Tecnologia ajuda engenheiro florestal com agricultura sustentável

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A engenharia florestal, também conhecida como silvicultura, se dedica a gerenciar áreas de florestas. Assim, trabalha para que a produção de bens e cultivos seja sustentável e preserve ao máximo as reservas naturais. 

Para solucionar demandas complexas como essas, o engenheiro florestal pode contar com uma poderosa aliada: a tecnologia.

Se, por um lado, a agricultura é uma das atividades mais antigas entre as realizadas  pelo ser humano, por outro, nunca passou por tantas transformações quanto nas últimas décadas. 

Cada vez mais, a disrupção desse setor virá das inovações tecnológicas. A conectividade será a principal viabilizadora da gestão de melhores plantios, do emprego mais eficiente de recursos e do acompanhamento ainda mais próximo da lavoura.

Quer saber mais sobre como a tecnologia ajuda os engenheiros florestais na condução da agricultura sustentável? Veja neste artigo:

  • O que faz um engenheiro florestal?
  • Como o engenheiro florestal pode usar a tecnologia no campo
  • Desafio para a adoção de tecnologia no campo
  • Soluções pensadas para o manejo inteligente
  • Conclusão

O que faz um engenheiro florestal?

Engenheiros florestais estudam e projetam planos para que recursos naturais como o solo, a água e as árvores sejam preservados em um ecossistema que passará por alguma transformação.

Para isso, eles avaliam como utilizar cada um desses elementos de maneira eficiente, com baixos custos e o menor impacto possível ao meio ambiente.

Há algumas vertentes de atuação dentro da engenharia florestal. É possível, por exemplo, trabalhar com projetos de construção de estradas ou de otimização de logística de transportes.

Porém, com tantas novidades tecnológicas, é no agronegócio que os engenheiros florestais conseguem adotar uma série de ferramentas para potencializar o uso do campo.

Produção rural pode se beneficiar de muitas ferramentas tecnológicas
Produção rural pode se beneficiar de muitas ferramentas tecnológicas

Nesse sentido, surge então a agricultura de precisão: um método de cuidar do campo com o apoio de tecnologias para resolver as reais necessidades de cada talhão. 

Ela pode servir, por exemplo, para aprimorar o sistema de irrigação da lavoura, evitando o desperdício de água ao garantir que cada área do plantio receba a quantidade do recurso de que efetivamente precisa.

Juntamente a isso, o engenheiro florestal também tem papel importante na elaboração de soluções na fazenda que ajudem a diminuir a emissão de gases estufa, como o metano. 

Um estudo da consultoria McKinsey & Company estima que aproximadamente 15% do gás carbônico emitido no planeta seja proveniente do desmatamento. Mais do que isso, a cada ano, uma área equivalente ao tamanho da Grécia é desmatada. 

O desmate precisará diminuir em três quartos até 2030 para evitar que a temperatura média da Terra suba mais do que 1,5ºC em relação ao nível registrado na era pré-industrial, como tratado pelo Acordo de Paris. 


LEIA MAIS: Agropecuária sustentável para reduzir efeito estufa


Como o engenheiro florestal pode usar a tecnologia no campo

A conectividade é essencial para o desenvolvimento de uma agricultura que possa coletar e analisar informações em tempo real sobre o solo e o plantio. Isso permite que os recursos sejam geridos de forma mais econômica, além de ajudar a reverter falhas de maneira mais eficiente. 

Tal utilização da tecnologia passa pelo uso de soluções baseadas em IoT (Internet das Coisas), gerando uma conexão M2M (machine to machine) entre diferentes dispositivos.O armazenamento desses dados pode ser feito em cloud, permitindo, assim, o acesso dessas informações a partir de qualquer lugar. 

O monitoramento constante do plantio possibilita aos engenheiros florestais o controle sobre eventuais problemas de maquinário, por exemplo. Além disso,  proporciona comunicação entre os aparatos para otimizar o uso dos insumos, evitando que sejam reaplicados, sem necessidade, sobre determinada área.

Soluções como o Vivo Maquinário Inteligente, da Vivo Empresas, ajudam, inclusive, na manutenção preventiva desses equipamentos ao avaliar uma série de indicadores, como a necessidade de troca de óleo ou o uso de combustível, por exemplo.

Tecnologia permite que profissionais monitorem o status da plantação.
Tecnologia permite que profissionais monitorem o status da plantação.

Desafio para a adoção de tecnologia no campo

Aqui, no entanto, há um dilema. Por um lado, a projeção de crescimento da agricultura de precisão é de um salto de US$ 4 bi para US$ 12 bilhões de dólares até 2025, de acordo com um relatório feito pela empresa de pesquisa de mercado e consultoria Global Market Insights. 

Por outro lado, a escassa cobertura de internet de banda larga nas fazendas brasileiras ainda é um desafio.

Dados do último censo agropecuário realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, até 2017, somente 1,4 milhão dos 5 milhões de estabelecimentos rurais no Brasil tinham um ponto de internet no campo. 

E isso não significava, necessariamente, que a fazenda estava conectada por completo.


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Inovações pensadas para o manejo inteligente

Como vimos, o monitoramento da produção permite acompanhar o dia a dia da fazenda e suas reações em relação à mudança de clima, de solo ou de qualquer outra ação que possa afetar a produtividade.

Para isso, câmeras e sensores obtêm uma análise detalhada do solo, incluindo regiões com maior ou menor potencial de produção. Indicam, ainda, a topografia, o tipo de solo e eventuais erros no preparo da terra, na adubação e na irrigação. 

Drones podem ser usados para diversas atividades, desde a demarcação de plantios até a captura de imagens e a análise da plantação.

Nesse sentido, a conectividade é a chave para o engenheiro florestal. Por meio dela, os profissionais terão acesso a uma base de dados, imagens e até mapas que ajudem a tomar melhores decisões no campo.

Com a IoT (Internet das Coisas), as mudanças de rota podem ser feitas imediatamente. Se a previsão do tempo indica chuva, com os dispositivos IoT é possível cancelar qualquer irrigação que tenha sido previamente programada. 

Mais do que isso, a solução permite também gerenciar estoques de sementes, defensivos e peças de maquinário, apoiando a gestão do negócio.

A agricultura também se beneficia de soluções em nuvem. A cloud computing integra todas as informações sobre o plantio e permite que sejam acessadas de qualquer dispositivo conectado à internet. 

Ainda, cria um sistema unificado de produtores, comerciantes e fornecedores. Isso possibilita compartilhar dados sobre condições de plantio e informações sobre o histórico de produções.

Por fim, a nuvem é flexível e permite escalabilidade conforme as necessidades do produtor.

É importante observar que toda a integração de dados exige uma solução de cibersegurança para que o gerenciamento da nuvem e de outros dispositivos seja feito de forma confiável.

Adoção de tecnologias digitais no Brasil

A McKinsey descobriu, em uma pesquisa feita com mais de 750 agricultores brasileiros de 11 diferentes estados, que a nova geração de profissionais está mais aberta à adoção da tecnologia para melhorar a tomada de decisões no campo. 

O levantamento mostrou que, em relação à agricultura de precisão, as ferramentas tecnológicas mais comuns são drones e aplicação de taxa variável (em que cada área do solo recebe insumos de acordo com seu potencial de produção). 

Por outro lado, o sensoriamento remoto e a Internet das Coisas (IoT) são mecanismos com mais potencial de desenvolvimento.


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Conclusão

O agronegócio está passando por mais transformações do que nunca — e a tecnologia pode ajudar os engenheiros florestais a proteger os recursos naturais, proporcionando mais produtividade e economia às propriedades agrícolas.

Da nuvem à Internet das Coisas , há muitas possibilidades para acompanhar o desenvolvimento da lavoura e utilizar recursos de forma cada vez mais inteligente, sem desperdícios.

Para acelerar a digitalização do campo, a Vivo Empresas conta com um portfólio de soluções especialmente pensadas para o agronegócio.

Entre elas estão: Cloud, IoT, Big Data, Ferramentas de Colaboração, Equipamentos, Segurança, Conectividade e TI.

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