Coworking é o nome dado a escritórios compartilhados por diferentes empresas e profissionais. Tal ambiente é totalmente preparado para receber as companhias, com a tecnologia adequada para viabilizar as atividades do dia a dia.
Ou seja, ao contratar esse tipo de serviço, cada indivíduo tem direito a usufruir da infraestrutura do local, incluindo serviço de internet, mobiliário, climatização, esquema de segurança, salas de reunião, auditórios e até mesmo equipamentos específicos, como impressoras 3D e maquinário para prototipagem.
Dessa forma, todos os usuários podem ter acesso a recursos avançados, mesmo estando em um estágio inicial, por exemplo.
Além disso, trata-se de um caminho interessante para ampliar o networking, uma vez que há profissionais de diversas áreas e empresas trabalhando no mesmo espaço. É uma porta aberta para parcerias e ampliação da carteira de clientes.
Quer saber mais sobre o tema? Então, siga conosco para saber todos os benefícios do modelo e entender como funciona esse tipo de escritório. Veja também:
- O que é coworking
- Como surgiu
- Por que voltou a ser tendência mundo afora
- Quais são as vantagens e desvantagens do modelo
- Por que é um formato que aproxima as companhias da tecnologia
O que é coworking
Um espaço de coworking conta com a infraestrutura necessária para receber e acomodar diferentes empresas ou profissionais autônomos. É um local coletivo, voltado a companhias de perfis, segmentos e tamanhos variados.
De acordo com o portal Coworking Brasil, que reúne informações e pesquisas sobre o assunto, esse tipo de ambiente é propício para estimular a criatividade e o desenvolvimento constante dos negócios, uma vez que a diversidade de pessoas e de ideias contribui para que isso aconteça na prática.
Além disso, a alta circulação de profissionais também contribui para a ampliação da rede de contatos — um fator muito importante, sobretudo para quem está começando. É uma maneira efetiva de viabilizar parcerias e fechamentos de contratos.
Coworking mundo afora
Tal modelo, que vinha em crescimento constante, sofreu uma queda durante a pandemia, em especial pela necessidade que havia no sentido de limitar os encontros físicos. No entanto, segundo o relatório Coworking Spaces Global Marketing Report 2020-2030, publicado pela The Business Research Company, o mercado mundial está em crescimento novamente e deve faturar até US$ 11,52 bilhões até o final de 2023.
No Brasil, a expectativa é de que o setor movimente R$ 20 bilhões nos próximos 10 anos (somente em regiões interioranas), de acordo com um estudo conduzido pelo International Workplace Group (IWG), divulgado em junho de 2020.
Nesse mesmo período, os coworkings devem gerar cerca de 71 mil novos empregos.
O modelo tem ganhado força nesses locais, justamente por ser uma espécie de apoio para as companhias, possibilitando as contratações fora das capitais. Ou seja, vem garantindo maior flexibilidade ao mercado de trabalho como um todo.
Há diferentes opções em todos os lugares do globo, segundo o portal Global Coworking Map. Na lista mais atualizada, revelada em 2022, constam 2.263 espaços espalhados por 117 países (em mais de mil cidades). Para se ter uma ideia, existem mais de 147 mil postos de trabalho disponíveis nesses ambientes.
Como o coworking surgiu
De acordo com o portal Coworking Brasil, o primeiro ambiente com tal configuração foi criado em 2005, em São Francisco (EUA). No entanto, o conceito “open space” (espaços abertos, em português) já existia desde o início do século XX. Diferentes arquitetos, como Frank Lloyd Wright, defendiam a construção de escritórios mais integrados e flexíveis, capazes de acomodar diversas pessoas.
O primeiro edifício com tais características foi planejado justamente por Wright, no início do século XX. Chama-se Larkin Administration Building e fica em Bufalo, Estados Unidos. A construção já não existe mais, porém é conhecida como a precursora dos coworkings.
Outro ambiente marcante nesse contexto é o edifício da Google, inaugurado em 1999, nos Estados Unidos. O local ficou conhecido pela ausência de divisórias, com trabalhadores de diferentes cargos atuando no mesmo espaço. Essas e outras edificações do gênero abriram espaço para o formato que temos hoje.
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Coworking voltou a ser tendência
O trabalho remoto deu um salto importante durante a pandemia e diversas empresas enxergaram os benefícios dessa flexibilidade para os negócios. Em contrapartida, como muitos colaboradores passaram a trabalhar em casa por ar mais tempo, manter escritórios grandes, com capacidade para todos os times, passou a representar um desembolso questionável.
E foi exatamente aí que os coworkings passaram a ganhar espaço novamente. Como tais locais já são nativamente preparados para receber as equipes, a companhia consegue contratar postos de trabalho, ambientes e serviços de acordo com a demanda.
Os colaboradores podem, então, realizar reuniões quando necessário, ou então marcar um dia para promover a integração dos times. Além disso, é possível usufruir de máquinas de última geração, como as mesas de prototipagem e as impressoras 3D, e dos materiais disponíveis. É por motivos como esses que o formato é considerado vantajoso não somente para os donos dos negócios, como também para as equipes.
Aliás, oferecer um ambiente estimulante pode ser um atrativo para novos talentos. Segundo um estudo realizado pela Consultoria Gartner, 60% dos profissionais que estão atuando de modo híbrido, por exemplo, priorizarão escritórios inteligentes, capazes de assegurar o bem-estar e o conforto de quem os frequenta.
Por isso, os coworkings têm sido bastante procurados, uma vez que são ambientes preparados para garantir um dia a dia de trabalho produtivo, consistente e adequado às necessidades.
Inclusive, a mesma pesquisa identificou que diversos escritórios vazios, entregues pelas empresas, foram transformados em coworkings. Ou seja, o esvaziamento das salas contribuiu para reforçar essa tendência.
Vantagens dos coworkings
Muita gente acredita que a opção é utilizada apenas por startups ou negócios ligados à inovação. No entanto, cada vez mais, companhias de todos os portes e segmentos têm aderido ao modelo por três motivos em especial: flexibilidade, custos e alta tecnologia agregada.
Há, inclusive, ambientes voltados a setores específicos, como alimentação, advocacia, beleza e saúde.
Em geral, a grande vantagem é o fato de todas as companhias poderem operar sem se preocupar com questões ligadas à infraestrutura, à administração e à manutenção delas. Sendo assim, o foco total tende a ser inteiramente depositado no core business, o que é extremamente positivo para o mercado em geral.
Além disso, o formato também potencializa o contato com diferentes tecnologias avançadas, o que nem sempre seria possível, se fosse necessário investir em equipamentos e serviços específicos.
Um exemplo é a Internet das Coisas (IoT, sigla de Internet of Things) que, por sua vez, possibilita o uso de recursos automatizados. Ter proximidade com esse tipo de solução pode ser extremamente benéfico para as organizações, contribuindo significativamente para acelerar o percurso da companhia.
Em suma, o modelo é interessante pelos seguintes motivos:
- ajuda a reduzir burocracias e custos com diferentes despesas, tanto relacionadas à infraestrutura quanto à área administrativa;
- garante um endereço comercial e, em muitos casos, um sistema de atendimento telefônico;
- permite que reuniões sejam realizadas em espaços adequados (muitos possuem, inclusive, auditórios para a realização de workshops);
- promovem contato com recursos tecnológicos de última geração, sem exigir muito investimento por parte das empresas;
- colocam diversos profissionais em contato, estimulando o networking e, consequentemente, a geração de novos negócios;
- costuma ser um ambiente criativo.
E em relação às desvantagens?
Tudo depende dos objetivos e das configurações de cada negócio. Portanto, há, sim, algumas desvantagens do modelo (é preciso avaliar se essas características atrapalhariam o bom andamento das atividades).
Em alguns casos, há quem defenda que o coworking pode não ser o formato mais indicado. Por exemplo, se houver pouca rotatividade entre os colaboradores. Ou seja, se o tipo de trabalho que é realizado exigir grandes quantidades de postos fixos.
Dessa forma, seria mais interessante continuar com os escritórios que já estão preparados para esse fim. Ou, então, no caso de quem está começando, verificar se vale mais a pena estruturar um próprio.
Outros empecilhos são a existência de horários fixos (muitos estabelecimentos costumam cobrar adicionais quando a empresa ultrapassa o combinado), menor privacidade e maiores possibilidades de distração. Daí a importância de avaliar o momento da companhia, bem como as suas necessidades atuais.
Dados: o coworking potencializa a captação de informações
A possibilidade de usar dispositivos conectados também favorece a captação e o processamento de dados, o famoso Big Data.
Reunir e avaliar tais informações é imprescindível para conhecer melhor o mercado e os clientes, favorecendo o lançamento de produtos e a realização de campanhas mais certeiras e produtivas. E os coworkings podem contribuir bastante nesse sentido, uma vez que potencializam o uso de tecnologias e recursos IoT.
Há, inclusive, ambientes com laboratórios especialmente planejados para o desenvolvimento de projetos baseados em Big Data. Muitos estruturam espaços como esses para fomentar iniciativas do gênero, daí a importância de verificar se essas condições estão disponíveis quando for realizar a pesquisa para escolher o seu.
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Como a tecnologia facilita a gestão dos espaços
A gestão desses ambientes pode acontecer de modo otimizado, com o uso de ferramentas inteligentes, como fechaduras, que podem ser destravadas por meio de aplicativos instalados no celular.
Os profissionais conseguem, ainda, fazer reservas de sala via internet ou pelo app, o que ajuda a economizar tempo e trabalho. São exemplos do tipo de contato que é possível ter com a tecnologia nesses espaços nativamente preparados para receber pessoas e negócios.
Outras vantagens são contar com um atendimento telefônico customizado e ter um endereço personalizado para o recebimento de correspondências. Contar com esse tipo de estrutura contribui de maneira significativa para a redução de custos e, consequentemente, para estimular o crescimento financeiro.
Concluindo
Os coworkings ganharam força com a adoção em maior escala do trabalho híbrido.
Uma vez que não há mais a necessidade de locomoção diária aos escritórios, manter ambientes enormes, operando quase vazios, já não é mais vantajoso para as empresas.
Por isso, alugar espaços tornou-se uma opção interessante, capaz de acentuar o contato dos profissionais com recursos tecnológicos importantes para a evolução dos negócios. Ainda, é possível reduzir custos, sobretudo com infraestrutura.
Tais características vêm fazendo os escritórios compartilhados ganharem espaço mundo afora. Assim, despontam como uma escolha saudável, capaz de estimular a criatividade e alimentar relacionamentos fundamentais para o fechamento de contratos e parcerias, o famoso networking.
Nesse sentido, antes de escolher o ambiente ideal, cada gestor ou companhia deve avaliar minuciosamente a infraestrutura oferecida para detectar se é o suficiente para o negócio em questão.
Além disso, é imprescindível conhecer as condições relacionadas à segurança, física e digital, para assegurar que todas as informações e os equipamentos fiquem sempre protegidos.
Veja também:
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Até a próxima!