Vale a pena usar cookies no site do meu negócio?

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Na economia digital, o rastreamento de usuários em páginas empresariais, aliado a estudos de comportamento, preferências e localização é crucial para toda empresa online. E é por esse motivo que é importante falar de cookies nos sites. Afinal, são essas soluções que permitem tal cadeia de funcionamento. 

Pode não parecer, mas esse assunto é um tanto quanto delicado. Isso porque algumas pessoas os veem como uma medida intrusiva que sonda todos os movimentos dos clientes na rede, enquanto outras enxergam como um simples artefato projetado para aperfeiçoar a experiência em um site. 

Dessa forma, é preciso entender o que são e como essas ferramentas funcionam. Neste artigo, serão discutidos os seguintes tópicos:

  • O que são cookies?
  • Como funcionam?
  • Quais informações armazenam?
  • Os tipos de cookies;
  • Vantagens e desvantagens do uso.

Afinal, o que são cookies?

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Os cookies de computador são pequenos arquivos usados ​​por servidores da web para salvar informações de navegação. Assim, permitem que os sites se lembrem do dispositivo, preferências e atividade online associada. No contexto HTTP, é um pacote de dados, na forma de um pequeno documento de texto, que uma URL envia para o navegador quando um usuário a acessa.

Apesar de simples, é capaz de armazenar parâmetros sobre quem está navegando na página de internet, bem como suas escolhas. O objetivo é que, em um próximo acesso, essas sejam utilizadas para personalizar a experiência do cliente. No entanto, esse é apenas um dos usos que podem ter.

E como surgiu esse nome? Afinal, a palavra nada mais é que “biscoito” em inglês. Acredita-se que o programador da Netscape, Lou Montulli, cunhou o termo para esse pacote de dados. É derivado de “cookies mágicos”, usados ​​por programadores do sistema operacional Unix para descrever um volume de informações que um programa recebe e envia de volta.

Isso lembra, por exemplo, um biscoito da sorte, que carrega mensagens em seu interior. A solução é cada vez mais usada em virtude da alta conectividade do mundo atual. 

Como os cookies funcionam?

Para entender como funcionam na prática, pode-se imaginar o seguinte cenário: alguém acessou determinado site para obter um material, como um e-book. Em troca, teve que preencher um formulário com informações pessoais.

Sem esse armazenamento, todas as vezes que o usuário voltar à URL, terá que inserir os mesmos dados. Porém, com esse recurso, o que foi completado pela primeira vez será empacotado em um arquivo, que é enviado ao navegador da web. Feito isso, no próximo acesso, o browser mandará o cookie novamente para o servidor e os elementos aparecerão.

A princípio, pode parecer superficial, mas é algo usado massivamente na construção de sites. O resultado é que o setor ganhou importância e vem crescendo a cada ano. Segundo um relatório da Research and Markets, de maio de 2022, o mercado global de cookies deve valorizar US$ 19,12 bilhões até 2026, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 5,5% no período entre 2022 e 2026. 

A resposta para essa pergunta depende do tipo de amostra que a empresa deseja armazenar. Em outras palavras, cabe aos criadores de um site determinar quais dados desejam manter e para qual finalidade.

De forma concreta, os cookies conseguem capturar: 

  • A quantidade de tempo que se passa na página;
  • Os links nos quais o usuário clica;
  • As opções, preferências ou configurações escolhidas;
  • Contas com as quais pessoa faz login;
  • Páginas que o internauta visitou no passado;
  • Itens em um carrinho de compras.

Isso soa um pouco intrusivo, principalmente quando se considera que atualmente existe a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que regula as atividades de tratamento de dados pessoais. A verdade, no entanto, é que um cookie é uma simples ferramenta. Quem os torna uma potencial invasão de privacidade são as pessoas que selecionam os parâmetros que desejam angariar. 

Diante desse cenário, a LGDP não proíbe a utilização do recurso, mas é preciso que o internauta seja avisado. Então, nos últimos anos passou a ser corriqueiro entrar em uma página e ter que autorizar ou não a coleta desses dados.

O que a LGPD recusa é a obtenção indiscriminada de informações pessoais. Além disso, é essencial que o uso de cookies esteja vinculado a um objetivo sólido, como uma estratégia de marketing online bem planejada.

A seguir, serão descritos os diferentes tipos de cookies que existem em sites, pois, essas ferramentas oferecem inúmeras possibilidades de uso:

Session cookies

Como o nome sugere, esse tipo funciona de forma temporária. Em outras palavras, expiram imediatamente ou alguns segundos após o usuário fechar o navegador. Em função disso, são frequentemente usados ​​por e-commerces para, por exemplo, manter o produto no carrinho até a finalização da compra.

Persistent cookies

Ao contrário dos anteriores, os persistent cookies não desaparecem depois que o internauta sai do site, pois têm uma data de expiração específica. Isso significa que esse tipo transmite informações ao servidor toda vez que a pessoa acessar aquela URL, até alcançar a validade prevista. 

São comumente utilizados ​​para manter os usuários logados em determinada página da web, mesmo após fecharem o navegador.

Cookies primários

São instalados diretamente pelo site que o usuário está visitando (ou seja, é a URL mostrada na barra de endereços). Esse tipo permite que os proprietários da página coletem dados analíticos.

Portanto, esse recurso irá reter configurações de idioma e executar outras funções úteis que melhoram a usabilidade e tornam a experiência do internauta mais agradável.

Cookies de terceiros

São bem conhecidos e uns dos tipos mais utilizados, mas, ao instalá-los na web, é preciso muito cuidado, pois coletam informações de comportamento, dados demográficos e hábitos de consumo.

Em geral, os cookies de terceiros são usados ​​em publicidade para encontrar o público-alvo e direcionar as campanhas de maneira assertiva. Caso não sejam bem aplicados ou tudo não esteja devidamente detalhado para o usuário, podem ferir a legislação LGPD — e causar sanções à empresa. 

Flash cookies

Também conhecido como “super cookie”, esse tipo é independente do navegador da web. Isso porque é projetado para ser armazenado permanentemente no computador do internauta. Além disso, permanece no dispositivo utilizado mesmo que tenha sido excluído da página.

Cookies zumbis

São chamados assim porque são difíceis de gerenciar e detectar. São considerados um tipo de flash cookie que é recriado automaticamente depois de excluído. São aplicados geralmente em jogos online para impedir que usuários tentem burlar o sistema. O problema é que, além disso, podem ser usados para instalar malwares nos dispositivos, gerando inconvenientes de segurança.

Vantagens e desvantagens do uso 

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Antes de utilizá-los, é preciso definir se o uso de cookies é realmente positivo para os negócios. A seguir, serão apresentadas as vantagens e desvantagens de sua aplicação em sites empresariais. 

Vantagens

Usabilidade: tornam a experiência do usuário mais agradável, pois não precisam ficar preenchendo login, senhas e formulários toda vez que entrarem na página.

Disponibilidade: a forma como foram concebidos facilita o próprio uso. Uma vez instalados, estarão por lá até que alguém os exclua. Mesmo que o servidor falhe, as informações podem ser recuperadas pelos cookies.

Publicidade: hoje, uma parte importante do marketing online depende desse recurso e empresas de comércio eletrônico, principalmente, precisam saber usá-lo. Dados como termos pesquisados, palavras-chave e localizações geográficas são coletados para campanhas publicitárias.

Configuração: podem ser configurados e vão funcionar conforme o tipo escolhido. Por exemplo, podem expirar quando o usuário fechar a guia do navegador ou serem definidos para existir apenas por um período de tempo específico. Isso permite que a companhia use somente a funcionalidade que realmente precisa, evitando coletar informações desnecessárias.

Facilidade: são fáceis de instalar, pois todos os dados relacionados são guardados no disco rígido, sem uso dos recursos do servidor. Não ocorrendo adição de cargas extras no processo de navegação.

Desvantagens 

Lentidão: a vantagem da facilidade para a empresa pode virar uma desvantagem para o usuário. Como os cookies ficam armazenados, é preciso que a máquina seja limpa periodicamente para não afetar a velocidade de acesso. Essa lentidão pode gerar desconfiança do cliente em relação à marca, caso ele entre na página e logo sinta uma lentidão no seu computador. 

Riscos de segurança: pode criar brechas na proteção do internauta, já que trabalha com Big Data. Então, os negócios precisam ter cuidado com essa característica. Um intruso pode coletar informações pessoais e usá-las para atividades maliciosas. Para isso, a Vivo Empresas oferece o Vivo Vamps, uma solução que auxilia na identificação e gerenciamento de vulnerabilidades.

Limitação: os cookies não podem armazenar uma quantidade indefinida de dados, pois possuem um limite de tamanho, sendo capazes de guardar apenas 4k. Os gestores precisam levar isso em conta na hora de montarem suas estratégias. 

Privacidade: talvez essa seja a maior desvantagem do recurso, porque a coleta de informações dos usuários ficou na mira de entidades regulatórias, principalmente depois do sucesso crescente das redes sociais. Ao usar cookies no site, as companhias devem ter se certificar que tudo fique bem claro ao usuário ou poderão ter problemas judiciais. 

Codificação: negócios que tentam proteger seus clientes da forma correta precisam usar técnicas de criptografia, o que pode tornar o processo mais complicado, por serem bastante complexas. Por isso, é preciso contar com parceiros especialistas que possam ajudar com essa estratégia.

Como instalar cookies no site?

Provavelmente esse recurso já está instalado no código-fonte do site criado pela empresa. O modo como os dados são lidos e usados para montar estratégias é que vai mudar de acordo com os objetivos do negócio. Uma das ferramentas utilizadas para analisar informações é o Google Analytics — solução que fornece uma infinidade de parâmetros sobre os usuários que visitarem a página da companhia. 

No entanto, para empreendimentos que não são da área de marketing online e que não precisam saber de cada passo desse plano, o ideal é contratar um especialista para fazer as análises e gerar insights. 

Por outro lado, é necessário tomar cuidado com a transparência com o usuário. Depois da implementação da LGPD, passou a ser obrigatório que os usuários tomem conhecimento da existência de cookies nos sites e para quais fins eles serão utilizados. 

Normalmente, as empresas que usam a plataforma WordPress conseguem instalar plugins que geram banners informativos assim que o internauta entra na página. Um exemplo é o GDPR Cookies Consent Banner

O site da sua empresa precisa usar cookies

Por fim, fica a questão: usar ou não esse recurso como base para estratégias de internet nos negócios?

A indicação é sim. Deve-se utilizar cookies no site da empresa, mas apenas se forem aplicados com coerência e transparência em relação ao usuário — que deve saber sobre os tipos de dados que estão sendo obtidos e os objetivos da coleta. 

Afinal, essa ferramenta pode ajudar o desenvolvimento da companhia. Quando trabalhado a favor do negócio, pode fazer com que o cliente volte mais vezes e adquira os produtos e serviços novamente. Tudo, no entanto, deve ser feito com responsabilidade.

Para potencializar o seu empreendimento, conheça o catálogo da Vivo Empresas, que auxilia na transformação digital dos negócios por meio da tecnologia. Através de produtos baseados em conectividade, computação em nuvem, Internet das Coisas, entre outras inovações, as companhias otimizam as ações de marketing, captando e fidelizando muito mais clientes.

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Até a próxima! 

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