Com o avanço da pandemia do coronavírus no Brasil, a preocupação com a saúde é a prioridade. Com isso, entre as medidas anunciadas pelo governo, buscando conter a disseminação do vírus, a educação também foi impactada, sobretudo com a suspensão das aulas nas escolas e universidades.
Nesse cenário, as aulas à distância se tornaram uma opção não apenas vantajosa, mas também necessária. Instituições de ensino superior federais já foram autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) a substituírem as aulas presenciais por aulas online pelo período de 30 dias ou enquanto durar a pandemia. Porém, as escolas particulares também estão se movimentando nesse sentido.
Um exemplo é a plataforma online Somos Educação, do grupo Cogna. Ela será usada para dar aulas online a aproximadamente 1,3 milhão de estudantes no Brasil, a partir do dia 23 de março. É nesse contexto que as escolas superconectadas estão à frente por prosseguirem com as atividades, mesmo à distância.
Neste artigo, conheça as escolas superconectadas e veja também:
- Como elas funcionam;
- Quais tecnologias utilizam;
- O que é preciso para adotar esse modelo de ensino;
- Por que a conectividade é importante para a educação.
Como funcionam as escolas superconectadas?
A conectividade e a tecnologia têm transformado o dia a dia de pessoas e organizações. Nas escolas, novos dispositivos e sistemas ajudam a aperfeiçoar o processo de ensino, oferecendo um modelo de educação mais interativo e eficiente.
Para a atual geração que está nas escolas, o contato com a tecnologia começa cada vez mais cedo. De acordo com a pesquisa Tic Kids 2018, 86% das crianças e dos adolescentes brasileiros com idade entre 9 e 17 anos já usavam a internet no ano da pesquisa.
Para acompanhar a grande presença dos jovens no ambiente digital, surgiram as escolas superconectadas. Usando a tecnologia em sua rotina, essas instituições estão preparadas para atender os alunos à distância mesmo fora de períodos de crise.
Com o auxílio de aplicativos, plataformas de ensino online e ferramentas digitais, elas conseguem funcionar de forma remota. Além disso, já contam com uma equipe de docentes treinados e instruídos para oferecer esse formato de aula.
O Colégio Poliedro, de São José dos Campos, São Paulo implementou o Sistema Interativo de Aprendizagem (SIA). Ele utiliza um caderno digital para criar salas de aula conectadas, com aulas interativas. Nelas, o professor pode compartilhar os programas do currículo escolar e acompanhar o desenvolvimento de cada aluno.
Tecnologias para o ensino
De acordo com o pesquisador Marc Prensky, por terem crescido em um mundo digitalizado, os alunos de hoje não são os mesmos para os quais o sistema educacional foi criado. Esses estudantes, chamados por ele de “nativos digitais”, sempre tiveram acesso a dispositivos eletrônicos e à internet. Por isso, a tecnologia influenciou todo o seu desenvolvimento.
Portanto, para garantir o progresso desses alunos é preciso adotar uma linguagem que seja compreendida por eles. É por isso que os professores brasileiros se dedicam a encontrar formas de usar a tecnologia em atividades educacionais.
No entanto, as escolas superconectadas já empregam uma nova linguagem nos processos de ensino e aprendizagem. Isso inclui o uso de tablets, computadores e plataformas online em que acontecem as aulas à distância.
Para ajudar na dinâmica das aulas e na participação dos alunos, algumas instituições usam mais que dispositivos eletrônicos. Há escolas que já investem na criação de ambientes de ensino online e no desenvolvimento de tecnologias educacionais.
Esse é o caso do Grupo Educacional Bom Jesus, que tem investido no desenvolvimento de um ambiente educacional virtual. A instituição, com unidades no Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo, tem uma Área de Educação Digital. Lá, programadores, gamers designers e professores trabalham juntos. O objetivo é encontrar soluções capazes de tornar o ensino mais participativo.
Além de jogos pedagógicos e objetos de aprendizagem, as escolas Bom Jesus têm uma plataforma digital, a BJ Connect. Ela disponibiliza materiais e exercícios para alunos, permite que os responsáveis acompanhem as atividades da escola e transmite as aulas à distância. Tudo por causa da conectividade e tecnologia.
O que é preciso para ser uma escola superconectada?
Embora os estudantes tenham acesso à tecnologia cada vez mais cedo e novas ferramentas de educação estejam surgindo, ainda há barreiras para a implementação de um modelo de ensino conectado.
A falta de infraestrutura é uma delas. Em uma pesquisa realizada pelo Data Folha, 66% das escolas afirmaram ter o uso de tecnologias afetado pela falta de equipamentos. Já computadores desatualizados ou com defeito representam 60%.
Outro desafio é a falta de conhecimento da tecnologia digital. Ainda de acordo com a pesquisa, 58% dos professores já participaram de cursos gerais sobre o uso de tecnologias digitais na educação. No entanto, apenas 28% foram capacitados para o uso específico de softwares ou games de educação.
Esses dados indicam que, para se tornar uma escola conectada, uma instituição precisa adotar algumas medidas. Em primeiro lugar, deve ter acesso ao ambiente digital e a dispositivos eletrônicos que serão usados por professores e alunos. É fundamental contar com sistemas eficientes e seguros, que permitam a realização de aulas à distância e conectem docentes, pais e estudantes.
O sucesso desse processo também dependerá do preparo dos professores para utilizar as tecnologias na educação e do envolvimento dos pais na rotina escolar dos alunos. Atividades online e à distância demandam mais disciplina e autonomia dos estudantes. Por isso, é importante garantir que eles e os pais estejam preparados para o novo formato.
Conectividade e educação
Em um mundo cada vez mais conectado, as soluções digitais precisam ser inseridas no processo de ensino. E muitos profissionais já reconhecem isso. 80% dos professores acreditam que o uso da tecnologia digital ajuda a contextualizar melhor os conteúdos para os alunos e 86% acreditam que ela ajuda a diversificar mais a aula.
Mas não é só a sala de aula que se torna mais eficiente. A crise enfrentada pelo Brasil e por diversos outros países também mostra que os ambientes digitais são uma excelente alternativa para a manutenção de atividades acadêmicas. Principalmente quando o exemplo são as aulas à distância.
Nesse sentido, a conectividade é essencial e pode ajudar a preparar crianças e jovens para um mundo cada vez mais conectado. E tudo isso pode ser potencializado com ferramentas como Internet Dedicada e soluções na nuvem. Uma vez que ambas são fundamentais para realização de atividades à distância.
Quer saber como um servidor cloud pode contribuir com as aulas à distância na sua escola? Então, acesse a matéria que fizemos e entenda mais sobre essa ferramenta. E já que o assunto é educação, aproveite para entender como a LGPD vai impactar a área educacional. Até a próxima!