Os consumidores estão constantemente conectados, preenchem formulários na internet, clicam em anúncios, respondem a pesquisas e permitem acessos às suas informações pessoais. Enfim, deixam muitos rastros na internet, o que gera um volume gigantesco de informações.
A tendência é que esse número aumente ainda mais. O relatório “Data Age 2025”, da IDC (International Data Corporation), empresa de consultoria de inteligência de mercado, aponta que o volume global de dados passará de 33 para 175 zettabytes em cinco anos. Portanto, nunca se coletou e armazenou tanta informação em tão pouco tempo.
Porém, esses dados só têm real valor quando analisados, vistos com critério e direcionados. São os chamados dados acionáveis, aqueles que geram ações. Mas como fazer essa leitura a fim de tirar o melhor proveito?
Neste artigo, você verá:
- A importância da tecnologia
- Análise é fundamental
- Personalização é o caminho
- Os dados mais preciosos
- O que deve mudar
A importância da tecnologia
A tecnologia tem papel importante e pode ajudar nesse sentido, sobretudo com Analytics e Big Data. Essas ferramentas viraram grandes apoiadoras das empresas, que passaram a visualizar as informações de forma mais simples e rápida, podendo agilizar também a tomada de decisões.
Além disso, geram relatórios, estatísticas, gráficos e outros recursos muito eficientes para os gestores. Com a análise dos dados fica mais fácil perceber oportunidades, criar estratégias e sair na frente no setor do varejo. Os dados ainda ajudam a transformar e melhorar toda a jornada de experiência de compra.
Dessa forma, a previsão da IDC é que no ano de 2022, 90% das organizações já estejam focadas em análise de dados, incorporando-a em seus planos corporativos. Cada vez mais entende-se que o segredo para ganhar clientes e fidelizá-los é ter insights que virem ações baseadas em dados.
Análise é fundamental
Não basta ter a posse dos dados, é preciso saber trabalhá-los, usá-los a favor, ter ideias para o varejo e para a tomada de decisões.
Para exemplificar: não basta saber quantos internautas frequentaram determinada página, ou quantas vezes o mesmo entrou no site, é preciso perceber como cada um chegou até ali, conhecer seu histórico de compras, interesses, enfim, traçar perfis para conseguir oferecer melhores experiências a cada um.
E para ajudar nessa tarefa que parece impossível, tendo em vista o alto tráfego de dados, a tecnologia favorece. Há diversos softwares que coletam dados, permitem traçar perfis e oferecem visões específicas que ajudam nas tomadas de decisões estratégicas. São plataformas que juntam e relacionam informações em um único dashboard.
Mas, nesse sentido, é preciso uma integração entre a inteligência artificial e a humana, sabendo trabalhar os dados e transformá-los em oportunidades e ideias para o varejo. Mais do que ferramentas analíticas, é preciso ter especialistas que saibam tirar o melhor delas, que interpretem os dados e identifiquem as melhores oportunidades.
Nesse sentido, a Vivo Empresas tem a ferramenta Luca Store. Focada em Big Data, ela permite ter insights avançados para a tomada de decisões. Entre as funcionalidades está o mapeamento de informações, que contribui com a escolha do local para abrir um ponto de venda ou até mesmo estratégias para expansão de lojas.
Por meio dessa plataforma, é possível mapear uma área e o comportamento dos moradores e frequentadores da região. Com esses dados em mãos, o entendimento sobre ser ou não um ponto adequado ao negócio fica mais embasado e a decisão é tomada com segurança.
Vale lembrar, no entanto, que todos os dados pessoais extraídos são eliminados, substituídos por um identificador e agregados em clusters, o que impossibilita a identificação individual, seguindo normas de segurança.
Personalização é o caminho
Durante o Gartner IT Symposium/Xpo 20, o Gartner Group apresentou dados que indicam que 87% das empresas entrevistadas buscam oferecer personalização, portanto, dados individuais sobre os clientes para fazer ações mais direcionadas e efetivas. Bons exemplos são as indicações de compras e promoções de produtos que o consumidor está acostumado a adquirir ou que tenham a ver com suas necessidades e gosto pessoal.
E essas ações podem ser colocadas em prática com envio de mensagens via celular, e-mail marketing, promoções direcionadas, campanhas e no próprio e-commerce. Por isso, muitas empresas utilizam frases como “clientes que viram este produto também compraram este” ou “achamos que gostaria de conhecer este produto”. São medidas que aproximam o usuário e mostram que seu negócio sabe o que ele procura.
Com base em informações, fica mais fácil oferecer produtos direcionados aos interesses de cada um, se aproximar do consumidor, de modo a mostrar interesse em ajudá-lo em toda a jornada. Essa é uma maneira que se transforma dados em boas ideias para o varejo.
Os dados mais preciosos
Mais do que dados básicos, como nome, e-mail, nascimento e profissão, o ideal é angariar mais informações sobre os clientes e os potenciais clientes. Certamente valem muito os dados que atestem seus hobbies, preferências, hábitos de compra, locais que frequenta, por consequência, tudo que aponte o modo de vida e indique as preferências do consumidor e seus padrões.
E todas essas informações só podem ser conquistadas seguindo algumas regras. Tudo está regulamentado pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A legislação garante controle dos cidadãos sobre suas informações pessoais, exigindo consentimento para coleta e transparência na forma como as empresas utilizam esses dados.
Mudanças em vista
A análise dos dados está mudando. Como o volume de dados coletados é enorme, é preciso focar para capturar os que realmente podem ser transformados em ações. Se antes a análise era baseada na experiência do passado (o que aconteceu e os motivos que levaram até ali), agora ela está mais voltada ao futuro, às previsões e às ações que levarão aos resultados.
Isso porque tudo muda muito rapidamente e é preciso correr atrás dessas transformações. Em síntese, os relatórios que mostram o que aconteceu continuam a apontar caminhos, mas o mais importante é pensar no que é provável que aconteça e em como se antecipar.
Para tanto, o ideal é trabalhar em tempo real, uma vez que isso direciona as estratégias e reduz riscos. Dados antigos devem ser descartados ou usados simplesmente como fonte para comparações e pesquisas.
Por fim, esperamos que esse artigo tenha dado a real dimensão da importância do uso de dados, e do potencial do Big Data para ter boas ideias para o varejo e alavancar a empresa.
Se quiser ler um pouco mais sobre a experiência do consumidor e sobre como melhorá-la na sua empresa, certamente encontrará muito mais informações em nosso blog.
Além disso, aproveitamos para sugerir uma matéria que responde se vale a pena ou não usar cookies no seu negócio e de como usar dados no varejo e adotar as estratégias certas para crescer.
Até a próxima!