Desde 2020, um “fantasma” passou a aterrorizar pequenas, médias e grandes empresas. Falamos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que deu ao consumidor maior poder de controle sobre suas informações pessoais, mas acendeu um alerta para as companhias que negligenciassem o gerenciamento de dados da clientela.
E as consequências podem ser drásticas para quem se arriscar a ceder ao chamado “jeitinho brasileiro”: as penalidades vão desde o pagamento de multas astronômicas até a possibilidade da paralisação do negócio – o que pode ser pior que uma multa, afinal, um dia ou dois de paralisação podem condenar algumas empresas à total falência, a depender do segmento.
Se você está achando que a legislação vem para fazer um mero alarmismo, continue na leitura porque, daqui até o final deste post, você vai entender:
- A importância da LGPD nos tempos modernos;
- Casos reais de tratados com a LGPD;
- A construção de ambientes seguros para fazer valer a lei;
- Etapas fundamentais para escolher sua ferramenta de gerenciamento de dados.
LGPD: uma lei importante para todos
Não foi à toa que, de uns tempos para cá, muitas empresas começaram a falar mais na proteção dos dados de seus consumidores. E que bom! Porque isso acontece em um momento importante em toda a história da tecnologia – simples cadastros na internet muitas vezes pedem nome completo, endereço, CPF, telefone, entre outros.
Se a gente falar só do CPF, nas mãos de gente mal-intencionada é possível cometer fraudes de todos os níveis: abertura de contas bancárias, contas de e-mail e redes sociais, solicitação e ativação de cartões pré-pagos, além de compras on-line, por exemplo.
Então imagine o que pode acontecer se cada organização que recebe essas informações não souber cuidar do gerenciamento de dados de milhões de brasileiros.
Nesse cenário, o Brasil importou da União Europeia essa lei importante, mas que representa um grande desafio para as companhias.
Para que sua aplicabilidade funcione na prática, tudo deve começar pela mudança da cultura das organizações. Porque, do contrário, as surpresas podem ser desagradáveis.
Entenda nos casos que selecionamos, abaixo.
Casos reais tratados com a LGPD
De acordo com levantamento do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o aumento no número de vazamentos de dados em 2021 em nosso país foi de 493%.
Para explicar como esses crimes ocorrem, selecionamos três deles tratados com a LGPD: um no Brasil e outros dois fora do país.
Caso 1: Cyrela
Um cliente da Cyrela fechou a compra de um apartamento com a construtora e passou a receber ligações de instituições financeiras e empresas de decoração oferecendo serviços para o imóvel adquirido, logo após a compra.
Contrariado, ele abriu um processo contra a companhia, que teve que pagar R$ 10 mil de indenização em resposta à partilha de seus de dados com parceiras da empresa sem sua autorização.
Caso 2: Yahoo
O ataque hacker ao Yahoo em 2014 foi um dos maiores incidentes de segurança cibernética da história, afetando cerca de 500 milhões de contas de usuários.
Os cibercriminosos roubaram informações como nomes completos, senhas, números de telefone, datas de nascimento, além de endereços físicos e de e-mail.
A empresa tentou esconder o caso, que, mais tarde, foi descoberto com aplicação de multa em 2018. No entanto veio à tona outro vazamento ocorrido em 2013 e de dimensões ainda maiores – 3 bilhões de contas do site foram afetadas, evento considerado um dos maiores escândalos da história da internet.
Caso 3: H&M
Não pense que privacidade de dados diz respeito apenas às informações de consumidores.
A sueca Hennes & Mauritz (H&M), multinacional do setor fashion presente em 74 mercados, com mais de 5 mil lojas, foi punida pela lei de proteção de dados da União Europeia no valor de 35,3 milhões de euros.
O motivo?
Ela coletava informações de seus colaboradores, como práticas religiosas, dados familiares e histórico de doenças, para usar contra eles em eventual problema que eventualmente os evolvesse no futuro.
Por aqui, gestores também não podem dar esse tipo de vacilo com funcionários, que devem ser tratados em conformidade com as exigências da lei brasileira.
LGPD: prevenção é a lei!
Deu para entender que com o aumento dos ciberataques, o gerenciamento de dados também requer maior responsabilidade – especialmente das empresas maiores, ainda que as menores também corram riscos – com a segurança de todo o parque tecnológico das companhias, não é mesmo?
Daí a necessidade de construir ambientes de TI protegidos, além de manter treinamentos constantes com todos os colaboradores para que não descuidem do uso de senhas fortes para acessar sistemas, evitem entrar no ambiente corporativo com suas redes pessoais e via rede de Wi-Fi públicas (mais suscetíveis a ataques), entre outros!
Como escolher a ferramenta de gerenciamento de dados para minha empresa?
Agora que deu para entender que essa pauta é de interesse de pequenas, médias e grandes empresas, é hora de fazer escolhas! E essa decisão é importante, já que deverá impactar significativamente as operações e o sucesso do seu negócio.
Siga as etapas que te ajudarão nesse processo:
1. Avalie suas necessidades
Comece identificando suas demandas específicas para o gerenciamento de dados. Considere fatores como volume, tipos de dados recebidos, requisitos de segurança, integração com sistemas existentes e necessidades de análise e relatórios.
Tenha em mente as metas de negócios de longo prazo para garantir que sua escolha possa atender aos seus requisitos futuros também.
2. Faça uma pesquisa de mercado
Pesquise as opções de ferramentas disponíveis e considere diferentes tipos de soluções, como bancos de dados relacionais, bancos de dados NoSQL, data warehouses, ferramentas de ETL (Extração, Transformação e Carga) e plataformas de governança de dados.
Analise as funcionalidades oferecidas por cada uma delas e avalie como se alinham com as necessidades identificadas na etapa anterior.
3. Considere a escalabilidade e o desempenho
Verifique se a ferramenta é escalável e capaz de lidar com o crescimento futuro dos dados da sua empresa. Considere também seu desempenho em termos de velocidade de processamento, consultas e tempo de resposta.
Esses fatores são essenciais para garantir que ela possa atender suas demandas a longo prazo.
4. Avalie a facilidade de uso e a interface do usuário
Uma ferramenta de gerenciamento de dados deve ser fácil de usar, por isso avalie a interface do usuário e verifique se ela é intuitiva e amigável. Também leve em consideração sua curva de aprendizado e se será necessário treinamento adicional para as pessoas que farão seu manuseio.
5. Considere a segurança e a conformidade
Dados são considerados o “novo petróleo”, por isso estão na mira dos hackers. Nesse cenário, é fundamental escolher uma ferramenta que ofereça recursos robustos de segurança e conformidade.
Verifique se ela possui recursos de criptografia, controle de acesso, auditoria e conformidade com regulamentações de proteção de dados, como a LGPD.
6. Considere o suporte e a comunidade de usuários
Prefira adquirir um sistema de uma empresa que ofereça um bom suporte técnico e recursos de treinamento. Uma comunidade ativa de usuários também é valiosa, pois permite compartilhar conhecimentos e obter suporte adicional de pessoas já acostumadas com a solução.
7. Avalie o custo total de propriedade
Além do custo inicial da ferramenta, leve em consideração os custos de manutenção, suporte, treinamento e atualizações futuras. Compare diferentes opções em termos de custo total de propriedade para garantir que estejam dentro do orçamento da sua empresa.
8. Faça um teste ou prova de conceito
Antes de tomar uma decisão definitiva, é recomendável realizar um teste ou prova de conceito da ferramenta. Isso permitirá que você a avalie, na prática, até para entender se ela atende às suas expectativas e requisitos.
“Malha fina”? Nunca nem ouvi!
As etapas mencionadas acima podem parecer complexas para você, gestor que muitas vezes ainda cumpre com o papel de empregar, verificar sua produção, estoque, contas a pagar e tantas outras coisas.
Mas, às vezes, como dizem, é melhor ficar “cada um no seu quadrado”, preocupado com aquilo que mais ama e domina no negócio.
Nosso amor por segurança e tecnologia fez com que a Vivo Empresas desenvolvesse um amplo portfólio customizado para cada necessidade, a fim de preservar o parque tecnológico das organizações.
Os serviços funcionam como um escudo contra ciberataques para o resguardo de informações sigilosas e defesa contra roubo de dados com várias camadas protetivas para mitigar riscos de invasões.
Com suporte 24 horas, nos 7 dias da semana, a ferramenta ainda reduz custos com maior produtividade e menos investimentos em estruturas de TI.
Conte com o auxílio dos nossos consultores e dê um show no gerenciamento de dados, sem qualquer receio de cair na “malha fina”.
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