Lições da pandemia: o que as empresas aprenderam sobre segurança

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Se, por um lado, a saúde das pessoas vem sendo resguardada com a adoção do home office durante o período de disseminação do novo coronavírus, por outro a prática do trabalho remoto virou oportunidade para criminosos virtuais.

Em abril deste ano, o FBI anunciou um aumento de cerca de 300% nas tentativas de golpes cibernéticos relacionados ao surto. Segundo o Centro de Denúncias de Crimes Cibernéticos dos Estados Unidos (IC3), foram de três mil a quatro mil denúncias diárias de tentativas de fraudes, ao passo que antes os registros não chegavam a mil.

Neste artigo vamos avaliar as dificuldades enfrentadas no período e o que aprendemos com a pandemia:

  • A mudança começou e deve se perpetuar
  • Segurança é fundamental dentro e fora da corporação
  • É preciso monitorar o conteúdo acessado
  • A educação do usuário é importante para garantir a proteção da informação
  • A prevenção sempre será o melhor caminho
Mulher no escritório em casa durante o bloqueio do Covid-19 para simbolizar a segurança digital.
As empresas aprenderam muitas lições com a pandemia, sobretudo em relação à segurança. Foto: Getty Images

A mudança é urgente

Já nos planos de negócios há algum tempo, as empresas foram pressionadas a tirar a transformação digital do papel de maneira emergencial. Uma pesquisa do Gartner, realizada em março de 2020 com 800 executivos globais de RH, revelou que 88% das empresas haviam colocado o trabalho remoto em prática.

No Brasil, houve obstáculos, sobretudo no início. De acordo com um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) em junho de 2020, os principais problemas relatados pelas empresas foram falta de interação e relacionamentos interpessoais (16%), infraestrutura inadequada (15,2%) e jornadas longas (14,7%).

O mesmo estudo aponta que executivos e funcionários conseguem ver o lado positivo da crise e preveem a aceleração da evolução organizacional, com inovação, investimento e incorporação de novas tecnologias para garantir a segurança dos processos.

A mudança provocada pelas condições de isolamento social representam um passo importante: garantiram um futuro mais digital às empresas de todas as áreas. A partir de agora, é preciso analisar o que ocorreu, entender as dificuldades, fazer as adaptações necessárias e investir em tecnologias capazes de colocar a corporação no caminho certo de transformação.

Não basta ter segurança apenas dentro da empresa

Por mais que as empresas se blindem, poucas estavam preparadas para atender a uma demanda por segurança da informação em condições de trabalho remoto tão amplificado. Mas é preciso ter consciência que o home office é uma extensão da companhia.

E deixar os funcionários expostos pode ser bastante prejudicial. Para se ter uma ideia, de acordo com um levantamento realizado pela Fortinet e divulgado em maio de 2020, os ataques de phishing cresceram 131% apenas no mês de março.

Outro estudo global, realizado pela Capgemini Research Institute, mostrou que os ataques personalizados tiveram uma alta de 667% desde o início de fevereiro até a metade de março.

No entanto, de acordo um artigo divulgado pela Cisco, para evitar esse cenário, os gestores responsáveis pelas redes das empresas precisam garantir as soluções capazes de evitar ataques. E a atuação em duas frentes é essencial: na VPN e na nuvem.

Um ecossistema robusto e preparado para mitigar os possíveis riscos leva ao resultado que todas as companhias deveriam buscar: uma transformação digital consistente.

Imagem de um cadeado digital para simbolizar a segurança digital
O home office deve ser visto como uma ampliação da companhia. Foto: Getty Images.

Monitoramento do conteúdo é imprescindível para a segurança

Mais do que controlar o acesso dos funcionários a sites que fogem da política da empresa, a aplicação de um filtro capaz de monitorar e bloquear o conteúdo é fundamental para assegurar a proteção. Isso porque os ataques podem vir por meio de diferentes caminhos, tais como:

  • Cliques em e-mails que parecem confiáveis; 
  • Banners de promoções atraentes;
  • Notícias atuais e chamativas, a exemplo de cura do novo coronavírus; 
  • Links maliciosos programados para comprometer a rede e roubar dados dos usuários.

Segundo um levantamento da Cisco Talos, divisão de ciberinteligência da Cisco, em fevereiro de 2020 foram detectadas mais de 500 mil consultas a 8 mil sites com conteúdos relacionados à Covid-19. Um mês depois, houve um aumento de 2.000% de acessos.

Muitas dessas páginas eram legítimas, mas no meio delas havia armadilhas de criminosos para roubar dados e invadir sistemas. De acordo com a empresa, 4% dos domínios foram deletados e bloqueados.

Por isso, é fundamental estruturar camadas de proteção para evitar que o problema acometa seus colaboradores, tais como o Vivo Filtro Web, oferecido pela Vivo Empresas. A solução controla o acesso à internet e bloqueia softwares indesejados ou malwares que tentam chegar aos terminais e dispositivos de acesso. Assim, reduzem-se o os riscos na navegação.

A solução, baseada em computação em nuvem, filtra o conteúdo de forma dinâmica, aplicando as políticas independentemente do local de acesso. Todo o tráfego web é encaminhado para uma plataforma que realiza as políticas adotadas pela própria empresa.

Treine seus usuários para lidar com as ameaças

Não é simples identificar as tentativas de golpe, mas os internautas precisam estar atentos. Novos riscos surgem de acordo com o momento. Sabendo da vulnerabilidade das redes domésticas e do aumento do volume de busca por informações de saúde em tempos de pandemia, os cibercriminosos estão usando o novo coronavírus como isca.

O trabalho de conscientização deve partir do setor de tecnologia da empresa. Segundo uma lista de recomendações elaborada pelo Gartner em junho de 2020, os responsáveis pela área devem participar e também coordenar sessões de brainstorming com as suas equipes para identificar vulnerabilidades.

A partir desse tipo de conversa, é possível detectar ameaças e, então, encontrar possíveis soluções para elas, como aplicações e sistemas de software. Tais análises ainda servem de base para a elaboração de instruções aos colaboradores da companhia.

Mesmo à distância, a empresa também deve se preocupar em oferecer palestras e encontros sobre o tema, contando com a participação de especialistas, para que o funcionário saiba reconhecer algo suspeito e entender como agir.

Além disso, a segurança da informação deve ser uma das prioridades dos planos de recuperação de desastres de uma empresa. É importante fazer simulações de ataques e vazamentos, se antecipando a eles, entendendo como se precaver. 

A partir de um gerenciamento de riscos é possível descobrir as vulnerabilidades, permitindo o entendimento das prioridades dos ativos e as estratégias de proteção.

Imagem de um home  de terno e gravata apertando o simbolo de um cadeado digital.
Conscientizar as equipes é uma das lições obtidas nesse período. Foto: Getty Images.

Conclusão

Toda crise traz oportunidades. Com a chegada da pandemia de Covid-19, vimos a transformação digital se acelerar nas empresas de forma não planejada, mas eficaz para contornar a situação e permitir a continuidade dos negócios.

Assim, entendemos que ela não é mais opção, mas sim um imperativo. Dado o impulso inicial, a tendência é que o processo continue e evolua. A partir de agora, com base nos obstáculos esbarrados, é possível entender o que será preciso mudar e aperfeiçoar.

Nesse cenário, a segurança cibernética deve ser tratada como prioridade. É preciso somar esforços e investir nessa área para conter as ameaças e garantir a preservação dos dados, que são os bens preciosos deste século.

Como podemos ajudar?

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Esperamos que este artigo tenha sido proveitoso. 

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Até a próxima!

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