Veja como a Vivo, a Raízen e a Ericsson, em parceria com a EsalqTec, utilizam a Internet das Coisas (IoT) em soluções voltadas para o agronegócio.
A parceria com a tecnologia é inevitável para garantir o desenvolvimento do campo. Além de maximizar a produção, em quantidade e qualidade, a Internet das Coisas (da sigla em inglês IoT) também oferece soluções que resolvem os principais desafios encontrados pelos agricultores. Por isso, grandes empresas se juntaram para desenvolver projetos no Brasil que focam a agricultura de precisão por meio da IoT.
No entanto, antes de conhecer quais são os projetos em desenvolvimento nessa área, é importante dar um passo para trás e compreender o que de fato é a Internet das Coisas.
Quer saber mais? Então, continue a leitura e veja como ela pode ser usada para ajudar os agricultores.
O que é a Internet das Coisas (IoT)?
Falando de forma abrangente, a Internet das Coisas funciona como um grande sistema nervoso. Aliás, ela é a grande responsável pela comunicação entre máquina e máquina via Internet, fazendo com que diferentes objetos compartilhem dados e informações para concluir tarefas pré-determinadas. Para que isto funcione, sensores e dispositivos, além de um sistema de computação, são utilizados para analisar os dados recebidos e gerenciar as ações de objetos, como carros, máquinas industriais e bens de consumo.
Sendo assim, a internet das coisas possibilita a troca de informações entre diversos pontos. A partir do momento em que diferentes “coisas” estão conectadas, elas têm suas funções ampliadas por meio do cruzamento de dados. Desta forma, tornam-se muito mais inteligentes.
Aliás, a IoT foi uma das fortes responsáveis pela transformação digital em diversas áreas, principalmente no campo. Até porque, ela coleta informações da produção e da execução de tarefas. Em seguida, transmite-as para um sistema de Big Data. Portanto, essas informações beneficiam os agricultores, sistematizando as informações e encontrando padrões que indiquem soluções mais assertivas para os processos agrícolas.
Após implementada (leia aqui sobre como implementar a Internet das Coisas em empresas médias e pequenas), a IoT contribui para a redução de custos e o aumento da produtividade. Ou seja, isso a torna uma tendência em diversas áreas. Principalmente as que já enxergam a tecnologia como a aliada para expansão e crescimento dos negócios.
Veja como usar a Internet das Coisas no agronegócio
Você deve estar se perguntando: quais são as aplicações práticas da IoT para auxiliar agricultores em seu processo produtivo? Afinal, como usar a Internet das Coisas no agronegócio? Te mostramos a seguir algumas aplicações. Então, vamos lá?
A primeira aplicação é chamada de IoTag. Ou seja, trata-se de uma telemetria avançada para maquinário agrícola, como tratores, colheitadeiras e entre outros, que capta informações de localização, torque do motor, pressão do óleo e pneus em tempo real e as envia para uma plataforma web. Com essas informações, é possível aumentar a produção e diminuir, por exemplo, o custo com combustível. Outro ponto positivo é a possibilidade de manutenção preventiva, aumentando a vida útil do equipamento.
Já a segunda aplicação diz respeito a um sistema de previsão climática. Portanto, trata-se de uma estação meteorológica que capta informações do clima e do solo em tempo real com o intuito de aumentar a produtividade do plantio.
Outras formas de usar IoT vêm sendo desenvolvidas. E incluem, até mesmo, um sistema que calcula o lucro de cada animal e o melhor momento de comercializá-lo. Porém, como isso é feito? Com base na evolução da deposição de gordura do animal por meio de sistemas de câmeras e sensores.
Como pequenos agricultores podem usar e se beneficiar da Internet das Coisas?
O dia a dia do agricultor pode ser influenciado de diversas maneiras com o uso da IoT. Veja como:
- Melhorando a tomada de decisão;
- Organizando informações;
- Diminuindo custos;
- Diminuindo os riscos da produção;
- Aumentando a produtividade.
IoT: saiba o que a Vivo está fazendo pelo agronegócio brasileiro
Portanto, com a ampliação constante da atuação no mercado da IoT, a Vivo, então, lançou duas novas tecnologias: Narrow Band IoT (NB-IoT) e Long Term Evolution for Machines (LTE-M).
Aliás, ambas são tecnologia de conexão criadas especificamente e dedicadas para conectar dispositivos pensadas para transmitir uma quantidade pequena de dados com grande alcance. Sendo assim, isso permite um maior número de dispositivos conectados, com menor consumo de bateria. E maior cobertura de sinal, especialmente em subsolos e locais remotos.
Enquanto a rede NB-IoT responde melhor em dispositivos estáticos, como sistemas de alarmes, monitoramento e medidores inteligentes de água, luz e gás. A tecnologia LTE-M tem uma performance superior em aplicações com mobilidade, como rastreamento de veículos e animais.
Inclusive, outra novidade é a Vivo Kite Platform. Compatível com as tecnologias NB-IoT e LTE-M, ela permite a gestão online e em tempo real das linhas e SIM cards. Hospedada na nuvem, apresenta como funcionalidades a geolocalização de SIMs. Além disso, diagnóstico remoto, controle de usuários, dashboards, notificações e ações automáticas e auditoria.
Projeto Vivo, Raízen, Ericsson e EsalqTec
Alguns projetos que visam aumentar a produtividade e conectividade no campo e possibilitar a tomada de decisão em tempo real estão ganhando incentivo de grandes empresas como Vivo, Raízen, Ericsson e EsalqTec.
Em janeiro de 2019, iniciou-se o programa Agro IoT Lab com a seleção de seis projetos desenvolvidos por startups que apresentaram soluções em IoT para o agronegócio. Em suma, todas as aplicações oferecem conectividade, a base da IoT. E são direcionadas para operar nas redes Narrow Band IoT e Long Term Evolution for Machines.
Exemplos de sucesso
Resolvendo problemas do campo de forma criativa e tecnológica, um dos projetos aposta na redução de até 10% do consumo de combustível em tratores. Isso se dá por meio da captação de informações em tempo real, trazendo autonomia e controle do trator. Dessa forma, o uso indevido de combustível pode ser controlado remotamente e resolvido no momento em que ocorre.
Aliás, outra solução apresenta uma estação meteorológica com sensores conectados aos aparelhos. Portanto, tais sensores podem medir a precipitação de chuvas e a velocidade e direção do vento.
Além disso, a estação consegue verificar a temperatura e a umidade relativa do ar, a umidade do solo, o nível e a vazão de rios e lagos. Pressão atmosférica, radiação solar e qualidade do ar e da água são outras características que podem ser analisadas. Em suma, com essas informações em mãos, agricultores conseguem tomar decisões de forma rápida.
Ou seja, a tecnologia contribui para a diminuição de perdas e aumento da produtividade da colheita.
E que tal um sistema que calcula o lucro de cada animal e o melhor momento para comercializá-lo? Inclusive, essa é mais uma das soluções propostas no Agro IoT Lab para indicar o Ponto Ótimo de Negociação (PON) aos agricultores.
Até porque com o uso de Inteligência Artificial, é possível avaliar diversos dados, tais como por exemplo, a evolução da deposição de gordura do animal por meio de sistemas de câmeras e sensores. Ou seja, o pecuarista recebe essas informações na palma da mão.
O futuro da IoT
Aliás, a tendência é que a Internet das Coisas ganhe cada vez mais espaço dentro de diferentes áreas. Afinal, incluir automação no ambiente de trabalho só traz resultados positivos para o negócio.
Inclusive, leia aqui sobre Machine to Machine, entenda seu conceito e saiba como aplicá-lo. Além disso, fique por dentro também de como usar a tecnologia para manter a segurança no seu negócio. Aliás, continue conosco para saber mais novidades do setor.