Como a digitalização ajuda na organização de centros de distribuição, estoque e logística

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O e-commerce tem desempenhado papel fundamental no período da quarentena. As compras online observaram um aumento tão expressivo que grandes redes, como Carrefour e Pão de Açúcar, podem demorar até 15 dias para concluir a entrega dos pedidos. Isso mostra o quão desafiador é garantir o bom funcionamento dos centros de distribuição, estoques e logística no varejo em um momento de pico de crescimento da demanda.

Então, como manter a produtividade e se preparar para atender o crescimento das compras online? A boa notícia é que a digitalização do setor tem ajudado a estruturar esse processo.

Novos dispositivos, sistemas e ferramentas podem desempenhar um papel central na organização das vendas. Quer saber como?

Neste artigo você verá:

  • O que muda no consumo dos brasileiros?
  • Principais desafios para o varejo
  • Como novas tecnologias podem ajudar?
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Durante a pandemia da Covid-19, o e-commerce precisará suprir uma demanda maior

O que muda no consumo dos brasileiros?

O aumento das compras online já se apresentava como uma das principais tendência para o varejo em 2020, mesmo antes da pandemia. Segundo o Estudo High Tech Retail, realizado pelo Grupo Croma, 43% dos consumidores brasileiros já compravam produtos online em 2019. E a perspectiva era de que em três anos, esse número chegaria a 58%.

Porém, com a pandemia do coronavírus o hábito as compras online se intensificou. Uma pesquisa da Nielsen apontou que, em março de 2020, houve um crescimento maior que a média de novos consumidores do e-commerce. Portanto, mais pessoas estão comprando online pela primeira vez.

O combate à Covid-19 também vem alterando o tipo de produtos mais consumidos. Na primeira quinzena de março de 2020, o Mercado Livre registrou um aumento de 65% de vendas nas categorias de saúde, cuidado pessoal, alimentos e bebidas em comparação com o mesmo período ano anterior.

Álcool em gel, máscaras protetoras e desinfetantes são mais procurados atualmente por ajudarem na prevenção da doença. Além disso, produtos como alimentos, bebidas, papel higiênico e fraldas — considerados como de primeiras necessidades — também são mais comprados na internet. Isso porque as pessoas se sentem mais seguras para comprar online ao invés de irem pessoalmente nos supermercados.

Os principais desafios do varejo

Embora a alta das vendas online traga oportunidades para o varejo, ele também traz desafios. Com a crescente demanda, lojistas e fabricantes estão lidando com a indisponibilidade dos produtos. Atualmente, os consumidores não conseguem comprar 46% dos produtos de cesta básica que procuram.

Isso acontece porque, com a paralisação de várias atividades, está mais complicado fazer a gestão de estoques e da logística. Um dos grandes setores afetados — que impacta diretamente a produção e a entrega de produtos — é o de transportes. 

A atividade transportadora é responsável por cerca de 65% da circulação de mercadorias no país. Todavia, diante das medidas restritivas adotadas durante a pandemia, houve uma queda de 26,14% no volume de cargas transportadas. E isso prejudica o abastecimento de cidades e redes de varejo, além de aumentar o prazo de recebimento das compras.

Para um controle melhor do estoque e evitar o desabastecimento, algumas empresas também adotam medidas restritivas. A rede Pão de Açúcar, por exemplo, limitou a quantidade de determinados itens que os clientes podem comprar. Entre eles estão álcool em gel e produtos de limpeza e higiene, mas também arroz, feijão e carnes congeladas.

Além disso, produtos que dispõem de cadeias de produção global, como itens de moda e eletrônicos, são produzidos em menor escala. E não há previsão de quando tudo voltará ao normal.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), o coronavírus paralisou 24% da indústria eletroeletrônica no Brasil. Isso porque o país importa 42% dos componentes necessários para produzir tablets, celulares, computadores e eletrodomésticos da China.

Mas, para lidar com esses desafios, já existem sistemas, dispositivos e ferramentas capazes de ajudar a manter os negócios em funcionamento.

Como novas tecnologias podem ajudar?

Mesmo em um cenário de crise, empresas que querem garantir as vendas online podem contar com a ajuda da tecnologia. Hoje, a digitalização do negócio e traz diversas possibilidades para tornar os centros de distribuição mais seguros, assertivos e ágeis. E ainda auxiliam na organização do estoque e da logística.

Drones

Com os desafios enfrentados pelo setor de transportes, o uso de drones para entregar produtos se torna uma opção vantajosa. Um exemplo é o United Parcel Services (UPS), que está desenvolvendo um serviço de entrega de medicamentos controlados por drones.

No contexto do coronavírus, além de facilitar a entrega das compras dentro do prazo, a solução ainda ajuda a conter a disseminação da doença, por reduzir o contato entre as profissionais.

Robôs autônomos

Outra tecnologia que pode ajudar os centros de distribuição são os robôs autônomos. Como exemplo, o HandleTM, máquina criada pela Boston Dynamics, já é capaz de fazer os processos de descarregamento e construir paletes.

Com software de visão deep-learning, o robô consegue identificar e localizar os carregamentos. Dessa forma, a tecnologia permite que os ambientes tenham menos pessoas — ou até nenhuma — circulando. Por isso, funciona como uma boa alternativa para evitar aglomerações.

Blockchain

Apesar de ser bastante conhecida pelas criptomoedas, como o bitcoin, a tecnologia blockchain também pode ajudar os varejistas a encontrarem suprimentos com maior rapidez.

Isso porque as cadeias de dados, que são armazenadas e verificadas por todos os usuários da rede, se atualizam a cada movimentação. Além disso, não podem ser alteradas ou destruídas. Então, todas as informações sobre os produtos ficam em um mesmo local, facilitando o gerenciamento da cadeia de suprimentos.

IoT

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A IoT pode ajudar na organização de centros de distribuição estoques e logística

A Internet das Coisas é a conexão de diferentes dispositivos entre si, por meio da internet. A tecnologia integra os mundos físico e digital, facilitando e agilizando a execução de tarefas comuns do dia a dia. Segundo um relatório da Cisco, a IoT vai movimentar US$ 1,9 trilhão somente na cadeia de abastecimento e logística na próxima década.

Com a integração, a tecnologia liga os veículos da frota entre si, às estradas, sinais e, ainda, aos centros de distribuição. Por isso, facilita o monitoramento e o rastreio do transporte de cargas e possibilita um controle maior sobre as frotas.

A IoT ainda pode auxiliar na gestão dos estoques. Com coletores de dados RFID, um método de identificação por radiofrequência, é possível acompanhar com mais precisão os níveis de estoque e agilizar o processamento e a separação dos pedidos.

Conclusão

Para organizações que querem começar a sua jornada IoT, a Vivo Empresas oferece planos de conectividade M2M (Machine to Machine). Eles permitem a conexão entre diferentes dispositivos, como máquinas, drones e veículos.

E como uma boa conexão é fundamental, não somente para suportar o tráfego no e-commerce, mas também para realizar processos relacionados às vendas, a Internet Dedicada é outro serviço que, assim outras soluções pensadas especialmente para o varejo, podem auxiliar o crescimento do setor.

Esperamos que tenha gostado da leitura. Aqui no blog você também pode encontrar mais dicas sobre como os empreendedores estão enfrentando os impactos causados pelo coronavírus com a ajuda da tecnologia.

Até a próxima!

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