O Facebook entrará de vez no mundo das finanças. Através da Libra, seu próprio dinheiro virtual, a rede social permitirá que bilhões de usuários realizem transações financeiras. Acompanhe neste artigo tudo sobre o tema e saiba como o seu negócio poderá ser impactado!
Desenvolver seu próprio dinheiro virtual é, com certeza, uma das iniciativas mais importantes do Facebook. Além de criar uma nova fonte de receita, a Libra mudará a forma de engajamento dos usuários com as plataformas do grupo.
Apesar das especulações, ainda são poucos anúncios oficiais sobre o assunto. Contudo, a Libra já é uma realidade e a promessa é que estará disponível no primeiro semestre de 2020. As fases de testes da nova tecnologia começaram em fevereiro de 2018. E atualmente se especula a expansão da ferramenta para o Brasil, México e Reino Unido.
Portanto, a forma de fazer negócios está sempre mudando. E novos sistemas surgem através de grandes empresas, como o Facebook. Sendo assim, as pequenas e médias empresas precisam se adaptar.
Sabendo disso, criamos este conteúdo para que você entenda como a Libra, funcionará. Além disso, como ele poderá impactar no dia a dia do seu negócio. Boa leitura!
Novo dinheiro virtual
Os esforços para a criação do dinheiro virtual próprio não começaram hoje. Há alguns anos o Facebook vem recrutando companhias financeiras e empresas do mercado online. Como por exemplo, Visa, Mastercard, Spotify e Uber, para atuarem como parceiros estratégicos no lançamento da sua nova criptomoeda.
Já são 12 companhias que juntas formam o grupo Libra Association. Ou seja, uma espécie de consórcio para regular a cotação da nova moeda. Com sede em Genebra, na Suíça, a associação terá funcionamento autônomo ao da rede social, sendo uma organização sem fins lucrativos.
Objetivo
O principal desafio do grupo é manter o valor do ativo estável. Portanto, evitando que a moeda seja volátil, como acontece com o bitcoin, por exemplo. Para isso, a divisa do novo dinheiro virtual deve ser embasada em moedas fiduciárias, como dólar ou euro, protegendo contra oscilações bruscas.
O Facebook afirma que está explorando novas aplicações relacionadas à tecnologia de criptomoedas, incluindo o uso de blockchain, que permite manter registros compartilhados de transações financeiras, sem depender de empresas de pagamento.
Com isso, as empresas de cartão de crédito também poderão ser afetadas. Uma vez que o novo dinheiro virtual dispensaria as taxas de processamento dos pagamentos, que hoje são as responsáveis por gerar receita para as companhias de cartão.
Separando dados financeiros e sociais
Em meio a tantas polêmicas relacionadas à privacidade de dados, o Facebook afirmou que as informações financeiras utilizadas na Libra não serão usadas para segmentação de anúncios nas plataformas.
Por isso, o Facebook criará sua própria carteira digital subsidiária, chamada de Calibra. Portanto, ela será usada pelos usuários para estocar a Libra e fazer transferências e pagamentos. Desta forma, a Libra Association ficará totalmente independente das operações publicitárias, e vice e versa. O que evita qualquer problema na regulamentação do novo dinheiro virtual.
Como a Libra impactará os pequenos e médios negócios?
O novo dinheiro virtual estará disponível para quem possuir um smartphone com acesso à internet. Ou seja, as operações com a Libra poderão ser realizadas entre consumidores e empresas de diferentes países, a qualquer momento.
De forma geral, o objetivo do Facebook é fazer com que as pessoas gastem mais tempo dentro de suas plataformas. Portanto, o lançamento da Libra permitirá que 2,7 bilhões de usuários façam compras com mais facilidade em uma das 90 milhões de empresas que anunciam em suas plataformas.
O raciocínio é simples: quanto mais pessoas comprando dentro do Facebook, Instagram, Messenger e WhatsApp, maior a probabilidade das empresas comprarem anúncios nessas plataformas. Sendo assim, por que não criar uma moeda virtual única que facilita tudo para todos?
Facilidade em transações financeiras
Portanto, a Libra incluirá mais facilmente países emergentes em suas transações financeiras. Isso porque, ao oferecer uma moeda online atrelada a uma rede social, o dinheiro tende a se movimentar com mais rapidez entre os países. Principalmente naqueles, onde existem um menor número de pessoas com contas abertas em bancos ou realizando compras online.
De quebra, com esse novo sistema, o Facebook ainda interrompe sua dependência com empresas de meio de pagamentos. Isso porque, aqui no Brasil, quando um usuário patrocina um conteúdo ou faz anúncios em redes sociais, ele paga por meio de empresas como o PayPal ou Visa. Com a chegada do novo dinheiro virtual, essas empresas não serão mais necessárias para completar as transações.
Sendo assim, se a sua empresa ainda não está presente digitalmente, está mais do que na hora. Até porque as redes sociais são uma excelente oportunidade de facilitar os negócios. Ainda mais com novas ações, como esta, sendo criadas. Aliás, o objetivo de fazer com que as pessoas passem mais tempo nas redes sociais, consumindo produtos e serviços, também beneficia você, pequeno e médio empresário.
Aliás, o Blog Vivo Empresas busca sempre acompanhar as novas tendências. Não só do mundo da telecomunicação, mas também dos meios de pagamento. Se você ainda possui dúvidas sobre o assunto, saia na frente e aproveite que está por aqui para ler mais sobre o uso de blockchain na sua empresa. Além disso, conheça os prós e contras das moedas virtuais como forma de pagamento.