A arquitetura de TI híbrida é um modelo que beneficia muitas companhias por integrar o ambiente local e a nuvem. Em outras palavras, a estrutura viabiliza o uso conjunto de sistemas legado e soluções em cloud, promovendo mais integração e harmonia entre ambos.
Essa estratégia, inclusive, se tornou mais popular no país a partir da massiva transformação digital vivida em 2020. Afinal, grande parte das empresas realizou a migração para a nuvem – adotando ainda outras mudanças, como o home office –, mas ainda possui ativos locais.
Nesse sentido, a arquitetura TI híbrida também é uma solução requisitada em um mundo cada vez mais exigente e data-driven. Ou seja, um cenário em que o volume de dados cresce exponencialmente, ao mesmo tempo em que é necessário analisá-los rapidamente.
Além disso, a adoção de novas tecnologias e ferramentas naturalmente contribuirá para o aumento de informações geradas, coletadas e analisadas. Entres elas, alguns exemplos que já estão presentes são a Internet das Coisas, a Inteligência Artificial, o Machine Learning e a Realidade Aumentada ou Virtual.
No entanto, para que a TI híbrida consiga funcionar de maneira efetiva, é preciso planejamento. De modo geral, ela depende de uma boa implementação, alinhada à empresa, de modo que atenda a múltiplos ecossistemas e a questões de segurança.
Nessa estratégia, ainda é possível combinar diversos tipos de cloud, não apenas para aumentar a capacidade de processamento, como também para melhorar a confiabilidade dos sistemas.
Contudo, para escolher a melhor opção, é preciso entender como essa estrutura funciona, bem como quais os serviços em nuvem que atendem o negócio.
Interessou? Neste artigo, você verá:
- A era da informação e a necessidade da arquitetura híbrida
- O cenário da computação em nuvem
- Cloud: privada, pública ou ambas
- Como funciona a arquitetura híbrida e quais seus benefícios?
- Arquitetura híbrida é caminho para um negócio mais resiliente
A era da informação
Atualmente, o gerenciamento de dados está se tornando mais complexo. Isso acontece, sobretudo, porque há um aumento não só no volume de informações captadas, mas também nas fontes.
Só para ilustrar, hoje, a Internet das Coisas (IoT) torna possível extrair métricas e referências nunca imaginadas por meio da conexão de gadgets e outras soluções. Segundo pesquisa da Juniper Research, de março de 2020, é esperado que, até 2024, sejam 83 bilhões de conexões autônomas entre máquinas pelo mundo.
Em outras palavras, com o avanço de tecnologias autônomas, como a IoT ou imersivas como a Realidade Virtual, a quantidade de dados extraídos só tende a crescer. Principalmente com a iminente chegada do 5G.
De acordo com estimativas da IDC, a quinta geração vai gerar, apenas indiretamente, US$ 2,7 bilhões em novos negócios no Brasil envolvendo essas inovações tecnológicas. Como consequência, também irá produzir muitos bytes extras.
Ao mesmo tempo, existe uma maior demanda pelo acesso rápido a dados confiáveis e relevantes. Afinal, há desafios diários que podem ser facilmente solucionados com base em números e evidências que só essa análise pode trazer.
Já em momentos de crise, por sua vez, a liderança pode precisar ainda mais de informações rápidas e precisas.
Em resumo, é possível apontar estes como alguns dos obstáculos que ainda impedem que a cultura data-driven atinja seu potencial:
- O aumento exponencial de dados não é acompanhado pelas estruturas tradicionais de tecnologia;
- Quando as fontes de informações são externas, há menor controle de qualidade sobre elas.
Nesse cenário, uma arquitetura de TI híbrida bem estruturada auxilia no gerenciamento de informações de forma ágil e segura, tanto local quanto na nuvem. Consequentemente, essa estratégia também pode servir para que a organização ganhe competitividade no mercado.
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O cenário da computação em nuvem
Já faz algum tempo que o Cloud Computing vem ganhando espaço no mundo corporativo. Aliás, até mesmo pequenas empresas estão se atentando para os benefícios do ambiente virtual, uma vez que a tecnologia que os suporta também tem ficado mais acessível.
Contudo, a nuvem cresceu bastante no mercado brasileiro durante a pandemia como a principal e mais rápida forma de viabilizar a transformação digital. E a tendência é que siga ganhando adeptos, pois a busca por recursos de otimização e eficiência para o trabalho é contínua.
Para termos uma ideia, a IDC fez estimativas em relação ao crescimento e à maturidade do uso de cloud no Brasil. Segundo a consultoria, em 2021, os investimentos em infraestrutura (IaaS) e plataforma (PaaS) em nuvens públicas devem atingir US$ 3 bilhões. Já com a nuvem privada serão US$ 614 milhões.
Vale ressaltar que a popularização das soluções em cloud está ligada não apenas aos seus benefícios de agilidade, escalabilidade e inovação. O fenômeno também ocorre porque oferecem um melhor custo-benefício para quem busca investir em tecnologia corporativa.
Ter uma estrutura atualizada se torna muito menos custoso quando isso é feito a partir da nuvem. Ainda mais se comparada com a troca ou atualização de hardware de um data center, por exemplo.
Por fim, é bom lembrar que o primeiro passo para construir uma estratégia bem-sucedida é alinhá-la aos propósitos da organização. Aliás, este é um dos elementos principais para o uso corporativo do ambiente virtual, segundo o Gartner.
“É crucial para arquitetos e líderes da área de Infraestrutura e Operações garantir que sua estratégia de nuvem esteja alinhada e apoie ativamente a estratégia de negócios de sua organização, independentemente de fornecer serviços ao consumidor, a empresas ou outros produtos.”
Raj Bala, Diretor Sênior de Pesquisa do Gartner
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Cloud: privada, pública ou ambas
Falar sobre migração para a nuvem como forma de digitalização do negócio é ainda bastante amplo. De modo geral, o único elemento que todos os modelos têm em comum é o fato de serem 100% digitais. Já quanto aos serviços oferecidos, variam essencialmente entre:
- Infraestrutura como Serviço ou IaaS: é uma forma de montar a estrutura do negócio digitalmente, hospedando aplicações e dados para uso cotidiano. Inclusive, viabiliza o uso dos demais;
- Plataforma como Serviço ou PaaS: fornece um ambiente para o desenvolvimento e execução de aplicações;
- Software como Serviço ou Saas: oferece um software pronto para uso, sem a necessidade de comprar licença ou realizar atualizações.
Dependendo da necessidade da organização, é possível escolher entre cloud privada, pública ou híbrida.
Nuvem privada
É um ambiente exclusivo e customizável que o provedor fornece para a companhia, o que sugere maior segurança e controle das informações. Assim sendo, é também um dos que mais atrai empresas que lidam com dados sensíveis, tais como escritórios de advocacia ou contábeis. Entre os serviços, oferece tanto soluções IaaS quanto PaaS.
Nuvem pública
É o modelo mais popular do Cloud Computing, muito em razão de ter uma gestão simplificada, melhor custo-benefício e alta escalabilidade. Em outras palavras, é uma abordagem que permite alterar facilmente a capacidade contratada e pagar apenas pelo uso.
No entanto, diferentemente da nuvem privada, aqui o espaço é compartilhado entre múltiplas empresas. Ainda assim, há barreiras de segurança que garantem a compartimentação das informações. Ou seja, por mais que várias organizações ocupem a mesma estrutura de armazenamento, não há o risco de que uma acesse os dados da outra e vice-versa.
Nuvem híbrida
Combina o melhor de ambos em um ecossistema. Essa estratégia, inclusive, pode ser usada para funções distintas. Um exemplo é aproveitar a cloud pública para aplicações que exijam mais capacidade, enquanto a privada pode servir para armazenar informações sensíveis. Além disso, com ambos os ambientes é fácil enviar dados de um para o outro, se necessário.
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Como funciona a arquitetura de TI híbrida e quais seus benefícios?
Quando a companhia utiliza não apenas serviços em nuvem, mas também tecnologia local, ela possui um sistema de trabalho com arquitetura de TI híbrida. No Brasil, aliás, essa é a realidade de muitos empreendimentos, especialmente após a grande transformação digital impulsionada pela pandemia no início de 2020.
Assim sendo, essas empresas já estão presentes no ambiente virtual, normalmente com soluções estruturadas em cloud, mas não abandonaram totalmente a estrutura física.
Para ilustrar, uma empresa que possui data centers físicos no escritório, mas emprega a cloud privada para desenvolver novas aplicações, utiliza uma arquitetura híbrida.
A partir de então, o empreendedor consegue diminuir os gastos com hardware e software, utilizando serviços de nuvem e pagando só pelo uso. Ao mesmo tempo, também mantém seus dados seguros e acessíveis no data center, independentemente da conectividade ou da contratação de uma nuvem privada.
Como resultado, há a possibilidade de otimizar a produtividade e os custos, além de facilitar a visibilidade e a gestão do negócio como um todo.
A estratégia é bastante vantajosa, particularmente quando se considera que os investimentos em TI costumam ser elevados. De acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), os gastos nessa área representam 8% das receitas das organizações.
Além disso, pode-se dizer que este é um modelo que traz resiliência ao negócio, característica que está em alta no segmento corporativo pós-crise. Isso porque dessa forma não se concentra toda a estrutura, aplicações e dados em apenas um ambiente ou um provedor.
TI híbrida é caminho para um negócio mais resiliente
Cada vez mais, é necessário buscar inovações e soluções que aumentem a produtividade de maneira eficiente e segura. E essa é uma realidade para diversos segmentos, do varejo aos setores de transporte e logística.
Porém, a ideia de inovar, muitas vezes, acaba assustando empreendedores por conta do investimento que normalmente está atrelado a esse conceito. Ainda assim, é válido ressaltar que já existem outros caminhos para tornar o negócio inovador, como a adoção de uma solução intermediária.
Em um cenário de recuperação econômica, optar por uma estrutura que aprimorar os ativos dos quais a organização já dispõe é uma forma inteligente de otimizar recursos.
Além disso, com a possibilidade de combiná-los com serviços em nuvem, que trazem eficiência, flexibilidade e agilidade ao cotidiano, as organizações só têm a ganhar.
Todavia, para a adoção bem-sucedida da arquitetura híbrida é preciso contar com uma estrutura de TI e apoio de especialistas que auxiliem na implementação e suporte.
Para isso, a Vivo Empresas conta com todo o necessário para auxiliar organizações de diferentes tamanhos e setores em suas jornadas rumo à digitalização. A partir de um portfólio amplo de soluções de Tecnologia da Informação, é possível auxiliar o seu negócio na construção de um ecossistema inovador, resiliente e seguro.
Além disso, os serviços também incluem recursos essenciais como Conectividade, Equipamentos, Cloud, Segurança, Big Data, Ferramentas de Colaboração e IoT.
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Até a próxima!