Sistema de entrega automatizado: entenda como a tecnologia otimiza o delivery de bares e restaurantes

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Os últimos dois anos, marcados pela pandemia, foram um enorme desafio para a sociedade e, consequentemente, para a área empresarial. Durante esse período, a qualidade do sistema de entregas se tornou um dos principais fatores de sucesso para bares e restaurantes. Entretanto, a forma como o delivery é realizado está passando por profundas transformações, graças às tecnologias de automação.

Com o uso de inteligência artificial (AI) e internet das coisas (IoT) aplicado a drones, por exemplo, o serviço está se tornando mais ágil e seguro, melhorando a experiência do usuário.

No Brasil, esse processo ainda está no começo, mas já é uma realidade que se mostra viável e com muitos benefícios. Para os gestores de bares e restaurantes, apostar nessa evolução é uma escolha que pode trazer vantagens competitivas.

Além do delivery, a automação pode ser aplicada em diversos ramos desse tipo de comércio. Com as tecnologias digitais, o controle de estoque, a gestão e outras etapas podem ser otimizadas.

Ao longo deste artigo, você verá como estão sendo as primeiras experiências no setor e quais as tecnologias empregadas na rotina de um estabelecimento automatizado. O conteúdo irá detalhar os seguintes assuntos:

  • A importância do delivery para bares e restaurantes
  • Como funcionam os sistemas de entrega por drone
  • Tecnologias que viabilizam o delivery automatizado
  • Como o setor pode se beneficiar de sistemas de entregas automatizados

A importância do delivery aos bares e restaurantes

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A pandemia trouxe um impacto extremamente negativo ao setor de bares e restaurantes. Com as restrições de circulação, impostas em 2020, estima-se que 300 mil (cerca de 30%) empresas do ramo tiveram que fechar as portas, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

Se levar em conta apenas os negócios de comida a quilo, os números são ainda piores: aproximadamente, 40% deles foram obrigados a encerrar as atividades.

Durante a crise sanitária, o investimento em sistemas de entrega foi a única saída que diversos desses estabelecimentos encontraram para sobreviver. Com o recuo da pandemia, no entanto, a prática de pedir comida em casa permaneceu em muitos consumidores.

Conforme aponta a pesquisa Consumo Online no Brasil, realizada pela Edelman, a pedido do Paypal, em 2021, a porcentagem de brasileiros que faziam compras pela internet era de 35% antes da pandemia, mas saltou para 57% durante a crise sanitária. O número de pessoas que pretendem manter o hábito é praticamente o mesmo: 55%.

O mesmo levantamento demonstra que pedidos para alimentos e restaurantes se tornaram a categoria de compras online preferida por 87,9% dos entrevistados.

Segundo a Abrasel, o novo hábito teve um grande impacto na receita desses estabelecimentos. Estima-se que, atualmente, a entrega seja responsável por 20 a 30% do faturamento desses negócios. Antes da pandemia, o número não passava de 5%.

Dessa forma, possuir um bom sistema de delivery é um fator determinante ao setor, compondo boa parte do faturamento. E, para ser ainda mais atrativo ao consumidor, e até mesmo chegar a lugares onde não havia essa opção, o uso de drones tem mostrado um enorme potencial.

Como funcionam os sistemas de entrega por drone

A entrega de alimentos por drones no Brasil começou a ser realizada em janeiro de 2022, quando o iFood, em parceria com a Speedbird Aero, conseguiu a liberação da Agência Nacional de Aviação (ANAC) para utilizar esse meio.

A autorização prevê o uso da ferramenta para realizar viagens de cerca de 3 km entre os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros, em Sergipe. As encomendas são transportadas de maneira totalmente automatizada entre dois pontos fixos de pouso e decolagem. Dessa forma, os drones cumprem apenas parte do trajeto. Continua cabendo a humanos levar os pedidos às casas dos clientes.

Nesse sistema, as mercadorias são acopladas manualmente ao veículo voador e ejetadas quando o drone se aproxima do solo. O transporte percorre em 5 minutos uma distância que, em solo, levaria entre 25 e 50 minutos. Antes do uso dessa tecnologia, o iFood não atendia a localidade.

Drones no exterior

Fora do Brasil, já existem sistemas de entrega por drones que chegam diretamente aos quintais dos clientes. Uma das empresas a adotar a solução é a Flytrex, que atende alguns municípios dos Estados Unidos. Pelo app, os consumidores fazem o pedido e acompanham o trajeto. Ao final, uma corda abaixa o pacote de comida no gramado da casa.

Além da alimentação, esses veículos aéreos não tripulados também realizam delivery de medicamentos e mercadorias leves. As maiores companhias do planeta, como Amazon, Google e Alibaba, passaram a utilizar a tecnologia nos últimos anos.

Segundo um levantamento da Emergen Research, o mercado de entregas por drone deve crescer cerca de 54,5% nos próximos anos. Em 2020, esse nicho estava avaliado em US$ 55,3 milhões, e a previsão para 2028 é de que atinja US$ 18,65 bilhões.

Tecnologias que viabilizam a automação de sistemas de entrega

As soluções digitais para bares e restaurantes são apostas das empresas que buscam destaque no setor. Com tecnologias que otimizam os processos de pedido, pagamento, gestão de equipe, controle de estoque e muito mais, as ferramentas de automação aplicadas aos negócios reduzem custos e melhoram a satisfação do usuário.

Conheça mais sobre os principais recursos dessas tecnologias.

AI e iOT e cloud computing

No delivery, a AI é um recurso cada vez mais utilizado. Com softwares que se comunicam com os clientes sem a necessidade de atendentes reais, o recebimento e gerenciamento de pedidos se torna automático. Isso, ainda, diminui os riscos de falha humana e alivia a carga de trabalho das equipes de cada comércio.

Na entrega propriamente dita, a IoT é uma das inovações que colaboram para a automação. Com dispositivos conectados aos veículos voadores, os dados de voo são colhidos em tempo real, permitindo o monitoramento preciso das viagens.

Além disso, a IoT contribui para diversos processos em bares e restaurantes. Com soluções M2M (machine to machine), chips que vinculam aparelhos a softwares de gestão viabilizam, por exemplo, o pagamento por aproximação, o monitoramento a distância do estoque e outras necessidades.

A IoT funciona de maneira integrada com a tecnologia de cloud computing (computação em nuvem). Nesse sistema, os dados colhidos pelos dispositivos conectados aos objetos são armazenados e processados em um ambiente digital remoto, seguro e escalonável. Assim, a gestão pode ser feita de longe, economizando recursos em hardwares.

Big data e conectividade

Outro recurso tecnológico que apoia o setor é o big data. Por meio da análise de dados em grandes quantidades, os donos de negócios conseguem informações precisas sobre os hábitos e o histórico de interações com os clientes. 

Ferramenta poderosa, o big data pode fornecer dados sobre os pedidos de acordo com horários, perfis de consumidores, métodos de pagamento, tempo gasto até a finalização da entrega e outras informações relevantes. 

Com isso, há mais embasamento para as tomadas de decisões e maior assertividade das campanhas de marketing. Além disso, conhecendo seus consumidores de perto, bares e restaurantes têm mais condições de oferecerem atendimento personalizado.

Para que todos esses recursos atuem de forma rápida e estável, a conectividade é o princípio de tudo. Afinal, é pela rede que ocorrem todas as etapas que envolvem alguma ferramenta digital dos negócios. Assim, o investimento em um sistema eficiente é o primeiro passo que empreendedores devem dar para a digitalização de seus comércios.

Como o setor pode se beneficiar de sistemas de entregas automatizados

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A automação do delivery pode trazer vantagens aos comércios que apostam nesse processo. Para isso, no entanto, é essencial que os gestores saibam equilibrar a sofisticação tecnológica e a experiência real do consumidor.

Conforme publicação de especialistas em mídia do conselho de comunicação da Forbes, o emprego desses recursos traz benefícios como a economia de tempo e a diminuição de erro humano. Entretanto, o foco deve sempre estar na experiência do cliente.

Para aumentar a satisfação do consumidor, são sugeridas as seguintes estratégias:

  • envio personalizado de mensagens positivas aos clientes;
  • diferenciação dos serviços da marca em relação aos concorrentes;
  • notificação sobre o andamento dos pedidos;
  • oferecimento de programas de fidelidade;
  • proposição de clube de assinaturas.

O foco no atendimento ao consumidor é corroborado pela pesquisa Experiência é tudo, de 2018, da consultoria PwC. Segundo o levantamento, dentre 12 países pesquisados, o Brasil é a nação onde os clientes mais apontam a experiência como importante na decisão de compra. Enquanto a média global da relevância desse fator é de 73%, aqui, o índice alcança 89%.

O mesmo levantamento afirma que os brasileiros são os mais entusiastas em relação ao uso de tecnologias avançadas no atendimento: 54% mencionaram o elemento como positivo, enquanto a média global é de 35%.

A pesquisa ressalta, porém, que o emprego dos recursos avançados precisa ser funcional, útil e não deve substituir por completo a interação humana. A orientação é de que as empresas forneçam a possibilidade de contato com funcionários reais, caso o serviço automatizado não resolva as demandas.

Invista na digitalização do seu negócio

A sofisticação tecnológica é um dos principais fatores que contribuem com a prosperidade dos empreendimentos. Fundamentais para o avanço de setores como a medicina e o agronegócio, as ferramentas digitais também podem ajudar bares e restaurantes a se recuperarem da crise desencadeada pelo isolamento social.

Com a adoção de recursos de AI, IoT, cloud computing, big data e conectividade, o setor possibilita a automação de variados processos, trazendo ganho de agilidade e melhorando o atendimento. Ou seja, a tecnologia contribui para a sofisticação do setor não apenas no sistema de entregas, mas na gestão, no controle de estoque e em diversas outras etapas.

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Até a próxima!

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