Varejo 4.0: a nova era do comércio impulsionada por novas tecnologias

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Como fruto dos constantes avanços tecnológicos, vários segmentos da economia passam por renovações e atualizações. Com isso, atividades e setores inteiros evoluem, ganhando “novas versões de si mesmos”. Do mesmo modo, esse processo também ocorre no comércio, com o surgimento do Varejo 4.0.

O nome, inclusive, já se tornou buzzword, ou seja, uma frase repetida quase sem pensar por milhões mundo afora. 

Mas não é só por isso que o termo deixa de ser justo e válido, uma vez que a quarta revolução do setor é pautada pelo amplo uso de soluções inteligentes e conectadas. 

Mais do que reforçar as tendências do e-commerce e do marketing digital, o conceito de Varejo 4.0 envolve, inclusive, a digitalização dos estabelecimentos físicos. 

Para entender melhor este novo cenário e o que ele significa na prática, siga na leitura deste artigo e compreenda: 

  • Como um mundo mais digital permite o varejo 4.0
  • O avanço do e-commerce e tecnologias relacionadas
  • A importância das relações entre consumidores e lojistas
  • O que é o comércio omnichannel e por que o varejo caminha na sua direção

Digitalização: o principal passo para o surgimento do Varejo 4.0

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O avanço da digitalização continua servindo como maior impulsionador do varejo 4.0

Em 2021, já não é mais novidade que o avanço da tecnologia da informação é um grande contribuinte para a nova era do comércio. Mesmo para o empreendedorismo como um todo, a ideia de que a inovação permite reduzir custos e aumentar receitas é praticamente unanimidade.  

Em efeito, o Varejo 4.0 trata-se de um modelo de negócio completamente novo, tendo em vista que representa a implementação de diversas novas táticas e tecnologias necessárias para sua correta aplicação.

Ou seja, não basta apenas adicionar vendas online ou quiosques interativos – é preciso trabalhar por completo as metodologias. Mas sempre com duas ideias em foco: a experiência do cliente e o uso inteligente de dados.

Afinal, esta nova etapa do varejo é caracterizada justamente pela coleta e uso de dados para proporcionar experiências mais completas, com base em informações sobre os hábitos e interesses dos seus consumidores.

E, é claro, os próprios consumidores também querem ver benefícios mais tangíveis destas tecnologias. Os clientes esperam ter, com o varejo 4.0, a oportunidade de pré-visualizar como itens ainda a serem feitos, a exemplo de móveis, se parecerão em suas casas.


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Da mesma forma, também está nas expectativas do cliente ter sugestões de produtos mais acertadas e condizentes com as suas rotinas, ou mesmo entregas mais rápidas e pontuais.

Esta ideia, inclusive, é corroborada por Alex Drinker, da Salesforce, que sugere que uma grande tendência para o mercado em 2021 e para o futuro é o avanço das opções de personalização de produtos e serviços, tanto para lojas físicas quanto digitais.

Com tamanho volume de dados em uso e atividades a serem coordenadas, fica clara a necessidade da digitalização. Trata-se de um mundo movido por Big Data e por soluções de Internet das Coisas (IoT), algo impossível sem a conectividade existente hoje em dia.

O avanço de tecnologias para e-commerce continua impulsionando o setor

É evidente que esta fatia do varejo brasileiro se torna cada vez mais importante, conforme pode ser verificado ao acompanhar o seu crescimento em números. Utilizando os dados da MCC-ENET, vale ressaltar o aumento de quase 74% em vendas online em 2020, mas, em todos os anos, o setor vem crescendo.

E tudo demonstra que o avanço do setor continuará em 2021, como apontado pelos dados mais recentes, de maio deste ano, que indicam um aumento acumulado de 14% no decorrer de 2021 até agora.

Seria um tanto negligente ignorar o fato de que, sim, grande parte do aumento no último ano e meio foi decorrente da mudança nos hábitos de consumo pela Covid-19. Mas fica claro, especialmente ao conferir como os avanços já ocorrem há mais anos, que o crescimento do e-commerce também é fruto de novas tecnologias.

Tecnologias como, por exemplo, o avanço dos algoritmos e inteligências artificiais para controle de inventário, bem como novas formas de entrega das mercadorias. Aspectos que, inclusive, devem receber grandes avanços em 2021, de acordo com as tendências apontadas pela Forbes.

Avanços na logística de entregas estão por vir

Um dos avanços prometidos já é bem conhecido pela frequência em que aparece na mídia: a robotização das entregas, uma das grandes promessas do varejo 4.0. Começando pelos testes com drones prometidos para o futuro próximo pela Amazon, como indica o Tecmundo, é de se esperar que estas entregas personalizadas se tornem cada vez mais comuns.

Isto traz benefícios para o cliente, que recebe a mercadoria com mais rapidez e em horário agendado; e também para o próprio empreendimento, que passa a controlar o processo do início ao fim, deixando de depender dos serviços postais e de transportes, com prazos variáveis de retorno.

A empresa, então, passa a saber onde estão seus produtos a qualquer momento, e, no caso de extravio, descobre rapidamente o que houve. Tudo isso sem falar da possibilidade futura de manter uma frota de drones, também agilizando o fluxo de informações.

Adicionalmente, a Forbes sugere que um aumento nas tele-entregas de compras do mercado esteja por vir, além do aumento de e-commerce voltado para regiões específicas, focando no local onde a loja se encontra. 

Estas mudanças de comportamento, então, também causam efeitos na logística e aceleram o recebimento de produtos. O que, por sua vez, acelera a adoção do e-commerce por parte do público.


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As relações entre consumidores e lojistas devem ser ainda mais fortes no varejo 4.0

Mas só porque grande parte dos avanços se encontra na automação e robotização, não quer dizer que as relações humanas perdem importância – muito pelo contrário. A Forbes, em outro artigo indicando previsões das tendências para o varejo em  2021, sugere algumas ideias interdependentes na confiança entre ambas as partes, a começar pela customização em massa de produtos.

Esta customização surge como um avanço de soluções de Big Data, utilizando informações captadas por apps. Dentro deste contexto, é preciso que os clientes confiem no app e na empresa por trás dele – caso contrário, podem negar a coleta de dados.

Também é necessário que a empresa seja 100% transparente quanto aos dados coletados, especialmente sob o contexto da LGPD e GDPR.

Afinal, caso não o faça e o cliente descubra posteriormente que teve registros pessoais monitorados, a controvérsia pode causar graves problemas. Especialmente quando falamos de dados muito pessoais ao abordar os hábitos de compras.

Ou seja, a ideia é que todo o processo de compra e aquisição tenha a sensação de ser altamente pessoal, proporcionando uma experiência única. Algo que não é muito difícil em lojas locais, mas que requer um alto poder de processamento de dados para maiores lojas e negócios online.

Outra tendência interessante levantada pela Forbes no mesmo artigo é o crescimento da inteligência artificial, em particular em âmbitos nos quais ela interage diretamente com usuários. Neste caso, torna- se ainda mais importante que a confiança seja uma via de mão dupla.

Por um lado, os consumidores precisam confiar na marca para quebrar a barreira natural que existe na interação com robôs e programas artificiais. Por outro, a empresa precisa confiar nos seus clientes para instalar quiosques interativos e totens sem medo de serem vandalizados.

Omnichannel: A grande aposta do varejo 4.0

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O mundo omnichannel representa o maior avanço trazido pelo varejo 4.0

Conforme tanto o comércio físico quanto o e-commerce crescem, a conclusão lógica é simples: a união dos dois esforços. E este é o principal pilar que suporta e direciona os avanços omnichannel.

Este nome vem do inglês e pode ser traduzido como “onicanal” ou “multi-canais”. De certa forma, o mundo omnichannel representa o avanço final do varejo, conforme também sugere a Forbes. 

Para garantir uma verdadeira experiência multicanal, as mais diversas tecnologias devem ser implementadas: de IoT e Big Data à robotização e realidade aumentada, tudo isto com apoio da conectividade.

O objetivo é unir o que há de melhor no online e no mundo presencial. Para as lojas físicas, isto significa mais soluções em conveniência e personalização de pedidos sob demanda. 

Já para lojas virtuais, o grande benefício é a criação de um ambiente tão interativo quanto o de lojas físicas. E, no caso de empresas que já possuem pontos de vendas presenciais e digitais simultaneamente, o mundo omnichannel representa uma combinação e integração dos dois mundos.

A implementação desta estratégia pode tomar diversas formas, de acordo com a natureza do negócio. Alguns exemplos concretos, inclusive, já existem mundo afora. É o caso, por exemplo, da Amazon, com lojas sem atendentes de caixa, como indica o TechCrunch

Algo semelhante também ocorre nos supermercados Hema, do Alibaba, como mostra a UnfoldAnswers.

Estas são lojas que trazem a agilidade e facilidade das lojas virtuais para o mundo físico, eliminando burocracias desnecessárias e automatizando o processo de compra e venda. Outra possibilidade também existe na integração entre um e-commerce e uma loja física, porém.

Mas esta integração deve ir além apenas da opção de realizar o pedido online e retirar no balcão. Este é o começo, mas uma verdadeira estratégia omnichannel requer mais interatividade pelo site e maior integração entre o que ocorre na loja virtual e no presencial. 

Em essência, o ideal é que o cliente nunca sinta como se estivesse lidando com duas lojas diferentes.


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Em conclusão

É difícil prever a velocidade em que as soluções mostradas acima se tornarão parte do dia a dia brasileiro, mas isso não elimina o fato de que o varejo 4.0 já está presente no exterior e sua chegada por aqui é iminente.

Empreendedores, portanto, precisam se preparar e se adaptar à nova realidade do setor. Mudanças como as estratégias omnichannel, por exemplo, exigem importantes investimentos em tecnologia. 

Da mesma forma, uma constante presença digital e uso inteligente de soluções de Big Data são o mínimo necessário para se pensar numa revolução no comércio. E, é claro, tal movimento deve ser acompanhado de soluções confiáveis em conectividade.

Entretanto, não basta que só o negócio esteja atento às tendências tecnológicas. Tão ou mais importante que isso é contar com um parceiro experiente nesse segmento e com a capacidade de trazer, para a sua empresa, o que há de mais moderno no mercado. 

Não é por menos, portanto, que a Vivo Empresas trabalha constantemente na atualização e ampliação de seu portfólio de produtos, com ferramentas completas em Cloud, IoT, Aluguel de Equipamentos, Big Data e TI, para citar alguns. 

Trata-se de um vasto leque de recursos tecnológicos dedicados a organizações de todos os portes, incluindo soluções para o varejo.

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Até a próxima!

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