A área da saúde vem se beneficiando da tecnologia na última década. Como exemplo, os diagnósticos começaram a identificar doenças de forma precoce e os tratamentos se tornaram mais efetivos. Inegavelmente, o mesmo ocorreu no combate ao câncer.
Todos os anos, são milhares de pacientes, tanto homens quanto mulheres, que sofrem com essa doença. Porém, atualmente, soluções como a Internet das Coisas e até a Inteligência Artificial permitiram uma melhor qualidade de vida a essas pessoas.
Os recursos tecnológicos têm um papel fundamental nessa área: simplificar o dia a dia dos profissionais de saúde, dos pacientes e seus familiares. Além disso, é também a partir deles que é possível coletar mais informações para pesquisas e avanços no controle e cura do câncer.
Em resumo, a modernização de hospitais, clínicas e consultórios traz grandes benefícios no combate ao câncer, bem como outras doenças, além de preparar essas instituições de saúde para o futuro da medicina.
Neste artigo, você verá:
- O cenário do combate ao câncer no Brasil
- A tecnologia como apoio à saúde
- Soluções IoT podem ajudar no combate ao câncer
- Acompanhamento médico sem sair de casa
- Segurança dos dados e privacidade do paciente
- Modernizando hospitais para facilitar a gestão
- Inovações no combate ao câncer
O cenário do combate ao câncer no Brasil
Diversas campanhas de conscientização são realizadas anualmente em prol do combate ao câncer. A princípio, elas têm a finalidade de informar as pessoas sobre a importância dos exames de rotina, que ajudam em uma detecção precoce.
Mas, além disso, as iniciativas de conscientização também são fundamentais para mostrar que um estilo mais saudável de vida pode, em alguns casos, evitar o desenvolvimento da doença.
Apesar desse esforço anual, um grande número de pessoas ainda sofre com diferentes tipos de câncer. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a incidência estimada para novos casos em 2020 era de cerca de 309 mil para homens e mais de 316 mil para mulheres.
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Particularmente, para a população masculina, o principal ponto de atenção é a próstata. Os tumores desenvolvidos nessa região correspondem a 29,2% das ocorrências previstas. Já para as mulheres, o câncer de mama é o de maior incidência, representando 29,7% do total.
Além disso, dependendo de fatores como o estágio da doença quando diagnosticada, ela pode ser fatal. Em 2019, o câncer na Traqueia, Brônquios e Pulmões levou mais de 16 mil homens, enquanto o de mama foi responsável por 18 mil mulheres.
Para reverter esse quadro, é crucial estar atento a novas tecnologias que podem apoiar o combate ao câncer. Por exemplo, soluções que permitam realizar um diagnóstico já nos primeiros sinais ou ainda prever a probabilidade da pessoa desenvolver a doença. Ou ainda inovações que auxiliem em um tratamento mais assertivo e com menos efeitos colaterais, a fim de garantir uma boa qualidade de vida ao paciente.
A tecnologia como apoio à saúde
O uso de ferramentas e soluções tecnológicas na área de saúde vem crescendo gradativamente e foi ainda mais acelerado devido à chegada do Coronavírus.
Hoje, já é possível, por exemplo, contar com a assistência da tecnologia em cirurgias robóticas. Assim, o procedimento consegue ser menos invasivo e dá a possibilidade de uma recuperação mais rápida ao paciente.
Além disso, é possível acompanhar pacientes de forma remota. Nesse caso, é possível trabalhar com o auxílio de dispositivos conectados via Internet das Coisas ou, ainda, por meio de teleconsultas.
Para pacientes que realizam tratamentos de combate ao câncer, evitar o deslocamento e a exposição a filas e aglomerações já pode ser um grande conforto.
Há, ainda, os avanços utilizados para o momento de pandemia, como robôs para atendimento em hospitais e drones para monitorar fluxo de pessoas.
Aliás, as tecnologias inteligentes serão cada vez mais utilizadas na medicina. A Inteligência Artificial, o Machine Learning e até soluções de Big Data são recursos poderosos no sentido de análise e predição.
Por fim, existem dois pontos fundamentais para fomentar essa estrutura digital em instituições de saúde e, assim, trazer mais benefícios aos pacientes e profissionais:
- O primeiro é a base de todas as soluções, que é a conectividade. Por meio de uma conexão rápida e resiliente, é possível acessar o histórico da doença e outras informações que ajudem no atendimento.
- Já o segundo é o ambiente em cloud, que permite o armazenamento desses dados de forma segura e prática. Além de oferecer facilidade no compartilhamento de informações em tempo real.
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IoT pode ajudar no combate ao câncer
Uma das principais tecnologias utilizadas no momento inicial da crise de saúde foi a Internet das Coisas (IoT). Só para ilustrar, a partir da interconectividade entre máquinas, robôs assistentes puderam evitar contato desnecessário entre profissionais de saúde e pacientes de Covid-19.
Esse recurso é especialmente útil quando há a barreira da distância. Portanto, por exemplo, é possível realizar o acompanhamento de pacientes em tempo real via wearables ou dispositivos vestíveis.
Seja qual for o modelo, esses equipamentos acompanham a saúde do usuário, monitorando frequência cardíaca, níveis de estresse e até o volume de oxigênio no sangue. Nos EUA, esse uso é ainda mais amplo, chegando a medidores de glicose e marcapassos conectados.
Na realidade, segundo estudo da Business Insider Intelligence, até 2027 o volume de dispositivos conectados deve aumentar quatro vezes, chegando a 40 bilhões ao redor do mundo.
Nesse cenário, há inclusive experimentos que vão além. Só para exemplificar, a companhia americana Cyrcadia Health desenvolveu o Cyrcadia Breast Monitor, que ajuda no combate ao câncer de mama, identificando-o em estágio inicial.
A inovação funciona a partir de um par de adesivos vestíveis e adaptáveis com oito sensores digitais de temperatura. Por meio deles, é feita a coleta de dados, que são transferidos via bluetooth para o aplicativo da marca.
Com essas informações, obtidas de forma não invasiva, é possível detectar diversas anormalidades precoces do tecido mamário.
Contudo, vale ressaltar que esses equipamentos não substituem uma consulta presencial com um médico, mas ajudam a indicar alterações na saúde e a necessidade de uma maior investigação.
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Acompanhamento médico sem sair de casa
A telemedicina no Brasil foi reconhecida e regulamentada frente à necessidade causada pela pandemia e as medidas de distanciamento social.
Com isso, ganhou destaque e deve ser uma tendência para os próximos anos. Afinal, quase um terço dos consumidores se interessa em ter uma opção de teleconsulta pós-pandemia, segundo relatório da IDC, de outubro de 2020.
Inclusive, com base nessa recepção positiva do público, os provedores de saúde devem aumentar em 70% o investimento em tecnologias de saúde conectadas até 2023.
De forma prática, uma teleconsulta precisa de equipamentos móveis com capacidade adequada, tais como tablet, smartphone ou computador, além de acesso a uma conexão estável. A partir daí, médicos e pacientes já podem iniciar ou dar continuidade ao atendimento de forma segura.
No combate ao câncer de mama, esse é um recurso que humaniza o acompanhamento ao paciente. Principalmente considerando que tratamentos, como radioterapia e quimioterapia, podem causar grandes desconfortos.
Sendo assim, a possibilidade de ser atendido em casa para um acompanhamento de rotina, traz mais conforto e segurança.
Enfim, é possível dizer que todo o atendimento remoto na medicina evoluiu durante a pandemia.
Um bom exemplo é que os aparelhos para exames de diagnóstico já conseguem gerar e armazenar dados. Isso, por sua vez, facilita o compartilhamento com os profissionais de saúde e evita um novo deslocamento do paciente para a retirada dos resultados.
Além disso, através de plataformas de telemedicina, é disponibilizado um prontuário digital do paciente e pode-se até realizar a emissão de laudos a distância.
Novamente, o foco desse recurso não é substituir as consultas regulares, mas oferecer mais uma forma de apoio a quem precisa desse acompanhamento.
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Segurança dos dados e privacidade do paciente
Com o uso cada vez maior de dispositivos conectados e armazenamento de dados médicos em nuvem, a segurança é um elemento-chave a ser considerado. Sobretudo porque as instituições de saúde vêm sendo alvo de operações digitais criminosas.
Para exemplificar, em abril de 2020, a Interpol detectou que os ataques de ransomware, ou sequestro de dados, contra instituições de saúde estavam aumentando. Logo depois, em julho, o Hospital Sírio Libanês sofreu uma tentativa de invasão virtual.
Aliás, segundo a Accenture, o setor de saúde já era foco de 39% dos golpes cibernéticos desde 2017.
Primordialmente, a privacidade dos pacientes quanto a sua saúde é garantida pelo Código de Ética Médica. Porém, atualmente, há ainda mais uma regulamentação sobre dados pessoais, que é a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ela analisa a captação e o armazenamento de informações, bem como a transparência do processo.
Portanto, mesmo para fins de pesquisa do combate ao câncer, por exemplo, é preciso que os pacientes estejam cientes e autorizem o uso dos dados.
Além do mais, essas ameaças digitais podem resultar em uma paralisação dos serviços, o que para instituições médicas é impensável.
Em outras palavras, na saúde a questão da proteção de arquivos e sistemas é ainda mais crucial. Sabendo disso, é preciso ter uma infraestrutura de segurança ampla e de qualidade para proteger os hospitais, seus profissionais e pacientes.
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Modernizando hospitais para facilitar a gestão
O cotidiano nas instituições de saúde é cheio de pressão e decisões difíceis. Ainda assim, para que tudo funcione da melhor forma, é preciso ter uma boa visibilidade dos processos a fim de simplificar também a gestão.
Nesse sentido, a nuvem é uma grande aliada, pois facilita o registro, o acesso e o armazenamento de informações. O acesso a um histórico médico detalhado, por exemplo, pode contribuir para diagnósticos rápidos e tratamentos assertivos.
Além disso, a IoT consegue auxiliar na automatização de serviços básicos, diminuindo filas e entregando um atendimento personalizado. Ou ainda viabilizando o atendimento remoto para casos de acompanhamento constante do paciente, como no combate ao câncer.
Entretanto, há ainda outros usos de inovações que modernizam o hospital e facilitam seu funcionamento.
Apenas como exemplo, os dispositivos conectados podem ajudar a manter um padrão de qualidade e acompanhar a conformidade de processos. Inclusive, 23% das companhias já utilizam a IoT para esse fim, segundo relatório da Gartner. Em hospitais, isso inclui monitorar a higiene das mãos dos profissionais de saúde, bem como a esterilização dos instrumentais médicos.
Da mesma forma, a tecnologia consegue dar suporte na gestão de insumos hospitalares, auxiliando no rastreamento e no controle de estoque. Assim, há diminuição nos riscos de falta ou desperdício de material.
A propósito, essa também é uma maneira de adicionar uma etapa de segurança ao uso de medicações restritas.
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Inovações no combate ao câncer
A medicina está em constante evolução e busca novos caminhos para a cura de muitas doenças, inclusive para o combate ao câncer. Nesse cenário, já existem algumas inovações em desenvolvimento e que podem trazer grandes benefícios a pacientes e médicos.
Vacinas de RNA mensageiro
Na luta contra Covid-19, muitos cientistas focaram no RNA mensageiro com a finalidade de criar formas de imunização para essa doença. Contudo, esse mesmo elemento pode ajudar o corpo no combate ao câncer.
Há 20 anos o imunologista francês Steve Pascolo, da Universidade de Zurique, pesquisa uma vacina para o câncer. O estudo já foi testado em voluntários e se baseia em vacinas exclusivas feitas para agir contra as células tumorais do próprio paciente.
Novos tratamentos
Não é preciso sair do Brasil para encontrar o uso de técnicas inovadoras. Em fevereiro deste ano, uma brasileira recebeu um novo tratamento para câncer de pâncreas. O procedimento foi chamado de eletroporação irreversível com Nanoknife.
A opção tecnológica utiliza agulhas para dar choques de alta voltagem no tumor, o que mata as células cancerígenas. É uma alternativa menos invasiva e com maior chance de sucesso.
Internet of Bodies (IoB)
Uma evolução, por assim dizer, da Internet das Coisas. A Internet of Bodies consiste no monitoramento de corpo humano através de equipamentos conectados.
Como exemplo, vale citar as smart pills, cápsulas com sensores que buscam anomalias no organismo e que podem detectar doenças benignas e câncer.
Embora ainda não sejam amplamente utilizadas ao redor do mundo, a ideia é que a tecnologia sirva como uma alternativa a procedimentos invasivos como a colonoscopia.
Conclusão
Os recursos tecnológicos, tecnologias da nova geração, como conectividade, oferecem uma nova maneira de atuar no combate ao câncer. As inovações buscam sempre técnicas mais humanas, menos invasivas e que tenham grande eficiência na detecção e no tratamento da doença.
Além disso, a tecnologia também contribui com a coleta de dados para trabalhar na conscientização e em pesquisas. Ou, ainda, contribuir para uma maior eficiência nos processos de prevenção.
Entretanto, para que toda essa inovação gere bons resultados, é fundamental construir uma estrutura robusta e segura.
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Até a próxima!