O que é fintech? Esta pergunta provavelmente já passou pela mente de muitas pessoas que seguem notícias do mundo de negócios. Afinal, o termo tem se tornado cada vez mais comum no fim da última década, conforme as startups de finanças crescem Brasil afora.
Para muitos, este novo mundo representa uma série de oportunidades e possíveis benefícios, mas ainda há um certo ar de misticismo. Estas empresas, que tendem a ser menores que as instituições tradicionais, ainda são vistas com um ‘ar de desconfiança’ por muitos.
Ademais, há confusão sobre o que, exatamente, estas organizações fazem. Enquanto que, do ponto de vista de grande parte do público, estas são apenas empresas que emitem cartões de crédito, a realidade é bem diferente, englobando várias atividades financeiras.
Este artigo, portanto, busca trazer definições e ideias mais concretas sobre as novas empresas do mundo financeiro. Abaixo você verá:
- O que é fintech
- Os diferentes tipos de fintechs
- Como o Brasil se tornou um grande berço para startups de finanças
- Criptomoedas, Open Banking e outras novidades tecnológicas que movem o mundo financeiro
Decifrando o que é fintech
Este termo, de origem inglesa, é uma abreviação para “financial technology” – ou, em português, “tecnologia financeira”. Ou seja, são organizações que se baseiam em avanços tecnológicos para operar no mundo financeiro.
Isso não quer dizer, necessariamente, que todas essas organizações desenvolvam seus próprios apps voltados às pessoas físicas. Muitas vezes, a solução fica disponível em um site, por exemplo.
Contudo, é certo que todas aproveitam as novidades tecnológicas para eliminar burocracias e agilizar atividades. Inclusive, ao contrário da imagem popular, nem todas as fintechs são startups de finanças – algumas são grandes corporações que inovam constantemente.
Então, na prática, o que é “fintech”? Resumidamente, são companhias que aproveitam a tecnologia para inovar e mudar a forma como o mundo das finanças funciona.
O objetivo destas empresas não é necessariamente a “disrupção” do mercado, mas sim oferecer alternativas mais práticas, baratas e/ou acessíveis aos serviços tradicionais, como aponta a Warren.
Ademais, sua conexão direta aos avanços tecnológicos faz com que acelerem a adoção de novas tecnologias. Isto também inclui o uso avançado de soluções já existentes, como IoT ou Big Data, a fim de personalizar seus serviços e facilitar os atendimentos.
Como resultado, tratam-se de negócios bastante dependentes da conectividade trazida pela internet.
Mais que startups de finanças: os vários tipos de fintechs
É verdade que as mais visíveis ao público são as empresas focadas em emissão de cartões ou alternativas para contas correntes, mas elas são apenas uma pequena parte do todo.
Inclusive, as próprias startups também são apenas uma parte deste mercado, que engloba empresas grandes e já estabelecidas, como mencionado anteriormente.
Adicionalmente, vale destacar o quão variadas são as formas em que estas companhias conseguem atuar no mercado financeiro. A título de exemplo, e para melhor entender o que é uma fintech, veja abaixo uma breve lista de algumas áreas em que elas atuam:
Simplificando investimentos
Para quem não tem familiaridade com o mundo dos investimentos, a ideia pode ser bastante intimidadora. Inclusive, devido à burocracia que faz parte do processo, muitos acabam se afastando da ideia.
Então, a startups de finanças entram no processo usando inteligência artificial e avanços em Big Data para facilitar as decisões dos usuários que buscam iniciar novos investimentos.
Além disso, muitas destas empresas contam com apps que facilitam e agilizam o processo, eliminando medos e guiando o investidor.
Crowdfunding: desafiando ideias tradicionais sobre o que é fintech
Sites como Kickstarter ou Catarse (o primeiro site de crowdfunding do Brasil) já são conhecidos, mas é comum não incluí-los em uma lista de fintechs. De qualquer modo, eles também exercem papel importante na inovação do mercado financeiro.
Em particular, neste caso, se trata de uma inovação no processo de financiamento de novos projetos. Ideias que, no passado, dependiam de grandes investidores para saírem do papel, hoje podem começar em sites de crowdfunding.
A partir daí, grupos de fãs e pessoas interessadas de modo geral podem investir com alguns reais ou dólares.
Ao final, juntando todos os investimentos (desde os menores aos dignos de milionários), o criador pode executar o projeto dos seus sonhos mesmo sem o apoio de uma grande instituição.
Facilitando a gestão de cobranças e notas fiscais
Anos recentes também representaram um aumento no número de microempreendedores individuais (MEIs), além de micro e pequenos negócios.
Muitos destes empreendedores são inexperientes na gestão, de modo que a burocracia por trás de certos aspectos do trabalho pode ser intimidadora.
Para acompanhar este crescimento surgem fintechs com foco na gestão financeira. Em particular, há várias opções de empresas especializadas em serviços e apps de emissão de notas fiscais.
Este mundo todo, que aproveita a conectividade da internet para agilizar os trabalhos, facilita a vida de novos empreendedores.
Serviços de pagamentos online: os exemplos mais tradicionais do que é fintech
Se você já fez alguma compra online onde fechou o pedido diretamente pelo site, provavelmente já se deparou com uma destas instituições. Seu objetivo é facilitar a troca de dinheiro – em particular nos casos onde as compras são de lojas internacionais – através de serviços ágeis.
Mais comuns nas transações via cartão de crédito, estas fintechs também estão entre as empresas com bastante popularidade, mas que nem todos identificam como sendo do ramo.
Algo que é fortalecido pela ideia de que este mercado é composto apenas por startups de finanças, já que a maioria destes serviços de pagamento online é de um tamanho considerável.
Mas, mesmo assim, são serviços que continuam facilitando as transações e inovando com novos meios de pagamento.
Brasil: um berço para novas fintechs
Em anos recentes, o Brasil se tornou um espaço para a fundação e crescimento de novas startups de finanças, além do investimento na área por parte de empresas maiores. Este novo interesse na área chegou a criar novos bilionários como resultado.
Uma questão movimentada, em parte, devido às fintechs não estarem sob jurisdição de tantas normas quanto bancos tradicionais.
Para tentar entender este fenômeno, surgiu uma certa narrativa de que “fintechs são melhores que bancos”, focando em organizações que atuam com cartões de crédito e contas correntes e partindo da ideia de que, devido a reclamações direcionadas a empresas tradicionais, o público passou a se interessar pelas fintechs.
Este discurso ganhou mais força em 2021, quando o Banco Central decidiu lançar listas trimestrais com as instituições que mais recebem reclamações.
Mas a verdade é que isso não reflete a realidade. Tanto fintechs quanto instituições tradicionais aparecem em várias das reclamações. Inclusive vale notar que a lista principal se limita às maiores instituições e não inclui muitas fintechs, devido ao seu porte geralmente ser menor.
Ademais, a não ser que você já conheça as empresas de nome, se torna até difícil ler as listas e identificar o que é fintech e o que não é.
Ou seja, na prática, não é possível dizer que um grupo é “melhor” que o outro. Cada organização tem seus pontos positivos e negativos, atendendo melhor certos objetivos específicos. Inclusive, mesmo as instituições tradicionais estão cada vez investindo mais em tecnologia, trabalhando com mais conectividade e implementando soluções baseadas em Cloud, IoT, Big Data, etc.
No fim das contas, as fintechs até podem estar guiando o uso da tecnologia nas finanças, mas isso não quer dizer que bancos e outras organizações já conhecidas não estejam acompanhando as novidades.
Criptomoedas, Open Banking e o futuro das finanças
E, por falar em novidades tecnológicas, o futuro é bastante promissor para o mercado financeiro neste sentido. Uma palavra que tem dominado as conversas recentemente é “criptomoedas” – em particular, a maior delas: Bitcoin.
Estas criptomoedas trazem grandes mudanças para a forma como as transações financeiras ocorrem, descentralizando grande parte das operações. Então, obviamente, tanto fintechs quanto bancos estão investindo nestas moedas, buscando abraçar as novas tecnologias e disponibilizar operações mais eficazes. Adicionalmente, é notável a presença de várias fintechs focadas apenas na transação com criptomoedas.
Mas, acima disso, uma grande novidade que promete incríveis mudanças na forma como o mundo das finanças funciona é o Open Banking.
Este termo, um tanto exótico, representa uma nova forma dos serviços financeiros interagirem com contas bancárias. Para isso, segundo a Distrito, são usadas integrações entre aplicativos que permitem um acesso inteligente aos dados dos clientes, a fim de facilitar a tomada de decisão em questões como investimentos.
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Esta nova ideia já foi aprovada pelo Banco Central, como o Distrito indica neste outro artigo, que também aponta as fintechs como motivadoras do aceleramento deste processo. O BC, inclusive, já tem uma agenda de implementação deste novo paradigma, prometendo avanços rápidos.
Para fazer bom proveito desta ideia, então, várias empresas já estão se preparando para implementar novas soluções inovadoras no mercado – incluindo as fintechs. E as opções de integração e novas soluções são quase infinitas.
Por exemplo, o usuário de uma solução de controle de orçamento pode conectá-la ao seu banco para ter dados atualizados sobre investimentos e financiamentos. Semelhantemente, uma solução de investimentos na bolsa de valores pode acompanhar sua conta bancária para sugerir opções de investimento personalizadas.
Conclusão
O mercado financeiro, assim como tantos outros, também sofre os efeitos do aumento de conectividade e soluções digitais. Desta forma, movido pelas fintechs, todo este mundo passa por grandes mudanças e avanços tecnológicos, prometendo serviços mais detalhados e personalizados.
Mas, para prestar estes serviços, as fintechs também têm demandas tecnológicas mais avançadas. Demandas, estas, que a Vivo Empresas se dispõe a suprir com suas soluções avançadas. A começar pelas soluções de Conectividade, que formam a fundação para toda atividade digital como as realizadas pelas fintechs.
Também vale destacar os serviços de Cloud e Big Data, absolutamente essenciais para o processamento de dados mais completo e detalhado necessário para muitas atividades esperadas de startups de finanças.
Complementando estes serviços, o empreendedor também pode contar com a Vivo Empresas na Segurança Digital, garantindo a continuidade dos seus serviços e a proteção dos dados de seus clientes.
E por último, mas não menos importante, também é importante que o gestor possa contar com serviços de Aluguel de Equipamentos, IoT e Gestão de TI, garantindo a qualidade dos seus processos e serviços.
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Até a próxima!