Networking inteligente: IA na rede e o futuro dos MSPs

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A Inteligência Artificial está redefinindo o papel dos MSPs (Managed Service Providers) nas redes corporativas. Mais do que prestadores de serviço, esses parceiros estratégicos estão se tornando orquestradores da transformação digital, atuando com proatividade, inteligência e escalabilidade.

Na terceira edição do quadro “Líder com Líder”, Marcelo Tanner, Diretor Comercial B2B de Grandes Contas da Vivo, recebe Paulo Uehara, Head de Engenharia da Vivo Vita, para uma conversa sobre como a IA aplicada à infraestrutura de rede está acelerando a inovação nas empresas.

Líder com Líder #3

Nesta edição, vamos explorar como a Inteligência Artificial aplicada à infraestrutura de rede está redefinindo o papel dos MSPs (Managed Service Providers) e acelerando a transformação digital das empresas. Em um cenário onde conectividade, segurança e automação são pilares da competitividade, os MSPs evoluem de prestadores de serviço para parceiros estratégicos, capazes de antecipar riscos, otimizar recursos e garantir resiliência operacional.

Para aprofundar essa discussão, recebo Paulo Uehara, Head de Engenharia da Vivo Vita, que compartilhará sua visão sobre como a IA está sendo integrada às redes corporativas e como isso impacta diretamente a performance, a segurança e a escalabilidade dos negócios.

IA e redes corporativas: visão de Paulo Uehara

Marcelo Tanner: Paulo, como você enxerga a evolução da IA aplicada à infraestrutura de rede e seu impacto na atuação dos MSPs?

Paulo Uehara: A IA aplicada à rede está mudando a forma como os MSPs atuam. Antes, o foco era reativo: resolver incidentes quando eles já tinham impacto. Hoje, com modelos de machine learning e automação, conseguimos antecipar falhas, correlacionar eventos e aplicar correções preventivas.

Isso transforma o papel do MSP: deixamos de ser apenas operadores e passamos a ser orquestradores da experiência digital do cliente. O impacto direto é a criação de novos modelos de negócio, com escalabilidade e elasticidade, em que conseguimos atender mais clientes com mais qualidade, sem precisar aumentar proporcionalmente a equipe.

MT: Quais são os principais benefícios que a IA traz para a gestão proativa de redes corporativas?

PU: Diria que temos três grandes benefícios:

  1. Agilidade: reduzimos o MTTR em até 30%, porque a IA já sugere a causa raiz e até as ações de correção.
  2. Eficiência: hoje tratamos cerca de 25 mil chamados por mês; com IA, conseguimos reduzir para menos de 10 mil, sem perder qualidade no atendimento.
  3. Escalabilidade segura: conseguimos adotar modelos “pay as you grow”, em que o cliente só paga pelo que consome, sabendo que a infraestrutura está sempre sendo otimizada em segundo plano.

MT: Quais são os desafios mais comuns na adoção de redes inteligentes e como superá-los com uma abordagem centrada em dados e automação?

PU: O primeiro desafio é cultural: muitas empresas ainda enxergam rede como custo, e não como plataforma de inovação. O segundo é segurança: como garantir que a IA esteja embutida no fluxo, sem abrir brechas de dados sensíveis.

A superação vem de duas formas:

  • Dados bem estruturados: só conseguimos treinar e aplicar IA de forma eficiente quando temos telemetria confiável e padronizada.
  • Automação como disciplina: não é sobre criar scripts isolados, mas sobre construir um workflow que conecta pessoas, processos e tecnologia.

MT: Falando um pouco então sobre o futuro. Como os clientes querem consumir serviços no futuro?

PU: Vemos dois caminhos claros:

  1. A2A (Application-to-Application): empresas que querem consumir serviços de forma integrada às suas próprias aplicações.
  2. Marketplace/consumo elástico: modelos em que o cliente escolhe nível de SLA, profundidade de expertise e paga sob demanda.

O importante é que a arquitetura da Vivo Vita já está preparada para suportar essas modalidades, dando ao cliente a liberdade de escalar seus serviços conforme necessidade, sem fricção.

MT: Hoje a Vivo Vita é uma unidade de negócio da Vivo. Qual o papel dela dentro do portfólio de ofertas da Vivo? Você pode falar um pouco sobre como vocês agregam valor ao nosso negócio?

PU: A Vivo já é reconhecida como líder em conectividade no Brasil. O papel da Vivo Vita é expandir esse valor para dentro do ambiente de TI do cliente.

Enquanto a Vivo entrega o “link”, nós entregamos a experiência de ponta a ponta: monitoramento, segurança, relatórios de desempenho, automação e agora IA.

Isso gera três camadas de valor:

  1. Tranquilidade: o cliente não precisa manter um time grande e caro de especialistas.
  2. Escala: conseguimos suportar o crescimento do cliente sem comprometer a performance.
  3. Inteligência: transformamos a rede em um ativo estratégico, que suporta inovação e diferenciação de mercado.

Marcelo Tanner: Agradeço ao Paulo pela troca rica e inspiradora. Fica claro que o futuro das redes corporativas passa pela inteligência, pela automação e pela capacidade dos MSPs de atuarem como verdadeiros orquestradores da transformação digital.

Aos líderes que nos acompanham: investir em redes inteligentes é investir em agilidade, segurança e escalabilidade. Conte com a Vivo Empresas como sua parceira em soluções de conectividade avançada, IA aplicada e gestão estratégica de infraestrutura. Até a próxima edição!

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Sobre Marcelo Tanner

Sou o novo Diretor Executivo de Vendas responsável pela gestão de Grandes Contas na Vivo Empresas. Com 25 anos de carreira e mais de 15 anos de atuação na Vivo, tenho dedicado minha trajetória à transformação digital de empresas em todo o Brasil. Minha missão é formar times de alta performance, desenvolver talentos e entregar resultados com excelência, sempre com foco na satisfação dos nossos clientes.

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