No início de 2020, a pandemia ocasionou uma série de mudanças emergenciais e temporárias para suportar a continuidade das atividades durante a crise. Contudo, um ano depois, é preciso entender que algumas transformações, bem como novas demandas, vieram para ficar. Esse é o caso da alta na educação a distância.
Inegavelmente, esse modelo de ensino já vinha se popularizando mesmo antes desse cenário conturbado. Como exemplo, a inserção de exercícios virtuais na sala de aula. E alguns colégios, inclusive, já ofereciam espaços digitais ao aluno, com conteúdo extra.
Entretanto, isso não era o suficiente para a demanda pandêmica, na qual todos os processos precisavam ser 100% online. Assim, grande parte do setor ainda precisou acelerar sua digitalização visando reduzir os prejuízos ao desenvolvimento educacional dos estudantes.
Desde então, a implementação de inovações tecnológicas não apenas se torna cada vez mais fundamental, como também é esperada por professores, alunos e pais. Inclusive, essa evolução permite que as classes online sejam tão produtivas quanto as presenciais.
Essencialmente, para que essas mudanças no sistema de ensino continuem trazendo bons resultados, as escolas precisam se planejar.
E isso inclui pensar além da própria preparação do corpo docente, mas também em termos de infraestrutura, como equipamentos atualizados e apropriados, boa conectividade, acesso do aluno ao material e até mesmo a segurança de todo esse ambiente digital.
Portanto, neste artigo, você verá:
- A tecnologia como aliada no ensino
- Alta na educação a distância: como essa demanda evoluiu ao longo dos anos
- Pilares da transformação digital nas escolas
- Segurança do sistema de aulas online deve ser prioridade
- Auxílio aos professores e alunos é fundamental no momento de alta na educação a distância
- Perspectivas para o sistema educacional
A tecnologia como aliada no ensino
Lousas digitais, apostilas com realidade aumentada e plantões de dúvidas via chamada de vídeo são apenas alguns exemplos de como o setor de educação já se beneficiava com a introdução de novas tecnologias nas salas de aula.
Contudo, a pandemia causou a interrupção da educação em 191 países, somando mais de 1 bilhão de estudantes afetados, segundo publicação da UNESCO em abril de 2020.
E, nesse sentido, quando houve a necessidade de aulas e atividades não presenciais, a resposta inicial no país foi a migração para o digital, tanto para as escolas públicas, quanto para as privadas. Isso, por sua vez, resultou em uma alta na educação a distância.
Para exemplificar, uma pesquisa do Datafolha, em maio de 2020, revelou que 74% dos alunos da rede pública estavam recebendo atividades pedagógicas não presenciais durante a pandemia.
Somado a isso, o levantamento ainda mostrou que para 54% dos pais e responsáveis as crianças e jovens aparentavam estar motivados com o aprendizado remoto, resultando em uma maioria (82%) realizando grande parte das atividades propostas.
Porém, a migração imediata e sem tempo para adaptações na forma de ensinar não é o ideal a longo prazo, como mostra um levantamento feito em maio de 2020 pela Nova Escola. Segundo os dados coletados, entre os professores no Brasil, apenas 32% dos profissionais avaliam a experiência do ensino remoto durante a pandemia de forma positiva.
Apesar disso, a importância da aprendizagem online é clara. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto Península, em dezembro de 2020, 44% dos educadores acreditam que o futuro da educação será o formato de ensino híbrido, o qual trabalha com aulas presenciais e online.
Em outras palavras, a digitalização em massa da educação no país deu seus primeiros passos em 2020. Entretanto, para se preparar para o futuro da educação, é preciso avançar ainda mais.
Alta na educação a distância: como essa demanda evoluiu ao longo dos anos
Como dito anteriormente, a alta na educação a distância é resultado da pandemia, mas a modalidade já vinha apresentando crescimento mesmo antes e é uma das tendências do setor para os próximos anos.
Só para ilustrar como o EAD vem crescendo no Brasil, o número de novos alunos em cursos a distância do Ensino Superior aumentou quase 5 vezes em 10 anos, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Então, enquanto em 2009 cerca de 330 mil estudantes escolheram esse modelo, em 2019 já eram mais de 1,5 milhão de estudantes a distância.
Com toda a certeza, alguns tabus sobre esse formato de aprendizado foram desmistificados, uma vez que grande parte da população estudante precisou recorrer a ele durante a pandemia.
Assim, os benefícios ficam ainda mais em destaque, como:
- Oportunidade do aprendizado sem limitações geográficas;
- Uma melhor relação custo-benefício que outras formas de ensino;
- Flexibilidade de horários.
Inclusive, segundo a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), o volume de estudantes do Ensino Superior em EAD irá ultrapassar o da modalidade presencial em 2022.
Ao mesmo tempo, o modelo híbrido ou semipresencial também mostrou evolução. Em apenas um ano, entre 2017 e 2018, foram criados 3.000 novos cursos nesse formato, como apresentado pelo último censo da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED).
Todavia, há uma ressalva importante: para oferecer um curso a distância ou híbrido não basta apenas transferir as aulas presenciais para uma plataforma online e disponibilizar material digital.
Portanto, nessa união entre tecnologia e educação é preciso inovar também no sistema de ensino, assim utilizando os melhores recursos para manter a qualidade do aprendizado.
LEIA MAIS: Edtechs trazem novas formas de ensino para diferentes cenários do Brasil
Pilares da transformação digital nas escolas
A digitalização nas escolas não é um processo simples. Ela necessita de planejamento e preparação para ser bem implementada e, assim, conseguir suprir essa alta na educação a distância.
Nesse sentido, é preciso que os administradores das instituições escolares trabalhem junto aos educadores e a uma equipe de TI para elencar as tecnologias necessárias, estabelecer metas e prever o orçamento para que essa infraestrutura tenha o desempenho desejado.
De modo geral, há alguns pilares que servem como base para a infraestrutura da transformação digital, que deve ser escalável, segura e sustentável:
O elemento principal é a conectividade. Hoje o Brasil tem a 4ª maior população conectada do mundo, segundo dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
Porém, para atuar digitalmente não basta ter uma conexão, ela precisa ser de alta qualidade e estável, a fim de não atrapalhar a transmissão de aulas ao vivo, por exemplo.
Além disso, é preciso contar com um ambiente com boa performance e de fácil acesso tanto para professores quanto para alunos. As soluções em nuvem são as mais recomendadas para essas necessidades, principalmente por apresentarem opções de escalabilidade.
Em outras palavras, na Cloud é possível ajustar o nível de capacidade do ambiente de forma simples e pagando apenas pelo que for utilizado. Por meio dela, alunos e professores conseguem acessar aplicações e até colaborar entre si em atividades e exercícios.
Por fim, esse meio virtual também facilita o armazenamento de informações. Isso diminui o impacto nos equipamentos dos alunos, que podem guardar seu material ali.
Segurança do sistema de aulas online deve ser prioridade
Se, por um lado, o uso do meio digital cria excelentes oportunidades no momento de alta na educação a distância, por outro isso significa um risco para as escolas que o fizerem sem tomar o cuidado necessário.
Com o maior uso de internet e o crescimento da modalidade remota, seja no trabalho ou no ensino, aumentaram também as ameaças cibernéticas, principalmente as relacionadas a sequestro de dados, como o ataque ransomware.
Aliás, esse é um dos golpes mais comuns não apenas no Brasil, mas ao redor do mundo.
Para exemplificar, a Skybox Security reportou que os casos desse ataque cresceram 72% no primeiro semestre de 2020 e as vulnerabilidades em smartphones aumentaram em 50%.
Em média, 5 mil ataques de ransomware foram bloqueados por dia na América Latina de janeiro a setembro de 2020.
Fonte: Panorama de Ameaças da Kaspersky na América Latina
Além dos riscos relacionados à exposição de dados mancharem a reputação da instituição, também podem resultar em multas e outras sanções da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em vigor no país.
Sendo assim, um caminho para se adequar à regulamentação, é desenhar um plano de proteção à privacidade dos dados de alunos: entender como eles são coletados e armazenados, quem possui acesso a isso e quais as soluções de segurança ideais para guardá-los.
Auxílio aos professores e alunos é fundamental na alta na educação a distância
Considerando o cenário de alta na educação a distância, é importante lembrar que educadores e estudantes precisam de apoio das instituições educacionais para se adaptar a essa nova realidade.
Afinal, são eles quem vão utilizar essas ferramentas diariamente e devem poder aproveitar os benefícios que ela traz.
Conhecimento das ferramentas
Um dos primeiros obstáculos esbarra na familiaridade com ferramentas tecnológicas. De nada adianta ter uma boa conectividade e um ambiente digital em nuvem seguro, se alunos e professores não souberem como acessá-lo.
Como exemplo, um levantamento do Instituto Península, realizado entre abril e maio de 2020, mostra que 83% dos professores brasileiros se sentiam nada ou pouco preparados para o ensino remoto.
Além disso, 88% deles nunca haviam ministrado aula de forma virtual antes.
Equipamentos adequados
Além da capacitação, os professores no ensino a distância também necessitam de suporte estrutural, como uma câmera para gravar as aulas ou mesmo um computador ou tablet.
Inclusive, esse é um dos grandes desafios da modernização da educação, pois exige investimento. Contudo, uma forma de otimizar esse gasto é optar pelo aluguel de dispositivos, ao invés da compra.
Nesse sentido, a Vivo Empresas oferece serviços como o Vivo Tech: equipamentos para locação, como notebook e impressoras, com atualização permanente, suporte dedicado e manutenção ilimitada.
LEIA MAIS: 7 benefícios da evolução digital da educação
Perspectivas para o sistema educacional
No atual cenário de incertezas, ainda é difícil prever o que acontecerá no setor nos próximos anos. Entretanto, alguns caminhos já começam a ficar em evidência, bem como aprendizados que valem ser acolhidos.
Nesse sentido, a McKinsey & Company aproveitou o momento de alta na educação a distância e realizou um webinar em abril de 2020 chamado “Perspectivas para os sistemas de educação”, nos quais destacou algumas resoluções para as instituições escolares:
- Não espere o momento perfeito para iniciar o ensino remoto. É possível colocar o modelo em funcionamento, avaliar a infraestrutura atual e preencher lacunas.
- Planeje. Tenha foco na saúde e no bem-estar dos estudantes e de suas famílias, na experiência do corpo docente e equipe, e nas operações e finanças.
- Seja inclusivo. Prepare o sistema escolar para ministrar aulas para alunos com pouco ou nenhum acesso à internet.
- Treine e monitore o progresso de sua equipe. As organizações também devem dar pesquisas de satisfação aos alunos, professores e pais regularmente para determinar quais abordagens estão funcionando.
Além desses valiosos insights, há ainda expectativas no campo das inovações tecnológicas utilizadas em prol da educação. Entre as tendências que podem ser consideradas guias das instituições de ensino no Brasil estão:
- Uso de Realidade Aumentada e Realidade Virtual
As tecnologias imersivas trazem estímulos visuais para auxiliar no aprendizado e, assim, estão ganhando cada vez mais espaço desde o ensino básico ao superior. Alguns exemplos de utilização são visitas digitais a locais históricos ou acidentes geográficos, ou ainda auxílio a estudantes de medicina durante aulas de anatomia.
- Internet das Coisas (IoT)
Os equipamentos inteligentes já estão presentes em diversas áreas, como a saúde e até mesmo em indústrias, pois geram dados em tempo real que podem ser analisados para melhoria de processos.
Para a educação, ela também pode ser uma poderosa aliada, principalmente considerando que, até 2027, existirão mais de 40 bilhões de dispositivos conectados, de acordo com o Business Insider Intelligence.
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Alta na educação a distância sinaliza momento de investir na digitalização
A combinação de educação e tecnologia já traz bons frutos para a qualidade do ensino, mas ainda há muitas formas de potencializar essa parceria.
Para se preparar para o futuro do setor educacional é preciso estar atento às tendências de mercado, como a própria alta na educação a distância, e também aos alunos.
Só para exemplificar, em um levantamento da consultoria App Annie sobre uso de aplicativo, o Brasil aparece como o terceiro país em que as pessoas mais passam tempo em apps, totalizando 3 horas e 40 minutos.
Nesse sentido, por exemplo, optar por uma plataforma digital que não seja responsiva, ajustando-se perfeitamente a smartphones ou tablets, pode atrapalhar a experiência do aluno.
Em outras palavras, a tecnologia pode ajudar a levar o ensino cada vez mais longe, desde que seja adotada de forma alinhada ao negócio.
Para ajudar nisso, a Vivo Empresas está apoiando a digitalização da educação, com um trabalho consultivo e um portfólio abrangente de soluções digitais em Conectividade, Equipamentos, Cloud, Segurança, Big Data, Ferramentas de Colaboração e Produtividade, Gestão de Tecnologia e IoT.
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