Os atuais recursos tecnológicos estão proporcionando formas mais dinâmicas e interativas de contato entre as pessoas. Esse fenômeno se reflete na educação por meio das metodologias ativas com uso de inovações digitais, que trazem avanços ao ensino escolar.
Essa abordagem transforma o modelo tradicional das escolas, incorporando elementos para melhorar o processo de aprendizagem. Com essa técnica, o aluno amplia o interesse pelos estudos e, consequentemente, adquire mais conhecimento.
O uso dessas metodologias não é algo novo, mas as tecnologias recentes estão criando novas possibilidades na área. Com a realidade aumentada, realidade virtual, gamificação etc., essa estratégia se torna ainda mais eficaz e ajuda a formar estudantes mais capacitados.
Conheça melhor o assunto e entenda como essa pedagogia pode ser aplicada nas instituições de ensino. Neste artigo, serão abordados:
- O que são metodologias ativas na educação;
- Características dessa abordagem de ensino;
- Por que metodologias ativas melhoram o aprendizado;
- Exemplos de pedagogias ativas e suas tecnologias;
- Metodologias ativas na educação 4.0.
O que são metodologias ativas na educação
As metodologias ativas são um método de ensino que se contrapõe ao modelo tradicional. Enquanto, na educação convencional o aluno é considerado um elemento passivo, essa abordagem o convida a ter um novo papel no processo de aprendizado.
A pedagogia ativa utiliza novas técnicas, compreendendo que cada indivíduo é único e há muitas maneiras de aprender. Com isso, a concepção ordinária de sala de aula, com o professor à frente e os educandos sentados em carteiras, se transforma em outras possibilidades.
O objetivo é proporcionar atividades mais dinâmicas e participativas, como jogos, gincanas, imersões e soluções de situações-problema. Dessa maneira, o educando se torna protagonista no processo de ensino, aprofundando seus saberes.
Princípios das metodologias ativas
A transformação do ensino convencional com o uso de tecnologias digitais passa por preceitos norteadores. A seguir, estão destacadas as principais características dessa pedagogia.
Professor como um orientador/facilitador
O educador assume um papel mais de instrutor do que de fonte do conhecimento. Cabe a ele orientar os alunos, mediar conflitos e dar suporte às demandas que surgem.
Incentivo à autonomia
O estudante tem mais liberdade para tomar decisões. Ele pode optar por temas de interesse, discutir projetos com colegas e professores etc.
Estímulo à reflexão crítica sobre a realidade
As metodologias ativas buscam utilizar recursos que fortaleçam a pedagogia crítica. Nessa abordagem, o papel da escola vai além de apenas descrever o mundo, mas também incentiva o aluno a transformar a própria realidade.
Desenvolvimento de habilidades interpessoais
Por meio do trabalho em equipe, esse modelo de ensino propõe aprofundamento no conhecimento científico e aprimoramento das competências emocionais e comportamentais dos estudantes.
Foco no processo e não somente no resultado
A nota final de provas ou trabalhos não é o único método de avaliação da pedagogia ativa. Tão importante quanto ela são as experiências do aluno durante a aprendizagem (as dificuldades enfrentadas, os meios utilizados para resolver as tarefas etc).
Uso de tecnologias no contexto pedagógico
Para aplicar todos esses princípios, as ferramentas digitais surgem como aliadas. Com elas, é possível utilizar a gamificação, a realidade aumentada e outros recursos explicados ao longo deste texto.
Metodologias ativas melhoram o aprendizado
Modelos de ensino mais dinâmicos e estimulantes podem ser usados para distintos propósitos, mas o objetivo é o mesmo: aprimorar a aquisição de conhecimento.
Uma teoria que embasa o uso dessa pedagogia é a pirâmide da aprendizagem, desenvolvida pelo psiquiatra estadunidense William Glasser: quanto mais o aluno assume o protagonismo do processo de instrução, maior a absorção do saber.
O autor divide a aquisição do conhecimento entre as formas passivas (ler, escutar e ver) e ativas (discutir, praticar e ensinar). A metodologia de ensino centrada na autonomia do educando investe justamente nas propostas que dão melhores resultados, formando jovens mais preparados para o futuro.
Exemplos de pedagogias ativas e suas tecnologias
São inúmeras as possibilidades de aprendizagem focadas na participação ativa do estudante. A seguir, estão descritos os principais exemplos práticos desse modelo.
Sala de aula invertida
Nessa estratégia, em vez do aluno ser exposto a determinado assunto na escola, ele realiza a pesquisa inicial sobre o tema proposto em casa. Na sala de aula, o aprendizado continua, com os educandos interagindo entre eles próprios e com o professor.
Assim, o educador deixa de ser um mero expositor do conhecimento e se torna mediador do debate, tirando dúvidas e aprofundando os saberes.
Aprendizagem baseada em projetos
Enquanto o ensino tradicional é essencialmente teórico e dividido em disciplinas, o modelo com base em projetos foca na elaboração prática de tarefas. Partindo de uma pergunta/problema, o aluno, em grupo, elabora conteúdos (que podem ser produtos, vídeos, eventos etc), com o objetivo de resolver a situação proposta.
Assim, assuntos de diversas matérias podem ser utilizados durante o processo, que, além do trabalho em equipe, estimulam a reflexão crítica da realidade.
Um projeto pode problematizar o tema do desperdício de água, por exemplo, e propor como tarefa um documentário. No processo, o estudante passa por questões de disciplinas como física, geografia e biologia, além de aprender sobre produção audiovisual.
Gamificação
Não é por acaso que os jogos estão entre as atividades preferidas entre jovens e crianças. Eles divertem, promovem a interação, aguçam a curiosidade e incentivam o desenvolvimento de várias competências, muitas vezes sem o jogador perceber.
Dessa forma, cada vez mais as instituições de ensino têm incorporado o universo dos games como um dos métodos utilizados, em um processo chamado gamificação.
A ideia é utilizar elementos de jogos para aumentar o engajamento dos estudantes, estimular habilidades e trabalhar o conteúdo de forma dinâmica e instigante.
Esse processo engloba tarefas como missões e recompensas, regras que determinam vitórias e derrotas, uso de avatares, narração de histórias e mais. O objetivo é que o conhecimento científico venha junto com gatilhos mentais que estimulem o aluno — etapa essencial na consolidação do aprendizado.
Além desses artifícios, os jogos propriamente ditos também entram na proposta. Podendo ser tanto físicos (tabuleiro, perguntas e respostas etc.) quanto digitais, manipulados em tablets, smartphones e desktops.
O Enem Game é um ótimo caso de sucesso da gamificação na educação. Nele, o estudante responde a dúvidas de vestibulares de uma maneira divertida e educativa.
Realidade virtual (RV) e realidade aumentada (RA)
As novas tecnologias que promovem a mistura entre o real e o virtual também trazem contribuições às metodologias ativas. Com essas ferramentas, são expandidas as fronteiras da sala de aula e do conhecimento para além dos livros didáticos.
Com a RA, desenhos tridimensionais são sobrepostos ao mundo físico por meio das câmeras de tablets e smartphones. Assim, é possível “trazer” à sala de aula animais, árvores, esculturas, mostrar ligações químicas e modelos atômicos, entre outras utilidades.
Dessa forma, com objetos 3D que podem ser vistos em 360º, a ferramenta permite que elementos do mundo microscópico possam ser melhor compreendidos.
Já a RV possui um funcionamento oposto. Ou seja: é o usuário que imerge no ambiente digital. Esse recurso é utilizado há décadas em certas capacitações profissionais, como no treinamento de pilotos da aviação, e está tendo cada vez mais alcance na educação regular.
Essa tecnologia traz diversas possibilidades de visitas virtuais, como tours a museus, imersões ao espaço e ao fundo do mar, viagens para dentro do corpo humano etc. A ferramenta também é capaz de criar ambientes em que os alunos se sintam mais confortáveis para atividades orais e conversas sobre assuntos sensíveis.
Metodologias ativas na educação 4.0
As metodologias ativas com o uso de tecnologias digitais fazem parte de um movimento maior, no qual as escolas buscam aprimorar suas práticas por meio da digitalização. Esse processo é conhecido como educação 4.0.
A viabilidade dessa proposta começa pela conectividade. Com velocidade, estabilidade e segurança na rede, a escola pode utilizar o ensino a distância ou a educação híbrida, enquanto aproveita os recursos de RV e RA.
Outro elemento presente em escolas digitais é a Cloud Computing. Nesse ambiente virtual remoto, professores e alunos podem compartilhar arquivos com praticidade e segurança, acessar softwares educativos e consultar materiais didáticos.
A nuvem pode hospedar, por exemplo, os boletins escolares digitais, trazendo comodidade e reduzindo custos da instituição de ensino. Já as ferramentas de colaboração facilitam o trabalho dos gestores e a troca de informações entre profissionais da empresa.
Softwares de inteligência artificial (IA) também trazem avanços à aprendizagem. Um exemplo prático são os chatbots (robôs virtuais), muito úteis para os alunos tirarem dúvidas de maneira ágil.
A tecnologia ainda colabora com a infraestrutura escolar. Uma tendência atual é o uso da Internet das Coisas (IoT). Por meio de sensores conectados a objetos, é possível ter sistemas de climatização inteligentes na sala de aula, controle de acesso automático, lousas conectadas a mídias digitais e outras sofisticações.
Dessa forma, a escola 4.0 se torna mais preparada para aplicar metodologias ativas, pois o próprio ambiente colegial ganha em dinamismo. Afinal, com as ferramentas digitais, o estudante aumenta sua autonomia para fazer pesquisas e interagir com colegas e professores — elementos essenciais para desenvolver competências e adquirir saberes.
Aprimore a qualidade do ensino com tecnologia
As inovações digitais estão transformando atividades humanas e com a educação não é diferente. Com a 1ª geração nascida na era da internet banda larga atingindo a maioridade, carteiras enfileiradas e professores dando aulas com giz já não fazem mais tanto sentido.
A boa notícia é que as metodologias ativas andam lado a lado com a tecnologia, que traz soluções para o aprendizado se tornar cada vez mais dinâmico e estimulante. Esse processo está acelerando com o 5G, que amplia a qualidade da conexão e possibilita o uso de recursos como IoT.
Uma ótima maneira das instituições de ensino avançarem nessa transformação é com o apoio de um parceiro tecnológico especializado como a Vivo Empresas. Com soluções customizadas para as necessidades de cada organização, o setor educacional adquire infraestrutura de TI personalizada para aprimorar a gestão e oferecer aos alunos recursos que estimulam e enriquecem o aprendizado.
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Até a próxima!
