Tecnologias como inteligência artificial, machine learning e Big Data, aliadas à conectividade, mudaram a forma como o ser humano ensina e retém informação. Nesse sentido, aprendizagem digital é um conceito que deve ficar no radar de instituições do setor de educação, empresas e pedagogos.
O termo consiste em um método de ensinamento que aposta no uso de soluções tecnológicas para, assim, alcançar objetivos ligados à educação.
Investir na utilização da aprendizagem digital é um passo essencial para aumentar a interação entre instituição e estudantes e, ainda, o engajamento por parte dos alunos. Sendo assim, neste artigo, você verá:
- O que é aprendizagem digital?;
- Por que é importante?;
- Pilares;
- Principais tendências sobre o tema;
- O que centros de ensino devem ter;
- Como aplicar.
O que é aprendizagem digital?
De forma geral, a aprendizagem digital consiste em um método de ensino baseado no uso de ferramentas tecnológicas para atingimento de objetivos predefinidos. Abrange práticas como aulas online, uso de recursos multimídia (fotos, vídeos, textos) e tecnologias imersivas.
O ritmo da transformação digital no setor educacional acelerou de forma considerável nos últimos dois anos. A digitalização passou a ser indispensável para a rotina de instituições, tanto de ensino fundamental quanto de faculdades, universidades e, ainda, empresas de treinamento corporativo.
Além disso, as necessidades de estudantes e colaboradores também mudaram após a pandemia de covid-19. Isso proporcionou que atores do setor educacional revisitassem as relações entre quem ensina e quem aprende.
A adaptação à educação a distância, assim como a utilização de dispositivos como computadores, smartphones e tablets revelou-se inegociável. Tanto professores quanto estudantes também passaram a adotar tecnologias como Cloud no seu dia a dia, mesmo com a retomada das aulas presenciais.
Por que a aprendizagem digital é importante?
Segundo a pesquisa TIC Educação 2021, publicada em julho de 2022 pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 98% dos professores entrevistados atuavam em escolas que ofertaram atividades na modalidade remota. Nesse cenário, discutir o aprendizado digital é essencial.
O estudo revelou que 97% dos professores afirmaram ter utilizado a internet na realização de atividades educacionais. Além disso, em relação à solicitação para que alunos utilizassem tecnologias virtuais em atividades educacionais nos últimos 12 meses, 54% dos professores pediram para estudantes produzirem fotos, desenhos, pinturas ou ilustrações virtuais.
Já 62% dos profissionais solicitaram a gravação e produção de vídeos, músicas ou animações. Ou seja, em um contexto que, mesmo com o retorno das atividades presenciais, a interação a distância permanece, investir em conectividade e em aparelhos que permitam o aprendizado digital é imprescindível.
Pilares da aprendizagem digital
De acordo com a pesquisa Observatório da Educação Superior: o que atraem mais os estudantes, realizada no primeiro semestre de 2022 pela empresa de pesquisas educacionais Educa Insights, em parceria com a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), o número de matrículas na educação superior cresceu 35% em comparação ao mesmo período em 2021.
Esse levantamento mostra que os cursos semipresenciais/híbridos apresentaram maior crescimento: 43% em relação ao último ano, com 1,8 mil novos alunos ingressando nas instituições. Em 2021, o número foi de 1,2 mil.
O dado reforça que esse modelo intermediário veio para ficar. De forma geral, o ensino e o aprendizado digital têm muito em comum com o presencial. É importante, por exemplo, que as aulas sejam organizadas, tenham objetivos claros, feedbacks regulares e ofereçam oportunidades para os estudantes se conectarem.
No entanto, por mais que a tecnologia possa tornar a educação acessível, estudantes que aprendem a distância podem perder alguns dos benefícios do ensino presencial, como o contato com a comunidade. Nesse sentido, é importante que o aprendizado digital siga alguns pilares importantes:
- Implementação de turmas bem estruturadas e comunicação clara;
- Objetivos de ensino específicos e alinhados;
- Feedbacks regulares;
- Tecnologia de apoio;
- Ferramentas que permitam a conexão entre estudantes e comunidade.
Tendências da aprendizagem digital
A demanda por educação inteligente e soluções de aprendizagem está crescendo tanto no setor acadêmico quanto corporativo, com benefícios como otimização da qualidade de ensino e facilitação do acesso a conteúdos educacionais.
O aumento do número de pessoas que adotaram dispositivos eletrônicos, como smartphones, e-readers, notebooks e apps de e-learning, mudou a metodologia convencional de educação e tornou o aprendizado individual mais eficiente.
Entre as tendências que não podem ficar fora do radar sobre o tema estão mobile-first learning, uso de tecnologias imersivas e preocupação crescente com a segurança da informação.
Mobile-first learning
De acordo com dados de outubro de 2022 do Statista, em 2021, o número de dispositivos móveis operando no mundo inteiro era de quase 15 bilhões. No ano anterior, eram pouco mais de 14 bilhões. Espera-se que a quantidade de aparelhos alcance 18,22 bilhões até 2025, o que representa aumento de 4,2 bilhões em relação a 2020.
Nesse contexto, é esperada uma dependência maior dos dispositivos, inclusive para atividades educacionais. No entanto, a expansão da tecnologia 5G deve estimular ainda mais a tendência de mobile-first learning. Nesse cenário, é esperado que instituições de ensino invistam no uso de plataformas mobile-friendly para seus alunos e adotem apps para aprendizado e pesquisa.
Realidade virtual
O valor do setor de tecnologia educacional (EdTech) deve chegar a US$ 680 bilhões até 2027, segundo dados do relatório Smart Education and Learning Market Size, do Research and Marketers, de abril de 2020.
Muito do crescimento desse mercado acontece por causa da adoção de tecnologias móveis, serviços de Cloud e realidade virtual (VR), que permite que instituições de ensino e empresas criem novas possibilidades para um aprendizado imersivo e acessível.
Nesse sentido, uma aposta para centros de educação é usar inteligência artificial aliada a tecnologias imersivas, como VR, realidade aumentada (AR) e realidade estendida (XR). As ferramentas têm aplicação em contextos educacionais diversos, desde o ensino fundamental até o superior, incluindo aplicações corporativas.
A pesquisa Immersive Learning for The Future of Workforce, da consultoria Accenture, revela alguns benefícios de apostar no aprendizado imersivo. Entre eles, a possibilidade de simular situações reais, redução da distância física, menos custos operacionais, aprendizagem por erro, mais engajamento e dados mais qualificados.
Aprendizado personalizado
Com Big Data, a utilização de dados para personalizar a aprendizagem digital é uma tendência importante. A perspectiva é que centros de ensino apostem cada vez mais na coleta e análise de informações para, assim, conseguirem engajar estudantes ao oferecer conteúdos educacionais customizados às suas necessidades.
Ou seja, a ideia é que as soluções tecnológicas disponibilizem a oportunidade de conhecer características individuais de cada aluno para, assim, adaptar o que é ensinado e a forma como esse ensino se dá para perfis específicos.
A automatização de certas tarefas com o apoio de inteligência artificial é outro ponto de atenção. Atividades repetitivas, como avaliação de exames múltipla escolha, por exemplo, podem ser automatizadas com o apoio da tecnologia.
Dessa forma, professores ficam livres para realizarem tarefas mais estratégicas, como a elaboração do plano de aula de acordo com o perfil dos estudantes de suas classes. A experiência dos alunos também pode ser aprimorada com o uso de soluções como chatbots e tutores virtuais.
Preocupação com a segurança
Sem dúvidas, o aprendizado digital é cada vez mais personalizado. No entanto, essa possibilidade de customização leva a outra tendência importante: uma preocupação cada vez maior com a cibersegurança. Isso porque há algumas lacunas relativas às políticas de privacidade e proteção das informações.
Embora os dados sejam necessários para que o aprendizado digital possa ser personalizado, é preciso ter atenção especial à forma como essas informações são usadas. Isso principalmente no caso de crianças, que são ainda mais vulneráveis do que os adultos.
Portanto, menores de idade devem ter seus dados tratados com ainda mais cuidado, para garantir sua privacidade e proteção. Para isso, conta com soluções de segurança gerenciada, por exemplo, podem fazer toda a diferença. Além disso, é essencial garantir a transparência em relação à coleta e ao uso de dados.
O que centros de ensino devem ter
Para que tanto estudantes quanto instituições possam aproveitar ao máximo o potencial do aprendizado digital, é essencial que os centros de ensino ofereçam todos os recursos necessários para que o estudo a distância e híbrido proporcione a mesma qualidade que o presencial.
Nesse sentido, é indispensável contar com ferramentas de colaboração para tornar o ambiente mais produtivo, integrado e criativo. Esse é um passo necessário para poder realizar, por exemplo, reuniões online e videoconferências.
Outro ponto de atenção é garantir que os estudantes tenham acesso a recursos como chat e e-mail personalizado. Com um domínio próprio, a instituição pode criar estes endereços eletrônicos para seus alunos com o apoio da Vivo Empresas.
Oferecer ferramentas como o Google Workspace também é importante. Dessa forma, garante-se que os educandos colaborem entre si, além de centralizar todo o trabalho em um só local seguro e de fácil acesso.
De forma geral, instituições de educação não podem fugir do inevitável processo de digitalização. Em um contexto em que cada vez mais estudantes optam pelo ensino remoto ou híbrido, é essencial que esses centros busquem maneiras de compartilhar materiais e dados por Cloud.
Para digitalizar o ensino, é preciso contar com os equipamentos necessários para que o acesso e compartilhamento de informações seja feito da maneira mais ágil possível. Nesse sentido, analisar os custos e ponderar se vale a pena investir em máquinas mais modernas ou partir para soluções como o aluguel de equipamentos.
Além disso, é essencial que essas instituições usem a tecnologia a seu favor para estabelecer um relacionamento próximo com os responsáveis pelos estudantes, permitindo que eles acompanhem de perto o desempenho das crianças ou adolescentes.
Como aplicar a aprendizagem digital
Instituições de ensino podem aplicar a aprendizagem digital das mais diversas formas, como ao oferecer aulas online, investir em atendimento virtual ou apostar em experiências de estudo mais completas, com o uso de tecnologias imersivas.
Nesse sentido, é essencial investir em soluções tecnológicas que permitam que a interação entre os estudantes e a instituição seja realizada com qualidade, mesmo a distância. Além disso, para manter o engajamento, é preciso apostar em estratégias alinhadas com as práticas do mercado, que mudam cada vez mais rápido.
Entre os benefícios de desenvolver métodos de aprendizagem digital estão:
- Manter a motivação dos alunos em alta;
- Personalizar conteúdos e canais de acordo com o perfil dos estudantes;
- Possibilitar o mapeamento de novas oportunidades, considerando os dados coletados com a ajuda de tecnologias como Big Data.
Para garantir que a instituição de ensino esteja alinhada com as principais tendências da educação digital, conte com as soluções da Vivo Empresas. Com produtos sob medida para cada necessidade, há opções adequadas para modernizar e otimizar os negócios, preparando-se para o futuro.
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Até a próxima!