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A pandemia de COVID-19 mudou muita coisa. Uma delas foi a forma como pessoas iam ao médico e realizavam consultas médicas. De acordo com pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de consultas foram conduzidas através da telemedicina, número muito maior do que períodos anteriores.
Ainda segundo a pesquisa, esses atendimentos foram feitos por mais de 52,2 mil médicos, sendo que 87% deles foram das chamadas primeiras consultas, aquele atendimento no qual o médico encaminha um tratamento com remédios e evita idas desnecessárias ao hospital.
A associação aponta que 1% dos atendimentos foram essenciais para o salvamento de vidas. A grande maioria dos pacientes saiu satisfeita das consultas – 90% deles classificaram o atendimento como ótimo ou bom.
A telemedicina só foi possível graças ao avanço da tecnologia, que permitiu uma alternativa viável ao atendimento físico por meio de soluções na nuvem, por exemplo. Hoje, podemos dizer que ela é uma realidade que veio para ficar e irá se expandir ainda mais nos próximos anos.
Nesse texto, você irá ler sobre:
- O que é telemedicina e como funciona?
- As tecnologias utilizadas na telemedicina
- O futuro da telemedicina e suas possibilidades
Prepare o cafezinho e vamos lá!
O que é telemedicina e como funciona?
O termo telemedicina se refere a todo e qualquer processo ou serviço médico feito à distância, empregando tecnologias como videochamadas, mensagens ou e-mails.
Telemedicina não é apenas a consulta por videochamada: trocas de mensagens com médicos ou assistentes virtuais, o chatbot, também são uma forma de telemedicina. Além da intervenção médico e paciente, é considerado dentro do guarda-chuva do tema o monitoramento remoto com dispositivos conectados à internet que enviam dados aos médicos e programas educacionais sobre saúde.
Essa amplitude do que é telemedicina ajuda a entender seu poder. Antes, todo e qualquer procedimento de saúde passava necessariamente pelo médico. Com o advento de tecnologias de trabalho remoto e outras, como a Inteligência Artificial, os procedimentos ficaram mais difusos.
Não estamos falando de substituir médicos, não. A questão aqui é entender que ele é quem atua no diagnóstico de doenças e condições.
O que a Organização Mundial da Saúde chama de “saúde” vai além de não ter uma doença, sendo estado complexo e multidimensional em cinco áreas diferentes:
- Física
- Mental
- Emocional
- Social Espiritual
Telemedicina é a possibilidade de cuidar dessas saúdes de forma remota. O conceito é ainda restrito ao atendimento médico, mas há especialistas que defendem que aplicativos de saúde e até o relógio de registro de atividades físicas possa ser visto como uma forma de telemedicina, já que emprega tecnologias para o cuidado e promoção de um dos tipos das cinco saúdes.
Interessante, não?
Enquanto ainda não há um consenso sobre isso, é fato que a telemedicina só irá crescer. Assim como o avanço da tecnologia, que irá permitir um voo muito maior do tema nos próximos anos.
As tecnologias utilizadas na telemedicina
A telemedicina faz uso de uma série de tecnologias combinadas. Não apenas para o atendimento à distância pelo médico, mas todo o processo de registro de receitas, acompanhamento da jornada do paciente e encaminhamento para centros passa por uma série de tecnologias que não existiam há dez anos e só irão se expandir nos próximos anos.
Dentre elas, estão:
Videoconferência: aplicativos e plataformas de chamadas à distância, com voz e vídeo, são usados para realizar consultas remotas entre médicos e pacientes, sessões de terapia, acompanhamentos médicos e muito mais.
Aplicativos online: portais de saúde, aplicativos dos mais diversos e sites permitem que pacientes tenham acesso a informações como resultados de exames, agendamento de consultas e interações, como perguntas e respostas.
Monitoramento remoto: monitores de pressão arterial, glicose, oxímetros de pulso e dispositivos de rastreamento de atividade física monitoram sinais vitais enviem dados em tempo real para os médicos quando conectados à internet, gerando dados valiosos para médicos.
Imagens Médicas e Tele diagnóstico: Sistemas de compartilhamento de imagens médicas, como radiografias, tomografias e exames de ultrassom, são empregados para diagnósticos e encaminhamentos de setor.
Essas são as tecnologias empregadas desde o boom da telemedicina, lá na pandemia de Covid-19. Nos últimos anos, e mais especificamente nesse 2023 que está acabando, outras tecnologias surgiram para tornar a telemedicina ainda mais refinada:
Inteligência Artificial: vai além do Chat-GPT e engloba sistemas de IA, que são utilizados para analisar grandes conjuntos de dados médicos, ajudando na triagem, diagnóstico e sugestão de tratamentos.
Realidade Virtual (RV) e Realidade Aumentada (RA): já são usadas para treinamento médico, simulação de procedimentos e até mesmo para consultas mais imersivas em certos contextos, especialmente o de cirurgias de risco.
O futuro da telemedicina e suas possibilidades
Diante de tudo o que você leu até agora, a pergunta que deve estar aí na sua mente é: qual é o limite da telemedicina?
Com a chegada de tecnologias mais recentes de conexão, 5G, as videoconferências entre centros hospitalares se tornam cada vez mais rápidas e fáceis.
A tendência é que com essa conexão e a adesão das pessoas à modalidade, a telemedicina seja cada vez mais frequente, assim como o telediagnóstico: o diagnóstico efetuado a distância, sendo um dos braços da telemedicina, com laudos de imagem à distância, como eletrocardiograma, avaliações e muito mais.
Além disso, o 5G possibilita cirurgias à distância, realizadas por uma mistura de conexão, Realidade Aumentada e Realidade Virtual. Há dados nos Estados Unidos de centros hospitalares que já apostaram nesse mix de tecnologias para realizar procedimentos arriscados de separação de gêmeos siameses, por exemplo.
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Esperamos que tenha gostado da leitura.
Até a próxima!