Na era da informação, saber aproveitar todos os benefícios que os dados oferecem é um diferencial para toda empresa. O motivo é simples: reunir informações sobre os clientes, como hábitos e preferências, ajuda a criar soluções e produtos adequados para eles. Portanto, são insights valiosos para amplificar seus serviços e, assim, fidelizar o público.
Um blog de conteúdo é um dos exemplos que pode ser usado para que a empresa colete dados de seus clientes. Ao entrar no canal, o cliente é convidado a fazer um cadastro para receber sua newsletter.
Nos campos de contato, é possível solicitar algumas informações estratégicas sobre ele, como a data de aniversário. Assim, dá para criar uma base de aniversariantes por mês e enviar promoções exclusivas nessas ocasiões especiais.
Além das informações cadastrais, é importante ficar de olho nos dados que o usuário gera a cada interação com a empresa. Se ele abre com maior intensidade as mensagens que trazem promoções e ainda clica sempre em produtos específicos, é possível criar um conteúdo exclusivo para ele de acordo com estes interesses, aumentando a chance de efetividade.
Como obter os dados dos clientes?
O primeiro passo é ter os dados estratégicos de clientes efetivos e em potencial. Informações como nome, telefone, e-mail e data de nascimento são requisitos básicos. No entanto, também é importante avançar para itens como idade, profissão, hobbies e hábitos de compra.
Tudo isso vai te ajudar a desenhar uma estratégia para alcançar esse cliente com os produtos mais adequados. Inclusive, esse tipo de informação também acaba se transformando em uma base sólida para a criação de campanhas específicas.
Mas e como reunir essas informações? Há vários caminhos. Produzir conteúdo relevante é um deles. Se você tem uma agência de turismo, por exemplo, considere fazer um e-book com dicas de como guardar dinheiro para conseguir passar férias no exterior.
Divulgue esse material nas redes sociais e pense em um formulário com as informações estratégicas para o seu negócio. Desta forma, quem se interessar pelo e-book (cliente em potencial) terá que fornecer esses dados para conseguir baixar o conteúdo.
Aliás, no ato da compra também é possível captar as informações. Para isso, você precisa pensar e disponibilizar um formulário de cadastro com todos os itens que deseja saber. Mas atenção: não pode ser nada muito extenso. Pois, as pessoas podem acabar desistindo de preencher no meio do caminho.
Analytics e e-mail marketing
Outras duas maneiras recorrentes de captar dados é por meio de uma análise dos números fornecidos pelo Google Analytics sobre o site da empresa. A plataforma mostra a quantidade de acessos, o tempo de visualização de cada página e a taxa de abandono, entre outras informações.
Trata-se de uma visão mais geral do seu público. No entanto, também garante insumos importantes para o desenvolvimento de uma estratégia ou de conteúdos que irão atrair mais as pessoas que estão de olho nos seus produtos.
O e-mail marketing é outro excelente termômetro. Por exemplo: você faz uma campanha e consegue saber quantas pessoas abriram a mensagem, interagiram e ignoraram. Sendo assim, é possível usar tais dados como base para a criação de novas campanhas na tentativa de replicar o que deu certo e corrigir o que deu errado.
Como armazenar dados para torná-los insights?
De nada adianta captar e não saber armazenar corretamente todos os dados. Isso porque você precisa que eles estejam organizados para conseguir fazer uma interpretação mais assertiva.
Começar a usar um software de CRM (Customer Relationship Management) é uma excelente opção. Alguns dos exemplos mais utilizados no mercado são o Salesforce e o Hubspot. Tais programas armazenam e organizam as informações obtidas. Dessa forma, possibilitam uma leitura melhor dos dados.
Essas ferramentas geram relatórios bastante visuais, com gráficos sobre hábitos de compra e outras características importantes. Ter tudo isso organizado é essencial.
Avalie as informações
Saiba que você tem um conteúdo muito rico nas mãos. Os dados dos clientes valem muito para a empresa e podem se tornar insights decisivos para a ampliação do negócio.
Um exemplo prático para facilitar o entendimento: pense em uma loja online de eletrônicos. A partir de dados captados, você notou que um dos principais hobbies dos seus clientes é ouvir música. Então, com base nessas informações, pode criar uma campanha de fones de ouvido, com promoções e diversas opções de equipamentos.
Outra situação: um café. Você disponibiliza vídeos com receitas de alguns dos seus bolos mais vendidos e tem uma ótima taxa de visualização. Tal informação pode servir de base para ampliar a área de atuação do seu negócio. Ou seja, além de comercializar os doces, você pode abrir turmas para ensinar a fazê-los. E assim ganhar mais dinheiro.
Todos esses avanços costumam ser feitos com base em dados, que mais tarde se transformaram em insights valiosos.
Proteção de dados
Ter os dados dos clientes é muito benéfico para ambos os lados: cliente e empresário. Porém, é preciso seguir algumas regras para conseguir tais informações. Isso porque, em agosto de 2018, foi sancionada a Lei nº 13.709/2018.
Conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a legislação regulamenta o uso, a transferência e a proteção de dados pessoais dos brasileiros. Ou seja, garante que as pessoas tenham maior controle do que é feito com as suas informações pessoais. Como? Atualmente, todos os dados são passados apenas se houver consentimento do consumidor.
Aliás, fizemos uma reportagem especial sobre esse assunto. Clique aqui para saber como funciona e como fazer a coleta de dados respeitando a legislação.
E aí, o que achou das dicas? Com certeza avaliar o comportamento, armazenar os dados e transformá-los em estratégias para o seu negócio são atitudes essenciais.
Por isso a importância de olhar com bastante atenção e cuidado para essas informações. Então, aproveite para ler uma reportagem sobre Business Intelligence, que fala exatamente sobre isso. Trata-se de uma leitura ainda mais aprofundada sobre o tema.