Como as soluções digitais otimizam o controle de pragas

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Já foi o tempo em que o agronegócio funcionava apenas de maneira mecânica ou manual. Grande parte das rotinas do setor já podem ser digitalizadas, e isso se aplica também ao controle de pragas.

Através das ferramentas digitais, é possível otimizar diversos métodos de prevenção e combate a insetos, larvas, fungos e demais organismos que atacam as lavouras. 

Com sensores de Internet das Coisas (IoT), drones, mapeamento digital, inteligência de dados, entre outros recursos, o agricultor monitora sua lavoura e atua de maneira ágil contra os parasitas, mantendo a boa saúde da plantação para uma colheita maior e com melhor qualidade.

Neste artigo, você ficará por dentro das principais estratégias de controle de pragas e como as tecnologias digitais contribuem para elevar a eficiência dessas operações. Siga o conteúdo pelos tópicos a seguir:

  • Principais pragas que afetam a agricultura brasileira
  • Métodos de controle de pragas
  • A tecnologia como aliada no controle de pragas
  • Como a inovação aumenta a produtividade no campo

Quais são as principais pragas que afetam a agricultura brasileira

O aparecimento de organismos vivos em plantações é algo comum e natural em praticamente todo o sistema de cultivo. No entanto, os insetos se tornam pragas agrícolas quando eles se alimentam, ou causam doenças, em grande parte da área plantada, trazendo prejuízos ao agricultor.

Em monoculturas, o aparecimento dessas pragas é bastante comum, visto que a falta de diversidade dificulta o controle biológico para impedir a superpopulação de determinada espécie. Contudo, o problema também pode ocorrer por causas climáticas, como temperatura ou umidade, que favorecem a proliferação de certos organismos.

No Brasil, existem pragas agrícolas que frequentemente aparecem nas principais culturas plantadas em solo nacional, como soja, cana-de-açúcar, milho e café. Conheça as principais delas:

Pulgões (afídeos)

Também conhecidos como piolho de plantas, os pulgões são insetos que se alastram rapidamente e atacam as principais variedades agrícolas do país. Essa praga é bastante perigosa, visto que se alimentam da seiva das plantas e são vetores de mais de 100 tipos de vírus.

Lagarta-da-espiga do milho (Helicoverpa zea)

Um dos parasitas mais temidos pelos cultivadores desse grão, a lagarta-da-espiga do milho é capaz de atacar até 96% das espigas de uma cultura, segundo a tese de doutorado INFESTAÇÃO DE Spodoptera frugiperda E Helicoverpa zea (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) EM HÍBRIDOS COMERCIAIS DE MILHO (Zea mays L.)  de um aluno da UNESP. 

Essa praga agrícola eclode a partir de ovos depositados, geralmente, no estilos-estigmas, o “cabelo do milho”, com a larva se alimentando dessa planta até chegar aos grãos das espigas.

Mosca-Branca (Bemisia tabaci)

A mosca-branca prejudica o desenvolvimento das lavouras uma vez que suga a seiva das plantas, roubando os nutrientes, além de transmitirem viroses. Essa praga agrícola tem predominância na região centro-oeste, atacando culturas como soja, algodão, feijão, batata e tomate.

Percevejo-marrom (Euschistus heros)

Em plantações de soja, o percevejo-marrom é uma das pragas mais perigosas. Esse parasita se alimenta dos ramos, hastes e das vagens em formação, prejudicando seriamente a produtividade da lavoura. O inseto é capaz de sobreviver nos períodos entre safras do grão e também ataca outras culturas, como algodão e girassol.

Larva-minadora (Liriomyza huidobrensis)

A larva-minadora se alastra dentro das folhas de diversas plantações como tomate, melão, alface e melancia. Construindo galerias ou minas na parte interna da planta, essa praga prejudica a fotossíntese, podendo provocar a necrose das folhas.

Córos (Phyllophaga, Dilobodereus e Liogenys)

Outra praga que causa grandes preocupações aos agricultores do país são os corós, que geram prejuízos tanto na fase larval, quando se alimentam das raízes das plantas, quanto na fase adulto, na qual esses besouros consomem as folhas. Os corós são preponderantes nas culturas de trigo, sorgo, milho e soja.

Principais métodos de controle de pragas

Existem inúmeras técnicas e procedimentos utilizados para o controle de pragas. Há soluções totalmente naturais, outras baseadas em componentes químicos, biogenética, entre outras tecnologias.

A escolha para prevenir e combater a proliferação de pragas depende de fatores como o tipo de agricultura, a lavoura, os equipamentos disponíveis na fazenda, a qualificação da mão-de-obra etc. Saiba mais sobre os principais métodos:

Controle biológico

O controle biológico nada mais é que o equilíbrio do ecossistema nas áreas plantadas, ou seja: a própria cadeia alimentar dos organismos, impedindo que as pragas se proliferem. Em geral, quanto mais diversa a lavoura, menor a chance de parasitas prejudicarem as culturas.

Controle varietal

Essa técnica consiste no uso de sementes resistentes, geralmente, através da transgenia, aos efeitos da praga. Essa resistência pode ocorrer com inúmeros graus e formas, com o inseto perdendo a preferência pela cultura submetida ao controle varietal, por exemplo, ou com a lavoura adquirindo tolerância à ação do organismo.

Controle comportamental (armadilhas)

Certas pragas agrícolas podem ser controladas através do uso de armadilhas. Esse tipo de controle é feito com aparelhos luminosos (insetos sendo atraídos por determinadas cores), feromônios sintéticos, frequências sonoras, entre outras técnicas.

Controle químico 

Esse método bastante empregado na agricultura intensiva diz respeito ao uso de defensivos agrícolas para o controle de pragas. Tal técnica requer bastante cuidado na aplicação e manejo, visto que o uso incorreto pode trazer prejuízos ao meio ambiente, aos trabalhadores e comunidade ao redor, além do risco dos insetos adquirirem resistência às substâncias.

A tecnologia como aliada no controle de pragas

Os métodos citados anteriormente estão entre os mais utilizados para o controle de pragas. Entretanto, quando aplicados em conjunto com as soluções digitais,  que chegam através da digitalização das empresas, as técnicas se tornam muito mais eficientes.

Com o uso de ferramentas de georreferenciamento, sensores conectados via Internet das Coisas (IoT), técnicas de aplicação localizadas, entre outros recursos, é possível realizar o controle de pragas de forma mais precisa, econômica e preventiva. Dessa forma, o agricultor utiliza menos insumos e se antecipa no combate aos invasores, impactando diretamente na melhoria da produtividade no campo.

Saiba mais sobre como a inovação colabora para a otimização do controle de pragas.

Monitoramento das lavouras 

Com a integração de diferentes técnicas de mapeamento, como o sensoriamento remoto, imagens de satélites, entre outras, é possível criar mapas digitais das lavouras para o acompanhamento da incidência de pragas.

Dessa forma, o agricultor visualiza a distribuição de insetos e outros parasitas de forma a utilizar defensivos químicos no início das infestações e de maneira localizada. Assim, há redução no uso de insumos e o combate antecipado aos invasores antes que haja prejuízo à cultura.

Um projeto da Embrapa realizado em parceria com a cooperativa Cocamar utilizou essa técnica para o controle de percevejos em uma plantação de soja, no norte do Paraná. O resultado foi a redução de 45% no uso de inseticidas durante o período de safra.

Aplicação localizada 

Outra maneira de trazer mais eficiência no controle de pragas é otimizando as técnicas de aplicação dos defensivos químicos. Para isso, drones agrícolas surgem como uma ótima solução.

Com os insumos sendo acoplados a esses veículos voadores, controlados remotamente, a aplicação se torna mais precisa, reduzindo perdas. Tal técnica também diminui o trabalho humano e traz mais praticidade para a utilização dos pesticidas em áreas de difícil acesso.

Tal tecnologia faz parte do portfólio de soluções da Vivo Empresas. Contratando a solução Drone Pro Pulverização, o agricultor otimiza o processo de controle de pragas com uma redução de custos de 30% a 40% em comparação com os métodos tradicionais.

Sensores 

O uso de sensores está sendo cada vez mais utilizado na agricultura, contribuindo para inúmeras tarefas. Tais dispositivos coletam dados sobre condições climáticas, parâmetros das culturas, do solo etc, gerando informações que orientam a tomada de decisões do agricultor.

No combate às pragas, os sensores podem ser utilizados, por exemplo, de maneira integrada às armadilhas, detectando os insetos capturados e fornecendo dados para a elaboração de mapas digitais de monitoramento.

Análise preditiva

Uma tendência do agronegócio para os próximos anos é a utilização da big data e de softwares de inteligência artificial (IA) para a elaboração de análises que darão suporte ao trabalho do agricultor. 

Com a inteligência de dados, as diversas variáveis que interferem na produção (clima, custo das commodities, insumo, etc) poderão ser calculadas para que o agricultor faça as melhores escolhas do plantio à colheita.

Isso certamente será utilizado, também, no controle de pragas. Com análises computacionais sobre o desempenho das últimas safras, fatores climáticos etc, o gestor poderá se prevenir e utilizar as técnicas mais eficientes conforme o contexto de sua safra.

Como a inovação aumenta a produtividade no campo

As soluções tecnológicas para o controle de pragas é um dos componentes da agricultura de precisão, ou agricultura 4.0, termos que se referem ao uso das tecnologias digitais no dia a dia do campo.

A partir da conectividade, a digitalização da fazenda pode contribuir em todos os processos da lavoura. O objetivo é sempre o mesmo: trazer mais eficiência às operações, reduzindo custos, desperdícios e aumentando a produtividade. 

Os impactos não são apenas econômicos, mas também ambientais, visto que a inovação contribui para a economia de água, melhor aproveitamento da terra, redução do uso de agrotóxicos e da emissão de CO2, entre outros benefícios.

Confira exemplos de como a inovação é capaz de aumentar a produtividade no campo:

Eficiência energética

Propriedades rurais demandam muito consumo de energia para suas operações. Uma solução que ajuda na redução da conta é a energia solar rural, que possui as vantagens de ser uma fonte limpa, com equipamentos de alta durabilidade e capacidade de proporcionar autossuficiência energética.

Conectadas com sensores IoT, essa solução se torna ainda mais eficiente, visto que os dispositivos podem monitorar o desempenho do kit de energia solar para que ele esteja sempre configurado com a maior precisão possível.

A IoT utilizada para essa finalidade também está por trás da solução Vivo Eficiência Energética, que monitora os parâmetros da rede elétrica, dando previsibilidade sobre o consumo e fornecendo insights para a redução dos gastos.

Maquinário Inteligente

A evolução das máquinas agrícolas é outro ponto fundamental para a otimização das rotinas das fazendas. Além de terem um desempenho cada vez melhor, muitos equipamentos hoje em dia estão conectados, colhendo dados durante as operações e, em alguns casos, trabalhando de forma autônoma.

Os dispositivos também são capazes de monitorar os próprios equipamentos e o uso deles pelos motoristas, reduzindo os custos com manutenção e melhorando o rendimento do combustível. A solução Maquinário Inteligente, da Vivo Empresas, atua nesse propósito, contribuindo para o aumento da disponibilidade da frota.

Clima Inteligente

Ter dados precisos e localizados sobre condições climáticas (irradiação solar, precipitação, temperatura, umidade etc) ajuda o agricultor a se planejar durante a safra. A irrigação, por exemplo, é otimizada, com o proprietário tendo mais previsibilidade para aproveitar a água da chuva.

Nesse sentido, a Vivo Empresas fornece previsão climática em tempo real com a solução Clima Inteligente, que atua em monitoramento meteorológico, monitoramento do solo e gestão da irrigação.

Traga a inovação à sua propriedade

O controle de pragas, colheita, irrigação, gestão rural e muitas outras operações do campo se tornam muito mais eficientes com a tecnologia. Propriedades que investem nesses recursos estão um passo à frente para corresponder às exigências impostos ao setor, que precisa ser cada vez mais sustentável e produtivo.

O 5G será responsável por um grande salto à digitalização do agro, promovendo uma arquitetura capaz de suportar imensa quantidade de dispositivos conectados. Mas não é necessário esperar a chegada dessa tecnologia no campo, visto que o 4.5G e demais recursos de conectividade já são capazes de atender as principais demandas de conexão no contexto rural.

A Vivo Empresas é uma das grandes promotoras da digitalização das fazendas, entregando um vasto portfólio de produtos para o agronegócio. São soluções em conectividade, cloud computing, aluguel de equipamentos, IoT, entre outras ferramentas que dão suporte ao produtor do plantio à colheita.

Se você gostou de saber mais sobre as tecnologias para o controle de pragas, aproveite para aprimorar seus conhecimentos sobre a digitalização do agronegócio:

Até a próxima!

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