A Internet das Coisas vem modificando o cotidiano dentro e fora de casa, no campo e nas indústrias, em pequenas, médias e grandes companhias. Aliás, a IoT na medicina, especificamente, ganhou grande destaque em 2020.
Essa solução foi um dos recursos fundamentais nos esforços relacionados à pandemia, tanto no controle de infectados quanto nos atendimentos hospitalares ou a distância.
Essa tecnologia por si só já é altamente relevante para o contexto da transformação digital, mas ainda tem muito para crescer.
Um dos grandes diferenciais da internet das coisas é gerar e utilizar dados a fim de transformar (para melhor) a atividade, o equipamento ou os processos monitorados.
Possibilitando desde uma simples conexão até a automatização, essa inovação é uma das principais tendências tecnológicas para a área de saúde nos próximos anos. Isso porque tem o potencial de atuar como uma grande aliada dentro de consultórios, clínicas e hospitais.
Quer saber como tirar proveito desse avanço? Neste artigo, você verá:
- O que é IoT?
- A IoT na medicina
- Telemedicina: um novo modelo de atendimento na pandemia
- Outros usos de IoT na Medicina
- Desafios na segurança de dados dos pacientes
- Como implementar as soluções IoT na Medicina
- Conclusão
O que é IoT?
Prioritariamente, a IoT – sigla que deriva do termo em Inglês ‘Internet of Things’ (ou Internet das Coisas, em Português) tem o conceito de tornar equipamentos e processos mais inteligentes por meio da conexão à internet e da transmissão de dados.
Só para exemplificar, smartphones, smartwatches e smartTVs ganham a adição de “smart” nos nomes justamente devido ao uso de IoT.
Após a transformação digital em massa de 2020, essa inovação foi impulsionada, principalmente, por fornecer meios de continuar as atividades de forma remota.
Inclusive, o uso de IoT na medicina evoluiu para monitorar pacientes com menor necessidade de contato físico.
Também foi importante por ajudar no controle de fluxo de pessoas em estabelecimentos físicos durante e após as medidas de isolamento decorrentes da pandemia. Assim sendo, seus benefícios não passaram despercebidos.
De acordo com o 2020 Gartner IoT Implementation Trends, apesar do impacto econômico da Covid-19 nos negócios, 47% das empresas que participaram do levantamento, dos mais diversos setores, planejam aumentar os investimentos em internet das coisas.
O estudo ainda mostra que 31% dos entrevistados usam a IoT para melhorar a segurança de seus funcionários ou clientes.
Por meio da Internet das Coisas, viabiliza-se, também, o desenvolvimento de soluções específicas e setorizadas, além da implementação de outras tendências como a Inteligência Artificial (AI).
Na realidade, essas tecnologias ficarão cada vez mais próximas. Até 2023, espera-se que um terço das companhias que investiram em IoT tenham também implementem AI em ao menos um projeto.
Número crescente de conexões IoT
Hoje, o volume de dispositivos conectados já chega a 10 bilhões ao redor do mundo.
No entanto, a previsão do estudo The Internet Of Things 2020, publicado pelo Business Insider Intelligence, é que, até 2027, esse volume seja quadruplicado, chegando a 40 bilhões.
Com isso, esse mercado como um todo também deve crescer em média mais de US$ 2,4 trilhões anualmente.
Todavia, o uso de IoT é cada vez mais abrangente e segue sendo uma inovação válida para muitas áreas. Isso porque, a partir dos dados gerados por cada um dos equipamentos conectados, tornam visíveis os pontos de melhoria que podem trazer mais eficiência, agilidade e produtividade à operação.
LEIA MAIS: 47% das organizações aumentarão investimentos em IoT, afirma Gartner
A IoT na medicina
Muitas ferramentas e soluções tecnológicas já são aplicadas na área da saúde há algum tempo. Mas é claro que a pandemia trouxe um novo panorama para a medicina.
Entre os principais exemplos do momento inicial da crise estão robôs utilizados para atendimento em hospitais, drones para monitorar temperaturas e teleconsultas para evitar o contato presencial presencialmente. Todos eles adotaram a Internet das Coisas em alguma etapa do processo.
A saber, no cotidiano dessa área, os dispositivos conectados trazem diversos benefícios. Entre eles, a otimização da rotina dos profissionais de saúde que trabalham em consultórios, clínicas e hospitais, como:
- A facilidade no registro e armazenamento das informações do paciente, normalmente também aliado a serviços em nuvem;
- Histórico médico detalhado e de fácil acesso, que pode contribuir para diagnósticos rápidos e tratamentos assertivos;
- A diminuição de filas;
- A personalização no atendimento através da automatização do sistema;
- A possibilidade da consulta remota com o auxílio de equipamentos inteligentes para monitoramento.
A IoT na medicina também ganhou outros importantes aliados: os dispositivos vestíveis, chamados de wearables.
Há uma enorme variedade e vão desde os mais comuns, que são relógios e pulseiras inteligentes, até equipamentos mais específicos do vestuário, como tênis e camisetas.
Seja qual for o modelo, eles acompanham a saúde do usuário, monitorando frequência cardíaca, níveis de estresse e até o volume de oxigênio no sangue.
Entretanto, é bom lembrar que, por não serem eletrônicos médicos, não substituem um exame presencial, mas podem ajudar a indicar alguma alteração importante na saúde e a necessidade de uma consulta.
Em suma, o potencial do uso da conectividade e da tecnologia na área da saúde vai muito além de um momento de crise e pode revolucionar esse setor.
Telemedicina: um novo modelo de atendimento na pandemia
No Brasil, foi só em abril de 2020 que o Conselho Federal de Medicina (CFM) passou a reconhecer e regulamentar a prática de telemedicina, pressionado pela crise da Covid-19.
Nesse cenário, através de um dispositivo como tablet, smartphone ou computador e acesso a uma conexão estável, médicos e pacientes já podem iniciar ou dar continuidade ao atendimento de forma segura.
Vale ressaltar que o uso de IoT na medicina focado no atendimento remoto evoluiu muito durante a pandemia.
Portanto, por meio de plataformas de telessaúde, já é possível adicionar ao prontuário do paciente dados captados por equipamentos digitais durante a consulta remota e até viabilizar a emissão de laudos a distância.
Acima de tudo, é um recurso bastante válido para quem faz acompanhamento regular, como pessoas com diabetes e problemas de pressão.
Assim sendo, a telemedicina também deve ser uma tendência para os próximos anos. Afinal, quase um terço dos consumidores se interessam em continuar utilizando esse modelo pós-pandemia, segundo relatório da IDC publicado em outubro de 2020.
Da mesma forma, os provedores de saúde devem aumentar em 70% o investimento em tecnologias de saúde conectadas até 2023.
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Outros usos da IoT na medicina
Para ilustrar melhor como a utilização de IoT na medicina pode ser benéfica para profissionais e pacientes, separamos alguns exemplos.
Padrão de qualidade
Os dispositivos conectados podem ajudar a acompanhar a conformidade de processos. A propósito, segundo o relatório do Gartner sobre tendências de implementação do IoT, 23% das companhias já utilizam a internet das coisas para esse fim.
No caso das organizações de saúde, isso engloba monitorar a higiene das mãos dos profissionais, bem como a esterilização dos instrumentais médicos.
De olho na equipe
Dentro de hospitais e clínicas, devido à natureza do próprio trabalho ali exercido, também é essencial se atentar à saúde dos profissionais.
Por meio de wearables, por exemplo, pode-se acompanhar o nível de estresse dos funcionários, a fim de rearranjar a equipe para gerenciar fatores como pressão e sobrecarga.
Gestão de insumos hospitalares
O gerenciamento de insumos, equipamentos e medicamentos é necessário para o bom funcionamento de um hospital. Isso tanto no quesito de qualidade das consultas, que podem ser prejudicadas se algum material estiver em falta, quanto na mitigação do desperdício desses produtos.
Nesse sentido, há soluções de IoT na saúde que podem auxiliar no rastreamento e no controle de estoque, garantindo uma melhor gestão, além de adicionar uma etapa de segurança.
Registros digitais de exames
Outro uso já bastante disseminado são os aparelhos digitais para exames de diagnóstico. Como exemplo, vale mencionar o raio-X, tomografia e o eletrocardiograma.
Com internet das coisas embarcada, esses dispositivos podem gerar e armazenar dados, facilitando o compartilhamento com os profissionais de saúde. Além disso, podem evitar um deslocamento do paciente para a retirada desses resultados.
Marcapasso Cardíaco e Monitor Contínuo de Glicose inteligentes
Nos EUA, já são utilizados alguns dispositivos com IoT que podem ser implantados em pacientes, como é o caso de marcapassos cardíacos e do Monitor Contínuo de Glicose ou CGM.
Dessa forma, esses equipamentos fazem um acompanhamento em tempo real do paciente, registrando padrões e alertando irregularidades.
Assim, conseguem coletar, armazenar e enviar informações vitais sobre o sistema cardiovascular e os níveis de glicose, respectivamente.
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Desafios na segurança de dados dos pacientes
Quando falamos de IoT na medicina, ou seja, usar dispositivos conectados e transmitir dados, é fundamental pensar na segurança de todo esse ecossistema.
A captação e o armazenamento de informações pessoais são regulamentadas via Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Porém, para utilizar a conectividade na área de saúde, a proteção do conteúdo se torna ainda mais delicada, pois qualquer dado dos pacientes é sigiloso, como previsto no Código de Ética Médica.
Portanto, independentemente de ser uma consulta presencial ou remota, assim como dos dispositivos utilizados para monitorar a saúde e armazenar as informações, a cibersegurança deve ser mantida como prioridade.
Assim, cuidados com a conexão e com a segurança dos dispositivos são fundamentais. O ideal é que dados como esses sejam protegidos por soluções de segurança específicas.
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Como implementar as soluções IoT na medicina
Em primeiro lugar, antes de implementar qualquer projeto de transformação digital é preciso entender as necessidades do seu próprio negócio, como modernizar a estrutura de atendimento ou ter visibilidade para melhorar a gestão.
Adicionalmente, temos a conectividade. A IoT, como o nome já diz, necessita de conexão à internet para a transferência de dados e o monitoramento em tempo real.
E, por último, vem a construção desse sistema a partir da implementação de dispositivos inteligentes.
Para isso, a Vivo Empresas oferece de uma série de soluções para IoT na medicina, que podem ser adaptadas à realidade e ao orçamento de consultórios, clínicas e hospitais.
Conheça algumas:
- Vivo Kite Platform: uma plataforma para gestão de SIM Cards (M2M). A solução possui recursos de gestão de conectividade em tempo real, além de acrescentar mecanismos de proteção e privacidade, permitindo apenas comunicações criptografadas para serviços e equipamentos autorizados;
- Wi-Fi Social: facilita a comunicação direta com o público ao acessar o Wi-Fi na clínica ou hospital. Por ela, é possível captar dados sobre quem acessou, mapear o espaço para ajustes de fluxo de pessoas, além de garantir mais segurança de conectividade aos pacientes;
- Vivo Marketing Dinâmico: também foca na comunicação, porém por meio de telas, monitores ou totens interativos. De modo geral, é um recurso que permite melhorar a experiência do paciente enquanto aguarda no consultório físico para ser atendido;
- Vivo Frota Inteligente: viabiliza a gestão digital de veículos e condutores, fornecendo mais segurança para o transporte de medicamentos, insumos e até pacientes.
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Conclusão
Em suma, o uso de IoT na medicina é abrangente, ajudando na gestão do hospital e até mesmo na redução do tempo de espera do paciente pelo atendimento.
Com a alta adesão em relação aos dispositivos conectados, a internet das coisas poderá extrapolar barreiras e tornar todo o sistema de saúde mais ágil e efetivo.
Certamente, o futuro da IoT na saúde ainda têm grandes descobertas por vir. Ainda assim, é preciso que as instituições do setor também se preparem para a adoção dessas inovações.
Contudo, não precisam fazer isso sozinhas.
Para acelerar a digitalização da saúde no Brasil, a Vivo Empresas dispõe de portfólio completo e atendimento especializado para Saúde. São recursos sob medida para conectividade, estrutura, relacionamento com pacientes, segurança, controle de custos e assistência em todo o Brasil para consultórios, clínicas ou hospitais.
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Até a próxima!