).

RTO se refere ao tempo que um negócio leva para retomar suas operações após um incidente. A definição do RTO passa por considerar quanto tempo é possível perder e o impacto que esse período terá nos resultados do negócio.

Já o RPO, se refere à quantidade de dados que uma empresa pode perder em um desastre. Nesse sentido, há negócios que precisam de backup constante para um data center remoto de forma que uma interrupção resulte em perda quase zero de informações. 

Como o Azure pode ajudar a proteger dados e aplicativos críticos

Um exemplo de estratégia alinhada com o Plano de Recuperação de Desastres é contratar armazenamento externo de dados e sistemas críticos de uma empresa de serviços em nuvem terceirizada. Entre elas está o Microsoft Azure. Dessa maneira, é possível obter ativos críticos de TI, como servidores e roteadores.

Seu diferencial é oferecer solução de backup e recuperação de desastres de ponta a ponta. Ou seja, uma ferramenta que conjuga esses dois processos essenciais para mitigar riscos. Simplicidade, segurança e economia são as grandes vantagens de investir na ferramenta. Além disso, a solução é escalável. Outro benefício é a possibilidade de integração com soluções locais de proteção de dados.

Caso o serviço seja interrompido, aconteça exclusão acidental ou vazamento de dados, é possível recuperar as operações corporativas de forma integrada. Isso porque a solução de backup e recuperação de desastre do Azure é altamente disponível e simples de ser acessada por estar na nuvem.

Conclusão

Investir em um Plano de Recuperação de Desastres é estratégia essencial para se proteger do crescimento de ataques cibernéticos e outras ameaças às operações da empresa. Entre elas, fenômenos naturais e, até mesmo, erros internos. 

A  Vivo Empresas conta com amplo portfólio de produtos e serviços para garantir a segurança do negócio. E, também, a continuidade de suas operações mesmo em um cenário crítico, com a proteção de dados no caso de ataques virtuais. 

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