Vale a pena contratar empresas de delivery ou é melhor investir no próprio sistema?

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Oferecer a entrega em casa não é apenas uma prática recomendável a qualquer negócio. Hoje, essa é uma necessidade crítica em diversos setores. Porém, na hora de adotar um sistema, paira uma dúvida muito comum aos empreendedores: contratar empresas de delivery ou criar a própria estrutura?

A realidade é que não há uma fórmula exata que define a estratégia certa para a marca. Então, para responder a essa questão, elementos como o propósito da companhia, os produtos servidos e o público atendido precisam ser considerados. 

Além disso, é necessário conhecer as vantagens e desvantagens, bem como quais as responsabilidades do empreendimento em cada um desses modelos. Somente com acesso a todas essas informações é que se torna possível fazer a melhor escolha.

Para isso, neste artigo, serão abordados: 

  • Panorama atual do delivery;
  • Como implementar sistemas de entregas ao negócio;
  • Alternativas próprias dão autonomia ao delivery;
  • Estratégia híbrida é popular entre negócios.

Sistema de entregas é demanda do cenário atual

Embora a busca por empresas de delivery já estivesse em ascensão antes da crise sanitária, o crescimento do setor no período foi muito maior que o previsto. Diante da pandemia, uma grande parcela da população passou a utilizar esses serviços. 

Só para exemplificar, os pedidos online de refeições ao menos uma vez na semana foram comuns para 66,1% das pessoas. Enquanto, anteriormente, esse era um hábito para cerca de 40% dos consumidores, como mostrou a pesquisa Consumo Online no Brasil

Divulgado pela Agência Brasil, em dezembro de 2021, o estudo comparou o setor no período pré e durante a pandemia. Segundo os resultados, a tendência de entrega veio para ficar: 57,8% dos entrevistados pretendem manter a prática. 

Entre os principais motivos do sucesso do modelo estão a economia de tempo que o serviço proporciona e até mesmo a experiência em si, mais prática e direta.

A movimentação na área também foi notada globalmente no relatório State of Food and Drink on Mobile 2022. De acordo com o documento, a demanda por aplicativos de alimentos e bebidas atingiu um recorde no primeiro trimestre de 2022: o tempo global gasto nos apps aumentou 65% em relação ao ano anterior. No Brasil, esse crescimento foi de 380%.

Comportamento dos consumidores estimulou mercado

Não apenas os consumidores passaram a procurar o delivery, mas também mais companhias focaram nesse segmento. Segundo um relatório da DataHub, divulgado em fevereiro de 2022, houve um aumento de 76,6% na abertura de empresas do setor entre 2019 e 2021. 

No total, no primeiro ano considerado no levantamento, havia cerca de 59 mil negócios registrados nessa área na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Já em 2021, o número passava de 100 mil.

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Como implementar sistemas de entregas ao negócio

A implantação do serviço de entregas em domicílio começa com escolhas importantes. Entre essas, a primeira questão crucial que determina os próximos passos é: construir o próprio sistema ou optar por empresas existentes?

Hoje, diversas marcas já contam com sites e aplicativos próprios, que são uma forma de viabilizar os processos e ainda servem como um meio de comunicação mais próximo ao cliente.

Por outro lado, existem plataformas bem consolidadas que prestam o serviço, como iFood e Rappi. Nesses marketplaces, os negócios ganham visibilidade, mas estão lado a lado competindo em qualidade, preços e até tempo de entrega.

Para fazer a melhor escolha, o ideal é conhecer as vantagens, desvantagens e responsabilidades de cada modelo. Além disso, vale ressaltar que é possível combinar ambas as opções em uma estratégia híbrida, como será abordado a seguir.

Alternativas próprias dão autonomia ao delivery

A princípio, criar e operar seu próprio sistema é uma opção tentadora em comparação a contratar empresas de delivery. Dessa forma, há mais controle sobre toda a jornada de compra, garantindo a qualidade do atendimento até a entrega em si. 

Tanto é que grandes redes de bares e restaurantes preferem essa alternativa, viabilizando o contato direto com seus clientes. Por exemplo, marcas como Starbucks, McDonald’s e China in Box disponibilizam aplicativos gratuitos para pedidos online.

Além disso, nessas plataformas, sites e apps torna-se viável customizar ofertas e oferecer planos de fidelidade. Inclusive, há outros canais que também são usados na estratégia, com atendimento customizado, como o WhatsApp, que é gratuito, rápido e efetivo.

Algumas vantagens da escolha:

  • Traz mais autonomia;
  • Dá maior controle quanto aos pedidos e entregas;
  • Estreita relacionamento com o cliente;
  • Possibilita customização de atendimento e de ofertas;
  • Facilita a criação de uma base de consumidores própria;
  • Dispensa custos com taxas de intermediadores.

O que levar em consideração?

É fácil notar que as companhias mencionadas não são pequenos negócios ou empresas que estão começando. Montar um sistema de delivery demanda tempo e investimento, sendo um caminho mais indicado para estabelecimentos de médio e grande porte.

Afinal, quando a organização é responsável pelo processo de entrega, terá que se preocupar com diversas questões, como: 

  • Contratação de entregadores;
  • Treinamento de funcionários para utilizar o sistema desenvolvido;
  • Aquisição e manutenção da frota de veículos;
  • Planejamento do armazenamento e distribuição dos pedidos;
  • Adoção de tecnologia de rastreamento para conforto e segurança.

Sendo assim, em primeiro lugar, é essencial orçar o projeto completo. Ou seja, pensar na estrutura física, como o espaço para os entregadores retirarem o pedido, e também na tecnologia necessária.

Enfim, é apenas com o custo de criação e manutenção em mãos que será possível decidir se vale a pena o esforço do sistema próprio em vez de optar pelas organizações do setor.

Empresas de entrega simplificam o processo 

Utilizar companhias de delivery é uma alternativa aos empreendedores que não desejam o esforço extra de gestão e investimento em estrutura. É também uma maneira mais rápida e prática de entrar no mercado de entregas, o que fez desta uma solução popular no período da pandemia. 

Nessa alternativa, os negócios escolhem plataformas já conhecidas pelo público. No Brasil, o aplicativo mais usado na categoria de alimentos e de bebidas é o iFood, segundo o relatório State of Food and Drink on Mobile 2022

No app ou site, ficam disponíveis informações como localização, nota de avaliação de clientes e — o mais importante — cardápio. Entretanto, se é responsabilidade do restaurante enviar qualquer atualização na oferta de produtos, por outro lado, não há preocupação quanto à manutenção do aplicativo. Ademais, geralmente, os apps já mantêm espaços específicos para comunicação entre consumidor e marca para facilitar o contato.

É interessante destacar que escolher a terceirização não significa que o negócio não será responsabilizado por eventuais problemas com a entrega. Independentemente das políticas da plataforma, os clientes tendem a relacionar uma má experiência no delivery tanto ao sistema utilizado quanto ao estabelecimento.

Vantagens desse modelo:

  • Diminui gastos, uma vez que a adesão é de baixo custo;
  • Simplifica a implementação do sistema;
  • Impulsiona a divulgação do negócio por estar em uma plataforma conhecida;
  • Facilita a gestão;
  • Elimina preocupações e custos com frotas;
  • Permite a ampliação da área de atuação.

O que levar em consideração?

Quando se tem um sistema próprio, é preciso arcar com custos operacionais para manter a estrutura. No caso do delivery, esses gastos são diluídos, mas, no lugar, surgem outras despesas que merecem atenção.

Para começar, as empresas de entrega cobram encargos em cada serviço realizado. Essas taxas podem variar entre 10% e 30% do valor do produto, o que significa uma redução significativa no lucro do negócio. 

Com o tempo, essas cobranças também levam a outra consequência: o aumento dos preços aos consumidores. Tendo em vista que nas plataformas há diversos concorrentes, a mudança no valor da mercadoria pode ainda significar uma desvantagem competitiva. 

Por fim, há a questão da reputação da companhia escolhida. Com a ascensão desses serviços, se tornaram comuns debates sobre condições de trabalho e remuneração dos entregadores, por exemplo. E, embora não seja responsabilidade direta de quem optou pela plataforma, a imagem da organização pode ser afetada por tais questões. 

Como dito anteriormente, há dois caminhos comuns para aqueles que desejam trabalhar com pedidos entregues em casa: criar um sistema de delivery ou escolher empresas especializadas. Contudo, essas não são abordagens excludentes e combiná-las em uma estratégia híbrida traz vantagens de mercado. 

Nesse sentido, uma marca pode manter o serviço em uma plataforma terceirizada para ter alta divulgação e atrair mais clientes. Ao mesmo tempo, pode oferecer promoções exclusivas no aplicativo próprio, a fim de fidelizar esse consumidor.

Em outras palavras, essa combinação de atuações em diferentes canais amplia os benefícios ao empreendedor, que terá como resultado:

  • Otimização de recursos;
  • Ganho de eficiência;
  • Vantagem competitiva;
  • Base de clientes ampliada;
  • Novas oportunidades de crescimento.

Empresas de delivery e sistemas de entrega exigem planejamento e preparação 

Independentemente do caminho escolhido, existem cuidados necessários na oferta da melhor experiência de delivery ao cliente. E isso compreende tanto o investimento em atendimento e estrutura física quanto em recursos tecnológicos. 

Antes de mais nada, há elementos pertinentes ao serviço próprio e à parceria com empresas, como a conectividade. Valiosa para se comunicar com clientes e funcionários em tempo real, essa é a tecnologia que permite o funcionamento do modelo atual. É também a conexão que viabiliza novos meios de pagamento: por aplicativo, dispositivo ou aproximação. 

Do mesmo modo, a Cloud permeia todo o processo. Ao criar o app ou site, por exemplo, a nuvem é utilizada por ser flexível em relação à capacidade contratada e disponibilizar espaço para armazenamento de dados. Ou seja, em datas comemorativas ou em promoções especiais, permite ajustes que comportam a demanda extra de recursos computacionais.

Além disso, as soluções de Internet das Coisas (IoT) são excelentes para ajudar na rastreabilidade do pedido e na automação do estabelecimento. 

Inovar é preciso

Esse nível de digitalização apenas para adotar o sistema de delivery pode até parecer exagerado. Mas um estudo da Deloitte indicou que são essas experiências digitais e sem contato que guiarão os próximos anos. 

Segundo o relatório O Restaurante do Futuro, publicado em dezembro de 2021, 57% dos consumidores preferem usar um aplicativo digital ao pedir refeições, independentemente da pandemia.

Pensando nos planos para o futuro e no sucesso da operação hoje, não há dúvidas que acelerar a digitalização do estabelecimento será um fator crucial para o crescimento da operação. Nesse cenário, a Vivo Empresas pode ajudar com seu portfólio completo e baseado em tecnologias digitais, que inclui soluções de conectividade, Cloud e IoT.

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Até a próxima!

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