A quarentena é um recurso usado há séculos para evitar que doenças contagiosas se espalhem. Na atual pandemia de coronavírus, ela se tornou ferramenta oficial dos governos para tentar conter o seu avanço. O medo confinou as pessoas e o home office se tornou uma prática diária.
E se o consumidor não pode sair de casa, a tendência é que a movimentação do comércio também migre para o ambiente virtual. No entanto, é preciso estar preparado para oferecer uma experiência do cliente positiva nas compras online.
Neste artigo você vai ver:
- A importância do planejamento.
- É hora de crescer? Prepara seu e-commerce para escalar.
- Quem ganha com as compras online no momento da pandemia?
- Seu negócio está preparado?
- Atualização como diferencial competitivo para superar a crise
Com a pandemia do Covid-19, a perspectiva futura para os negócios e a economia é de temor. Mas também pode ser uma boa oportunidade para aqueles que investiram no e-commerce.
Tecnologia
Isso porque, mesmo fechando-se em casa – seja como prevenção ou por estarem efetivamente em situação de isolamento ou quarentena – as pessoas precisam se abastecer. E a melhor maneira de comprar sem se arriscar é usando a tecnologia.
Uma pesquisa realizada pela Kantar com mais de 1.000 cidadãos da China (incluindo os moradores de Hubei, o epicentro da doença) apontou que 55% dos entrevistados realizaram compras via plataformas de e-commerce durante o período de reclusão. Outro relatório divulgado pela consultoria McKinsey também revelou uma mudança drástica no comportamento de compras dos chineses. Eles optaram pelo meio online para a aquisição de todos os tipos de bens – principalmente no setor alimentício.
Dados semelhantes vêm dos Estados Unidos: a Quantum Metric apurou que o e-commerce norte-americano registrou, em fevereiro de 2020, um aumento considerável na taxa de crescimento da receita semanal – 52% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por aqui, a corrida parece seguir no mesmo sentido. À Reuters, a startup de entregas Rappi informou que calcula um aumento de 30% nos pedidos da América Latina. Entre os pedidos mais solicitados estão produtos de farmácia, supermercado e alimentação.
A importância do planejamento
Frente a esse cenário promissor, vale a consciência de que é preciso estar muito bem preparado para atender à nova demanda de compras online. Um exemplo disso é a atuação da Amazon em meio à crise. A empresa americana contratou 100 mil novos trabalhadores, aumentou salários em seus centros de operação, distribuição, transporte e lojas, tudo para suprir, com excelência, as demandas dos clientes.
Esse exemplo comprova que o “boom” nos pedidos é oportuno, mas também pode ser prejudicial se o negócio não estiver bem estruturado. Caso a empresa venha a sofrer com a falta de abastecimento e dificuldades na entrega, certamente a experiência do consumidor será negativa. E poderá trazer não só prejuízos financeiros, mas também impactar a marca.
É hora de crescer? Prepara seu e-commerce para escalar
Aqui, o destaque para dois pontos-chave: estoque e logística.
A gestão do estoque deve levar em consideração a previsão da demanda de compras online por determinados produtos. Para exemplificar: em tempos de coronavírus, quem tem um estoque de máscaras e álcool em gel está na frente, já que a procura por esses itens é enorme. Por isso, vale a análise minuciosa e uma projeção bem estruturada das necessidades dos consumidores. Principalmente para a reposição dos materiais.
Já a gestão logística é fundamental para garantir venda certa e entrega pontual. Não vale a pena arriscar a reputação da empresa oferecendo entregas em locais onde será difícil chegar, por exemplo. Lembrando que é preciso facilitar, ainda, o canal de devoluções.
Quem ganha com as compras online no momento da pandemia?
Fato é: estando em casa, os consumidores compram menos – ainda mais tendo-se em vista as incertezas do futuro da economia global. Por isso, alguns artigos tendem a sofrer maior queda do que outros.
Enquanto os setores de alimentação, fármacos e artigos de necessidades básicas estão aquecidos, produtos e serviços considerados supérfluos tendem a perder mercado.
Na Itália, a Confesercenti afirmou que as perdas serão de mais de 5 bilhões de euros no consumo turístico. E, de acordo com a pesquisa da Kantar, 75% dos chineses deixaram de comprar nas categorias de turismo e entretenimento. Ao passo que gastos com alimentação aumentaram em 40%, e com produtos de limpeza, 48%.
A Nielsen apontou um crescimento expressivo no setor alimentício de alta durabilidade nos Estados Unidos, como leite em pó (84%) e grãos (37%).
Seu negócio está preparado para oferecer compras online?
Se a empresa está segura de que vai dar conta da demanda, aqui vão algumas sugestões que certamente ajudarão em tempos de crise. Como, por exemplo, oferecer frete reduzido (ou zero) e promoções de produtos destinados à ajuda da população nesse momento.
O Magazine Luiza apostou em uma ação de frete grátis para compras realizadas pelo aplicativo, em itens de consumo ligados ao coronavírus (como álcool em gel e nebulizadores), independentemente do valor da compra. Para os demais produtos que visam o entretenimento de quem ficar em casa, a empresa oferece isenção da taxa de entrega em compras superiores a R$ 99.
Na mesma linha, nos Estados Unidos, a Uber Eats suspendeu as taxas de entrega de restaurantes independentes, priorizando a ajuda aos pequenos negócios.
E vale ainda avisar aos clientes sobre a preocupação da empresa com assepsia na hora do manuseio e entrega. Além de facilidade de devolução.
Atualização como diferencial competitivo para superar a crise
Em tempos de reclusão e home office, aproveitar o tempo livre para se atualizar pode ser o diferencial. De modo que sua empresa atravesse momentos de recessão de forma mais tranquila.
- Leia nossos artigos relacionados ao trabalho remoto e às reuniões virtuais.
E, para suportar o alto tráfego do e-commerce, a principal dica é reforçar a conectividade, o que pode ser feito com os benefícios da Internet Dedicada, por exemplo. E para acelerar ainda mais a transformação digital do comércio on e offline, não deixe de conferir outras soluções tecnológicas especialmente pensadas para o setor varejista.
Até a próxima!