Os consumidores têm uma rotina cada vez mais agitada e, consequentemente, buscam praticidade no dia a dia. Com isso, o mercado de food service vem apresentando crescimento recorde. A alimentação fora do lar também é reflexo das mudanças nos hábitos de consumo da população.
Da mesma forma, de uns anos para cá, a conectividade passou a estar na palma das mãos. Assim, basta acessar um aplicativo de delivery para ter o almoço entregue em poucos minutos, seja em casa ou no escritório.
Somado a isso, a explosão da Covid-19 trouxe, além de uma nova rotina para as pessoas, um processo de digitalização massivo para as empresas, a fim de que essas que se adequassem ao “novo normal”.
Em suma, tanto em 2020 quanto em 2021, durante a pandemia, o food service foi um setor que se beneficiou bastante, sobretudo com as dark kitchens, as cozinhas especializadas em entregas, e os centros de delivery.
No entanto, mesmo quando a crise for superada, é possível aproveitar o aprendizado dos últimos meses para faturar mais. Nesse sentido, o artigo de hoje explicará o que são esses modelos de negócio que fizeram sucesso durante a pandemia, e como você aprimorá-los para beneficiar a sua empresa. Veja também:
- O que é o mercado de food service
- Quais as tendências
- Quais tecnologias utilizar
- Como entrar no mercado de food service
O que é o mercado de food service?
Food Service (que pode ser traduzido para serviços de alimentação) é o mercado que atua com a alimentação fora do lar (AFL). Logo, são serviços que vão desde a preparação até a entrega dos mais variados tipos de refeições, como fast food, comida saudável, lanches, as populares “marmitas” e outros.
Ou seja, são todas as empresas que prestam serviços alimentícios na ponta, diretamente ao consumidor final. Dessa forma, incluem bistrôs, padarias, cantinas, food trucks, bares, restaurantes e uma enorme variedade de estabelecimentos do gênero.
De acordo com dados divulgados em fevereiro de 2021 pelo jornal O Estado de S. Paulo, esse segmento sofreu dois fenômenos paralelos ao longo de 2020:
Por um lado, quase 30% das empresas de AFL no estado de São Paulo tiveram de fechar as portas. Por outro, um estudo da Mobills, divulgado em janeiro de 2021, revela que os aplicativos de entrega de comida, que atuam juntamente aos AFLs, tiveram mais de 149% de crescimento em suas receitas, fruto de um salto no número de pedidos.
Frente a essa transformação na dinâmica de funcionamento dos negócios, a adaptação, que contou com muito apoio da tecnologia, foi chave para a sobrevivência durante esses últimos meses.
Assim, conforme também relata a reportagem do jornal, até mesmo a relação dos estabelecimentos com seus fornecedores viu o impacto da digitalização. Muitos distribuidores adotaram vitrines virtuais, bem como assumiram toda a logística para criar meios diferenciados de abastecer bares e restaurantes.
Por fim, o resultado de toda essa reorganização de fatores é o aumento das expectativas para 2021 e 2022. Uma projeção composta de dados de diversas instituições, públicas e de representação do setor de alimentos, aponta que o setor vai saltar de uma queda de 32% em 2020 para um crescimento de 22 a 25% em 2021.
Vale lembrar, no entanto, que isso somente foi, é e será possível com o uso de tecnologias que promovam a conectividade e a digitalização dos negócios de food service. Afinal, esse movimento foi potencializado pelos serviços de delivery, plataformas de pedidos on-line e gestão baseada em dados.
Quais são as tendências para o mercado de food service
Muitas mudanças e inovações utilizadas durante a pandemia permanecerão como tendência para o food service. Principalmente aquelas relacionadas a tecnologias que otimizam o trabalho das empresas e melhoram a experiência do cliente.
Dark Kitchen
Dark Kitchen, ou ‘cozinha fantasma’, são negócios desse setor que não recebem os clientes, somente operam com entregas. Ou seja, são restaurantes e bares que não têm um ponto comercial com mesas, cadeiras e atendentes.
Esse modelo de serviço já existia, mas cresceu com a ascensão dos aplicativos de delivery. Além de tendência, esse é um formato de venda que tende a ficar, principalmente em reflexo às mudanças nos hábitos de consumo e à evolução digital do mundo.
Essa é a chance para muitos empreendedores que desejam entrar no mercado, mas não têm capital suficiente para manter um ponto tradicional.
Mesmo as redes renomadas estão adotando essa configuração de negócio. Em agosto de 2020, por exemplo, o Burger King inaugurou sua primeira dark kitchen, que foi responsável por um crescimento de 200% nos pedidos on-line.
Por outro lado, vale lembrar que o ghost kitchen, como também é chamado esse tipo de operação, somente é possível e sustentável com tecnologia e conectividade. Um exemplo disso são as soluções cloud, que suportam ferramentas de gestão e logística de forma escalável, segura e acessível.
LEIA MAIS: A digitalização do delivery: principais desafios do aumento da demanda para contornar o isolamento
Serviços de delivery
Segundo uma pesquisa feita pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) em agosto de 2020, o delivery foi responsável por sustentar 75% das vendas de food service naquele ano.
Mesmo antes da crise sanitária, as entregas vinham avançando com a transformação digital dos escritórios e dos lares dos consumidores. No entanto, especialmente em 2020, o crescimento foi exponencial em reflexo da tentativa de se adaptar à realidade pandêmica.
Percebendo que essa seria a nova tendência para seus modelos de negócios, muitas empresas começaram a olhar para o futuro e rever seus processos.
Consequentemente, esse crescimento também foi percebido nas franquias. Em 2020, as entregas de alimentos representaram 36% do faturamento das redes de alimentação, segundo informações divulgadas em outubro daquele ano pela Associação Brasileira de Franchising.
Além de outros benefícios, a tele-entrega pode expandir as suas vendas, uma vez que as encomendas podem alcançar consumidores que não visitariam o estabelecimento em razão da distância.
Contudo, para adotar esse serviço, é preciso adaptar tanto a produção quanto a administração. Desde o cardápio até as embalagens precisam ser pensados na experiência do consumidor.
Na gestão, por sua vez, o ideal é apostar em recursos digitais para suportar os pedidos, controlar a demanda dos entregadores e o relacionamento com o cliente. E, nesse quesito, soluções que atuam na frota comercial das empresas podem ajudar.
Opções vegetarianas e veganas
Outra tendência para o mercado de food service são os cardápios especiais para clientes com restrições, como vegetarianos e veganos. No mercado da alimentação, os olhares têm se voltado para essa comunidade que não consome carne, ou nenhum tipo de alimento de origem animal.
Percebendo as dificuldades desse público em buscar refeições fora de casa, os negócios passaram a implementar essas opções de comida nos cardápios. E a aceitação tem sido grande.
Reflexo disso é que grandes redes de fast food tem incluído hambúrgueres vegetarianos e veganos em seus cardápios. Além das novas carnes vegetais que estão movimentando o mercado.
Gestão data driven
Data driven é um termo inglês que, em suma, diz respeito a uma cultura organizacional orientada por dados. Assim, todas as decisões são baseadas em questões quantitativas e qualitativas, aferidas por uma metodologia sólida.
Nesse sentido, o uso da tecnologia para captar, tratar e armazenar dados e informações sobre os clientes, além de sobre o mercado e demais tendências, vem permitindo estratégias mais acertadas.
Tomar decisões baseadas em suposições e observações já não é o suficiente para se sobressair. Diante disso, as empresas vêm investindo em ferramentas que usam as informações a seu favor.
Alguns exemplos são as preferências dos consumidores para construção de personas e serviços mais centralizados. Outros insumos gerados que podem ser usados ao seu favor são:
- Tempo médio de espera para o atendimento;
- Tempo médio de espera para a entrega (delivery);
- Aceitação do cardápio;
- Reclamações;
- Elogios;
- Preferências de consumo.
Quais tecnologias usar no food service?
As crises são grandes impulsionadoras da inovação, uma vez que é necessário readequar, otimizar e reinventar processos. Durante os períodos mais intensos da Covid-19 no Brasil e no mundo, percebeu-se um aumento no uso de tecnologias disruptivas, na digitalização dos negócios e na inteligência artificial.
Afinal, informação é o recurso mais precioso que o mercado tem para readaptar suas operações à realidade que se apresentou nos últimos meses. Mas, afinal, quais tecnologias favorecem o food service?
Cloud
A tecnologia em nuvem é usada para armazenar e suportar dados e operações nos negócios, porém, em servidores remotos de grandes empresas. Ou seja, o salvamento já não é feito nos computadores do seu estabelecimento ou em bancos de dados que dependiam de grandes investimentos dos empresários.
Diante disso, as soluções em cloud permitem que a sua empresa se adapte ao novo normal e aos novos hábitos de consumo dos seus clientes. Além disso, é uma ferramenta para garantir a produtividade e operações a distância, já que pode ser acessada de qualquer lugar desde que tenha conexão com a internet.
Da mesma forma, muito embora seja uma tecnologia presente em diversos aspectos do dia a dia de pessoas e negócios, muitos sequer se dão conta de que algo é operacionalizado na nuvem.
Hoje em dia, a inovação do cloud computing está presente nas ferramentas de colaboração e produtividade, no funcionamento de aplicativos e plataformas, em soluções de videoconferência e mais.
Na prática, são inúmeros os exemplos da versatilidade dessa solução, que também atrai por ser escalável e ter contratação sob demanda. Na nuvem, seu negócio paga apenas pela infraestrutura que realmente utilizar, além do volume contratado ser facilmente alterável, conforme as necessidades do momento.
Assim, não por menos, a estimativa de consultorias como o Gartner é de que, até 2022, a adoção global da nuvem cresça ainda mais 21,7%, totalizando US$ 482 bilhões investidos por empresas de diferentes naturezas e tamanhos.
A informação é de agosto de 2021 e considera o forte crescimento da tecnologia durante o período pandêmico, uma vez que o cloud computing suporta boa parte das ferramentas que nos permitem trabalhar e consumir à distância.
Wi-Fi social
O Wi-Fi Social é uma tecnologia que usa a IoT (Internet das Coisas) e é utilizada tanto para a satisfação do cliente, que permanece conectado, quanto para as suas estratégias.
Oferecendo esse tipo de conexão no seu ponto de venda, você captura dados e estatísticas dos usuários, como:
- Informações captadas durante o cadastro (nome, idade, gênero, CPF e outros);
- Horários de mais acesso;
- Tempo médio de conexão;
- Tipos de dispositivos onde o Wi-Fi social é mais acessado;
- Idade dos usuários.
Assim, no caso dos estabelecimentos que ainda recebem clientes, isto é, que não são dark kitchens, além de poder empregar esses dados em sistemas de CRM e na tomada de decisões estratégicas, o uso do Wi-Fi Social permite interagir com os clientes conectados.
Na tela de login da conexão, é possível oferecer promoções e cupons exclusivos, divulgar peças publicitárias, bem como outros canais de comunicação do negócio, e até fazer pesquisas de satisfação.
Análise de perfil do público-alvo
Cada vez mais, as empresas enxergam a importância da gestão centrada no cliente. Assim, todas as decisões e estratégias devem ser tomadas visando o melhor relacionamento, satisfação e fidelização do seu público.
Mais que um jargão do mercado, o modelo se tornou fundamental com o novo normal. Isso porque a nova realidade mudou os hábitos de consumo e as preferências do freguês, sendo necessário estar a par do que ele deseja e precisa – muitas vezes antes do próprio se dar conta.
À vista disso, a análise de dados tem sido extensamente usada para identificar o perfil do público-alvo, baseando-se no seu comportamento. A partir disso, uma empresa é capaz de identificar e gerar oportunidades não só para o presente, mas principalmente para o futuro.
E como entrar no mercado de food service?
Para entrar no mercado da alimentação fora do lar (AFL), é preciso fazer o indicado acima, isto é, identificar as oportunidades. De qual segmento será o negócio (saudável, fast food, comida caseira ou outro)?
Além disso, qual será a fonte para captar investimentos e capital? Atuará no modelo tradicional ou na tendência do dark kitchen? Essas questões precisam ser respondidas para começar a empreender no mercado de food service.
Igualmente, também é importante focar em um diferencial, um motivo para os consumidores escolherem o seu negócio em vez daquele outro que já é estabelecido na região.
Essa, por sua vez, pode ser desde uma característica do atendimento, da entrega, até o tipo de alimentação disponibilizada.
Outra questão essencial é a adequação aos órgãos fiscalizadores. Empreendimentos no setor alimentício precisam atender às exigências não só da prefeitura, como alvará, mas também da Anvisa.
Em resumo, o mercado de food service foi fortemente atingido pela crise em 2020, uma vez que viu seus estabelecimentos fechados.
Porém, o período também foi uma oportunidade de crescimento para muitos negócios e serviços. Aqueles que conseguiram se destacar e aumentar a receita têm duas coisas em comum: o uso da tecnologia e a adequação às tendências.
Por sua vez, é mais fácil trilhar esse caminho quando se tem um parceiro como a Vivo Empresas, que além de conhecimento de mercado, dispõe de um portfólio completo em Conectividade, Cloud, IoT, aluguel de Equipamentos e outras inovações tecnológicas.
São soluções que se adaptam não só ao tamanho, mas também à natureza do seu food service. Assim, caso queira conhecer mais sobre como a tecnologia apoia o crescimento do setor alimentício, da indústria aos bares e restaurantes, confira a seleção de artigos a seguir:
- Como as cadeias de restaurantes podem apoiar suas franquias por meio da tecnologia
- Restaurante 4.0: como adaptar seu negócio para o modelo híbrido
- Adaptação no varejo: como a transformação digital mudou as estratégias de negócio
Até a próxima!