Como a tecnologia aprimora os esforços de professores e escolas

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A relação entre o professor e tecnologia é alvo de discussões e debates constantes. Conforme surgem os avanços tecnológicos , é sempre retomada  a conversa ao redor do papel do educador no processo formativo.

Generalizando, estas discussões revolvem sobre a expectativa de o ensino à distância tornar escolas obsoletas. Debates como estes nasceram com o advento dos rádios, da televisão, dos computadores e, no momento, voltam à tona com a popularização da internet.

Mas, toda vez que argumentos semelhantes reaparecem, o resultado tende a permanecer idêntico: o professor e a tecnologia trabalhando lado a lado, sem que um substitua o outro. Ademais, uma breve exploração da história indica que esta relação vem de longa data, com o filósofo Sócrates comentando sobre a incapacidade de obras escritas providenciarem um ensino completo.

Dentro deste contexto – e tendo em foco as tecnologias digitais – é importante entender como o cenário atual afeta essa relação. A fim de examiná-la, então, este artigo abordará:

  • O avanço da adoção de novas tecnologias na sala de aula;
  • Como ferramentas já conhecidas pelo público contribuem cada vez mais no ensino;
  • O que é a Tecnologia Educacional (TE);
  • Gamificação e demais novidades técnicas;
  • A presença e vantagens da tecnologia na gestão de escolas.

Professor e tecnologia andam de mãos dadas

Professor usando mesa interativa em sala de aula
União entre professor e tecnologia possibilita novas formas de ensinar e aprender

Entre a difusão do acesso à internet, a popularidade dos smartphones e os desafios da pandemia, os professores precisam se adaptar constantemente.

Esta ideia é reforçada pela reportagem publicada em setembro de 2021 pela revista Exame, que sugere que o primeiro desafio dos docentes é alcançar o interesse dos seus alunos. Assim como produtores de conteúdo online, educadores também competem pelo engajamento dos alunos. Objetivo, este, dificultado pela atenção reduzida, de acordo com diversas pesquisas.

Contudo, o cenário pós-pandemia forçou a adoção de aspectos digitais mesmo nas escolas mais tradicionais. Em meio a uma juventude que já cresce com acesso a dispositivos conectados, esta mudança, aproximando professor e tecnologia, aumenta as chances de cativar o estudante. 

Inclusive, em anos recentes, escolas e legislações têm sofrido mudanças para permitir smartphones em salas de aula, como foi o caso do estado de São Paulo em 2017, por exemplo.

Por consequência, também aumentam as opções tecnológicas, incluindo um crescimento nas startups focadas em aprimorar o ensino. Ademais, ferramentas mais tradicionais (como a suíte de aplicativos da Google ou serviços de armazenamento na nuvem) permeiam cada vez mais a rotina do setor.

Pequenos passos: ferramentas antigas, novas vantagens

A adoção de recursos colaborativos, por si só, já traz vantagens à educação. Como exemplo, torna mais rápida a troca de informações e o recebimento de provas e atividades – economizando papel no processo. Adicionalmente, ao utilizar soluções disponíveis em smartphones, o professor faz uso da tecnologia para se aproximar de sua classe de modo mais orgânico.

Outra vantagem é uma comunicação mais transparente entre todos os envolvidos. Por exemplo, o compartilhamento digital de documentos facilita a troca de informações com a coordenação, a distribuição de gabaritos para provas e até mesmo a argumentação em reuniões com pais.

E, tratando-se de reuniões, também ganham muito com as soluções digitais. Encontros de emergência podem ser viabilizados online, sem perder tempo com locomoção e nem o desafio do agendamento de salas em um curto prazo. Ademais, a assiduidade dos pais em conferências com a comunidade também aumenta, já que podem interagir pela internet.

Contudo, a exploração das vantagens dessas soluções não estaria completa sem olhar para o mundo dos professores particulares. Primeiramente, este grupo normalmente conta com a possibilidade de realizar seu ofício totalmente à distância – economizando tempo, papel e combustível. Ferramentas de comunicação online também contribuem, permitindo que alunos tirem dúvidas fora dos horários de aula.

Não por menos, conforme indica outra publicação da Exame, cerca de 60% dos profissionais entrevistados acreditam que o processo de inovação educacional foi acelerado consideravelmente pelas condições enfrentadas em 2020. 58% também dizem que o professor verá mais valor na tecnologia como fruto disto.

Mas não só as ferramentas já conhecidas ajudam os educadores. Novos avanços, específicos ao setor do ensino, surgem constantemente – inclusive recebendo um nome especial.


LEIA MAIS: O futuro através das novas tecnologias na educação


Conhecendo o mundo da Tecnologia Educacional 

Antes de entrar em detalhes, é bom deixar algo claro: nem toda tecnologia utilizada em escolas se encaixa no termo ‘Tecnologia Educacional’ (TE). Isso porque este nome é reservado especificamente a novas soluções desenvolvidas exclusivamente para o ensino. 

Então, as ferramentas tradicionais supracitadas, apesar de úteis no ensino, não contam como Tecnologia Educacional.

Desse modo, engloba mais do que apenas novos softwares escolares, como sugere artigo publicado pela Universidade de San Diego. Mais do que um simples uso da TI em instituições de ensino, a ideia de Tecnologia Educacional abrange qualquer solução, técnica ou mídia aplicadas à comunicação e ao desenvolvimento do conhecimento.

Se você já segue conteúdo relacionado à tecnologia em geral, algumas das novidades da TE podem parecer um tanto óbvias. Assim como outros setores da economia já fazem uso da inteligência artificial, Big Data e IoT, a educação também vem tirando proveito destas ferramentas.

O objetivo, ao final, é simples: reconhecer que cada indivíduo aprende ao seu modo e ritmo, personalizando suas experiências e aprimorando a qualidade do ensino.

O professor e a tecnologia educacional: alguns exemplos práticos da TE

Apesar do objetivo em comum, as diversas soluções em TE atuam de formas distintas e únicas. Para melhor compreender o alcance deste leque de novas ferramentas, veja abaixo algumas das tendências mais interessantes:

1. Mais interatividade com a gamificação

Com o aumento das opções de entretenimento, os jovens, naturalmente, têm aderido aos video games de última geração. Seja para jogar em dispositivos dedicados em casa, ou mesmo no celular. Uma reação natural, então, na busca por opções que prendam a atenção dos alunos, é a aplicação em aula de técnicas encontradas nos jogos.

E este é justamente o objetivo da gamificação. Geralmente utilizando aplicativos para smartphones, esta tendência utiliza diversas ferramentas e funções para trazer mais interatividade ao ensino. As formas de tornar o processo mais interativo, porém, variam muito de acordo com a técnica utilizada.

Por exemplo, apps podem “premiar” o aluno de acordo com certas conquistas, semelhante ao que ocorre em certos jogos. Ademais, a adoção da gamificação também demonstra um retorno do gênero “Edutainment” (combinação das palavras inglesas “educational entertainment” ou “entretenimento educacional”). Em outras palavras, jogos com elementos educacionais, que entretém ao mesmo tempo que ensinam.

2. Realidade virtual: usando a tecnologia para aproximar o aluno e o professor ao conteúdo

Uma grande dificuldade para várias áreas do conhecimento é abordar o tema de uma forma completa e permitindo uma compreensão detalhada. Seja para explicar formas geométricas complexas ou explorar cenários históricos da antiguidade, a distância entre o aluno e a matéria pode dificultar o aprendizado.

Deste modo, a aplicação de realidade virtual pode representar o complemento necessário para quebrar barreiras. Assim, o aluno pode manipular formas e objetos que, sob condições normais, não estariam ao seu alcance.

Ou mesmo, caso a instituição possua condições, podem ser utilizados óculos de realidade virtual. Deste modo, a classe se torna 100% imersa no conteúdo, seja para visualizar aspectos geográficos ou momentos históricos distantes.

Inclusive nota-se que estas tecnologias podem ser utilizadas lado a lado com a gamificação – por exemplo, o tutor pode criar quebra-cabeças em três dimensões que demandam uso do conhecimento adquirido em aula. Desta forma, o professor utiliza a tecnologia para que alunos possam interagir mais a fundo com o problema apresentado, recompensando-os por resultados positivos.

3. Usando inteligência artificial para fornecer uma experiência melhor

Outro desafio enfrentado no ensino mundo afora é o dilema de alcançar um bom ritmo de ensino que se encaixe para classes com dezenas de alunos, cada um aprendendo ao seu ritmo distinto.

Para lidar com esta questão, soluções de inteligência artificial – alimentadas por Big Data e Machine Learning – estão sendo desenvolvidas e testadas mundo afora. Uma utilidade já posta em prática para esta tecnologia é a aplicação da IA como uma espécie de orientador ou guia virtual. Liberando, desta forma, o tempo que professores e assistentes utilizariam para tirar dúvidas de alunos.

Mas as opções não precisam parar por aí, já que o mundo de IAs é repleto de possibilidades. É viável, por exemplo, o desenvolvimento de uma aplicação que dê suporte ao professor no planejamento de aulas, ou na correção e avaliação de testes. Sendo um mercado novo, os usos viáveis de inteligência artificial são vastos e, em grande parte, inexplorados, tornando-se impossível listar todos os usos plausíveis desta tecnologia.


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Como o mundo digital auxilia a gestão do ensino

Professor ensinando em sala de aula com tablets
A partir da automação e da cultura guiada a dados, soluções digitais também podem otimizar a gestão educacional

Além das diversas vantagens supracitadas (e mais tantas outras) beneficiando o professor, vale notar a importância da tecnologia para a gestão de escolas e instituições de ensino.

Em primeiro lugar, os benefícios tradicionais da adoção de ferramentas digitais (maior agilidade, menos uso de papel, etc.) também são válidas e igualmente importantes aqui. Indo além, o gestor conta com uma série de opções importantes e altamente úteis para o seu trabalho.

De modo geral, estas vantagens surgem como resultado de avanços em Big Data e IoT (Internet das Coisas), dando suporte tanto na gestão da instituição de modo geral como na organização das aulas em si. Por exemplo, dispositivos conectados podem ser usados para controle da assiduidade dos alunos, agilizando a “chamada” nas aulas e garantindo dados mais exatos aos gestores, o que pode ser útil em reuniões com os pais ou em âmbito jurídico.

Ademais, há casos em que a escola nem sequer precisa de dispositivos especializados. Afinal, como indica uma reportagem publicada em janeiro de 2021 pela Business Insider, a presença de telefones celulares conectados à internet está cada vez mais ubíqua entre crianças e adolescentes.

Segundo pesquisa citada no texto, imagina-se que mais de 80% dos jovens americanos de 13 a 17 anos tenham um smartphone. Apesar destes dados virem dos Estados Unidos, é difícil imaginar que a situação seja diferente no Brasil, país onde 9 em cada 10 cidadãos possuem um celular. É possível, então, fazer bom proveito desta presença quase constante através da rede Wi-Fi da instituição.

A gestão de redes e seu papel nas escolas

Redes inteligentes, que necessitam de login e captam dados quando o estudante se conecta, fornecem dados que a escola ou universidade pode aproveitar para tomadas de decisão vitais. Isto, é claro, além de garantir que todos estejam conectados à internet, o que traz seus próprios benefícios.

Contudo, também é vital realizar uma boa gestão da rede em si. Afinal, quanto maior o volume de acessos, maiores os riscos. Seja para garantir a segurança ou para direcionar os recursos de acordo com as necessidades, garantindo estabilidade e velocidade, é necessário ficar de olho na rede – ou, mesmo, tercerizar a sua gestão.

E isto sem falar na importância de uma conexão de backup, especialmente se a escola visa agregar mais soluções tecnológicas. Desta forma, se uma rede sai do ar, a instituição não fica às escuras e pode se manter conectada e funcionando normalmente.

Conclusão

Em um mundo momentaneamente tomado por desafios na educação à distância, a tecnologia traz oportunidades para um futuro mais rico no setor educacional.

E, para ajudar a construir um futuro mais digital, tanto o gestor quanto o professor podem contar com soluções baseadas em Conectividade e em Cloud, como as oferecidas pela Vivo Empresas,  para alcançar mais alunos, organizar seus trabalhos e garantir acessibilidade a documentos, arquivos e aplicativos vitais. Soluções, estas, complementadas pelo serviço de Segurança Digital, evitando que alunos, tutores e as escolas se tornem reféns de brechas na rede.

Para ir além, a Vivo Empresas também oferece soluções em IoT e Big Data, possibilitando o pontapé inicial e um forte impulso na adoção de novas técnicas para aprimorar a qualidade do ensino. 

No ensino presencial, as escolas também podem contar com o Vivo Social Wi-Fi.  Esta solução em internet compartilhada permite logins personalizados e realização de pesquisas, além de facilitar o monitoramento da rede e mapeamento dos espaços para uma melhor gestão. Ademais, suas opções de captura de dados e estatísticas permitem a melhoria contínua dos serviços.

Com o apoio destas aplicações, aproximando o professor à tecnologia, o mundo digital age em favor de uma educação mais completa. 

Para saber mais como esses mundos interagem e as vantagens das novas tecnologias no ensino, confira os artigos a seguir:

Até a próxima!

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