Em algum momento da sua vida, você já baixou um app de jogos online, leu um e-book, ouviu um podcast ou assistiu a uma videoaula? Se a resposta for sim, significa que, muito provavelmente, de alguma forma, os infoprodutos já impactaram seu dia a dia.
Seja para entreter, aprender novas habilidades, melhorar a produtividade, conseguir uma renda extra, ampliar a atuação empresarial ou até mesmo investir financeiramente, os produtos digitais são uma realidade cada vez mais presente ao redor do mundo.
Se os infoprodutos já vinham crescendo mesmo antes da pandemia de covid-19, a ampliação do setor, proporcionada pela crise sanitária somada às novidades tecnológicas (por exemplo, metaverso e conexão 5G), tornam a produção online algo que irá impactar ainda mais a experiência dos usuários e o mundo dos negócios.
Para você entender melhor o tema, acompanhe nosso artigo. Aqui, você verá:
- O que são infoprodutos
- Principais categorias de infoprodutos
- Crescimento do mercado de produtos digitais
- Como a tecnologia viabiliza os infoprodutos
O que são infoprodutos?
Podemos defini-los como produtos distribuídos via internet, em formato exclusivamente digital. Dessa forma, o termo refere-se a todo o conjunto de material elaborado de maneira digital e exposto na web, podendo ser acessado por smartphones, tablets, computadores e demais dispositivos.
Trata-se, portanto, de uma mercadoria intangível, que não existe no mundo físico. Embora a experiência final possa ser semelhante (uma música pode ser ouvida em rádio, discos ou streaming, por exemplo), a diferença para o analógico é que a internet é indispensável para acessar, pelo menos no primeiro momento, esses conteúdos digitais.
Os infoprodutos não necessariamente precisam ser vendidos, boa parte é disponibilizada de graça. Em troca, o usuário oferece seu tempo ou seus dados, considerados fontes valiosas de recursos para as empresas.
Há muitas utilidades para esses conteúdos. Do ponto de vista do usuário, a finalidade pode ser o aprendizado para fins acadêmicos, pessoais ou profissionais, o entretenimento, para ficar bem informado sobre assuntos de interesse etc.
Para o empresário, os infoprodutos podem ser uma ferramenta valiosa para nutrição e captação de clientes, dentro da estratégia conhecida como marketing de conteúdo. Além disso, podem ser usados para gerenciamento de equipe, treinamento de funcionários e outros objetivos.
Por fim, esses conteúdos também são direcionados para o empreendedorismo individual, por meio da criação ou da venda de itens digitais. Podem até mesmo ser utilizados para especulação financeira, por exemplo, de NFTs.
Principais categorias de infoprodutos
Existem muitas categorias de produtos online. Podemos citar videoaulas, videotutoriais, e-books, podcasts, plataformas diversas (de edição de imagens, workspace etc.), aplicativos, webinars e muito mais.
Conheça as características dos principais infoprodutos e como eles podem ser utilizados.
Videoaulas e cursos online
Esses tipos de produtos digitais são um dos mais versáteis e vendáveis que existem, abrangendo desde cursos livres à educação a distância, certificada pelo MEC. Praticamente todo tipo de conhecimento pode ser transmitido por audiovisual e contar com ferramentas de avaliação, espaços para tirar dúvidas, apostilas etc.
O investimento para criação desses itens costuma ser alto. Em contrapartida, são rentáveis e podem ser vendidos em larga escala durante meses, ou até anos, dependendo do tema.
Os canais de veiculação também são diversos, como plataformas de infoprodutos, site próprio, área de membros de redes sociais e outros.
E-books
São utilizados principalmente em caráter educativo. Com a vantagem de ser mais barato e simples de criar, o e-book pode tanto ser o infoproduto final quanto um material intermediário para captar clientes e vender itens de maior valor agregado, como mentorias, consultorias ou assinatura em plataformas.
Livros digitais também podem ser desenvolvidos para o entretenimento, sendo muito comum, nesses casos, a segmentação para os públicos infantojuvenil. Além disso, o e-book não precisa, necessariamente, ter o texto como o principal meio discursivo. Diversos materiais dessa categoria são compostos por imagens, fotos, ilustrações, infográficos e outros recursos.
Um outro infoproduto relacionado ao e-book é o videobook, cuja característica é entregar o mesmo conteúdo do livro, porém em formato audiovisual.
Videotutoriais (screencasts)
Essa categoria tem algumas semelhanças com a videoaula, mas se diferencia por ser produzida essencialmente com capturas de vídeo da tela do notebook ou celular. Assim, são tutoriais, em geral, utilizados para ensinar ao usuário a utilização específica de algum software ou plataforma.
Muitas empresas investem em conteúdos educativos para reduzir o investimento em atendimento, visto que esse tipo de material ajuda a dirimir as eventuais dúvidas dos clientes.
Quem deseja empreender pode utilizar a estratégia de disponibilizar de forma gratuita screencasts de nível básico, para, posteriormente, vender aulas de nível avançado.
Podcasts
O podcast é um dos infoprodutos mais simples de se elaborar, sendo ideal para quem produz conteúdo frequente ou aborda temas atuais. Extremamente versátil, pode ter caráter informativo, educativo, de entretenimento e com segmentação em diversos temas e nichos de audiência.
O uso comercial da ferramenta também é amplo. É possível lucrar, por exemplo, com uma estratégia de divulgação para vender outros produtos. Também é viável rentabilizar oferecendo anúncios durante a programação ou disponibilizando a emissão a apenas um grupo de assinantes. Esses programas podem ser hospedados em plataformas, sites próprios, na nuvem etc.
Lives
Isso mesmo, esse formato audiovisual, tão popular na fase crítica da pandemia, também pode ser considerado um infoproduto. Embora tenha se tornado mais popular nos últimos dois anos, já era utilizado antes, e pode ter um valor estratégico muito além da transmissão ao vivo.
Lives são ferramentas eficazes para lançar outros artigos, como cursos ou mentorias. Esses tipos de transmissões funcionam como uma espécie de aula inaugural gratuita, com o objetivo de atrair o público para a compra da mercadoria digital principal.
NFTs
Os tokens não fungíveis (em inglês, non-fungible token) são arquivos digitais (fotos, músicas, vídeos, obras de arte) protegidos pela tecnologia de blockchain, o que garante uma espécie de selo de autenticidade.
A lógica é parecida com o que ocorre no mundo das artes físicas: mesmo que uma pintura possa ser reproduzida, a original tem um valor incomparável, por ser algo único no mundo.
Produtores de conteúdo web podem transformar as próprias criações, como memes, postagens, avatares de jogos, em NFTs, em um processo que envolve o uso de criptomoedas. Dessa forma, esses itens únicos podem se valorizar ou desvalorizar com o tempo, atuando como uma espécie de ativo de alto risco. Veja, aqui, os cinco NFTs mais caros comercializados em 2021.
Crescimento do mercado de produtos digitais
A crise sanitária impulsionou bastante o mercado de infoprodutos, por causa do distanciamento social. No entanto, esse mercado já estava em ascensão mesmo antes do coronavírus.
Esse crescimento pode ser medido pelos números do investimento em mídias digitais, computados pelas pesquisas Digital Adspend, da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau). Segundo o estudo, de 2018, foram gastos R$ 14,8 bilhões em publicidade online em 2017, crescimento de 25,4% em relação a 2016. Já a pesquisa de 2020/2021 demonstrou um gasto de R$ 16 bilhões em 2018 e de 23,7 bilhões em 2020, um acréscimo de 48% no período.
A expansão do mercado de infoprodutos também foi mensurada pela EAD, plataforma que hospeda cursos online. Segundo a organização, houve uma evolução de 300% na procura pelos recursos de e-learning da empresa, na pandemia.
De acordo com o relatório Digital Content Market Report 2021-2027, da Valuates Report, a projeção é de que o comércio de conteúdo digital cresça 5,9% ao ano até 2027. Se, em 2020, foram movimentados mundialmente US$ 161,54 milhões em artigos online, a estimativa é de que esse valor atinja US$ 241,65 milhões no final do período.
O metaverso é uma das inovações tecnológicas que irá aquecer esse mercado. Com o recurso, os usuários terão uma experiência imersiva na web, criando infinitas possibilidades para uma vivência 3D mais próxima do universo real. Isso deverá mudar radicalmente a forma de acessar aulas, jogos, redes sociais, fazer compras e realizar outras atividades na internet.
Além disso, a tecnologia 5G também expandirá o cenário. Assim, com o aumento da velocidade de conexão e a ampliação da conexão, os produtos digitais terão mais alcance e poderão ser acessados de forma mais rápida, inclusive por smartphones.
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Infoprodutos são o futuro das empresas de sucesso
Com os produtos digitais, as opções de educação formal e informal, entretenimento e acesso à informação rompem as barreiras da realidade tangível. Profissionalmente, também trazem excelentes oportunidades para empreender ou ampliar a atuação empresarial.
E isso é apenas o começo, frente ao mundo de possibilidades que novas tecnologias, como o metaverso e a conectividade 5G, além da popularização das NFTs, irão trazer. Para Nigel Fenwick, VP, Principal Analyst da Forrester, até 2030, toda companhia de sucesso será uma empresa de produtos de software, ou híbrida entre os mundos virtual e físico.
Dessa maneira, é fundamental que as corporações busquem estratégias para se fortalecer no online o quanto antes, pois a disponibilização de mercadorias e serviços exclusivamente digitais ainda não faz parte da realidade de muitas organizações brasileiras.
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Até a próxima!