O que move o consumo das classes C, D e E do Brasil atual?  

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No Brasil, as chamadas classes C, D e E representam a maior fatia da população e, consequentemente, do mercado consumidor – são responsáveis por quase metade do consumo do país.  

Para PMEs, entender os hábitos de compra desses grupos é fundamental para que saibam como se comunicar e o que oferecer para essa parcela da população, que representa 76% do povo e a base da pirâmide social brasileira. 

Por isso, com base em informações recentes divulgadas pelo relatório “Mercado da maioria – como a força da população de baixa renda está transformando o setor de varejo e consumo no Brasil”, selecionamos os principais comportamentos dessas populações em cinco eixos. 

O levantamento, desenvolvido pela consultoria PWC com base em uma pesquisa realizada com mais de 2.300 pessoas, traz insights valiosos e algumas perguntas: será que as empresas de varejo e bens de consumo estão preparadas para compreender e atender esses grupos de forma eficiente, especialmente agora, com os novos comportamentos adquiridos no pós-pandemia? 

Busque a resposta para essa pergunta ao longo desta leitura, que vai te mostrar também: 

  • Classes C, D e E: um breve raio-X; 
  • A era do custo-benefício; 
  • Classes C, D e E conectadas ao físico e ao digital; 
  • O consumidor consciente; 
  • O empoderamento do mercado da maioria. 

Raio-X das classes C, D e E 

O consumo para o mercado da maioria é encarado como uma questão de conquista e esforço individual: 

  • 61% se esforçam para comprar coisas que não tiveram condições financeiras de ter quando eram mais jovens; 
  • 71% se sentem realizados quando economizam para comprar um produto e conseguem adquiri-lo. 

Essa informação diz muito e, nessa perspectiva, o estudo entrega cinco tendências relevantes para os segmentos de varejo e bens de consumo no contexto atual do Brasil. Entenda cada um dos eixos! 

1. A era do custo-benefício 

A velha máxima de que “o barato sai caro” nunca fez tanto sentido como agora. O consumidor brasileiro, principalmente das classes C, D e E, está deixando de priorizar apenas o preço na hora da compra. Está avaliando o custo-benefício de forma muito mais detalhada. 

Isso significa que a qualidade do produto ou serviço, a reputação da marca, a experiência de compra e a praticidade se tornaram fatores cruciais na decisão de compra. 

Os números mostram essa mudança: 

  • 92% dos consumidores das classes C, D e E pretendem priorizar marcas e lojas que ofereçam uma experiência de compra agradável, e 44% estão dispostos a pagar mais por isso. 
  • 90% buscam praticidade na hora de receber ou levar a compra, e 38% aceitam pagar mais por essa comodidade. 

Nessa perspectiva, as empresas precisam entender essa nova realidade e oferecer produtos e serviços que atendam à demanda por qualidade, praticidade e experiência positiva. 

2. Classes C, D e E conectadas ao físico e ao digital 

A linha que separava o mundo online do mundo offline se dissolveu, dando origem ao que chamamos de “phygital” – fusão das duas realidades que cria experiências de compra integradas, multidimensionais e fluidas. 

O consumidor brasileirodas classes C, D e E, está cada vez mais conectado e navega com naturalidade entre o mundo físico e o digital. Utiliza os dois caminhos para pesquisar, comparar, comprar e se informar. 

Essa tendência exige que as empresas se adaptem para oferecer uma experiência de compra única e completa. 

A pesquisa mostra que: 

  • Mesmo com o crescimento do e-commerce, a experiência de comprar em lojas físicas ainda é a mais frequente entre o grupo na maior parte de categorias de produtos, mas… 
  • A compra de artigos eletrônicos e cursos já acontece predominantemente online, demonstrando a influência do mundo digital em determinados segmentos. 

Para atender às necessidades desse novo consumidor, a recomendação de especialistas para PMEs é: 

  • Incorporar recursos digitais em seus espaços físicos para oferecer uma experiência mais interativa e personalizada; 
  • Investir em um atendimento humanizado e capaz de criar conexões genuínas para compensar a impessoalidade da tecnologia; 
  • Entender profundamente as preferências e necessidades de seus clientes, adaptando suas estratégias para atender a essas demandas; 
  • Equilibrar a inovação com a privacidade – o consumidor está aberto a novas tecnologias que o ajudem a tomar decisões mais informadas, mas exige respeito com seus dados pessoais, especialmente com o aumento das incidências de fraudes; 
  • Oferecer uma variedade de produtos e serviços a preços competitivos – o crescimento do segmento cross-border (que envolve o transporte de um produto de um país para o outro) demonstra que estão em busca de opções mais amplas e personalizadas. 

Nesse sentido, o varejo que conseguir se adaptar a essa nova realidade oferecendo experiências integradas e personalizadas estará melhor preparado para se conectar com esse grande público. 

3. O consumidor consciente: comprando com propósito e impactando o mundo 

O brasileiro das classes C, D e E está se tornando cada vez mais consciente do impacto de suas decisões de compra no mundo ao redor.  

Ele não se limita a adquirir produtos e serviços, mas busca marcas que compartilhem seus valores e que se comprometam com causas sociais e ambientais. 

Essa nova consciência se traduz em números: 

  • 86% estão dispostos a priorizar marcas e lojas sustentáveis, demonstrando que essa pauta se tornou um fator decisivo na escolha de compra. 
  • 60% estão mais preocupados com o impacto de suas ações no meio ambiente, revelando uma mudança de mentalidade em relação à responsabilidade socioambiental. 

Ainda no eixo de interesses para além de suas próprias vidas pessoais e do espaço que ocupam no mundo: 

  • 70% se declaram dispostos a pagar mais por marcas que apoiem causas ambientais; 
  • 69% se declaram dispostos a pagar mais por marcas que apoiem causas sociais. 

Surpreende o comportamento daqueles que demonstram que não vão mais tolerar a falta de responsabilidade socioambiental: 

  • 52% já abandonaram marcas que desrespeitaram o meio ambiente; 
  • 53% já deixaram de comprar marcas por falta de responsabilidade social. 

Deu para entender que, nesse novo cenário, as empresas precisam ir além da simples oferta de produtos e serviços de qualidade. É fundamental que elas demonstrem transparência e seriedade em suas ações.  

Marcas que conseguirem se conectar com o consumidor de forma autêntica, demonstrando que compartilham seus valores e que estão fazendo a diferença para o planeta ou o entorno que habitam, terão uma vantagem competitiva significativa frente à concorrência. 

4. Classes do poder: consumo circular e rentabilização 

O amplo mercado da maioria está se tornando um “investidor” do próprio consumo. Busca formas inovadoras de acessar produtos de qualidade, gerar renda e controlar seus gastos.  

Por isso estão impulsionando uma economia circular e, de cara, trazendo novas formas de rentabilizar o consumo. Nessa perspectiva, não tem como não falar dos: 

  • Influenciadores digitais: esses personagens são cada vez mais importantes na decisão de compra do grupo e muitas vezes suprem uma lacuna de informação deixada pelas próprias marcas. 

As classes C, D e E já são protagonistas ativas no mercado: 

  • 40% (44 milhões) já compraram produtos em redes sociais, e 38% (42 milhões) já compraram itens usados em sites/apps especializados – tendência que impulsiona a economia circular, permitindo que mais pessoas tenham acesso a produtos de qualidade por meio da geração de novas fontes de renda com as transações de produtos de segunda mão. 

Nesse cenário, PMEs podem se adaptar ao novo comportamento investindo em estratégias de: 

  • Gamificação: o recurso passou a ser uma estratégia-chave para atrair e engajar o consumidor em um mercado cada vez mais digital. Marcas menores já passaram a oferecer recompensas e descontos em troca de engajamento em atividades que lembram jogos em suas plataformas: algo como as populares coins da Shopee – moedas recebidas a cada avaliação ou ação efetuada dentro da plataforma. Prática que traz experiências de compra mais interativas e recompensadoras. 

Neste eixo, foi possível entender que o uso de ferramentas inovadoras de rentabilização do consumo pode ajudar a superar as limitações financeiras historicamente impostas a esses grupos da população.  

Maioria atendida como rainha! 

Você, que chegou até aqui, percebeu que as classes C, D e E ditam as leis do consumo e, por isso, exigem adaptação das PMEs, não é mesmo?  

Alcançar o sucesso nesse mercado dinâmico parte do próprio preparo da sua empresa para investir, mesmo que de forma modesta, neste momento, em soluções que atendam às demandas do consumidor conectado, consciente e empoderado. 

E é aí que nos apresentamos como a aliada de pequenos e médios empreendedores que buscam crescer nesse mercado! 

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Até a próxima, 

Equipe Vivo Meu Negócio! 

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