Restaurante digital: o que é e como pode incrementar as vendas?

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O crescimento do número de restaurantes digitais mostra que a disseminação da Internet mudou completamente a forma como os clientes consomem, sobretudo alimentos. A maioria dos consumidores modernos prioriza a comodidade. Para tanto, nada melhor do que receber a refeição preferida no conforto de suas casas com apenas alguns cliques no telefone. 

Essa realidade fez com que os modelos de negócios nesse setor se multiplicassem. As possibilidades de atuação expandiram e hoje é possível ver  as dark kitchens, restaurantes de delivery, cozinhas-fantasmas e, claro, os restaurantes digitais. No entanto, diferentemente do que pode parecer, essas empresas possuem operações distintas e trabalham de formas diferentes para atender ao público. 

Pode-se dizer que um restaurante digital é um braço virtual do restaurante físico, podendo reunir as qualidades tanto da conveniência quanto da qualidade. Esse tipo de negócio depende fortemente de ferramentas tecnológicas de conectividade, logística, gestão e relacionamento com clientes. 

Também precisam investir pesado em um bom marketing digital e em um sistema de entregas eficiente, seja próprio ou por meio de parcerias. Para explicar melhor o funcionamento, o artigo abordará os seguintes temas: 

  • O que é um restaurante digital?
  • A diferença entre restaurante digital e dark kitchen
  • As vantagens de ter uma operação digital 
  • As soluções necessárias para implementar  
  • As perspectivas para o setor

O que é um restaurante digital? 

Com a popularização dos serviços online e o crescimento do delivery de comida, surgiram vários modelos de negócios na área de food service e, como consequência, diversas nomenclaturas. 

No entanto, o conceito de restaurantes digitais é bem simples de entender. Eles são a extensão de uma empresa de alimentação tradicional, com loja física, mas que aproveita sua estrutura para montar um menu para entrega. 

Muitas vezes, esse cardápio pode ser diferente do que é vendido aos clientes no salão, seja para não fazer altos investimentos ou mesmo porque alguns pratos não combinam com a entrega. É o que acontece quando uma refeição precisa ser servida de uma maneira que ficaria difícil manter o padrão de qualidade para um delivery. 

Por outro lado, alguns restaurantes digitais vendem exatamente a mesma coisa da sua versão física, mas separam as operações para um controle melhor das entradas e saídas. 

Várias empresas perceberam o potencial dessa nova abordagem e foram além. Criaram novas marcas para esses restaurantes digitais, mesmo que ainda façam parte da loja física. Um exemplo é a rede americana “It’s Just Wings”, uma marca virtual criada pelos restaurantes Chili’s e Maggiano’s, redes tradicionais dos Estados Unidos. 

O propósito foi desenvolver um novo conceito usando ingredientes semelhantes, capitalizando um mercado totalmente novo do que eles tinham em seus salões. 

O restaurante digital tem um cardápio supercurto, e o objetivo era atender — com seus pratos — a um nicho específico: pessoas que gostam de assistir jogos em casa. O sucesso foi tanto que o It’s Just Wings conseguiu faturamento anual de US$ 150 milhões, conforme analisado no artigo da Bloomberg

Contexto brasileiro

No Brasil, segundo dados de agosto de 2022 do iFood, mais de 41 milhões de pizzas foram pedidas pelo aplicativo só no primeiro semestre do referido ano. 

Um exemplo, portanto, de cozinha digital seria se um restaurante tradicional que vende todo tipo de comida montasse um menu exclusivo só de pizzas para marcar território no mundo virtual e abocanhar uma parte desse mercado enorme.  

Só por esta elucidação, portanto, dá para perceber que é um conceito bem diferente de dark kitchen ou ghost kitchen, como vamos explicar em seguida. 

Qual é a diferença entre restaurante digital e dark kitchen

É inegável que a digitalização do setor de bares e restaurantes trouxe muitos modelos de negócio, ainda mais com o apoio dos deliverys. Por isso, às vezes, as pessoas podem confundir conceitos como o do restaurante digital e a dark kitchen. Contudo, são espécies de empresas diferentes, e exploraremos a seguir como se diferenciam. 

Como explicado anteriormente, o restaurante digital, por vezes chamado de cozinha virtual, é uma operação anexa do restaurante físico e é criado para oferecer refeições no delivery. Assim, cria-se um meio adicional de chegar até os consumidores. 

Embora utilize as mesmas técnicas e tecnologias de uma dark kitchen, essa operação online pode nem mesmo ser considerada uma prioridade. É possível que seja apenas uma forma de ampliar a gama de possibilidades para os clientes. 

A dark kitchen, por sua vez, só produz comida para venda em plataformas de entrega. Uma empresa desse tipo irá alugar apenas um espaço suficiente para preparar as refeições, mas não terá área para atendimento físico ou ponto de retirada para os clientes.  

Sendo assim, eles só funcionam via aplicativos de delivery. O modelo se popularizou e ganhou muito espaço quando as entregas se tornaram serviços essenciais durante a pandemia de Covid-19. A crise sanitária e o aumento das tecnologias de conectividade, os quais facilitaram a comunicação com os clientes, representaram um verdadeiro boom nesse tipo de cozinha. 

Tanto que, segundo o Statista, o mercado global do setor foi avaliado em mais de US$ 56 bilhões em 2021, conforme divulgado no estudo Ghost kitchens – statistics & facts, de novembro de 2022. 

Vantagens incluem custo reduzido e oportunidade para inovar  

De qualquer forma, os restaurantes digitais também estão crescendo, acompanhando a própria evolução do setor. A indústria global de food service cresceu 33% em volume de pedidos no primeiro semestre de 2022, se comparado ao mesmo período de 2021. Além disso, em boa parte das vezes (47%) as pessoas simplesmente não preparam suas próprias refeições, optam por comer em restaurantes. 

Essas foram algumas das conclusões do levantamento Dining Out, At Home , divulgado em novembro de 2022 pela consultoria Kantar, com mais de 15 mil pessoas entrevistadas. Ainda conforme o estudo, um terço dos brasileiros usa o delivery de comida. Somado a isso, 28% pedem comida virtualmente uma ou duas vezes por semana.

Por conta disso, ao que tudo indica, abrir um restaurante digital é, atualmente, um bom negócio. A seguir, vamos apontar algumas vantagens desse modelo.

Preencher horários de baixo tráfego

Caso o pico do restaurante físico seja o jantar, mas tem dificuldade em manter o movimento durante o dia, abrir um restaurante digital pode ser uma saída. Esse tipo de negócio exige investimento apenas digital e é possível aproveitar a estrutura existente para preparar as refeições. 

Custos reduzidos

Um restaurante digital funciona em uma cozinha já existente, portanto, não há necessariamente gastos com novos funcionários ou equipamentos. 

O próprio modelo de negócios ajuda a economizar custos com móveis, decoração, interiores, louças e a manutenção. A maior parte das despesas será no marketing digital e nos itens para produzir as refeições. 

Aquisição de novo público 

O restaurante físico depende do tráfego de pedestres próximo ou da tradição do nome para atrair pessoas. A visibilidade é um fator determinante no sucesso. 

Já o restaurante digital pode conquistar um público novo, principalmente se for feito um cardápio especial para determinados nichos e se posicionar bem na Internet com uma boa estratégia de marketing digital.  

Risco menor no investimento

Um restaurante digital pode funcionar como um teste para saber qual público atingir, em qual localidade há mais demanda ou que tipo de comida faz mais sucesso. Caso não dê certo, pode-se partir para outra opção sem um prejuízo alto. 

A flexibilidade é bem maior para mudanças, sendo possível fazer ajustes no modelo de negócios. 

Espaço para inovação 

Com custos menores, se comparados a um restaurante convencional, existe margem para experimentar, oferecer itens específicos, testar novas ideias, mudar, etc. Nessa parte, é importante que a empresa já tenha passado pelo processo de digitalização, pois irá precisar de softwares de gestão, capazes de oferecer métricas mais precisas sobre o que vai bem ou não.  

Tecnologia é peça-chave para o restaurante digital 

O investimento em tecnologia é inegociável na atualidade, pois existem muitas ferramentas capazes de aumentar a competitividade, reduzir custos e melhorar a performance do negócio de uma maneira geral. 

Para os restaurantes digitais, as inovações afetam desde o relacionamento com clientes, com funcionários, o sistema de entregas até a própria produção. 

Veja a seguir as tecnologias essenciais para um restaurante digital.  

Conectividade 

Uma empresa com operação online precisa ter uma boa conexão de Internet. Isso porque permite a integração com os apps de entrega parceiros, com os próprios clientes ou com a equipe, isso quando o restaurante tem um sistema próprio de delivery. As soluções em conectividade como a Vivo Fibra da Vivo Empresas são ferramentas básicas para todos os empreendimentos. 

Software de gestão 

Uma solução de ERP (Enterprise Resource Planning) ajuda os proprietários de restaurantes no controle de estoque, na gestão financeira, no inventário. Por exemplo, quando os chefs pedem um item, as contagens de estoque de seus sistemas ERP mostram automaticamente um aumento no estoque.

Armazenamento na nuvem 

A tecnologia de cloud computing, ou nuvem, é essencial para rodar melhor um ERP, ou software de gestão e logística. Essas soluções são indispensáveis para a administração de um restaurante digital. 

Big data 

Um restaurante digital também pode se beneficiar do Big Data, ou seja, a coleta e a análise de dados. Isso ajudaria a conhecer melhor os hábitos e a preferência dos clientes para, assim, poder ir promovendo mudanças estratégicas quando necessário. 

Equipamentos modernos

Assim como qualquer outro negócio, um restaurante digital precisa contar com bons equipamentos de informática. Isso irá garantir que todas as outras soluções funcionem perfeitamente. Uma forma de fazer isso com economia é o aluguel de equipamentos

Parceiros de qualidade podem auxiliar no sucesso 

Por fim, marcar presença no meio digital é fundamental em um mundo de alta conectividade como o que estamos vivendo. Além disso, a entrega de comida se popularizou muito. Globalmente, estima-se que esse mercado ultrapasse US$ 97 milhões até 2032, segundo o levantamento Online Food Delivery Services Market Snapshot, de setembro de 2022. 

Exatamente por isso é importante se cercar de parceiros de qualidade que possam dar suporte a quem quer investir em um restaurante digital. A Vivo Empresas oferece um amplo portfólio para que bares e restaurantes construam uma sólida presença digital. 

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Até a próxima!

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