Você já se perguntou quantos perfis em redes sociais já criou?
Tente se lembrar de todas as redes, desde o finado e saudoso Orkut até as mais famosas, como o Facebook e o Instagram. Certamente você já fez cadastro em mais de uma rede social, já conversou com amigos e até realizou compras e soube de coisas pelos perfis, não é mesmo?
Pois vivemos na era da conexão. As redes desempenham um papel fundamental na forma que vivemos. Dá para fazer (quase) tudo lá: ler notícias, conversar com pessoas, trabalhar, fazer compras…
É dentro desse contexto de pura conexão que o papel do professor está sofrendo profundas mudanças nos últimos anos.
Apesar do uso do celular e da internet em sala de aula ainda ser tema de amplos debates, é possível usar as redes sociais e outros recursos online de modo a possibilitar uma aprendizagem melhor e mais eficiente e criar uma cultura digital que impacta de forma positiva a escola.
Fica nesse texto com a gente, que vamos falar um pouco mais sobre o papel do professor ao longo dos tempos e como ele mudou nessa era de muitas notificações e conexão.
A evolução do papel do professor
Falar no papel do professor é falar obrigatoriamente sobre aprendizagem e suas mais diversas teorias.
Há muitos anos que estudamos a forma como aprendemos uma determinada coisa. Das coisas mais básicas, como andar, até o conteúdo de sala de aula, ou uma nova língua: o ato de aprender é complexo e fascinante, e o papel do professor foi mudando ao longo dos anos.
Um dos primeiros a estudar o jeito que aprendemos foi o psicólogo B. F. Skinner. Para ele, a aprendizagem acontecia toda vez que existia um aprendiz e um professor. O professor sempre passava o conteúdo a ser aprendido e o aluno se motivava a aprender esse conteúdo por meio de recompensas e punições.
Esse tipo de aprendizagem é chamado de “behaviorismo” e foca muito nos comportamentos dos alunos ao aprender algo, e menos nos processos mentais que acontecem quando entendemos algo novo.
Por ser considerado de simples adesão, o modelo behaviorista foi amplamente difundido a partir do século XIX e se tornou padrão em escolas de todo mundo. Logo, o papel do professor era o de mestre: ele tinha todo o conhecimento e oferecia esse conhecimento aos alunos, que recebiam recompensas como notas, elogios em casos positivos e punições em casos negativos.
Sabe a nota azul e a nota vermelha que você recebia na prova? Pois bem, esse é um exemplo claríssimo do estímulo behaviorista.
Alguns anos depois, um outro psicólogo, chamado Jean Piaget, começou a estudar novamente o assunto. Ele discordava de que o aluno tinha apenas que receber o conteúdo. Piaget queria que o aluno questionasse o que era passado.
Foi quando propôs a teoria construtivista, que fala que quem aprende tem um papel ativo na construção de seu próprio conhecimento. Nessa teoria, os indivíduos não apenas absorvem informações, mas também constroem significados a partir de suas experiências. Piaget falava que a aprendizagem é colaborativa e engaja tanto professores como estudantes.
É assim que crianças aprendiam a andar, por exemplo: observando e construindo significados vendo outras pessoas andarem.
A mudança de Skinner para Piaget trouxe várias mudanças no papel do professor. Ele não era mais o mestre que tudo sabia, mas sim um intermediador do conhecimento. Mais que um transmissor, o professor criava o ambiente para que o aluno aprendesse.
Construindo conhecimento nas redes sociais
O modelo de Piaget é considerado um dos mais avançados em termos educacionais e o que mais casa com esse mundo tão rápido e dinâmico das redes sociais. Isso porque na era da conexão, o aluno recebe informação de todo canto: de sua rede social favorita, de um portal de notícias, de uma biblioteca online…
As redes sociais também difundiram a comunicação. Perfis em redes sociais podem mostrar conteúdos acadêmicos de uma forma muito divertida e conectada com o mundo de cada pessoa. Não apenas perfis, mas pessoas: os influenciadores.
De acordo com uma pesquisa divulgada pela Nielsen, o Brasil é campeão mundial em número de influenciadores, especialmente no Instagram. São 10,5 milhões de perfis considerados influenciadores digitais nessa plataforma, com pelo menos 1 mil seguidores cada um.
Vários desses influenciadores estão no segmento educacional e falam de temas relacionados às matérias escolares, questões de vestibular e até concurso. Seriam eles os novos professores digitais?
Tudo isso para mostrar que construir conhecimento nas redes sociais exige muito mais do que o bom e velho professor que dava a lição de casa. O segredo está em usar o mundo conectado a favor da educação e construir um ambiente de aprendizagem que deixaria Piaget orgulhoso: dinâmico, ativo e participativo.
Vamos lá?
Como usar as redes a favor do professor
Abaixo, selecionamos algumas ideias para professores usarem as redes sociais a favor da profissão.
São iniciativas que podem ser colocadas em prática de forma rápida e têm como intuito oferecer um ambiente de dinamismo e colaboração aos alunos, além de serem “blended learning”, conceito que fala da fusão do online com o físico na aprendizagem.
Grupos de estudo online
Professores podem criar comunidades de aprendizagem online, nas quais estimulam a colaboração entre alunos de maneiras inovadoras, como projetos colaborativos, atividades de pesquisa, apresentações multimídia e discussões temáticas. Grupos de Facebook ou comunidades no Instagram podem ajudar nesse quesito, bem como os famosos grupos de WhatsApp.
Material de aula diferente
Outra ideia é compartilhar conteúdos educativos de forma rápida e eficaz com pequenos vídeos, infográficos e postagens relevantes, com informações sobre o tema a ser abordado em aula. Essa abordagem dá mais dinamismo para a aula e cativa a atenção dos estudantes (um desafio de sempre de professores).
Educação personalizada
Outra vantagem do advento das redes sociais no ambiente educacional é a aprendizagem personalizada. Professores podem criar conteúdo educacional adaptado às necessidades individuais dos alunos, usando as redes sociais como mediadoras de atividades de reforço, atividades extraclasse e outros recursos educacionais.
Trabalhos de turma diferentes
A diversidade de formatos das redes sociais pode ser usada para ampliar a criatividade na hora de entregar trabalhos. Formatos de vídeos curtos, populares no TikTok e no Instagram, podem ser usados no lugar do trabalho escrito. O aluno pode postar o conteúdo, ou enviá-lo para o perfil da turma. Outros formatos, como o carrossel, também podem ser usados para construir a narrativa.
Troca de experiência com outros professores
As redes sociais são um espaço para professores compartilharem suas próprias práticas pedagógicas, criarem conteúdo educacional original e receberem feedback instantâneo da comunidade educacional global.
Para implementar essas ideias, é preciso ter acesso às melhores ferramentas tecnológicas disponíveis. E você, sua escola ou sua universidade, podem contar com a Vivo Empresas para isso.
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Até a próxima!