A jornada de transformação digital já estava sendo amplamente discutida no universo corporativo. Antes mesmo da pandemia, a pesquisa Tendências para Transformar sua Empresa 2020, conduzida pela Opinion Box, apontava que as companhias pretendiam investir em tecnologias como Cloud Computing, Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial e assistentes virtuais.
Mas o que muitas vezes acabava sendo discutido como uma tendência para o futuro ou para um momento mais oportuno acabou sendo acelerado pela propagação do novo coronavírus.
Em poucos meses, organizações de todos os tamanhos tiveram de estruturar operações 100% remotas, reforçar a segurança virtual para proteger seus dados e encontrar soluções que se encaixavam nesse novo contexto. Por isso, a discussão sobre o uso de ferramentas adequadas, baseadas em conectividade, ficou ainda mais acalorada.
Ciente da importância de abordar o tema para orientar as organizações, a Vivo Empresas e a Época Negócios apresentam a série Fronteiras Digitais, que trará diferentes encontros virtuais sobre a temática. Na primeira live, Christian Gebara, CEO da Vivo, e Eugênio Mattar, CEO da Localiza, expuseram seus pontos de vista sobre a digitalização dos negócios. A mediação foi de Sandra Boccia, diretora de redação da publicação.
Neste artigo você verá:
- A mudança é agora — e sem volta
- Como Vivo e Localiza se adaptaram ao novo cenário
- De quais maneiras a tecnologia contribui para a evolução corporativa
- Quais são as perspectivas para o futuro
Transição necessária
A transformação digital nos negócios ganhou um compasso diferente desde o início da pandemia. Essa mudança repentina fez as empresas, independentemente de seus portes ou áreas de atuação, buscarem novas formas de manter suas operações em um cenário completamente adverso.
Para Christian Gebara, CEO da Vivo, tal processo foi um divisor de águas. “A sociedade enxergou a importância da digitalização, o que nos deu mais força para conectar e distribuir nossos serviços”, disse o executivo. Segundo ele, a evolução foi grande e deve ser definitiva. “Nunca voltaremos ao estágio em que estávamos antes”, afirmou.
Em poucos dias, a rotina corporativa passou a ser completamente sustentada por soluções de conectividade, que permitiram a realização de reuniões a distância, o reforço das vendas online, o atendimento remoto a pacientes e a organização de aulas virtuais, entre outras atividades essenciais.
Eugênio Mattar, CEO da Localiza, disse que foi preciso compreender rapidamente essa necessidade para responder com a agilidade e a efetividade que o momento exigia. Inclusive, a companhia trabalha desde 2013 construindo e nutrindo um processo de transformação digital, o que, segundo ele, foi crucial para atender às novas demandas do mercado.
“Estamos sempre atentos às mudanças. A ideia é estar na vanguarda e não vir à reboque”.
Eugênio Pacelli Mattar, CEO da Localiza.
Como acompanhar a evolução
No contexto pandêmico, por exemplo, tecnologias já utilizadas pela locadora, como a telemetria, permitiram identificar carros alugados por motoristas de aplicativo que não estavam circulando com o mesmo volume de antes. Entretanto, a partir dessa análise, os valores de locação foram reduzidos para viabilizar o trabalho desses profissionais.
Na Vivo, houve um cuidado grande em suportar a evolução e os novos modelos de trabalho das companhias parceiras. “Ajudamos as empresas a se digitalizarem. Sabemos a importância desse papel. No caso de pequenas e médias, por exemplo, não nos limitamos a oferecer soluções de conexão, cloud, segurança, hardware e Big Data. Também nos preocupamos em antecipar vencimentos para ajudar no fluxo de caixa”, comentou Christian.
Transformação digital: do escritório para casa
Uma das principais mudanças foi a adoção, em larga escala, do home office. Para Christian, o processo foi menos impactante na Vivo por já possuir essa cultura enraizada. “Estávamos preparados, pois havia uma política de trabalho remoto. Todos tinham notebook e sabiam usar a VPN, por exemplo”, comentou.
No entanto, o distanciamento social fez a empresa rever e ajustar alguns pontos. É o caso do Call Center, que mantinha apenas uma atuação presencial. “Em 15 dias, adaptamos e criamos uma infraestrutura capaz de permitir que cinco mil colaboradores trabalhassem em suas casas”, explicou.
Segundo ele, a Vivo reconhece que as operações presenciais são muito importantes e trabalha para construir um modelo híbrido pautado por soluções que atendem às necessidades dos seus clientes. “Fomos nos adaptando e protegendo sempre o colaborador, sem nunca deixar de prestar serviço para nossos mais de 90 milhões de clientes”, ressaltou Christian.
“Nosso propósito é digitalizar para aproximar. Conectar as pessoas à saúde, à educação, ao e-commerce, conectar pessoas entre pessoas”.
Christian Gebara, CEO da Vivo.
Novos processos
A Localiza estabeleceu seis prioridades nesse período de mudanças: prática de novos comportamentos; formação dos colaboradores; incentivo e reconhecimento das mudanças; comunicação; e gestão.
Além disso, foi estruturado um programa de trabalho remoto batizado de PEG (sigla de Produtividade, Engajamento e Gestão). “Criamos novas formas de avaliar os ganhos, fortalecer o sentimento de pertencimento, acompanhar os índices de adesão a esse novo modelo e verificar os resultados com base em métricas”, disse Eugênio.
A companhia criou, por exemplo, uma assistência para pessoas que moram sozinhas com o intuito de conectá-las a outros profissionais com perfil semelhante. Inclusive, a ideia era evitar a solidão e a tristeza inerentes ao isolamento social.
“Nosso interesse pelo bem-estar dos times é genuíno. Estamos sempre disponíveis, incentivamos a realização de cursos e ainda orientamos o uso de ferramentas essenciais, como o Microsoft Planner e o Teams”, afirmou Eugênio.
Transformação digital: perspectivas para o futuro
Sobre o futuro dos negócios, Gebara acredita que haverá uma combinação entre o modelo presencial e o remoto. Isso vale para o dia a dia de trabalho nos escritórios e também para serviços de diferentes segmentos, como educação e saúde.
“As crianças voltarão à escola, mas o ensino a distância poderá complementar o aprendizado. Já a telemedicina, em um país tão grande quanto o Brasil, conseguirá levar atendimento para mais pessoas, sobretudo em regiões afastadas. O entretenimento também deve ser reforçado. O digital não substituirá o presencial nunca. Esses dois universos vão conviver”, ressaltou.
Sobre a volta aos escritórios, Eugênio diz que a Localiza se prepara este momento, mas com a consciência de que nada será como antes. “Pretendemos ir apenas dois dias por semana.”, comentou.
Concluindo
A primeira live da série Fronteiras Digitais abordou o contexto atual das companhias, que tiveram de se adaptar rapidamente à realidade de trabalho a distância. Soluções de conectividade, segurança e cloud computing já eram utilizadas, mas passaram a ser uma necessidade ainda maior para viabilizar todo o trabalho em decorrência da necessidade de isolamento social.
Estar de acordo com essa realidade foi o grande desafio enfrentado. A Vivo e a Localiza abordaram como se comportaram durante esse período, utilizando ferramentas capazes de conectar seus colaboradores, otimizar os processos de trabalho, gerir toda a cadeia e ainda criar novas oportunidades de negócios.
Aliás, os executivos ainda afirmaram que se preparam agora para um modelo híbrido de atuação, que mistura, de modo consistente, o presencial e o remoto. Tal estratégia deve ser estruturada por uma combinação valiosa: o uso das tecnologias mais adequadas para cada caso e uma gestão eficiente e próxima.
SAIBA MAIS:
A Vivo Empresas, trabalha para suportar a evolução dos negócios, oferecendo serviços de Conectividade, como Rede Móvel, Voz Fixa e Banda Larga (com velocidade 4.5G e a hiperconexão de Vivo Fibra de até 1 GIGA).
Além disso, com mais de 1,5 milhão de clientes corporativos, disponibiliza ferramentas em um amplo portfólio de soluções tecnológicas, com Equipamentos, Big Data, Ferramentas de Colaboração, Tecnologia da Informação, Gestão de Tecnologia e IoT.
Veja o que o que podemos fazer pela sua empresa e identifique como os escritórios podem avançar na jornada da transformação digital.
Até a próxima!