Ao longo de 2020, o setor educacional precisou se adaptar rapidamente para garantir a continuidade dos serviços. Da noite para o dia, professores, estudantes, pais e responsáveis tiveram que lidar com o fechamento de escolas e universidades e se adaptar ao online. Nesse cenário, as edtechs, startups especializadas nesse segmento, despontam como apoiadoras desse processo.
Logo em março de 2020, mais de 776 milhões de crianças e jovens deixaram de frequentar a escola, segundo levantamento feito pela Unesco. Se, por um lado, a falta do contato físico teve impacto direto no ensino, por outro, soluções digitais ajudaram em meio a essa brusca transição.
Quer saber mais sobre o assunto? Neste artigo, você vai ver:
- O panorama das edtechs no Brasil;
- Soluções tecnológicas para a educação;
- Ferramentas para viabilizar o acesso financeiro de estudantes;
- Os benefícios da adoção da tecnologia nas escolas;
- A digitalização como aliada no processo de democratização de ensino
Panorama atual das edtechs no Brasil
As estatísticas do Censo da Educação Superior comprovam que a tecnologia já vinha sendo adotada na educação antes da pandemia da Covid–19. De 2009 a 2019, observou-se um aumento expressivo de 378,9% no número de ingressantes em cursos de ensino superior a distância, versus a alta de 17,8% em cursos presenciais na mesma década.
Para atender essa demanda crescente, entre 2012 e 2017 foram fundadas 200 startups no setor da educação — também conhecidas como edtechs (abreviação de education technology, ou tecnologia educacional). Segundo dados do Distrito EdTech Report 2020, o Brasil contava com 559 companhias no setor à época.
Ainda que a crise recente tenha escancarado as diferenças de oportunidades e cenários dentro do território brasileiro, a transformação digital pode ser uma forte aliada no processo de democratização da educação.
Isso porque, apesar das incertezas geradas pela crise atual, a consultoria IDC espera crescimento em TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) no ano de 2020 em áreas como Cloud e Segurança da Informação.
LEIA MAIS Escolas superconectadas dão aulas a distância
Soluções tecnológicas para educação
Entre as 559 edtechs listadas na apuração da Distrito, nota-se que parte delas se dedicam a oferecer soluções para o ensino tradicional, do primário ao superior. Outras, direcionam suas soluções à educação continuada e ao desenvolvimento de habilidades comportamentais (chamados de ‘soft skills’), que não costumam ser ensinadas nas escolas.
Do mesmo modo, a transmissão de conhecimentos sobre novas habilidades técnicas exige também novas ferramentas de aprendizado.
Para as instituições de ensino, as aplicações criadas pelas edtechs incluem soluções para problemas básicos, tais como a gestão de cronogramas, de grades curriculares e a comunicação entre a escola e alunos ou responsáveis.
Mas, além deles, as startups também trazem ferramentas para integrar a tecnologia no dia a dia escolar, permitindo que os conteúdos sejam apresentados de novas maneiras.
Ainda, a inovação promove a geração de dados e análises que permitem criar planos de ação para melhorar os resultados do processo educacional, medindo a eficácia das práticas estabelecidas.
Os dados do estudo Distrito EdTech também revelam que o segmento das instituições dedicadas ao aprendizado contínuo é o que mais recebe aplicações desenhadas pelas startups. Esse recorte reafirma o movimento crescente de profissionais que buscam aprofundar seus conhecimentos ou adquirir novos – inclusive para eventuais mudanças de carreira.
Em contrapartida, o levantamento aponta que ainda há poucas soluções desenvolvidas para a educação infantil.
Entre as 10 principais edtechs do país (selecionadas de acordo com número de funcionários, faturamento, funding e métricas de redes sociais), nenhuma apresenta soluções específicas para essa categoria. Isso mostra que ainda há um campo vasto a ser amplamente explorado.
LEIA MAIS: Por que a tecnologia e a educação devem andar juntas?
Ferramentas para facilitar o acesso financeiro
Para além da sala de aula, há uma série de startups que trabalham para facilitar, financeiramente, o acesso dos alunos a instituições de qualidade. Crédito estudantil, bolsas de estudos e até crowdfunding estão entre as opções para viabilizar a educação.
Nesse aspecto, as soluções são, prioritariamente, direcionadas para o ensino fundamental (especialmente com bolsas de estudo) e o ensino superior (modalidade de crédito estudantil). Em outras palavras, o acesso financeiro à educação infantil ainda é um desafio mesmo para as novas empresas do setor.
Benefícios da adoção da tecnologia nas escolas
Ainda que mais de 70% dos brasileiros tenham acesso à internet, uma parcela significativa da população permanece desconectada. Ao mesmo tempo, quase a mesma fatia (28,2%) não tem acesso à educação.
São crianças e adolescentes entre 6 a 14 anos os que não vão à escola, além de analfabetos de 15 anos ou mais e jovens e adultos a partir de 16 anos sem ensino fundamental completo, de acordo com dados do IBGE divulgados pela agência Pública. Isso porque, conforme a apuração indicou, parte deles não tem recursos financeiros suficientes para estudar.
Nesse sentido, o uso da tecnologia pode ajudar a aumentar o alcance da educação, ao disponibilizar soluções mais acessíveis. A massificação de infraestrutura computacional é um fator que pode ajudar na diminuição de custos e possibilitar a construção de pólos tecnológicos em localidades com menor acesso.
Além disso, a digitalização da educação permite que as instituições busquem novas formas de transmitir conteúdo e melhorar o ensino.
Um bom exemplo é a gamificação, prática que se enquadra em metodologias ativas de aprendizagem — aquelas em que o aluno deixa de ser um receptor do conteúdo e ganha um papel ativo e importante no processo cognitivo.
Em outras palavras, a tecnologia proporciona a evolução e a adaptação a diferentes realidades.
LEIA MAIS: Digitalização da educação: conheça as vantagens
A digitalização como aliada do ensino
Como começar na implementação de ferramentas tecnológicas, para levar educação de qualidade a cada vez mais pessoas? A computação em nuvem (ou cloud computing) é um dos caminhos mais assertivos para este fim.
Com ela, é possível armazenar, gerenciar e processar mais rapidamente dados e informações. Isso diminui o risco de perdas e danos e facilita, também, o acesso remoto, por meio de qualquer dispositivo ligado à internet.
Outra importante vantagem é a de que os ambientes em nuvem dispensam a compra de diversas estruturas físicas, o que reduz os custos de implementação e manutenção no orçamento de tecnologia.
Ainda, o cloud conta com diversos recursos de segurança cibernética, que seguem normas regulatórias rigorosas, respeitando a confidencialidade dos dados armazenados. Esse recurso é especialmente importante para assegurar que as informações de alunos e professores estejam protegidas, em cumprimento à nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
ASSISTA AGORA: Webinar | Os benefícios de migrar para a nuvem e como fazer isso com segurança
Outras soluções otimizam a segurança online e proporcionam uma navegação confiável para docentes e discentes, como soluções que bloqueiam ataques contra aplicativos e sites ou que identificam ameaças virtuais.
Há, ainda, tecnologias digitais que aperfeiçoam o download de documentos e arquivos, criando um ambiente livre de riscos aos equipamentos conectados.
Juntamente com a cloud e com esses dispositivos de cibersegurança, diferentes ferramentas apoiam o desenvolvimento dos alunos, permitindo que criem conteúdos em diversos formatos.
O Microsoft 365, por exemplo, inclui os programas Word, PowerPoint, Excel e OneNote, que são acessados virtualmente. Além desses, há uma infinidade de outros softwares que estimulam a criatividade dos estudantes e auxiliam as atividades escolares, possibilitando também o fácil compartilhamento de materiais.
Conclusão
Em síntese, o setor educacional precisou, como outros, se adaptar rapidamente aos desafios remotos impostos pelo coronavírus. E isso mostrou como, ainda, há espaço para inovação, especialmente quando apoiada pelo uso de ferramentas tecnológicas.
Do ensino de conteúdos específicos até o aumento na procura por educação continuada, são muitas as soluções para os diferentes cenários existentes no país, como revelou o levantamento Distrito EdTech Report 2020. Ainda assim, algumas categorias representam desafios em termos de facilidade de financiamento e novas maneiras de ensinar, como a educação infantil.
Por último, vimos como a computação em nuvem desponta como um recurso-chave para encurtar a distância ao acesso à educação. Além isso, ainda oferece uma usabilidade amigável e permite o acesso seguro, de qualquer lugar, desde que haja conexão à internet.
Nesse sentido, a Vivo Empresas oferece um portfólio de serviços dedicados a apoiar a digitalização de escolas, universidades e outras instituições. São soluções em cloud, segurança e colaboração que suportam a evolução do setor.
Para isso, a companhia ainda oferece serviços em Conectividade, com Rede Móvel, Voz Fixa e Banda Larga, além de aluguel de Equipamentos de microinformática e aplicações baseadas em internet das coisas (IoT).
Quer saber mais sobre como a tecnologia vem impulsionando o desenvolvimento do setor da educação? Confira:
- IoT nas escolas: dispositivos conectados promovem retorno presencial mais seguro
- EAD e tecnologia transformam o futuro da educação e impulsionam inovação