Conheça a educação 5.0: foco no aluno e aprendizado de soft skills

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Já há algum tempo, a tecnologia vem sendo aplicada no ensino a fim de torná-lo mais imersivo e engajador. Porém, mais do que isso, hoje, as inovações têm papel fundamental na formação de pessoas capacitadas técnica e emocionalmente. E é nesse cenário que aparece a educação 5.0.

O conceito, criado para seguir tendências de uma sociedade mais conectada, deve guiar as instituições escolares para uma nova era da docência. Nela, os alunos terão mais autonomia em relação ao aprendizado e os professores passarão de mestres para mediadores. 

Todavia, para que a transformação aconteça, é preciso investir em capacitação profissional e até mesmo mudar a mentalidade sobre como deve ser uma sala de aula. Nesse sentido, a aplicação de soluções digitais no cotidiano é crucial para a evolução do ensino. 

Neste artigo, serão abordados os seguintes assuntos:

  • O que é educação 5.0?
  • Principais conceitos;
  • Características de um professor da nova era;
  • Importância da educação 5.0;
  • Como se preparar para o novo modelo;
  • Relação entre a educação 5.0 e o 5G.
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O que é educação 5.0?

Nas últimas décadas, a evolução tecnológica acelerada causou mudanças nos principais setores da sociedade, impulsionando uma onda de digitalização. Inegavelmente, o ensino foi uma das áreas afetadas e, como resultado, apareceram não apenas novas oportunidades, mas também novos desafios. 

Por um lado, a conectividade permite que os alunos saiam da aula online para, de forma virtual, visitar museus ou, ainda, conhecer estruturas geográficas. Também é o fácil acesso à internet, junto ao poder da computação em nuvem, que viabilizam as aulas a distância e a colaboração entre estudantes e professores no ambiente digital. 

Por outro lado, os educadores têm o desafio de engajar alunos que têm uma infinidade de conteúdos constantemente à disposição, pelos smartphones. Atualmente, há inúmeras distrações que podem atrapalhar a aprendizagem. É por isso que o antigo sistema de ensino, em que o professor era o centro da aula e passava todo o conhecimento, não é mais o suficiente. 

A transformação vem acontecendo gradativamente, impulsionada por agentes públicos e privados. Um bom exemplo de marco modernizador nessa área aconteceu em 2019, quando o Governo Federal criou um programa para disponibilizar internet nas escolas públicas, chamado Educação Conectada

Logo, a metodologia 5.0 é uma continuação dessa evolução, que usa as oportunidades e desafios em prol do ensino. O conceito agrega os pilares 4.0 de aprendizado colaborativo, protagonismo do aluno, uso da tecnologia e foco nos conhecimentos digitais, matemáticos e lógicos. Além de adicionar competências muito importantes: as socioemocionais. 

Também conhecidas como soft skills, essas capacidades ajudam a constituir pessoas conscientes, produtivas e capazes de tomar decisões em qualquer situação. Consequentemente, contribuem não somente para a melhoria do mercado de trabalho, como para a criação de soluções sustentáveis e que construam um futuro melhor. 

Onde surgiu?

Como conceito, o termo surgiu junto à noção de sociedade 5.0, no Japão, em 2016. A ideia prevê o uso da tecnologia para aumentar a qualidade de vida, da mesma forma que, no ensino, é possível formar profissionais com habilidades técnicas e comportamentais.

Pensando na aprendizagem em si, a era 5.0 é o resultado de níveis de evolução. Segundo o estudo Educação 5.0: Reflexões e perspectivas para sua implementação, de Carla Denize Ott Felcher e Vanderlei Folmer, publicado na Revista Tecnologias Educacionais Em Rede (ReTER), em outubro de 2021, as fases se dividem em:

  • Educação 1.0 — o professor é considerado o detentor do saber e passa uma carga de conhecimento aos alunos;
  • Educação 2.0 — há a chegada de computadores e internet nas escolas e os laboratórios de informática são criados para estimular esse contato;
  • Educação 3.0 — aparece o conceito de Big Data e as pesquisas são vistas como uma forma de aprimorar a qualidade do ensino e da aprendizagem, bem como formar estudantes pesquisadores;
  • Educação 4.0 — o aluno se torna protagonista que, com a ajuda da tecnologia, pode criar, experimentar e, assim, tomar decisões quanto ao próprio estudo.

Embora a última fase ainda esteja sendo implementada no Brasil, a quinta geração já desponta como um novo guia para as instituições de ensino. Isso porque essa abordagem não exclui o que já foi implementado anteriormente, mas adiciona um tipo diferente de conhecimento, que é o socioemocional. 

5 pilares que suportam o conceito

Unindo o potencial tecnológico a uma metodologia humanizada de aprendizado, a nova era do ensino objetiva desenvolver as pessoas além das capacidades técnicas, para que sejam mais felizes e bem-sucedidas em qualquer caminho escolhido. 

Inteligência emocional, empatia, resiliência e até gestão de conflitos são alguns fatores que a Educação 5.0 deve estimular. Ademais, o conceito inclui elementos que já estavam presentes, mas que ganham mais destaque, como colaboração, comunicação e criatividade. 

De modo geral, a abordagem conta com pilares de atuação, sem os quais o avanço nas salas de aula não seria possível. A seguir, estão descritos os principais.

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Tecnologias educacionais

A evolução do ensino está intrinsecamente ligada à tecnologia. A princípio, a conectividade junto à nuvem está entre as mais importantes. Ou seja, funcionando como o fio condutor dos modelos remotos e híbridos que permitem que mais pessoas estudem. 

O avanço da conexão permite a transmissão de conteúdo em qualquer hora e lugar, bem como a manutenção de ambientes virtuais de aprendizado. Nesse sentido, o surgimento de internet por fibra ótica, como Vivo Fibra, foi essencial à qualidade das aulas online. 

Porém, vale ainda lembrar que tecnologias imersivas como realidade virtual, aumentada e mista são ferramentas de engajamento nas escolas. Já a inteligência artificial (IA), a Internet das Coisas (IoT) e o Big Data são recursos baseados em dados que possibilitam a personalização do ensino de acordo com o perfil do aluno. 

Aprendizado ativo e colaborativo

Houve grandes mudanças comportamentais nos últimos anos. Segundo um levantamento do Hootsuite com a We Are Social, The Global State Digital 2022, de junho de 2022, há uma estimativa de que a população mundial passe  quase 7h conectados por dia.  

Em outras palavras, o aprendizado deve se moldar a um novo público que, por exemplo, pesquisa e busca aquilo que quer ou precisa entender. Para isso, na educação 5.0, são aplicados os métodos de ensino ativo. 

A sala de aula invertida é uma técnica alinhada a essa abordagem, pois consiste em realizar atividades que eram feitas em casa e vice-versa. Assim, o tempo investido com colegas e professores é ocupado de forma diversificada, potencializando o processo.

Simultaneamente, o modo de pensar a educação prevê uma cultura colaborativa, que prioriza a diversidade nas equipes. Ou seja, é um cenário que gera ganhos a todos.

Aluno como protagonista

O padrão de sala de aula que se baseia em um professor ditando aos alunos o que devem saber está ultrapassado. A educação 5.0 propõe que o estudante tome seu lugar como protagonista do ensino, sendo ativo e buscando novos caminhos para aprender.

Portanto, o educador não terá mais sua posição de mestre, mas irá atuar como um mediador, que apoia e motiva os educandos. E isso não se limita a classes presenciais, uma vez que o comportamento deve ser replicado também nos modelos remotos e híbridos. 

Como consequência dessa liberdade, os próprios processos criativos serão beneficiados, ao invés do que costuma acontecer, em que os estudantes são padronizados.

Empreendedorismo

A cultura maker, na qual se motiva a criação de soluções para problemas cotidianos, é uma forma ativa de aprendizado prevista. Esse mindset tanto incentiva a criatividade dos futuros profissionais quanto estabelece um pensamento empreendedor. 

Desse modo, quando os alunos enfrentarem um problema no dia a dia, eles não desistirão, já que estarão condicionados a buscarem outros caminhos. Aos educadores, as mudanças se traduzem em estimular atividades inovadoras e a trazer feedbacks com análises de erros para auxiliar no crescimento pessoal.

Competências socioemocionais

O ponto no qual a educação 5.0 se destaca é que se concentra no lado humano, colocando os estudantes no centro de todo o plano educacional. A tecnologia é um meio utilizado para a formação de pessoas com capacidades técnicas e socioemocionais. 

Aprender a lidar com situações estressantes, tomar decisões mesmo em momentos conturbados e conhecer seus limites são soft skills primordiais para uma boa qualidade de vida. É óbvio que o investimento nessa abordagem consciente traz benefícios pessoais aos alunos, que poderão encarar desafios com mais facilidade.

Além disso, também promove o mercado de trabalho, que contará com melhores profissionais. Esse é um esforço que, em longo prazo, contribuirá com um futuro melhor e mais sustentável. 

Características de um professor 5.0

No início da pandemia de covid-19, os educadores enfrentaram sérios obstáculos para manter a qualidade das aulas. Uma das dificuldades mais comuns estava relacionada à falta de conhecimento digital na migração do ambiente presencial ao virtual. 

Hoje, o processo está mais avançado, contudo, muito da responsabilidade de partir ao novo modelo educacional ainda recai sobre os professores, não na organização ou modernização das escolas como um todo. Na era 5.0, por exemplo, o profissional precisará trocar de papel, exercendo, prioritariamente, as funções de orientar, instigar e apoiar.

Em resumo, um especialista da quinta geração precisa estar atualizado, buscar atividades inovadoras para as salas de aula e estimular a autonomia dos alunos. Além disso, não deve combater a tecnologia e sim usá-la a favor do ensino, engajando mesmo os estudantes mais conectados.

Portanto, é a partir da atualização dos docentes e do investimento nas instituições escolares que a educação 5.0 pode entrar em ação e formar jovens mais preparados.

Importância da educação 5.0

Por muito tempo, o sistema de aprendizado básico e fundamental se volta ao ingresso no ensino superior. As matérias priorizam conteúdos que serão cobrados nos principais vestibulares do país e, com isso, outros pontos são deixados em segundo plano. Hoje, é evidente que esse método não é mais eficiente para a formação dos indivíduos, nem mesmo quando se pensa em sua profissionalização futura.

Apesar de continuar sendo uma parte importante, atualmente, é disseminada uma visão de que o objetivo do estudo não é apenas a inserção no mercado de trabalho. É perceptível a necessidade de ter pessoas conscientes que sejam capazes de criar soluções relevantes para melhorar a vida em comunidade. Assim, troca-se a ideia de sobreviver e ter sucesso sozinho pelas noções de agregar e contribuir. 

A educação 5.0 é um caminho dessa mudança, pois está focada em valores humanos que formam indivíduos capacitados, independentemente da área em que vão atuar. Essa premissa é essencial, sobretudo, porque muitas das profissões do futuro ainda nem existem. 

Entre os principais benefícios da adoção desse conceito, citam-se:

  • Melhoria nas relações interpessoais;
  • Incentivo na criação de soluções inovadoras e sustentáveis;
  • Aumento da colaboração entre estudantes e, futuramente, profissionais;
  • Facilidade na resolução de conflitos;
  • Mindset aberto para novidades e mudanças.

Como se preparar para o novo modelo?

A quinta geração do modelo educacional não depende apenas do esforço da escola, dos professores ou dos alunos. É necessária uma dedicação conjunta para repensar os processos atuais e o ecossistema em que a instituição se encontra.

Para ajudar a guiar os passos, os quatro elementos fundamentais para a mudança serão descritos a seguir.

1. Capacitação

O primeiro passo é investir no corpo docente, bem como nos gestores, para que conheçam e consigam aplicar os métodos ligados à educação 5.0.

2. Metodologia de ensino

É fundamental testar abordagens ativas de aprendizado e entender quais estão mais alinhados ao perfil dos estudantes. A ideia é encontrar formas de engajar e incentivar a autonomia dos alunos. 

3. Relacionamentos

Com o foco socioemocional, é interessante que as instituições escolares tenham uma relação próxima com os educandos e pais. Além disso, há muito a se beneficiar em parcerias com a comunidade ou ONGs, que podem contribuir em situações reais. 

4. Tecnologia

A disponibilização de soluções digitais aos alunos, professores e gestores auxilia na melhoria da comunicação, no estímulo à colaboração e até na produtividade. Essas ferramentas não são por si só a educação 5.0, mas são os meios para esse fim. 

Como a educação 5.0 está relacionada com a tecnologia 5G?

Com mais velocidade e qualidade de conexão, os recursos imersivos, bem como os dispositivos conectados, ganham destaque, viabilizando experiências únicas no ensino. Para isso, o conceito prevê a utilização da tecnologia, especialmente a conectividade para tornar o processo viável.

Assim, é de se esperar que a evolução do acesso à rede impacte o modelo de aprendizagem. No caso, a disseminação do 5G tem muito a contribuir com essas inovações. Ademais, o estudo à distância ou híbrido também será aprimorado, trazendo eficiência aos ambientes digitais e melhorias na comunicação entre alunos e professores.

Enfim, no momento de implementar um sistema educacional transformador, é possível contar com ferramentas digitais focadas na educação 5.0, além de conectividade que dê o suporte necessário para a transformação. A Vivo Empresas é especialista em processos de digitalização, disponibilizando um portfólio completo de soluções tecnológicas para o setor de Educação, que abrange Cloud Computing, Internet das Coisas (IoT) e muitas outras.

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Até a próxima!

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