Em meio à pandemia do novo coronavírus, os varejistas se veem obrigados a buscar alternativas para escoar os estoques de produtos de Páscoa. A incerteza sobre o desempenho das vendas paira sobre o setor, uma vez que se trata de um cenário completamente atípico.
Projeções feitas por instituições do segmento variam de região para região do Brasil. No Estado de São Paulo, por exemplo, um estudo desenvolvido pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) aponta uma retração de até 8,5% nas vendas de ovos e chocolates em geral.
Já em Santa Catarina, um levantamento realizado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas mostra um provável aumento de 4,5% na compra desses mesmos itens. De qualquer forma, lojistas têm se movimentado para buscar alternativas às vendas tradicionais com o fechamento das lojas físicas.
Neste artigo, apresentaremos como o setor tem se organizado e as ferramentas encontradas para alcançar indicadores positivos. Você verá:
- Movimentações do setor
- Maneiras eficientes de não deixar as vendas caírem
- Como criar uma estratégia eficiente de divulgação dos produtos
- Como se preparar para receber todos os pedidos
Aumento nas vendas online
Com o isolamento social, as vendas online dispararam no mês de março de 2020. O aumento foi de 40%, de acordo com um estudo realizado pela Compre e Confie, empresa de inteligência de mercado, em conjunto com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
A internet tem se apresentado como uma grande aliada dos varejistas durante a pandemia. E isso não será diferente na Páscoa, uma das datas mais lucrativas para o varejo.
Movimentações do setor
Grandes marcas se movimentaram para evitar prejuízos. A Cacau Show, por exemplo, disponibilizou todos os produtos na loja online e ainda concedeu benefícios ao consumidor, tais como frete grátis e parcelamento sem juros. Os descontos chegaram a 50%. Aliás, reduzir os preços dos ovos e dos chocolates em geral tem sido uma medida adotada com frequência entre marcas e varejistas.
Carrefour e Lojas Americanas também anunciaram, em seus respectivos sites, promoções que também chegam a 50% de desconto, mesmo antes da Páscoa. Já a Lindt, marca que até então não atuava no universo virtual, optou por realizar vendas por meio de aplicativos de entrega.
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), alerta a necessidade das empresas se adaptarem, uma vez que os itens relacionados à Páscoa não são de primeira necessidade – e, portanto, deixam de ser prioridade em um momento sob ameça de restrições financeiras.
Formas eficientes de não deixar as vendas caírem
O frete grátis é uma alternativa bastante atrativa ao consumidor final. Segundo um estudo realizado pela ComScore, empresa norte-americana dedicada à análise de hábitos na internet, a desoneração do frete influencia a decisão de compra de 84% dos entrevistados.
De olho nesse cenário, a Kopenhagen isentou o frete em qualquer compra e ainda disponibiliza um desconto de até 30% em todos os itens (a Cacau Show, sua concorrente direta, oferece o frete grátis apenas a partir de determinado valor).
Além dos e-commerces, outra alternativa às vendas físicas é o uso de aplicativos de entrega, como iFood e UberEats. Diferentes lojas disponibilizam seus produtos nessas plataformas e enxergaram uma forma eficiente de levar os produtos sem gastos extras com logística. No entanto, a terceirização também implica em gastos adicionais, uma vez que as porcentagens retidas pelas empresas de entrega podem variar entre 10 e 30%, de acordo com o Sebrae.
A Chocolates Brasil Cacau firmou uma parceria com a Rappi e ainda lançou uma promoção que dá um ovo de chocolate na compra de dois. Tudo para evitar que o consumidor seja estimulado a comprar sem sair de casa.
Dicas de marketing: ter uma estratégia inteligente de divulgação é essencial
Promoções e isenção de frete, como vimos, são alternativas que funcionam. No entanto, é preciso trabalhar a divulgação dos produtos com eficiência e criatividade. E as redes sociais são ferramentas decisivas para esta tarefa.
De acordo com uma análise da Squid, especialista em marketing de influência, desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia, houve um aumento de 24% no índice de engajamento dos criadores de conteúdo que possuem contas no Instagram. O alcance dos stories também cresceu – a alta foi de 27%.
Com tantas as pessoas em casa, o consumo de conteúdo via internet aumentou. E aproveitar esse cenário é muito importante para as marcas que buscam lucros nesta Páscoa. Uma estratégia bem sucedida é utilizar o recurso de lives do Instagram. O motivo é bastante simples: todos os seguidores são notificados quando um perfil está realizando uma transmissão ao vivo, o que faz crescer o alcance do conteúdo. A marca ou varejista pode, então, explicar como é a linha de produtos ou convidar influenciadores para falarem sobre temas pré-definidos.
Aliás, contratar influenciadores é um bom caminho para ajudar na divulgação. A SamyRoad, agência que atua nesse setor, por exemplo, já sugeriu aos seus agenciados a redução de até 25% nos cachês para estimular que empresas e varejistas apostem mais nesse recurso mesmo em um período de crise.
Criar um conteúdo consistente, com imagens que valorizem os produtos, é também essencial para abastecer os perfis nas redes sociais e chamar a atenção do consumidor.
Esteja preparado para receber os pedidos
É necessário ter uma estrutura adequada para atender aos pedidos online. O e-commerce deve suportar a demanda, com uma hospedagem robusta, a logística precisa estar bem articulada e o estoque em dia para não decepcionar os consumidores. A startup de entregas Rappi informou à Reuters que calcula um aumento de 30% nos pedidos da América Latina nos próximos meses. Produtos de farmácia, supermercado e alimentação aparecem no topo da lista dos que serão mais requisitados.
A demanda está maior. E em épocas especiais, como a Páscoa, as redes podem ficar sobrecarregadas. Portanto, é preciso estar preparado para atender a todos os pedidos, considerando-se três grandes pilares:
- Tecnologia: escolher as ferramentas mais adequadas para atender a demanda da Páscoa. Isso significa reforçar a estrutura do e-commerce, ter uma excelente conectividade e escolher os canais para o recebimento dos pedidos – seja por apps de delivery, e-commerce ou canal mais emergencial como o WhatsApp.
- Planejamento: de olho no aumento das vendas devido ao coronavírus, a gigante Amazon já se preparou para atender ao novo volume de pedidos. A empresa contratou 100 mil novos colaboradores, aumentou salários e reforçou os centros de distribuição e transporte. Todo esse planejamento foi essencial. Portanto, é preciso estudar o novo cenário, fazer projeções de venda com base nos últimos dias e disponibilizar uma estrutura que seja condizente com a fase atual.
- Gestão: garantir que as compras sejam entregues dentro do prazo estipulado é fundamental. A gestão dos processos deve ser feita com excelência, desde as equipes até a entrega. Receber um ovo de Páscoa depois que a data passar pode frustrar a experiência de compra do cliente.
Conclusão
Ainda não há projeções conclusivas em relação à performance de vendas da Páscoa de 2020. Instituições locais divulgaram as estimativas – e os indicadores variam de acordo com as regiões do Brasil. No entanto, marcas e varejistas têm recorrido às vendas virtuais e criando estratégias baseadas na oferta de condições atrativas aos consumidores.
Frete gratuito e descontos de até 50% foram algumas das medidas adotadas por grandes empresas que atuam no setor. As entregas têm sido viabilizadas por uma logística própria ou por meio de parcerias firmadas com aplicativos de entrega.
Para atender a essa demanda, no entanto, é preciso estar pronto para um aumento no volume de vendas. A empresa precisa ter uma excelente conectividade, bem como um e-commerce robusto e soluções que garantem a segurança dos dados dos consumidores.
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Agradecemos a leitura neste artigo e propomos uma reflexão: a sua empresa está preparada para oferecer uma estrutura adequada aos trabalhadores em regime de home office?
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Até a próxima!