As empresas que desejam se proteger dos crescentes ataques cibernéticos e garantir alta produtividade devem estar atentas a um termo: a licença de software.
A explicação é bem simples. Hoje em dia, uma companhia não vive sem programas de gestão (ERP), editores de texto ou soluções de conectividade entre colaboradores e fornecedores. A plataforma está em todos os setores e, por isso, é um componente crucial de qualquer organização de sucesso.
Sendo assim, essas ferramentas precisam funcionar da maneira correta. Ou seja, sem travar, sem brechas de segurança, sem lentidão e cumprindo exatamente o que foi prometido. A melhor maneira de garantir que isso ocorra é saber escolher os instrumentos ideais para o negócio e que sejam licenciados por empresas reconhecidas no mercado.
O licenciamento do software vai garantir que as atualizações de segurança fiquem sempre em dia e que tudo funcione da melhor maneira. Continue lendo este artigo, pois, a seguir, detalharemos melhor o assunto e abordaremos os seguintes temas:
- O que é uma licença de software?
- Quais os tipos existentes?
- Por que é importante?
- Quanto custa uma licença?
- Qual permissão é melhor para o negócio?
O que é uma licença de software?
Uma licença de software é um contrato entre a empresa que desenvolveu o programa e quem comprou. Como todo acordo, estabelece regras que devem ser cumpridas por ambas as partes. O assunto é de extrema importância na atualidade, pois vivemos um momento em que as empresas estão em processo progressivo de digitalização.
Não importa, exatamente, quem é que está consumindo o produto: pode ser um usuário final ou uma outra companhia. Independentemente disso, sempre que for instalado um software em uma máquina, será necessário aceitar os termos de um contrato — o licenciamento.
Do lado da empresa que vendeu, o licenciamento serve para proteger a propriedade intelectual do desenvolvedor. Em outras palavras, a licença vai regular se pode ser feita a reprodução, a modificação ou a redistribuição do programa.
Do lado de quem comprou, a licença vai dar as garantias se as ferramentas são originais, se serão atualizados constantemente ou se terá uma equipe corrigindo possíveis falhas de segurança e investindo no aperfeiçoamento da solução.
Como funciona uma licença de software?
De maneira geral, o software vem com uma chave de licença, ou chave de produto. Esse código é usado para identificar e verificar a versão específica dele. Também é usado para ativá-lo em um computador ou dispositivo específico.
Ao instalar o programa ou começar a usar, aparecerá o termo do acordo. O usuário deve aceitar para prosseguir.
Além disso, o contrato de licença de software geralmente estabelece por quanto tempo será possível usar a aplicação, em quantos computadores pode instalar e quais tipos de uso são permitidos (por exemplo, uso educacional ou uso comercial). Também inclui restrições à engenharia reversa, à venda ou à transferência da aplicação.
De maneira resumida, a licença vai esclarecer:
- se o usuário pode visualizar o código-fonte do programa;
- se pode copiar, alterar ou redistribuí-lo;
- onde o recurso pode ser instalado e com qual frequência.
Quais os tipos de licença de software?
Antes de entrar nas vantagens e na importância da licença de software, é interessante entender também que os programas podem ter diversos tipos de licenciamento. Tudo dependerá da forma como foram desenvolvidos e como são colocados no mercado.
A seguir, listamos alguns tipos principais de licença, sabendo que não são todas as possibilidades que estão contempladas. Existem inúmeras outras possibilidades de licenças, depende do uso que você fará dele.
Aquisição permanente
Esse software é vendido como produto, então, quando a companhia adquire para instalar na sua máquina, ela tem o direito de usar, sem fim à vista. Na realidade, em alguns casos, a atualização pode não ser mais possível depois de determinado período. É o que acontece, por exemplo, com alguns sistemas operacionais de aparelhos celulares.
Outro caso de aquisição perpétua é quando a empresa encomenda o desenvolvimento de um programa ou um aplicativo para atender a uma necessidade bem específica no negócio. Nesse caso, ele é comprado junto com o código-fonte, o que permite modificações e adaptações futuras, se isso estiver no acordo.
Licença ASP
A licença ASP, do inglês Application Service Provider, é uma espécie de aluguel do programa. A empresa não compra, mas assina um serviço. É uma modalidade de licenciamento muito interessante para empreendimentos porque permite contratar somente o que realmente precisa, sem gastos extras.
Outra vantagem é que o software é hospedado remotamente, na nuvem, e a companhia não precisa ter servidores tão robustos. O valor pago pelo serviço pode ser mensal, anual, bienal etc. Isso dependerá do acordo entre as partes.
Licença SaaS
A licença SaaS, do inglês Software-as-a-Service, funciona também como uma espécie de aluguel. A empresa compra o direito de usar as soluções, normalmente baseadas em cloud computing. A diferença para o licenciamento ASP citado acima é que, aqui, a aquisição é feita de acordo com o número de usuários.
Um exemplo é a solução da Microsoft 365, conjunto de ferramentas de produtividade oferecido em parceria com a Vivo Empresas. A solução é baseada nas necessidades do cliente e oferece modalidades para até 300 usuários, ideais para companhias de pequeno e médio portes. Existem também as opções direcionadas e um número ilimitado de pessoas, para as empresas de grande porte.
General Public License (GNU )
Essa é uma licença bem específica para os software livres, e foi criada para permitir aos desenvolvedores criar, alterar e compartilhar modificações e qualquer versão do programa.
As licenças foram originalmente escritas por Richard Stallman, fundador da Free Software Foundation (FSF), Projeto GNU, e foram lançadas em 1989.
No entanto, esse é um tipo de licenciamento que interessa mais às empresas desenvolvedoras de software. Ou àquelas companhias que têm equipes avançadas de TI.
Segurança está entre principais benefícios
O benefício principal do uso de um software licenciado é a segurança, uma vantagem que não pode ser ignorada. Afinal, o número de ameaças virtuais só cresce, sobretudo porque vivemos um momento de hiperconectividade, com disseminação absoluta de tecnologias móveis e inteligentes em diversos setores da sociedade.
Diante desse cenário, é possível afirmar que a ferramenta não licenciada torna a empresa vulnerável e exposta a possíveis ameaças.
O relatório da Gartner, Information Security and Risk Management, de outubro de 2022, alertou que as organizações deverão gastar US$ 188 bilhões em produtos, serviços de segurança da informação e gerenciamento de riscos em 2023. A tendência é de que o mercado aumente nos próximos anos, gerando quase US$ 262 bilhões em gastos globais em 2026.
Esses investimentos vão, em parte, para combater um dos riscos mais temidos da atualidade: os ataques ransomware. Essa situação ocorre quando um programa malicioso é instalado, causando a queda total do sistema da empresa. Em seguida, os criminosos pedem um resgate para fazer tudo voltar ao normal.
De acordo com o Cyber Threat Report, o Relatório de Ameaças Cibernéticas da SonicWall de 2022, o volume global de ataques aumentou 232% desde 2019. Os pesquisadores registraram mais de 623 milhões de ações de ransomware em todo o mundo somente no ano de 2021.
Por conta disso, não dá para relaxar quando o assunto é cibersegurança. As corporações devem optar por software conceituados e licenciados por empresas de confiança. Podemos citar como exemplos as soluções Microsoft Defender para Empresas e Microsoft 365 Business Premium.
Inclusive, o relatório Microsoft Digital Defense Report 2022 constatou que empresas têm, em média, 3500 dispositivos conectados sem nenhuma proteção de endpoint ou agente de resposta a ataques.
Como escolher a melhor solução?
Escolher, no entanto, quais as melhores soluções não é tão rápido. Ao decidir adquirir um programa, é preciso, primeiro, planejar qual licenciamento será o mais adequado. Os pontos a serem considerados são:
- para que a empresa precisa desse software?
- quantas pessoas vão usar?
- em quantos dispositivos será instalado?
É necessário que as organizações tomem cuidado na hora de garantir que o software adquirido tenha uma licença que permita uso para fins comerciais. Isso porque alguns licenciamentos, por exemplo, restringem o uso a organizações sem fins lucrativos.
Além disso, se mais de uma pessoa for usá-lo, aqueles de usuário único podem sair caro e gerar desperdício de dinheiro. O importante é sempre ler os detalhes do licenciamento e prestar atenção aos termos fora do comum ou restritivos.
Seja qual for o setor, analisar as necessidades do negócio é crucial para manter os custos baixos e garantir que todos os hardware e software sirvam exatamente para os fins que foram adquiridos.
Quanto custa uma licença de software?
Sobretudo para pequenas e médias empresas, com orçamentos apertados, os custos contam muito na hora de fazer uma escolha. A realidade é que o preço da licença de software varia muito. Tudo depende do tipo de programa, como é fornecido e o custo do fornecedor para desenvolver o produto.
Como já explicado, algumas empresas oferecem aplicações com licenciamento SaaS, em que a cobrança é feita de acordo com o número de usuários. Isso concede às companhias que contratam grande flexibilidade e melhor controle de custos.
Com esse tipo de licenciamento, evita-se grande desperdício de verbas com licenças não utilizadas. Este tipo de coisa acontece porque os funcionários não usam todas as funcionalidades dos aplicativos que existem à disposição. Ou então aquele programa que não é realmente necessário para a realização do trabalho no dia a dia.
Por isso, uma etapa importante quando se pensa em adquirir uma licença de software é o monitoramento constante. A empresa deve fazer sempre um inventário sobre o número de usuários, as licenças contratadas e o uso que está sendo feito disso tudo. A partir dessas informações, promover ou não mudanças.
Software licenciado pode salvar o orçamento
A licença traz muitos benefícios para as empresas. Na medida em que protegem de ataques e problemas de vulnerabilidade, evitam gastos desnecessários com recuperação de computadores infectados ou com a paralisação das atividades.
Para exemplificar o tamanho das perdas, uma estimativa da Cybersecurity Ventures, intitulada Ransomware Market Report, calculou os danos causados por ataques de ransomware em 2021 em cerca de US$ 20 bilhões. Além disso, a empresa prevê que os custos econômicos do ransomware chegarão a US$ 265 bilhões até 2031.
Portanto, software licenciado consegue melhorar a produtividade, a performance e, somado a isso, aumenta a segurança do negócio. Além disso, oferece uma gama enorme de possibilidades de acordo com o que foi contratado, como:
- suporte de manutenção;
- personalização;
- consultoria;
- atualizações constantes;
- melhorias de funcionalidade.
Cientes dessa necessidade do mundo corporativo, a Vivo Empresas e a Microsoft se uniram para oferecer os melhores produtos para organizações de diversos setores.
Entre as opções, estão soluções completas em nuvem, como a Cloud Azure, além de ferramentas de colaboração como o Microsoft Teams e Microsoft 365. Com elas, é possível se beneficiar de todas as garantias e as vantagens proporcionadas pelas licenças de software.
Veja também:
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Até a próxima!